Vocês Me Visitaram
Um Manual de Treinamento
Para O Ministério Na Prisão
© Harvestime International Institute
Vocês Me Visitaram
Um Manual de Treinamento
Para O Ministério Na Prisão
Este manual se dedica amorosamente àqueles que o inspiraram...
As Mulheres no Edifício de Mulheres da Califórnia Central
E em memória da antiga prisioneira do corredor da morte
Karla Faye Tucker
Quem entrou, certamente, do Corredor da Morte do Texas
aos braços de Jesus em 3 de fevereiro de 1998.
Este manual tem sido elaborado a partir de algumas perspectivas importantes:
n O capelão institucional.
n Um preso do corredor da morte.
n Voluntários cristãos que ministram dentro da instituição.
n Voluntários se correspondendo com e visitando aos presos em uma base individual.
Gratidão especial por ajudar a revisar porções manuscrito original ao Dr. Bob Schwarz, diretor do ministério de prisão para o Estado do Colorado para a Associação Internacional dos Homens de Negócio do Evangelho Pleno e capelão do CCC-DOC; e Catherine Thompson, uma irmã preciosa no Senhor encarcerada no corredor da morte para mulheres da Califórnia.
CONTEÚDO
Introdução
Objetivos
1. “Vocês Me Visitaram”: O Mandato Bíblico Para o Ministério
2. Qualificações e Preparação
3. Começando Um Ministério de Prisão
4. Correspondendo-se Com os Presos
5. Visitando Os Presos
6. Dirigindo Reuniões Grupais
7. Assistindo As Famílias dos Presos
8. Ministrando Aos Presos do Corredor da Morte
9. O Ministério Pós-Prisão
10. Tipologia Institucional e do Preso
11. Códigos de Vestimentas e Segurança
12. Relacionando-se com os Presos
13. Diretrizes Individualizadas
Conclusão: A Palavra Não Está Presa
Apêndice Um: Dicionário
Apêndice Dois: Escrituras Relacionadas Aos Prisioneiros
Apêndice Três: Os Recursos do Ministério
Respostas da Seção “Teste Seu Conhecimento”
INTRODUÇÃO
Você tem em suas mãos a chave para uma grande caixa de tesouro. Dentro da caixa encontram-se ouro, prata e jóias preciosas. A caixa na qual este tesouro se encontra é bastante rara – na verdade, não é muito apelativa. Ela está rodeada de arame farpado, cercas eletrificadas, e torres de vigia fortemente armadas. Porém, ali dentro está o grande tesouro... Homens e mulheres, preciosos a Deus e que estão esperando por VOCÊ.
O manual que você tem em suas mãos – “Vocês Me Visitaram” – é um guia de treinamento para o ministério de prisão. Este manual proporciona a instrução para cada nível de envolvimento:
n O Nível mínimo para corresponder-se com um preso.
n Visitar individualmente aos presos.
n Ministrar nos cultos de adoração de grupo, programas especiais, ou estudos da Bíblia dentro de uma instituição.
n Ajudar as famílias dos presos.
n Proporcionar o ministério pós-prisão na libertação de um preso de uma instituição penal.
Inclui instruções sobre os códigos de vestimentas e segurança, a tipologia institucional e do preso, e como relacionar-se com os presos de tal maneira que eles sejam atraídos à mensagem do Evangelho e receberão a Jesus Cristo como seu Salvador pessoal.
Este manual é designado para ser usado como um curso de treinamento para:
n Indivíduos que possuem um desejo de envolver-se no ministério de prisão.
n Igrejas que querem começar uma expansão de seu ministério na prisão.
n Denominações que desejam envolver suas igrejas em tais ministérios.
n Universidades da Bíblia que desejam oferecer treinamento no ministério da prisão aos estudantes.
n Capelães que necessitam de uma ferramenta de treinamento para treinar a seus voluntários.
Cada capítulo inclui objetivos instrutivos para guiar a experiência de aprendizagem e uma prova pessoal para medir o progresso individual. (As respostas aos testes são proporcionadas à conclusão do último capítulo neste manual e podem ser retiradas pelo instrutor se eles não querem que os estudantes tenham acesso a elas). Os Apêndices incluem um dicionário de termos relacionados à prisão, textos bíblicos relacionados aos prisioneiros e uma lista de recursos de ministério.
O Capítulo Treze deste manual é uma seção individualizada onde voluntários, igrejas e organizações cristãs ou capelães podem inserir os materiais de treinamento específicos para sua prisão – coisas como mapas do edifício, regras, códigos de vestimentas, formulários, etc. Se você é um instrutor que usa este manual para uma classe de Universidade Bíblica, você pode inserir suas próprias notas ou esboços no Capítulo Treze.
n Você é livre para reproduzir cópias para a glória de Deus!
n O texto do manual inteiro está disponível para baixar na Internet: http://www.harvestime.org
n Você pode obter uma cópia impressa deste manual em: Harvestime International Institute, 14431 Tierra Dr., Colorado Springs, CO 80921, Estados Unidos.
OBJETIVOS
Ao concluir este manual de treinamento você será capaz de:
n Prover as referências para o mandato bíblico para o ministério de prisão.
n Explicar por que os crentes devem estar envolvidos no ministério de prisão.
n Articular as metas espirituais do ministério de prisão.
n Listar as metas sociais do ministério de prisão.
n Resumir o que o Evangelho tem a oferecer aos presos.
n Determinar seu papel no ministério de prisão.
n Resumir as qualificações espirituais para um obreiro do ministério de prisão.
n Identificar quatro áreas de preparação vital para um eficaz ministério de prisão.
n Resumir os passos para começar um ministério de prisão.
n Identificar vários tipos de ministérios que você poderia proporcionar em uma instituição.
n Preparar e submeter uma proposta para o ministério de prisão.
n Recrutar e treinar voluntários.
n Explicar como começar a corresponder-se com um preso.
n Resumir as diretrizes para corresponder com os presos.
n Explicar por que a visita pessoal é um ministério importante.
n Explicar como envolver-se em visitas individuais aos presos.
n Resumir as diretrizes para visitar individualmente a um preso.
n Identificar várias reuniões de grupo que podem ser realizadas em prisões.
n Resumir as diretrizes para dirigir as reuniões de grupo.
n Explicar por que as famílias dos presos estão frequentemente em crise.
n Identificar maneiras pelas quais você pode ministrar às famílias dos presos.
n Resumir as diretrizes para ministrar às famílias dos presos.
n Explicar como começar um ministério aos presos do corredor da morte.
n Discutir as diretrizes para ministrar aos presos do corredor da morte.
n Explicar como ajudar a um preso do corredor da morte a preparar-se para morrer.
n Identificar as necessidades comuns de ex-ofensores.
n Descrever os tipos de ministérios pós-prisão.
n Listar os passos para começar um ministério pós-prisão.
n Determinar seu papel no ministério pós-prisão.
n Demonstrar entendimento dos níveis de segurança das instituições.
n Discutir as diferenças entre cadeias e presídios.
n Discutir a tipologia do preso comum.
n Explicar como tratar com presos que reivindicam sua inocência.
n Descrever os códigos de vestimenta que são aplicáveis a todas as instituições penais.
n Resumir os códigos de segurança que são aplicáveis a todas as instituiçõ9es penais.
n Dar as diretrizes para sobreviver a um episódio de tornar-se um refém.
n Explicar a primeira regra para relacionar-se com os presos.
n Resumir as pautas para relacionar-se com os presos.
n Definir um “esquema”, explicar como ocorre, e como evitá-o.
Por Bill Yount
Era tarde da noite e eu estava cansado... Porém, perto da meia-noite, Deus me falou em meu espírito e fez uma pergunta...
“Bill onde na terra o homem guarda seus tesouros mais preciosos e valiosos?” Eu disse ao Senhor, “normalmente estes tesouros como ouro, prata, diamantes e jóias preciosas são guardados fechados com chave em algum lugar fora da vista, normalmente com guardas e segurança para protegê-os sob cadeado”.
Deus falou. “Assim como homem, Meus tesouros mais valiosos na terra também são guardados à chave”. Então eu vi Jesus de pé diante do que parecia ser cadeias e penitenciárias. O Senhor disse, “Eles quase foram destruídos pelo inimigo, porém estas almas têm o maior potencial a ser usado, e para trazer glória ao Meu nome. Diga ao Meu povo que eu vou por esta hora aos presídios para ativar os dons e profissões que estão inativos nestas vidas, que foram dados antes da fundação da terra. Destas paredes um exército espiritual terá o poder para, literalmente, golpear as portas do inferno e vencer os poderes satânicos que estão detendo a muitos do Meu povo aprisionados em Minha própria casa”.
“Diga a Meu povo que o grande tesouro está por trás destas paredes, nestes vasos esquecidos. Meu povo deve vir e tocar estas vidas, pois uma poderosa unção será liberada sobre eles para a vitória futura em Meu reino. Eles devem ser restaurados”.
Então, eu vi o Senhor caminhar às portas da prisão com uma chave. Uma chave foi ajustada a cada fechadura e as portas começaram a abrir. Eu ouvi, então, e vi grandes explosões que pareciam dinamite por trás dos muros. Parecia uma forte guerra espiritual. Jesus se voltou e disse, “Diga ao Meu povo para entrar agora e recolher o despojo e resgatá-os”. Jesus, então, começou a caminhar e tocar aos presos que estavam apertando-o. Muitos, sendo tocados, no mesmo instante começavam a ter uma luz dourada a apoderar-se deles. Deus me falou, “Há ouro!” Outros tinham uma luz cor de prata ao seu redor. Deus disse, “Há prata!”.
Em movimento lento, eles começaram a crescer no que parecia ser cavaleiros gigantes, guerreiros armados. Eles haviam colocado a armadura de Deus e cada pedaço era de ouro sólido e puro! Até mesmo os escudos dourados! Quando eu vi os escudos dourados, eu ouvi Deus dizer a estes guerreiros, “agora vão e tomem o que Satanás tem ensinado e usem contra ele. Vão e derrubem as fortalezas que vêm contra Minha Igreja”. Os gigantes espirituais começaram a caminhar sobre as paredes da prisão sem ninguém resistir a eles, e eles foram imediatamente à linha de frente da batalha com o inimigo. Eu os vi caminhar para a igreja, e famosos ministros – conhecidos por seu poder com Deus – foram superados pelos guerreiros gigantes como Davi venceu Golias! Eles cruzaram a linha inimiga e começaram a libertar a muitos do povo de Deus da influência de Satanás enquanto os demônios tremiam e fugiam de sua presença. Ninguém, até mesmo a Igreja, parecia saber quem eram estes gigantes espirituais ou de onde eles vieram. Eles foram restaurados à Casa de Deus e houve grande vitória e regozijo. Eu também vi os tesouros de ouro, prata, jóias e vasos sendo trazidos. Abaixo do ouro e da prata estavam as pessoas que ninguém conhecia: os rejeitados da sociedade, pessoas vagabundas, os proscritos, os pobres e os desprezados. Estes eram os tesouros que estavam distantes de Sua Casa.
Então o Senhor disse, “Se Meu povo quer saber onde eles são necessários, diga-lhes que eles são necessários nas ruas, nos hospitais, nas missões e nas prisões. Quando eles caminharem até ali, eles Me encontrarão e o próximo movimento do Meu Espírito”.
Capítulo Um
“Vocês Me Visitaram”
O Mandato Bíblico Para O Ministério
VERSÍCULO-CHAVE:
“...estive preso, e vocês me visitaram” (Mateus 25:36).
OBJETIVOS:
Ao concluir esta lição você capaz de:
n Prover as referências do mandato bíblico para o ministério de prisão.
n Explicar por que os crentes devem estar envolvidos no ministério de prisão.
n Articular as metas espirituais do ministério de cadeia e penitenciária.
n Listar as metas sociais do ministério de cadeias e penitenciárias.
n Resumir o que o Evangelho tem a oferecer aos presos.
n Determinar seu papel no ministério de prisão.
Arame farpado. Barras de metal e portas de metal pesadas. Torres de vigia com funcionários armados. Delinqüentes.
Esta é a prisão!
n A Sociedade diz, “Tranque-os e joguem a chave fora”.
n Os Políticos dizem, “Nós necessitamos construir mais prisões”.
n As Estatísticas dizem, “80% dos presos retornam à prisão depois de liberados – nós estamos gastando nosso tempo para tentar reabilitá-o”.
... Porém, Jesus diz, “estive preso, e vocês me visitaram”.
O sistema da prisão é o único “negócio” que tem êxito pelo seu fracasso. As populações penitenciárias crescem mais e mais. Frequentemente, as pessoas saem da prisão pior do que quando elas entraram. Muitos cometem mais crimes, voltam à prisão, e são pegos pelo ciclo de reincidência, a “porta rotativa” de crime, prisão e libertação.
A resposta a isto não é ter mais prisões. Não é trancar as pessoas e “tirar a chave”. Tampouco é a pena capital, pois os estudos têm mostrado que nem isto detém eficazmente o crime. A resposta é o evangelho de Jesus Cristo em demonstração de poder!
Os presos necessitam de regeneração, não de reabilitação – e Jesus tem comissionado aos Seus seguidores para irem além das cercas de arame farpado e das barras de ferro e tocar as vidas de homens e mulheres limitados pelos grilhões do pecado.
O mandato para o ministério de prisão está claro na Palavra de Deus, ambos pela Escritura e pelo exemplo.
ESCRITURA:
O principal mandato bíblico para o ministério de prisão é dado em Mateus 25.31-40. Jesus disse:
“Quando o Filho do homem vier em sua glória, com todos os anjos, assentar-se-á em seu trono na glória celestial. Todas as nações serão reunidas diante dele, e ele separará umas das outras como o pastor separa as ovelhas dos bodes. E colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: 'Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo. Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram'. Então os justos lhe responderão: 'Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? 38 Quando te vimos como estrangeiro e te acolhemos, ou necessitado de roupas e te vestimos? Quando te vimos enfermo ou preso e fomos te visitar?' O Rei responderá: 'Digo-lhes a verdade: O que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram'” (Mateus 25.31-40).
EXEMPLO:
O próprio Jesus é nosso exemplo para o ministério de prisão. Um dos objetivos principais do ministério de Cristo era alcançar os prisioneiros:
“Para abrir os olhos aos cegos, para libertar da prisão os cativos e para livrar do calabouço os que habitam na escuridão” (Isaías 42.7).
Jesus declarou:
“O Espírito do Soberano, o SENHOR, está sobre mim, porque o SENHOR ungiu-me para levar boas notícias aos pobres. Enviou-me para cuidar dos que estão com o coração quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação das trevas aos prisioneiros” (Isaías 61.1).
Inclusive enquanto morrendo na cruz do Calvário, Jesus tomou tempo para alcançar em amor e interesse a um prisioneiro. Como resultado, isso levou o delinqüente a experimentar o amor de Deus, Sua graça e Seu perdão.
Durante o tempo entre Sua morte e ressurreição, as Escrituras nos dizem que Jesus “... também foi e pregou aos espíritos em prisão” (1 Pedro 3.19).
Por que os crentes devem estar envolvidos no ministério de prisão? Por que...
As metas espirituais do ministério de prisão podem incluir uma, algumas ou todas as que seguem:
n Compartilhar o amor incondicional de Deus.
n Apresentar o Evangelho de Jesus Cristo de tal maneira que os presos o abraçarão e receberão a Cristo como Salvador.
n Discipular os novos crentes na Palavra e lhes ensinar como estudar a Bíblia.
n Demonstrar o poder da oração e ensiná-os a orar.
n Levar os presos a experimentar o poder transformador de Deus que os libertará da culpa, vergonha, emoções negativas e de aflições.
n Ministrar às famílias dos presos.
As metas sociais do ministério de prisão são:
n Ajudar ao preso a funcionar mais positivamente dentro do ambiente da prisão.
n Proporcionar um vínculo entre a comunidade e as pessoas confinadas nas instituições correcionais.
n Preparar os residentes para a re-entrada à sociedade (fisicamente, mentalmente, moralmente e espiritualmente).
n Ajudar as famílias dos presos de maneiras práticas.
n Proporcionar ajuda pós-prisão de maneiras práticas.
O Evangelho de Jesus Cristo tem muitas coisas para oferecer aos presos.
n O perdão dos pecados.
n A oportunidade de dizer “eu sinto muito”.
n Libertação da culpa e da vergonha.
n Aceitação – tudo o que muitos deles têm conhecido é a rejeição.
n Novos valores e perspectivas.
n Estratégias para enfrentar as situações difíceis e as emoções negativas.
n Elementos essenciais para verdadeiras e honestas relações.
n Abundante vida através de Jesus Cristo.
n Um novo propósito para viver.
n Vida eterna.
Dos milhões de crentes ativos no mundo, só um número pequeno está envolvido no ministério a presos, apesar do fato que se encontram cadeias e prisões em quase cada comunidade. Contudo, o mandato bíblico tanto pelo ensino quanto pelo exemplo está claro.
Cada crente deve estar envolvido no ministério de prisão. Isto necessariamente não significa que você é chamado para realmente entrar em uma prisão. É como em missões – nem todos são chamados para ir aos campos estrangeiros para compartilhar o Evangelho. Porém – assim como em missões – cada crente deve estar envolvido no ministério de prisão de alguma maneira.
Há muitas maneiras de envolver-se:
n Provendo o apoio de oração aos ministérios de prisão.
n Visitando um preso.
n Escrevendo a um preso.
n Ajudando as famílias dos presos.
n Ajudando aos presos na transição de voltar à sociedade depois de sua libertação.
n Conduzindo serviços de adoração, estudos da Bíblia, ou reuniões de pequenos grupos dentro de prisões.
n Escrevendo, publicando e distribuindo material de treinamento baseado na Bíblia e especificamente designados para os presos.
n Proporcionando Bíblia e literatura cristã aos presos.
n Proporcionando apoio financeiro a um ministério de prisão.
n Servindo como um capelão de prisão.
Comece a orar agora para Deus revelar a maneira específica em que você estará envolvido!
Eu sou um preso condenado, sentenciado por toda a vida, sem liberdade condicional – sentenciado a morrer na prisão. Eu tenho aprendido que, quando você sente que você perdeu tudo, Deus mostrará que você tem ganhado muito mais do que este mundo pode oferecer na vida.
A prisão é um lugar onde o Senhor pode transformar-nos em ferramentas úteis que podem durar através de uma vida inteira de adoração e louvor, quer nós estejamos retidos por seis meses ou com uma sentença de prisão vitalícia. Quanto mais eu estudo a Bíblia, mais eu anelo conhecer mais de Cristo... Quanto mais eu permaneço na prisão, é maior o meu desejo de associar-me com pessoas que vivem uma vida piedosa e ter uma vida de comunhão com eles. A prisão é onde o Senhor pode fazer algumas de Suas melhores obras.
A prisão não necessita ser o fim da vida. Pode ser um novo princípio – inclusive para alguém com uma sentença de prisão vitalícia. (R.S.)
1. Escreva o versículo-chave de memória.
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2. Liste a referência principal para o mandato bíblico para o ministério de prisão.
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3. Quem é nosso maior exemplo bíblico para o ministério de prisão?
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4. Liste oito razões pelas quais os crentes devem estar envolvidos no ministério e prisão.
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5. Quais são as metas espirituais do ministério de prisão?
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6. Liste as metas sociais do ministério de prisão.
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7. Resuma o que o Evangelho tem a oferecer aos presos.
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
Capítulo Dois
Qualificações e Preparação
VERSÍCULO-CHAVE:
“Ninguém o despreze pelo fato de você ser jovem, mas seja um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza” (1 Timóteo 4.12).
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Resumir as qualificações espirituais para um obreiro de ministério de prisão.
n Identificar quatro áreas de preparação vital ao ministério de prisão eficaz.
Aqueles que ministram com os presos devem estar seguros de sua relação com Cristo, devem estabelecer um exemplo apropriado, e sempre devem estar prontos a dar uma resposta para a esperança dentro deles. Embora uma pessoa chamada a este ministério deva demonstrar todas as virtudes espirituais ensinadas na Palavra, este capítulo enfatiza as qualificações essenciais que os obreiros da prisão devem possuir:
CORAGEM:
Entrar em uma cadeia ou penitenciária para ministrar – seja individualmente ou em grupo – está fora da “zona de conforto” para a maioria dos crentes. Não é incomum sentir-se um pouco intranqüilo nas primeiras vezes em que você está em uma casa penal – mas, lembre-se, Deus cuidará de você sempre que você estiver a Seu serviço. Na maioria dos casos, a capela da prisão é um lugar seguro e os presos estão abertos e são amistosos. Se você se sente apreensivo, lembre-se que Deus não nos dá um espírito de medo – por isso reconheça de onde vem o medo e o conquiste no nome de Jesus!
COOPERAÇÃO:
Há muitas pessoas diferentes cooperando em uma prisão. Como um voluntário – além dos presos – você estará envolvido principalmente com os funcionários correcionais (também chamados de guardas) e o capelão ou supervisor. A maioria das pessoas que você encontrará, provavelmente, lhe tratará com cortesia e respeito. Assegure-se de tratá-os com cortesia, falando com eles e apertando-lhes as mãos quando for apropriado, usando seus nomes quando possível. Um bom obreiro de prisão sabe cooperar com os outros – a administração, outros voluntários e, sobretudo, com o capelão, se o cárcere ou a prisão tem um.
É importante para você, como um voluntário, ter um pouco de compreensão do trabalho de carceragem e dos capelães da prisão. Capelães trabalham muitas horas sob condições difíceis. Cada dia os capelães devem tratar com muitas responsabilidades, como as crises pessoais dos presos, proporcionando os programas para satisfazer as necessidades espirituais dos presos e lutando com as frustrações e desilusões que são uma parte integral do trabalho do capelão da prisão.
Muitos capelães de tempo integral têm mais treinamento e preparação para seu trabalho do que muitos ministros. Antes que eles possam ser aceitos em muitas prisões eles devem ter treinamento de seminário e devem ser endossados por suas denominações. Frequentemente se exige que eles tenham servido em um ministério pastoral antes de entrar na capelania. Os capelães também devem ser aceitáveis ao supervisor da prisão na qual eles devem trabalhar.
Um capelão funciona como o administrador de um programa religioso para a instituição inteira. Ele (ou ela) proporciona as tradicionais pregações e funções da adoração, supervisiona o programa de educação religiosa; gasta muito tempo em conselho pessoal; recruta, treina e dirige os voluntários; e realiza muitas atividades administrativas (cartas, reuniões, relatórios).
É importante que os voluntários mantenham uma boa relação com o capelão. É uma grave falta na confiança usar seu acesso à prisão para minar a reputação do capelão ou desacreditar seus programas. Se há um problema, sempre fale primeiro com o capelão.
AUTENTICIDADE:
Seja real! Os presos são peritos em identificar os enganos. Uma pessoa não deve visitar a prisão com um motivo impróprio como, por exemplo, procurar um esposo ou exibir suas habilidades. Os prisioneiros são extremamente perceptivos. Eles podem rapidamente descobrir que a pessoa que se uniu à equipe o fez por curiosidade. Os motivos egoístas e as atitudes tipo “eu sou mais santo que você” não possuem nenhum lugar neste ministério.
HUMILDADE:
Mantenha um espírito humilde. Lembre-se – você está ali para servir. Sempre esteja em sujeição àqueles em autoridade (capelão, guardas, supervisor).
PERDÃO:
Crie um espírito perdoador, reconhecendo que se não fosse pela graça de Deus, você poderia estar em uma situação similar. Compreenda que o perdão de Deus se estende até mesmo àqueles que a sociedade chama de “psicopatas” e aos “mais vis indivíduos”.
PERSEVERANÇA:
A sociedade, os amigos e a família têm perdido o interesse em muitos presos. Eles não necessitam de alguém mais para rejeitá-os. Seja paciente. Deus tem prometido que você segará o fruto espiritual na estação devida. Voluntários que começam e depois abandonam, desmoralizam o preso, decepcionam o capelão e o pessoal que trabalha na prisão, e dá uma imagem má aos esforços da igreja.
FIDELIDADE:
Seja fiel, constante e fiel na execução de seus deveres, sobretudo mantendo as promessas e chegar no horário para os encontros ou serviços. O capelão da prisão depende de você, como também os presos. Uma visita, que para você pode ser simplesmente outra coisa em uma grande lista de coisas que você tem que fazer, poderá ser o momento culminante da semana de um preso. Não os decepcione. Seja fiel a este grande privilégio com o qual Deus o tem confiado. O compromisso para ser consistente e fidedigno é uma qualidade de alta classificação valorizada pelos capelães que trabalham com voluntários.
EMPATIA:
A empatia é a habilidade de sentir com as pessoas como se você estivesse em seu lugar. No Antigo Testamento, o profeta Ezequiel se sentava com os cativos no rio Quebar antes que ele compartilhasse a mensagem de Deus com eles. Eles estavam prontos para escutar, porque eles sabiam que ele os entenderia. Ele havia se sentado onde eles se sentavam (Ezequiel 1.1).
SENTIDO DE MISSÃO:
Um sentido de missão é um desejo e determinação para dar a esta obra a prioridade (nos tempos designados para ela), uma crença que isto é o que você estaria fazendo melhor (nesse momento) do que tudo mais no mundo!
CRESCIMENTO ESPIRITUAL:
Você não somente deve levar aos presos ao novo crescimento espiritual, porém, igualmente, você deve estar desejoso e ansioso a crescer. O crescimento espiritual é um processo para toda a vida. Se você alguma vez sente que “chegou” ao conhecimento ou virtude, você simplesmente está mostrando o quão imaturo você realmente é.
MATURIDADE EMOCIONAL:
É importante que você possa tratar com suas próprias emoções: a ira, a depressão, um dia bem, mas o próximo não. A prisão é um lugar deprimente e os presos não necessitam de mais escuridão e sentença.
AMOR:
Estude 1 Coríntios 13. A maior força motivadora por trás de qualquer ministério – e, sobretudo, o ministério de prisão – é o amor. O amor por Deus. O amor incondicional pelo preso. Amor pela missão a qual Deus lhe chamou.
Há quatro áreas vitais de preparação para aqueles que desejam ser obreiros eficazes da prisão.
1. PREPARE-SE EM ORAÇÃO:
Como em cada ministério, a oração alimenta o ministério de prisão eficaz. Aqui estão alguns objetivos específicos para oração:
n O capelão da instituição.
n Os presos individuais.
n As famílias dos presos.
n O supervisor e o pessoal administrativo.
n Os funcionários da correção.
n Segurança para os voluntários entrando na instituição.
n Pessoais em liberdade condicional: pelas suas necessidades espirituais e práticas – trabalhos, alojamento.
n Conhecimento de revelação para satisfazer as necessidades dos presos.
n Reavivamento espiritual.
n Para Deus levantar líderes espirituais fortes dentro do corpo da igreja da prisão.
n Oração solicitada pelo preso: muitos capelães da prisão têm uma caixa de pedidos de oração. Os presos escrevem seus pedidos e os colocam na caixa para o capelão e voluntários orarem especificamente por suas preocupações.
2. PREPARE-SE NA PALAVRA:
O voluntário do ministério de prisão deve ter um bom conhecimento ativo da Bíblia e do cristianismo básico.
A maioria dos presos não está interessada nos pontos mais finos da teologia, porém eles necessitam de uma clara e decifrável apresentação do evangelho. Se você não estuda e entende a Palavra, como você pode ajudar alguém a aprender e entendê-a? Para ser um obreiro eficaz da prisão, você deve estar estudando a Palavra de Deus continuamente.
3. PREPARE-SE PARA SUA RESPONSABILIDADE ESPECÍFICA:
Prepare-se para sua responsabilidade específica no ministério. Se você foi escolhido para cantar, tenha sua seleção de cânticos preparada. Se você irá ensinar, gaste um tempo adequado preparando sua lição. Se você está usando o vídeo ou equipamento de áudio ou um projetor, tenha estes itens preparados de antemão.
4. PREPARE-SE PARA A INSTITUIÇÃO ESPECÍFICA:
Prepare-se para a cena institucional específica na qual você entrará:
n Conheça as regras para as vestimentas e a conduta da instituição específica. Estas variam de instituição para instituição.
n Conheça a cadeia de autoridade – a quem você é responsável como um voluntário.
n Conheça o que lhe é permitido levar para dentro da instituição.
n Consiga uma compreensão geral das maneiras pelas quais os ministérios cristãos aceitáveis podem ser realizados dentro desse sistema.
n Participe do treinamento e classes de orientação oferecidas pela instituição ou capelão.
Às vezes é só um lugar,
Nenhum amado a ser encontrado,
Uma busca para a felicidade interna,
No entanto, a depressão mantém você atada.
Quando eu me sinto e olho para fora da cerca,
O movimento que acontece,
O assombro de todos eles
Faz-me parar e perguntar, “Por quê?”
Por que o Senhor tem me dado
Tal cruz imponente para levar?
Por que o Deus amoroso a quem eu sirvo
Haveria de permitir algo tão injusto?
O tempo para mim não é nada novo,
Devo aceitar o melhor que eu posso,
Porque eu sei que no esquema das coisas,
Meu Jesus tem um plano.
E algum dia, fora dessas barras, eu caminharei,
Quando a voz do Senhor suavemente chamar,
E eu contarei minha história,
Sobre a “senhora por trás dos muros”.
TESTE O SEU CONHECIMENTO
1. Escreva o versículo-chave de memória.
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2. Resuma as qualificações espirituais para um obreiro do ministério de prisão que se discutiu neste capítulo.
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3. Identifique quatro áreas de preparação vital ao ministério de prisão eficaz.
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo deste manual).
Capítulo Três
Iniciando Um Ministério de Prisão
VERSÍCULO-CHAVE:
“Mas este é um povo saqueado e roubado; foi apanhado em cavernas e escondido em prisões. Tornou-se presa, sem ninguém para resgatá-o; tornou-se despojo, sem que ninguém o reclamasse, dizendo: "Devolvam" (Isaías 42.22).
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Resumir os passos para iniciar um ministério de prisão.
n Identificar vários tipos de ministérios que você poderia proporcionar em uma instituição penal.
n Preparar e submeter uma proposta para o ministério de prisão.
n Recrutar e treinar voluntários.
Você está convencido. O mandato e o exemplo bíblico estão claros. Como um crente, você quer estar envolvido no ministério de prisão. Porém, como você começa? Como você obtém acesso à prisão? Este capítulo detalha os passos para iniciar um ministério de prisão. Você aprenderá vários tipos de ministérios que você poderá usar em uma instituição, como preparar e submeter uma proposta para seu programa e maneiras de recrutar e treinar voluntários.
Aqui estão sete passos para guiá-o através do processo de começar um ministério de prisão.
A oração alimenta todas as coisas. Ore sobre o que Deus quer para a instituição específica e seu papel individual nela. Coloque um fundamento de oração antes de começar seu ministério.
Se você é um pastor, consulte a seu conselheiro. Se você é um membro da igreja, fale com seu pastor.
Isto é importante por várias razões:
n É a cortesia comum.
n Os líderes espirituais podem guiar e proporcionar um valioso crescimento a você.
n Seu líder espiritual poder ter planos encaminhados para tal ministério.
Nesse caso, seja parte dele, não o mine.
Tente ganhar o interesse e o apoio de seu pastor ou líder espiritual. Este apoio é vital para obter voluntários para os assessores do programa. A chave estará em mostrar ao seu pastor como este ministério trabalha cooperativamente com outros programas, ministérios e serviços da igreja. Compare como este programa de expansão biblicamente designado avança o evangelho e coloca os membros da igreja para trabalhar dentro e fora das instituições.
Aqui estão algumas perguntas para responder em sua análise:
n Quais cárceres e presídios estão em sua área imediata?
n Há uma associação local ministerial? O que eles estão fazendo – se fazem algo? Eles estão interessados no ministério de prisão? (Se eles já têm um programa e obtiveram acesso às instituições locais, talvez você possa ser parte dele).
n Quem está encarregado dos voluntários à instituição? Contate-os e verifique:
o Como você pode ser liberado para o ministério dentro da instituição?
§ Há formulários que você precisa preencher?
§ Há treinamento especial que você deve receber?
§ Que identificação você necessita para a liberação?
o Quais necessidades existem em sua instituição?
o Quais necessidades você e/ou sua igreja poderiam suprir? Tente não reproduzir esforços de outras organizações cristãs. Nós devemos complementar, não competir com os outros.
n Familiare-se com todos os programas de reabilitação oferecidos em instituições locais onde você deseja servir, assim como a análise da população (raças, religiões, idades, sexo, etc.) e, se possível, a filosofia das administrações respectivas. Ganhe tanto conhecimento quanto você possa sobre a instituição antes de pedir a permissão para proporcionar serviços e/ou programas. Se você conhece aos grandes administradores, funcionários, os presos anteriores, fale com eles sobre as necessidades e condições.
As possíveis atividades e serviços que você pode proporcionar a uma instituição incluem:
n Dirigir os serviços regulares da igreja.
n Substituir o capelão quando ele enfermar ou sair de férias.
n Proporcionar programas musicais ou dramáticos especiais.
n Dirigir estudos da Bíblia.
n Classes de instrução em uma dada habilidade específica, negócio, ou em aperfeiçoamento pessoal.
n Dirigir um grupo cristão para aqueles com vícios.
n Distribuir literatura e Bíblias.
n Organizar uma noite cinematográfica cristã.
n Proporcionar serviços individualizados, além de seu programa de grupo:
o Proporcionar cursos bíblicos por correspondência.
o Encaixar os presos com os visitantes cristãos.
o Encaixar os presos com cristãos para escrever a eles.
o Proporcionar informação aplicável às famílias dos prisioneiros.
o Encaminhar os presos aos programas de libertação pós-prisão.
Nota: Antes de escrever esta porção da proposta do ministério, você pode querer estudos os Capítulos de Quanto a Nove deste manual que tratam de vários ministérios em que você pode desejar envolver-se.
Uma proposta...
n Definirá o propósito, objetivos, e os aspectos práticos de seu programa.
n Submeter-se-á à aprovação da instituição onde você planeja ministrar.
n Usar-se-á como uma ferramenta para a contratação voluntária. (Você deve saber que tipo de ministério você estará dirigindo para recrutar aos voluntários qualificados).
Sua proposta deve considerar coisas como...
Metas: Qual é o propósito de seu programa? O que você quer alcançar? Veja o Capítulo Um deste manual para uma lista de possíveis metas. Assegure-se também de incluir suas próprias metas específicas.
Benefícios: Como seu programa beneficiará aos presos? Como beneficiará a instituição?
Coisas Específicas: Defina o ministério específico: Será um ministério de grupo? Aos presos individuais? A suas famílias? Um ministério pós-prisão?
Diretor Titular: Quem encabeçará seu programa? Quais são suas qualificações e experiência?
Voluntários: Quem participará em seu programa? Que treinamento eles receberão? (Nós propomos que você use este manual em seu programa de treinamento. Esse é o propósito para o qual ele foi criado).
Local: Que tipo de local você necessitará na instituição? Você necessitará usar a capela da prisão? Um quarto? Uma sala? Uma área de visitantes?
Dias e horários: Dias e horários nos quais você gostaria de se reunir.
Equipamento: Você necessitará de itens como um projetor de slides, um projetor de vídeo, instrumentos musicais, hinários, e outros recursos musicais? A instituição proporciona estes itens ou você necessitará proporcioná-os? A instituição lhe permitirá levá-os ao local? Se você planeja preparar folhetos para os presos, você tem acesso a uma máquina de xérox?
Custos Financeiros: Ainda que os voluntários operem muitos ministérios de prisão, pode haver custos financeiros envolvidos – por exemplo, se você planeja distribuir Bíblias, livros, panfletos, ou outros folhetos aprovados pela instituição.
A instituição na qual você planeja ministrar pode ter um formulário especial ou uma estrutura a seguir para preparar sua proposta. Pergunte sobre isso. O que segue nas páginas seguintes é um formulário de modelo de proposta, usado por uma prisão nos Estados Unidos e um formato de modelo carta usada para uma proposta a uma instituição.
1. A quem seu programa se dirigirá?
2. Quem terá a responsabilidade por seu programa?
3. Quais são os objetivos de seu programa?
4. Quais serviços seu programa oferece aos presos?
5. Quais serviços seu programa oferece à Instituição?
6. Que formato específico será usado para apresentar seu programa?
7. Que tipo de treinamento teológico / credencial / experiência de programa de prisão o dirigente primário tem?
8. Qual é o itinerário detalhado para seu programa?
9. Em quais dias / horários seu programa se reunirá?
10. Quantas pessoas estão envolvidas em seu programa?
11. Como eles serão treinados?
12. Quão grande é a área que você requereria?
A seguinte informação se exige para fazer uma investigação acerca de cada pessoa que você planeja levar à instituição:
1) Nome
2) Data de Nascimento
3) Número da Carteira de Motorista
4) Número do CPF
Por favor, proporcione-nos referências que consideram seu envolvimento passado da prisão e/ou qualquer outra informação que caracteriza a singularidade de seu ministério.
Seu Endereço (em papel timbrado, se possível)
Estimado ______________________
Nós estamos pedindo a permissão para dirigir um programa de ministério de prisão a (nome da instituição).
Nosso programa se dirigirá à população de presos, porém nós cremos que também beneficiará aos funcionários da instituição por proporcionar uma oportunidade aos presos para um bom uso do tempo livre e melhorar a moral do preso. Também se tem demonstrado que os presos que se tornam verdadeiros aderentes do que a Bíblia ensina se tornam bons cidadãos de um ambiente correcional. Sua influência afeta a outros prisioneiros positivamente e os leva a respeitar a autoridade e evitar situações que causam tensões e hostilidades entre os funcionários e os presos.
Nossos voluntários foram treinados em um curso de treinamento para ministério de prisão, no qual os inteiramos acerca do código de vestimentas e segurança, tipologia institucional e do preso, e como relacionar-se com os presos.
Em nosso treinamento, se enfatiza saber e dar força ás regras e evitar os possíveis riscos de segurança. Claro, se necessário, nós ficaremos felizes em passar por qualquer orientação requerida e proporcionada por seus funcionários.
Neste momento, nós nos preparamos para oferecer qualquer parte ou todos os seguintes serviços:
(Descreva o programa que você planeja oferecer em detalhe, usando as diretrizes cedidas neste capítulo).
No futuro próximo, eu espero falar com você acerca dos detalhes desta proposta.
Graças por seu tempo e por toda a consideração dada a este pedido.
Respeitosamente,
(Seu nome)
Se você já liderou com sucesso em outra área dos ministérios de prisão, anexe cartas de recomendação e/ou elogios de oficiais das instituições onde você ministrou. Se você tem recebido pedidos dos presos na instituição para o programa específico que você está oferecendo, anexe estes à sua proposta.
Submeta uma cópia de sua proposta a seu pastor ou líder espiritual para revisão, depois submeta uma cópia ao capelão ou às autoridades apropriadas na prisão e espere sua resposta. Eles podem chamá-o a encontrar-se com eles para discutir a proposta. Nesse caso, chegue a tempo, vestido adequadamente e preparado para o encontro. Se você não recebe uma resposta à proposta depois de um tempo razoavelmente demorado, tome a iniciativa e chame e estabeleça um encontro com a pessoa a quem foi submetida o pedido.
Se seu pedido para proporcionar os serviços é negado, tente de novo depois de uns dois meses. Isto pode ser uma prova ao seu compromisso, dedicação e paciência. Administradores e capelães também deixam a prisão, se aposentam ou são transferidos e outra pessoa pode ser mais favorável ao seu programa.
Nota: Atualmente nos Estados Unidos é da responsabilidade do administrador da instituição assegurar que todos os residentes possam exercer seu direito constitucional para praticar suas crenças religiosas. A única maneira que este direito pode ser negado é que uma justificação substancial seja mostrada para limitá-a ou regulá-a, (por exemplo, uma brecha de segurança).
Depois da aprovação do ministério de prisão por seu pastor e pela instituição na qual você planeja ministrar, você precisa obter os voluntários para dirigir o programa. Um voluntário é importante...
n Ao preso, como um vínculo com o mundo externo, um amigo, e um modelo de vida cristã madura.
n Às famílias dos presos, proporcionando informação e ajuda prática e espiritual enquanto eles lutam com seu dilema.
n Ao capelão, por ajudar e apoiar seus programas.
n À administração da prisão, como um recurso adicional por ajudar com a reabilitação e transição na sociedade. O voluntário pode proporcionar os serviços que a instituição não pode proporcionar devido ao pessoal e orçamento limitado.
n Aos outros voluntários, como uma fonte de estímulo, treinamento, e exemplo para seguir.
n À igreja local, como um canal de comunicação, aumentando o reconhecimento da necessidade para os ministérios de prisão.
n Ao voluntário, pois este ministério provê uma oportunidade de ele usar seus dons espirituais e colocar sua fé em ação.
Há muitas maneiras de obter voluntários:
n Ponha um aviso nos boletins da igreja.
n Faça um anúncio nos serviços da igreja.
n Recrute nas reuniões de pequeno grupo.
n Prepare cartazes e coloque-os em localizações estratégicas na igreja.
n Planeje um “Dia do Ministério de Prisão” na igreja ou igrejas que você planeja envolver no ministério. Tenha um porta-voz que está ativamente envolvido no ministério de prisão e inclua os testemunhos dos antigos presos. Esboce o programa que você planejou e anuncie uma reunião (data, horário, lugar) para aqueles que estão interessados em participar. (Além de recrutar voluntários, o “Dia do Ministério de Prisão” preparará as igrejas para receber aos antigos presos em sua comunidade).
Ao escolher os voluntários, considere o seguinte:
n A pessoa teve uma experiência anterior de ministério de prisão?
n A pessoa tem algum talento musical?
n Quais idiomas eles falam?
n Eles têm a habilidade de liderar um grupo pequeno?
n Eles tiveram qualquer experiência em dar testemunho pessoal?
n Qual é seu dom espiritual? Ensinar e aconselhar são dois dons importantes para o ministério de prisão.
n Eles são ex-detentos? Nesse caso, verifique para assegurar-se de que eles permitirão acesso à prisão.
n Determine onde seu interesse está e onde eles serão mais eficazes:
o Escrevendo a um preso?
o Visitando a um preso?
o Ministério às famílias dos presos?
o Ministério de grupo dentro da prisão?
o Ministérios pós-prisão?
Você pode querer que cada voluntário potencial complete um formulário na primeira reunião. Use o seguinte formulário ou faça sua própria adaptação dele:
(Toda a informação deve ser guardada em sigilo absoluto)
Nome ________________________________________ Idade ___________
Sexo _______ Direção:________________________________________
Cidade __________________ Estado ou Província ________________ Cep ________
Telefone (__)________________ Estado Civil: ___ Solteiro ___ Casado
Ocupação & Título _________________ Telefone do trabalho (___)_______________
Membro de qual igreja? _____________________ Localizada em: _______________
Por favor, verifique a(s) área(s) de trabalho de prisão na qual você está mais interessado. Se você marcar mais de um, por favor, enumere suas escolhas em ordem de preferência, sendo que o 1 será para a maior e 8 para a menor.
___ Correspondência / Escrever cartas ___ Grupo de Estudo Bíblico
___ Providenciar transporte ___ Serviço de adoração
___ Acompanhar ex-prisioneiros ___ Acompanhar a família
___ Escrever a um preso ___ Visitar os presos individualmente
Você já foi preso alguma vez? Se já, liste a data, lugar, acusação e sentença.
________________________________________
________________________________________
Você já esteve em uma instituição mental?________ Se já, quando e por quanto tempo?
________________________________________
Você tem que tomar medicação por qualquer razão?________ Se tem, por favor, explique:
________________________________________
Você já teve qualquer experiência de trabalho com prisioneiro(s)? ________ Se já, por favor, explique:
________________________________________
Quais idiomas você fala?
________________________________________
Você toca um instrumento musical ou canta? Se a resposta for “sim”, qual(is)? ________________________________________
Circule o grupo no qual você está interessado: Homens Mulheres Jovens
Assinatura ________________________________________ Data _______________
Nota: Se mulheres são permitidas na equipe de voluntários em uma instituição para homens, é importante recordar que se deve insistir nas normas mais altas de conduta e vestimenta. O mesmo se aplica aos homens que ministram em prisões de mulheres. Quando possível, tenha equipes formadas por marido e mulher. Estas equipes não somente evitam situações difíceis, porém também adicional uma dimensão extra aoi modelar as boas relações entre marido e esposa.
Depois que você escolhe seus voluntários, treine-os:
n Reveja sua proposta de ministério de prisão com eles.
n Discuta onde eles se encaixam melhor no programa.
n Use este manual para treiná-os no ministério de prisão.
n Organize para alguma orientação da instrução como um primeiro passo em desenvolver o interesse e eliminar aqueles que se sentem incomodados com este tipo de ministério.
n Assegure-se de obter a permissão apropriada para voluntários entrar na instituição.
n Fala com que seus voluntários completem qualquer treinamento exigido pelo capelão ou pela administração da instituição na qual você estará ministrando.
n Assegure-se que os voluntários estejam bem treinados.
n Assegure-se de que todos estão vestidos adequadamente para a visita ou impacto coletivo na prisão.
n Verifique se todos têm a identificação apropriada para entrar no lugar.
n Há muitas maneiras diferentes pelas quais cultos ou reuniões possam ocorrer dentro da prisão. Se você encontra um formato eficaz, não duvide em torná-o a espinha dorsal de seu ministério – porém, não tenha medo de, de vez em quando, experimentar novas idéias e abordagens. Veja o Capítulo Seis deste manual para diretrizes sob como dirigir os cultos na prisão.
n Esteja claramente certo de que todos entendem seu papel individual no ministério: o que fazer, quando e qualquer constrangimento de tempo envolvido.
“Continue alcançando as pessoas dentro das prisões. Há muitas pessoas aqui que amam ao Senhor como eu – ou que poderiam ser como eu – pessoas em cujas vidas vocês poderiam representar uma diferença se as alcançassem. Se a igreja os vissem e os abraçassem como parte do corpo de Cristo – discipulando-os e nutrindo-os no Senhor e ensinando-os a discipular outros ao seu redor – um reavivamento saltará dentro das paredes”.
Prisioneira do Corredor da Morte do Texas
Karla Faye Tucker
3 de fevereiro de 1998
1. Escreva o versículo-chave de memória:
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2. Resuma os passos discutidos neste capítulo para começar um ministério de prisão.
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3. Quais são alguns dos vários tipos de ministérios que você poderia proporcionar em uma instituição?
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4. Quais são algumas maneiras de recrutar voluntários?
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5. Quais são algumas sugestões dadas neste capítulo para treinar voluntários?
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo deste manual).
Capítulo Quatro
Correspondendo Com Os Presos
VERSÍCULO-CHAVE:
“Escrevi-lhes estas coisas, a vocês que crêem no nome do Filho de Deus, para que vocês saibam que têm a vida eterna” (1 João 5.13).
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Explicar como começar a corresponder com um preso.
n Resumir as diretrizes para corresponder-se com os presos.
Este capítulo é para aqueles que desejam estar envolvidos em um ministério de correspondência com presos. Explica como começar e apresenta as diretrizes para uma correspondência segura e eficaz.
Primeiro, contate as autoridades apropriadas da instituição. Algumas prisões proporcionam programas que conectam os presos com “amigos de fora” por meio de correspondências e/ou visitas. Se a prisão não tem tal programa, contate ao capelão para obter os nomes daqueles que necessitam de alguém para escrever a eles.
Segundo, obtenha uma lista das regras para corresponder-se com os presos nessa prisão específica. A maioria das instituições tem estabelecido regras escritas que governam a correspondência. Estas diferem de instituição a instituição. Algumas prisões permitem-lhe enviar selos e papéis de carta através do correio, livros de capa flexível, folhetos do evangelho, Bíblia e fitas de áudio. Outras instituições têm procedimentos específicos para enviar tais materiais, ou seja, o livro deve vir diretamente do publicador. Algumas instituições não permitem aos presos receber qualquer um destes itens através do correio.
Aqui estão algumas diretrizes para ajudar-lhe a corresponder-se eficazmente com os presos.
1. Tenha em mente enquanto você escreve aos presos que muitos deles se sentem inseguros, ressentidos e sozinhos.
n Eles são inseguros, porque eles têm sido abusados ou tiraram vantagem deles nos relacionamentos passados. Eles podem questionar seu motivo para escrever: “O que você está ganhando com isso?” Trabalhe para desenvolver uma confiança mútua, respeito e compreensão.
n Os presos estão frequentemente ressentidos porque eles têm sido rejeitados pela sociedade e depois de tudo, você também é membro dessa sociedade. Dê aos presos o amor incondicional e compreensão.
n Os presos se sentem sozinhos porque eles foram alienados da sociedade, amigos e família. Muitos têm sido rejeitados pelo último. Uma semana sem uma carta pode parecer como um ano, por isso escreva frequentemente e responda rapidamente.
2. Ore para que Deus lhe ajude a entender cada carta apropriadamente e dirigi-o na resposta apropriada. (Veja o Capítulo Doze sobre “Relacionando-se Com os Presos”).
3. Se possível, é melhor não usar seu domicilio ao responder as cartas. Use uma caixa postal ou o endereço de sua igreja ou ministério. Isto evitará possíveis problemas futuros, quer dizer, outro preso pegar o seu endereço domiciliar, um preso em liberdade condicional aparecer inesperadamente em sua porta, etc.
4. Deixe claro desde o início que você não está buscando nenhum envolvimento amoroso. É fácil para os prisioneiros se apegarem a alguém – mesmo quando eles nunca o viram – devido à solidão que eles enfrentam. Eles podem interpretar mal a sua bondade. Se isso acontece, você deve ser honesto em sua próxima carta ou visita. Seja cortês e discreto, porém firme nesta área. Alguns ministérios restringem os amigos de correspondência ao mesmo sexo.
5. Não compartilhe nada sobre si mesmo que possa ser usado depois contra você, por qualquer razão.
6. Não envie dinheiro a menos que você realmente tenha orado sobre isso e está seguro que Deus está dirigindo-o para fazer isso. Se você envia dinheiro, nunca o empreste. Envie-o como uma oferta sincera, porém deixe claro que ele não deve espera outras ofertas futuramente. Assegure-se de esclarecer a oferta através dos canais apropriados da instituição.
7. Não prometa ajuda como emprego, alojamento, etc., depois da libertação da prisão a menos que o ministério com o qual você está envolvido esteja preparado para fazê-o adequadamente. Seu propósito em escrever é ser uma fonte de estímulo no Senhor. Qualquer exigência para serviços sociais deve ser canalizada aos ministérios apropriados de libertação pós-prisão.
8. Também não seja “pregador” ou moralizados em suas cartas. Estabeleça primeiro o relacionamento, depois é fácil compartilhar as questões espirituais. Compartilhe as coisas de sua vida diária, o que faz o preso sentir-se parte de sua vida e família.
9. Inclua em sua carta algo que lhe permitam enviar, como...
n Fotografias.
n Recortes de noticias interessantes.
n Palavras-cruzadas ou caça-palavras.
n Postais.
n Uma oferta de selos ou papéis, de vez em quando, se a instituição permite.
n Cartões com caricaturas.
n Marcadores de livros.
n Lições ou estudos bíblicos por correspondência.
“É tão fascinante – as cartas que eu tenho recebido – que não há como descrevê-o. Eu sou tão abençoada. Obrigada, do fundo do meu ser. Não há nenhuma palavra para expressar o que significa. Meu coração clama para que outros também possam experimentá-o”.
Prisioneira do Corredor da Morte do Texas
Karla Faye Tucker
(considerando suas correspondências)
TESTE O SEU CONHECIMENTO
1. Escreva o versículo-chave de memória.
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2. Quais são as coisas importantes para fazer quando você quer começar a corresponder-se com um preso?
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3. Resuma as diretrizes para corresponder-se com os presos que foram discutidas neste capítulo.
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo deste manual).
Capítulo Cinco
Visitando Os Presos
VERSÍCULO-CHAVE:
“Lembrem-se dos que estão na prisão, como se aprisionados com eles...” (Hebreus 13.3).
OBJETIVOS:
n Explicar por que a visita pessoal é um ministério importante.
n Explicar como envolver-se em uma visita individual aos presos.
n Resumir as diretrizes para visitar individualmente a um preso.
Muitos presos nos cárceres e prisões não têm ninguém para visitá-os:
n Sua família pode viver a uma grande distância de onde eles estão encarcerados ou não possuem transporte/finanças necessários para visitar.
n Sua família pode ter rejeitado ou eles podem não ter familiares.
n Os antigos amigos podem ter rejeitado.
As visitas pessoais a um preso é uma das áreas mais recompensadoras do ministério de prisão. Este capítulo explica sua importância, os detalhes de como envolver-se, e oferece diretrizes para visitar individualmente aos presos.
A IMPORTÂNCIA DA VISITA PESSOAL
Visitar um preso em uma base individual é um ministério importante pelas seguintes razões:
n Cada alma é valiosa para Deus: “O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Ao contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento” (2 Pedro 3.9). Jesus ministrou às multidões, porém Ele sempre tinha tempo para o indivíduo (veja, por exemplo, João 4).
n Muitos presos não participaram dos cultos. Talvez eles tenham se “desligado” da igreja por causa de experiências negativas. Eles também podem ter medo de que os outros presos interpretem a ida aos cultos na prisão como fraqueza e os tornar vulneráveis.
n Muitos presos nunca experimentaram a verdadeira, piedosa e incondicional amizade. Eles só conheceram relacionamentos abusivos ou impuros.
n Como a maioria de nós, é mais fácil abrir-se em um contato pessoal do que em um grupo. Você pode discutir muitos problemas em uma visita pessoal que não podem ser discutidos em uma cena grupal. O preso pode compartilhar necessidades pessoais com você, você pode orar e pode estudar a Palavra juntos, e forjar um vínculo espiritual íntimo.
n Você se torna uma ponte de regresso à sociedade para o preso. Eles terão um amigo esperando quando eles forem libertados da prisão.
n Ninguém pode ter muitos amigos. Você não somente será uma bênção, porém você será abençoado por uma verdadeira amizade com um preso.
Aqui estão algumas diretrizes sobre como envolver-se em uma visita pessoal aos presos.
n Inquira sobre o programa de visita à prisão onde você quer ser voluntário. Muitos têm um programa organizado para os presos se corresponderem com voluntários que querem visitar individualmente.
n Se a instituição não tem um programa organizado para relacionar presos com visitantes, peça ao capelão que o relacione com um preso. Se não há nenhum capelão, consulte o administrador encarregado das visitas e peça-lhe isso.
n As pessoas que estão ministrando dentro da prisão em uma base grupal nos programas religiosos também se tornam uma boa fonte. Frequentemente eles conhecem os presos que não têm ninguém para visitá-os ou que se beneficiaria de uma atenção especial.
n Se possível, troque uma cartas com o preso antes se sua primeira visita. Vocês já se sentirão como amigos quando se encontrarem pela primeira vez.
Aqui estão algumas diretrizes para a visita:
n Passe pelos canais apropriados para ser aprovado pela instituição como um visitante. Você pode ter que preencher certos formulários, ser aprovado antes de sua primeira visita, levar um tipo específico de identificação, etc.
n Aprenda e cumpra todas as regras para a visita pessoal na instituição onde você deve visitar. As regras podem incluir problemas como dias e horários para a visita, vestimenta apropriada, segurança, e códigos de vestimentas. Eles normalmente governam o que pode e não pode levar à instituição com você. Muitas prisões possuem suas regras por escrito. Peça-lhes estas regras. (Para diretrizes gerais, veja o Capítulo Onze deste manual sobre “Códigos de Vestimentas e Segurança”).
n É melhor fazer uma visita individual com uma pessoa do mesmo sexo. Isto evita as ciladas das relações românticas impróprias.
n Normalmente, é melhor não dar dinheiro a um preso ou sua família. Se você crê que há uma necessidade legítima e você realmente crê que Deus está dirigindo-lhe a fazer isso, é melhor dar a sua ajuda anonimamente através do capelão ou outro contato na instituição.
n Se você cria uma amizade real com um preso, será mais fácil discutir as questões espirituais e compartilhar o evangelho com eles.
n Não pregue ou repreenda. Peça a Deus que lhe mostre como compartilhar Seu amor e Palavra de uma maneira que será aceitável. Depois que um preso se torna um crente, continue o discipulado com ele na Palavra de Deus.
n Se a instituição permite, dê uma Bíblia e literatura de discipulado a seu amigo. Dependendo das regras institucionais, podem permitir-lhe enviar estes artigos através do correio, pode levá-os com você ou os materiais podem ser dados ao capelão para ele entregar.
n A menos que você tenha o treinamento ou esteja capacitado por Deu na área de aconselhamento pessoal, não assuma este papel no relacionamento. Você está ali como um amigo. Não pense que você deve dar uma resposta a cada problema levantado.
n Como em qualquer amizade, seja um bom confidente. Guarde informação pessoal compartilhada por seu amigo especial confidencial.
n A prisão é um lugar muito impessoal, desumanizador e um preso não tem muita oportunidade de receber atenção individual. Faça a seu amigo sentir-se especial. Faça de sua visita uma ocasião positiva, enriquecedora e divertida.
n Sempre relembre que você está ali como representante do Senhor Jesus Cristo, porém não gaste todo seu tempo nas questões espirituais. Crie uma relação equilibrada assim como você faz com seus próprios amigos pessoais. Discuta os eventos atuais, riam juntos, divirtam-se com seu amigo!
1. Escreva o versículo-chave de memória.
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2. Por que a visita pessoal é um ministério importante?
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3. Liste maneiras de envolver-se em uma visita individual com os presos.
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4. Resuma as diretrizes cedidas neste capítulo para visitar individualmente a um preso.
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
Capítulo Seis
DIRIGINDO REUNIÕES GRUPAIS
VERSÍCULO-CHAVE:
“Ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor” (Mateus 9.36).
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Identificar vários tipos de reuniões de grupo que podem ser dirigidas em prisões.
n Resumir as diretrizes para dirigir as reuniões de grupo.
Muitas prisões oferecem oportunidades para ministérios de grupo aos presos. Este capítulo identifica vários tipos de ministérios de grupo e as diretrizes sugeridas para dirigir esses grupos.
Há muitos tipos de reuniões cristãs de grupo para dirigir em uma reunião:
n Cultos de adoração
n Estudos bíblicos
n Classes de música (para treinar vocalistas, músicos ou um coral para os cultos de adoração na prisão).
n Apresentações musicais e dramáticas
n Escritos cristãos
n Os Grupos pequenos oferecem uma abordagem cristã à aflição e/ou aos problemas emocionais.
n Classes de pais
n Cursos de universidades bíblicas
n Classes de discipulado para os novos crentes
Recorde as diretrizes cedidas em Capítulo Três deste manual para preparar e submeter sua proposta à Instituição.
Aqui estão algumas diretrizes gerais para dirigir os cultos grupais em uma prisão.
HORÁRIO:
As instituições correcionais funcionam em um horário estrito. Todas as reuniões de grupo devem começar e terminar a tempo.
MÚSICA:
A música para os cultos de adoração na prisão devem ser animadas e edificantes. Canções que poderiam ser mal-entendidas para os residentes como “condenação” ou que os “colocam pra baixo” não devem ser usadas. Não use músicas deprimentes como “Ninguém o problema que eu tenho passado”. Se você está usando retro projetor, hinários, ou playbacks, tenha estes artigos preparados. Sempre receba permissão do capelão antes de colocar as atividades musicais que são diferentes daquelas que sua equipe normalmente faz (grupos especiais, cantatas e etc.).
ORAÇÃO:
Aqui estão algumas sugestões durante o tempo de oração:
n Mantenha as orações curtas e específicas a menos que o Espírito Santo se mova de uma maneira especial. Uma oração demorada não somente poderia tornar o culto tedioso, porém poderia ser incompreendido pelos prisioneiros como “estas pessoas necessitam de orações demoradas”.
n Nenhuma posição particular ou postura é importante, porém quando há uma multidão grande (50 ou mais), seria aconselhável deixar a congregação sentada ou permanecer de pé enquanto oferecendo a oração em lugar de chamá-os a diante para ajoelhar-se (Isto é por uma questão de controle).
n Gaste a maioria do tempo orando pelo bem-estar físico, social, mental e espiritual dos presos – suas preocupações e aqueles que se relacionam a suas famílias. Também ore para os funcionários da instituição.
n É bom manter seus olhos abertos um pouco (ou tenha um membro de sua equipe designado para manter seus olhos abertos) por uma questão de controle.
LEITURA DA ESCRITURA:
A Pessoa que lê a Escritura, durante um culto de adoração, está fazendo eco da “voz de Deus” e está estabelecendo o tom para o sermão ou lição. Leia o texto com expressão, reverência e impressão (veja Neemias 8.8). Anuncie claramente, antes de começar a ler, onde a Escritura está (o livro, capítulo e versículos). Dê tempo aos que têm Bíblias para encontrarem a passagem. Projete sua voz àqueles na parte de trás do lugar. Permaneça ereto e fale claramente. Leia a Palavra de Deus tão grandiosamente que as emoções dos prisioneiros de revolverão e seus corações se voltarão ao Céu.
TESTEMUNHOS:
Se alguém pede para dar um testemunho, não faça disso uma oportunidade para pregar. Não use o jargão eclesiástico como “desde que eu compreendi a mensagem” ou “depois que eu aceitei a verdade”. É bom usar coisas como “desde que me tornei um cristão” ou “depois que aceitei a Jesus Cristo como meu Salvador pessoal”.
Permaneça com seu testemunho centrado em Cristo e siga o ABC do testemunho:
A. Sempre conte o que Cristo tem feito para você e/ou sua família, coisas contundentes que são pertinentes para fortalecer a fé dos prisioneiros. Não embeleze o pecado dizendo detalhes explícitos.
B. Assegure-se de mantê-o tão curto quanto possível, preferivelmente de 2 a 3 minutos. Não tente dizer tudo. Recorde que você está trabalhando em um horário fixo. Quanto mais você fala, menos tempo o pregador terá para entregar a Palavra.
C. Verifique seu conteúdo. Fale claramente e audivelmente, sobretudo se nenhum microfone está disponível, para que você seja ouvido e compreendido por todos.
PREDICAÇÃO OU ENSINO:
Mensagens preparadas para pregar ou ensinar em uma prisão não devem exceder 30 minutos (a menos que, é claro, o Espírito Santo esteja entrando de alguma maneira dramática). Muitos presos têm um tempo limitado de atenção. Você também quer deixar bastante tempo ao final de sua mensagem para que você possa concluir as coisas adequadamente e visitar por um momento os visitantes (a amizade é importante para eles).
Faça suas mensagens pertinentes aos presos. Ajuste sua apresentação ao que você sabe de seu público. Mensagens que edificam o caráter e dão estímulo sempre são bons. Ao fazer um ponto sobre algo errado ou mau, sempre use “nós” para incluir-se.
O seguinte nunca deve ser feito em uma mensagem:
n Nunca afronte os presos. Eles já têm recebido o suficiente disso da parte de parentes, advogados, juízes e etc.
n Nunca faça declarações que possam ser mal interpretadas pelos funcionários da prisão como uma brecha na segurança.
n Nunca degrade outras religiões.
n Nunca apresente uma atitude “eu sou mais santo do que você”.
n Nunca faça perguntas antagônicas ou assuma que o grupo não concorda com você.
n Nos grupos pequenos, onde quer que possível, use o arranjo dos assentos em círculo.
n Nos grupos pequenos, anime a participação da classe. O método de perguntas e respostas é o mais eficaz. Não permita que uma pessoa domine a conversa.
n Assegure-se que todos têm uma Bíblia e anime-os à sua leitura.
n Se você tem que retirar uma pessoa indisciplinada do grupo, seja cortês e discreto, porém firme. Se necessário, consiga a cooperação de um funcionário correcional.
RESPOSTA:
Se você pede a resposta do grupo ao final de uma mensagem – para aceitar a Cristo como Salvador ou re-dedicar suas vidas – esteja muito claro sobre exatamente o que você quer que eles façam e por quê. Se você tem um grupo grande, é melhor fazê-os levantar suas mãos em lugar de avançar (por precauções de segurança).
PARTICIPAÇÃO DO PRESO:
Anime os presos a tomarem parte no culto. Por exemplo, um preso pode cantar uma música solo ou compartilhar seu testemunho. Tenha cuidado com respeito ao conteúdo e duração da participação do preso. Tenha em mente que você está trabalhando dentro de um horário fixo e você pode permitir somente uma quantidade mínima de participação dos residentes em cada culto. Se necessário, tenha uma “lista de espera”. Assegure-se de ajudar os presos que querem cantar músicas solo, pois alguns que são novos crentes não podem escolher a música apropriada. Sempre mantenha o controle. Não permita que nenhum preso tome o controle da reunião do grupo.
Nas reuniões de grupo pequeno – especialmente os grupos cristãos tratando com vícios – dê oportunidade a todos os presos para participar e compartilhar. Um preso que ataca outro verbalmente em tais sessões pode produzir um efeito desagradável. Intervenha dirigindo o grupo de volta aos problemas em lugar de tratar com personalidades.
ACOMPANHAMENTO:
Presos que indicam sua aceitação de Jesus Cristo como seu Salvador pessoal durante um apelo no final de uma reunião – ou em qualquer outro momento – deve receber cuidado adicional enquanto ainda está na instituição.
Se possível, seus nomes devem ser registrados e uma cópia será dada ao capelão e outra ficará com você. Encoraje aos presos para participar das sessões de estudo da Bíblia, reuniões dominicais e outras oportunidades oferecidas na instituição.
Se a instituição provê uma maneira de eles serem batizados na água, eles devem receber a instrução sobre isso e oportunidade de fazer isso. (Uma prisão tem tanques que o capelão pode encher de água para os cultos de batismo).
Os novos convertidos serão como as crianças mais novas que dão seus primeiros passos espirituais. Na maior parte do tempo, seu ambiente será estranho e oposto às suas novas crenças. Eles necessitam de apoio constante, estímulo e oração. Eles devem:
n Ser mantidos tão espiritualmente ativos quanto possível participando nos cultos de adoração, estudos da Bíblia, e outras atividades cristãs.
n Receber um pouco de responsabilidade no ministério tanto quanto eles estejam prontos a aceitá-a. Muitos são bastante talentosos e seus talentos apropriados devem ser utilizados para o serviço de Deus. Um estudo dos dons espirituais lhes ajudará a identificar e começar a fluir nos dons que Deus tem dado a eles.
n Ser encorajados a continuar a assistência regular aos serviços de adoração e sessões de estudo da Bíblia.
n Ser encorajados a desenvolver amizades com outros cristãos dentro e fora da instituição. Você pode querer designar a um “companheiro” espiritual a cada novo convertido. Esta pessoa visitará e/ou escreverá regularmente ao residente, assim como manterá contato depois que eles forem libertados da prisão. Se o prisioneiro com quem você está trabalhando for transferido pra outra instituição, o “companheiro” espiritual pode continuar escrevendo e proporcionando estímulo e direção espiritual. (Cautela: assegure-se de que o “companheiro” espiritual é do mesmo sexo do convertido).
ENTRANDO E SAINDO DO LUGAR:
É importante – sobretudo nos grupos grandes – ter estabelecido os procedimentos para entrar e sair do lugar para manter as coisas ordenadamente, Algumas instituições exigem que os presos assinem a entrada, então há um registro de sua participação. Determine alguns presos para permanecer e colocar o lugar em ordem: equipamentos de segurança, guardar os materiais, recolher o lixo, e arrumar as cadeiras e mesas.
O Fechamento: Você pode ver as luzes a dez milhas de distância, iluminadas contra o telão ocidental de um ocaso glorioso. O caminho que nós viajamos está marcado por uma parte de figos, pêssegos e nozes que estão agora produzindo sua rica colheita anual. No outro lado do caminho, os companheiros estão segando a colheita de feno. Porém, diante de nós, onde as luzes brilham à distância, está a principal colheita.
A Entrada: Quando nós nos conduzimos à prisão, nós primeiro passamos uma guarita policial com numerosos sinais de advertência:
n Você está entrando em uma área restrita: nenhuma arma, revolver, facas ou drogas.
n Exigem que você se submeta a uma revista pessoal e em suas coisas.
n Você está entrando em uma área onde há a conhecida infecção da AIDS.
n Em caso de uma desordem na prisão, nós temos uma política de não-negociação para os reféns.
Primeiro nós entramos no centro dos visitantes. Ali nós devemos tirar todas as jóias, qualquer item em nossos bolsos, os cinturões e relógios. Uma busca é feita em nossas Bíblias e bolsa de livros e nós atravessamos o detector de metal. Nós somos, então, anotados, recebemos um crachá e nossos braços são carimbados com um código de identificação ultravioleta.
Nós saímos do centro de visitantes e entramos em uma sala pequena e esperamos para que a grande porta seja aberta. Quando isso acontece, nós caminhamos para dentro de outra sala pequena. A porta metálica que está atrás de nós é fechada com fortes sons ressoantes, então a porta diante de nós se abre e nós seguimos em frente, ao centro de controle. No centro de controle, nós cercamos a campainha externa. A porta se abre, fecha atrás de nós, nossa identificação é verificada, e outra grande porta se abre. Nós ficamos rodeados por cercas altas cobertas com arame farpado. Nós atravessamos o lugar para um quarto pequeno na extremidade oriental onde a colheita espera.
A Colheita: Assentos humildes de madeira enchem um recinto plano e retangular. Não há nenhuma janela de vidro, nenhum carpete, ou bancos confortáveis. Porém, o recinto está repleto com a colheita de vidas humanas. As mulheres preenchem os assentos, alinhadas na parede, e se sentam no chão.
n Permita-nos apresentá-o primeiro à AG, que está cumprindo 15 anos de sua condenação perpétua por matar um traficante. Sua vida foi milagrosamente transformada pelo poder de Deus. Ela é pessoalmente responsável por muitas outras na prisão perpétua que enche a sala. Elas vieram a ter suas próprias vidas transformadas quando elas viram a diferença em sua vida.
n SK era uma professora até a noite fatal quando ela bebeu demais, entrou em seu automóvel, bateu e matou um pedestre. SK agora é uma cristã nascida de novo.
n DL veio de um passado onde era parte de uma seita satânica. Ela era uma sumo sacerdotisa na igreja de Satanás. Quando criança, ela foi abusada por seu padrasto e teve seu primeiro filho com 12 anos de idade. Cumprindo pena por ofensas relacionadas a seqüestro e drogas, ela foi salva, cheia com o Espírito Santo e obteve seu grau universitário em uma universidade cristã enquanto encarcerada.
n AM veio das drogas e meretrício. Ela nunca em sua vida completou algo que ela começou até que ela terminou um curso na universidade bíblica da prisão. Ela está ministrou a Palavra de manhã, e esta noite ela está de pé com o rosto brilhante para dar glória a Deus. Ela caminhou sozinha para dentro destas portas. Ela sai com Deus.
Nós gostaríamos de ter tempo para apresentar-lhe cada uma das estudantes. Elas foram ladronas, viciadas, esbanjadoras, meretrizes e assassinas. O que a educação, reabilitação e conselhos não puderam fazer, o poder do Evangelho tem feito. Quando nós ministrarmos a Palavra de Deus, você verá lágrimas de arrependimento. Você ouvirá vozes levantadas em louvor a Deus. Você poderá ver até mesmo danças e gritos diante do Senhor. Ainda que elas estejam por trás das grades e cercas de arame farpado, estas mulheres têm encontrado a liberdade em Jesus Cristo. Esta é a verdadeira colheita.
1. Escreva o versículo-chave de memória.
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2. Liste os vários tipos de reuniões de grupo que podem dirigir-se nos cárceres e prisões.
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3. Resuma as diretrizes dadas neste capítulo para cada uma das seguintes áreas:
Horário: ________________________________________
Música:
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Oração:
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Leitura da Bíblia:
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Testemunhos:
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Pregação e ensino:
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Resposta:
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Participação do preso:
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Acompanhamento:
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Entrando e saindo do lugar:
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(As respostas se encontram no final do último capítulo deste manual).
Capítulo Sete
ASSISTINDO AS FAMÍLÍAS DOS PRESOS
VERSÍCULO-CHAVE:
“... em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12.3, RA).
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Explicar por que as famílias dos presos estão frequentemente em crise.
n Identificar as maneiras pelas quais você pode assistir ás famílias dos presos.
n Resumir as diretrizes para assistir as famílias dos presos.
Milhares de famílias são diretamente afetadas a cada ano por ter um de seus amados em uma cadeia ou presídio. A maioria destas famílias está fragmentada e cheia de solidão, ansiedade e sentimentos de rejeição. Algumas destas famílias recebem a atenção adequada de uma igreja.
Deus disse a Abraão que através dele “serão benditas todas as famílias da terra”. Como herdeiros espirituais de Abraão, nós podemos abençoar as famílias também. Este capítulo explora as maneiras que você ou sua igreja podem usar para se envolver em ministrar às famílias dos presos.
Quando um membro da família é preso, normalmente cria uma grande ansiedade, medo e incerteza para seu cônjuge, filhos ou pais. O encarceramento traz uma crise dupla a uma família. A primeira crise é que um dos membros da família tem sido encarcerado por quebrar alguma lei. A segunda crise é que a família é separada do preso. Perder um membro da família por causa de encarceramento é parecido com a morte de uma pessoa.
As crianças enfrentam vergonha e perda quando um pai está na prisão. Elas podem ter que mudar de lugar, viver com parentes, amigos, nas casas de adoção, ou instituições. Muitos não conseguem visitar o pai encarcerado – talvez devido às ordens do tribunal, distância da prisão, ou à situação financeira, o que torna a visita proibitiva (os custos para o transporte, comida, alojamento).
Aqui estão algumas maneiras práticas para assistir as famílias dos presos:
Transporte e Hospitalidade: Proporcione transporte de ida e volta à instituição para que a família possa visitar. Se você vive perto de uma prisão, providencie um lugar para a família passar uma noite enquanto visitando. Os estudos têm mostrado que uma família que fica junta e mantêm contato com o membro da família na prisão tem uma influência importante em ajudá-o a reajustar-se à sociedade quando for solto.
Informação: A família pode não saber como conseguir informações – coisas como as datas da sentença, quando e como visitar, ou como obter representação legal. Você pode ser de grande ajuda se você se familiariza com o sistema.
Serviços Sociais: Compartilhe informações sobre agências públicas e privadas cuja função é proporcionar emprego, ajuda legal, albergue, ajuda financeira, conselho, educação, etc. A família também pode necessitar da ajuda solicitando estes programas.
Emprego: Se o assalariado é aquele que está preso, o cônjuge pode precisar de um emprego.
Alojamento, Comida, Roupa e Finanças: A família pode necessitar de um albergue temporário ou permanente, comida ou finanças para ajudar a chegar ao parente por seus próprios pés. Se você ou sua igreja proporciona ajuda financeira, devem ser usados cheques[1] – se possível – e feitos especificamente para as notas envolvidas, diretamente ao proprietário, lojas e etc.
Conselho: A família inteira ou os membros familiares individuais podem precisar de conselho pessoal tratar com, a crise.
Presentes em ocasiões especiais: Natal e aniversários são difíceis para as crianças e seus pais (presos). Uma maneira de ajudar é comprar presentes para o natal e aniversário, e os doar às crianças dos presos. Isto alegra o preso e a criança!
Uma igreja local: A coisa mais importante que você pode fazer para a família de um preso é proporcionar uma amável, apoiadora e acolhedora igreja local.
Há duas coisas importantes que você deve fazer antes de contatar a família de um preso:
n Verifique com o capelão ou administração na prisão onde você está ministrando. Veja se há regras contra isso ou um procedimento estabelecido que você deva seguir.
n Obtenha a permissão escrita do preso para que a família e a instituição saibam que você tem a aprovação dele/dela. O pedido também esclarece o propósito para seu contato. Você pode usar e/ou adaptar o formulário que segue.
Nós estamos contentes de acompanhar seu pedido para contatarmos a seus membros familiares para proporcionar estímulo, conselho, estudo da Bíblia e ajuda nas necessidades práticas quando possível – porém nós necessitamos de sua permissão. Por favor, complete este formulário. Por favor, escreva:
Nome ________________________________________
Número de identificação __________________________
Informação do Dormitório ___________________
Instituição __________________________
Localização _________________________________
Por favor, contate:
Nome Endereço Telefone Relação Propósito
do Membro Familiar com você para contato
________________________________________
Assinatura __________________________________ Data _________________
A aprovação do capelão ou administrador institucional:
Por ____________________________ ________
Assinatura Data
Por favor, note: nós não podemos contatar os parentes com quem a justiça o tem proibido de comunicar-se.
Uma ligação telefônica amistosa ou uma visita curta devem iniciar este ministério. No término da visita ou ligação ofereça uma breve oração. Na próxima visita, leve uma cópia da mesma literatura que o preso está usando para os membros adultos da família para que eles possam juntos progredir espiritualmente. Se eles não estão interessados na literatura, então continue visitando em uma base estritamente amistosa e de apoio. Sempre tente limitar a conversação às condições presentes da casa, família, emprego e planos para o futuro. Desencoraje intenções de permanecer nos aspectos negativos do passado. Nas visitas subseqüentes, a família pode compartilhar os problemas pessoais com você. Se uma necessidade básica é óbvia, discretamente inquira se você pode ser de ajuda para satisfazê-a.
Nota: equipes de marido e mulher são os visitantes ideais. Os homens nunca devem visitar a esposa de um preso sozinho, nem uma mulher deve visitar o marido de uma prisioneira sozinha.
Quando você está trabalhando com a família de um preso, mantenha confidência de todas as questões pessoais. Somente compartilhe o que você tem recebido permissão específica do membro familiar do encarcerado para revelar. Nunca se envolva em questões legais ou menção de problemas entre o preso e a família dele.
Dentro de Uma Prisão Russa...
Um Desafio Para os Ministérios Internacionais de Prisão
Por Patricia Hulsey
Quando nós entramos na prisão, as salas grandes e escuras com o gesso despregando e a ferrugem nos encanamentos leva a uma escadaria ainda mais profunda. Nós descemos as escadarias e cruzamos um pátio gelado com cães de guarda ferozes que latem por trás dos alambrados. Nós, então, entramos no vestíbulo de um grupo de celas úmidas com portas de metal pesado.
Celas abarrotadas com quinze prisioneiros e cinco camas não são incomuns. Os presos dormem em turnos devido à falta de camas. Muitas camas não possuem cobertas, mantas, ou colchões. Não há nenhum produto de higiene pessoal. Não há nenhuma privacidade para o lugar da latrina na cela. Uma lâmpada está pendurada no teto. O fedor é horrível. Não há ar fresco. Não há nenhuma televisão, rádios ou livros. Não há nenhum culto religioso. Os presos usam a ducha uma vez por semana e somente é permitido ficar fora das celas quinze minutos por dia. As celas estão infestadas de piolhos. O almoço é um caldo esverdeado servido em pratos de estanho.
Foi neste ambiente triste que nós fomos de cela em cela ministrando o amor de Jesus, distribuindo Bíblias e materiais de estudo. Pouco antes das portas de metal se fechassem atrás de nós, um preso – um porta-voz para esse grupo de celas – comentou: “Nós agradecemos as coisas que você nos trouxe, porém o que é mais importante é que você se importou em viver de qualquer jeito”.
UM MINISTÉRIO NASCIDO NO CORAÇÃO DE DEUS
Por Dr. Bob Schwarz
Diretor Titular do Ministério de Prisão, Estado do Colorado,
Homens de Negócio do Evangelho Pleno, Capelão CCC-DOC Internacional.
O ministério de prisão é um ministério sobrenatural nascido no coração de Deus. É um ministério ao qual deve ser ungido, designado, escolhido, chamado, e enviado. Dever ser feito no reino do Espírito em obediência absoluta à vontade de Deus. Quando o Senhor nos chama a este ministério, Ele nos dá a Sua própria carga, amor e compaixão do Seu Espírito Santo. É um ministério especial e precioso a Cristo.
É um ministério do qual Ele recebe muita glória e a qual Ele tem comprometido todos os Seus recursos celestiais. Ele está atraindo a Ele os homens e mulheres, rapazes e moças na prisão. Frequentemente nós pregamos a famílias inteiras. Em algumas nações as crianças são aprisionadas com seus pais. Classes de evangelização de crianças estão sendo realizadas nestas nações para alcançar a estas crianças para Cristo.
É um ministério muito próximo do coração de Deus e ser selecionado por Ele para ser parte de Sua equipe é uma verdadeira honra. É o ministério de um servo realizado pelo poder de Deus no reino do Espírito. Um ministério em que nós segamos através do conhecimento por revelação (verdade ensinada pelo Espírito, vinda do Espírito de Deus a nosso novo homem), do coração do Pai ao coração de Seus filhos. É um ministério de atar e desatar, conhecendo através do Espírito Santo quais espíritos atar, e que espíritos devem ser desatados. É um ministério de discipulado onde se ensina aos presos através do conhecimento por revelação a serem vitoriosos na vida e, então, enviados para serem pescadores de homens para Cristo.
É um ministério que traz muita alegria ao coração de Deus e àqueles a quem nós alcançamos em o nome precioso de Cristo e através do Evangelho glorioso de nosso Senhor e Salvador.
“Lembrem-se dos que estão na prisão, como se aprisionados
com eles”
(Hebreus 13:3).
1. Escreva o versículo-chave de memória.
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2. Por que a família de um preso está frequentemente em crise?
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3. Quais são as maneiras pelas quais você pode ministrar às famílias dos presos?
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4. Quais são as duas coisas importantes que você deve fazer antes de contatar a família de um preso?
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5. Resuma as diretrizes dadas neste capítulo para ministrar às famílias dos presos.
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
Capítulo Oito
MINISTRANDO AOS PRESOS
DO CORREDOR DA MORTE[2]
VERSÍCULO-CHAVE:
“Cheguem à tua presença os gemidos dos prisioneiros. Pela força do teu braço preserva os condenados à morte” (Salmos 79.11).
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Explicar como começar um ministério aos prisioneiros do corredor da morte.
n Discutir as diretrizes para ministrar aos presos do corredor da morte.
n Explicar como ajudar a um preso do corredor da morte a preparar-se para morrer.
Algumas prisões possuem “corredores da morte” – unidades especiais onde se alojam os prisioneiros que foram condenados à morte pelo sistema legal de sua nação, estado ou província. Estes presos normalmente são mantidos segregados ou em máxima segurança. O corredor da morte é um segmento singular da instituição penal, e este capítulo foi elaborado para ajudar-lhe a ministrar eficazmente neste ambiente.
Um ministério para o corredor da morte em qualquer ministério de prisão deve ser aprovado por um capelão ou pela administração da instituição. Na maioria dos casos, não lhe permitirão acesso imediato a um corredor da morte. O capelão ou administrador desejarão observá-o em outras situações na prisão – em grupo ou em ministério individual aos presos da população em geral.
Algumas instituições não permitem ministérios de grupo no corredor da morte devido aos riscos de segurança.
Não se desanime – podem permitir que você ministre em uma base individual através de visitas ou por escrever a um preso do corredor da morte. Isto pode ser muito eficaz, tanto pelo que se refere a criar relacionamentos genuínos e compartilhar a mensagem do Evangelho. Isso também pode levar, depois, à possibilidade de ministério em grupo.
Se não são permitidas as reuniões de grupo, explore maneiras alternativas de ministrar no corredor da morte. Por exemplo, em uma instituição onde o ministério de grupo não foi permitido, um videocassete foi aprovado para ser levado e o capelão e os voluntários proporcionaram vídeos cristãos para o corredor.
Algumas instituições modernas possuem circuito fechado de televisão e talvez isto possa ser usado para exibir cultos de adoração gravados em vídeo. Também podem permitir fitas de áudio de conteúdo cristão. Você também pode encaixar os presos do corredor da morte com um visitante cristão que ministrará a eles individualmente.
Se você está ministrando escrevendo ou visitando em uma base individual com um preso do corredor da morte, revise os capítulos Quatro e Cinco deste manual para obter as diretrizes sopre escrever e visitar. Se você está dirigindo um ministério de grupo, veja os Capítulos Seis, Onze e Doze. As diretrizes gerais nestes capítulos também são aplicáveis ao corredor da morte.
As diretrizes específicas do corredor da morte são as seguintes:
n Há às vezes regras diferentes para visitar, escrever ou dirigir cultos de grupo no corredor da morte devido aos problemas de segurança. Pergunte sobre estas regulamentações e as cumpra rigorosamente!
n Se um preso do corredor da morte mantém a declaração de inocente, você não deve desafiá-o. Há muitos casos onde os presos foram libertados do corredor da morte depois de ter sido provado, sem dúvida alguma, que eles eram inocentes. Se eles mantêm sua inocência, ore com eles para que Deus comece e faça justiça.
n Os sentimentos de isolamento, depressão e desespero são muito comuns porque normalmente se segregam os presos do corredor da morte, confinados frequentemente às suas celas, e mui limitados na escolha de qual programa da prisão eles desejam participar. Você pode ajudar por ser um amigo edificador e proporcionando maneiras de preencher seu tempo (com enigmas, jogos, artes, material de leitura, cursos por correspondência, etc. – qualquer coisa permitida pela instituição).
n Normalmente se sentenciam as pessoas ao corredor da morte devido à natureza violenta dos crimes dos quais eles tem sido acusados e declarados culpados. Alguns podem admitir sua culpa, porém não deve mostrar nenhuma inquietude por seu crime. Você deve ter a habilidade de aceitá-os assim como eles são e, então, através do amor e do poder transformador de Deus – levá-os ao lugar que eles necessitam estar.
n Você deve ter realmente uma compreensão bíblica da regeneração: “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!” (2 Coríntios 5.17). Embora a sociedade possa exigir do preso que ele pague por seus crimes com sua vida, Deus o perdoou e ele é uma nova criação. Eles não são a mesma pessoa que cometeram o crime.
n Assegure-se de que o preso do corredor da morte entenda que converter-se a Deus não significa necessariamente que Ele o libertará da morte. Compartilhe Hebreus 11 com ele. Muitas pessoas piedosas foram libertadas da morte, porém outras foram assassinadas. Alguns foram libertados da prisão; outros, não. Deus quer dar-lhe fé para morrer assim como a fé para viver.
n Continue esperando em fé com um preso do corredor da morte até que todas as opções legais tenham sido exauridas – porém, não tenha medo de ajudá-o a preparar-se se a morte é iminente.
o Há alguém a quem eles necessitam perdoar? Ajude-o no processo.
o Existem pessoas a quem ele necessita pedir desculpas ou buscar o perdão (as vítimas, suas famílias, sua própria família ou amigos)? Ajude-o no processo.
o Se ele possui crianças pequenas, encoraje-o a escrever uma carta especial para ser dada a eles quando eles foram mais velhos.
o Ele possui qualquer questão comercial prática que precisa ser concluída?
o Discuta a morte abertamente, e o fato de que, como um crente, não há nada a temer. Todos nós temos um tempo designado para morrer. A única diferença entre o preso do corredor da morte e os demais crentes é que ele sabe a sua data. Esta pode ser uma coisa positiva, pois lhe dá tempo para fazer e dizer o que precisa ser dito e realizado. Para o crente, a morte foi destruída pela vitória:
“Eis que eu lhes digo um mistério: Nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta. Pois a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados. Pois é necessário que aquilo que é corruptível se revista de incorruptibilidade, e aquilo que é mortal, se revista de imortalidade. Quando, porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: "A morte foi destruída pela vitória". "Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?"(1 Coríntios 15.51-55).
A morte nos solta dos pecados, provas e cargas desta vida:
“Sabemos que, se for destruída a temporária habitação terrena em que vivemos, temos da parte de Deus um edifício, uma casa eterna nos céus, não construída por mãos humanas. Enquanto isso, gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação celestial, porque, estando vestidos, não seremos encontrados nus. Pois, enquanto estamos nesta casa, gememos e nos angustiamos, porque não queremos ser despidos, mas revestidos da nossa habitação celestial, para que aquilo que é mortal seja absorvido pela vida” (2 Coríntios 5.1-4).
Quando um crente morre, isso é precioso aos olhos de Deus:
“O SENHOR vê com pesar a morte de seus fiéis. SENHOR, sou teu servo, Sim, sou teu servo, filho da tua serva; livraste-me das minhas correntes” (Salmo 116.15).
Na morte, o crente entra na presença do Senhor imediatamente.
“Temos, pois, confiança e preferimos estar ausentes do corpo e habitar com o Senhor” (2 Coríntios 5.8).
o Ajude-o a enfocar na eternidade e nas tremendas coisas que o esperam no Céu. Veja os capítulos de Apocalipse 21 e 22. Se um preso do corredor da morte lhe pede para estar presente em sua morte, para proporcionar apoio espiritual, e se a prisão permitir, faça isso. Você pode ajudá-o a fazer uma entrada gloriosa na Casa Gloriosa em lugar de uma experiência espantosa – pois na verdade, o preso do corredor da morte que se tornou uma nova criatura em Cristo sairá diretamente dessa câmara letal à presença de Deus!
Por Catherine Thompson
Do Corredor da Morte Para Mulheres da Califórnia
Eu tenho sido abordada várias vezes por amigos e companheiros para colocar meus pensamentos no papel. Até recentemente, eu fugi da idéia. Porém, há uns dias atrás um forasteiro que apareceu em nossa unidade perguntou como eu me ocupo, sendo uma prisioneira do corredor da morte e enfrentando o Estado, que possivelmente tomará minha vida. Outro indivíduo perguntou se eu estava de acordo, porque eu nunca me queixo e sempre tenho um sorriso.
O que ninguém compreende é que eu tive meu último verdadeiro sorriso em 13 de junho de 1990. No dia seguinte, minha melhor amiga, minha confidente, e o amor de minha vida foram tirados de mim por um crime muito violento. Esse foi o último dia que eu posso dizer que eu senti sincera felicidade e exibi um sorriso verdadeiro. Através desta experiência eu tenho aprendido o que eu chamo de os três P diários de minha experiência: Paciência, Perseverança e Pureza. Eu suporto um dia de cada vez e faz alguns dias que eu tenho que suportar uma hora de cada vez.
Há coisas que eu considerei como certas por toda minha vida que agora eu considero um privilégio, como um telefonema, sair para o sol e ao ar fresco, ou inclusive as coisas simples como fechar a porta ou abrir uma janela. Não há nenhuma maçaneta na aqui na porta. Minha porta é eletronicamente controlada por um funcionário correcional de uma casinha de controle.
Como um cidadão produtivo da sociedade, eu votei contra a pena capital. Eu sinto que Deus tem numerado nossos dias na terra e Ele não deu a autoridade ao homem para mudar isso. Ninguém – seja ele um delinqüente ou a sociedade tem o direito de assassinar. Eu me sento e espero que o Estado estabeleça um advogado para representar-me na apelação, porque eu não posso dar-me ao luxo de comprar a justiça. Em nossa sociedade, justiça – como tudo mais, vem com uma grande etiqueta de preço.
Entretanto, eu passo meus dias mantendo minha dignidade. Minha liberdade foi tirada, meu coração estava partido, meu sorriso destruído – porém nenhum homem pode tirar a minha dignidade.
Por Michael Ross
Corredor da Morte de Connecticut
O corredor da morte pode ser um lugar muito escuro e solitário. Como uma pessoa condenada, a sociedade lhe diz que você não é digno nem da própria vida. Você é automaticamente julgado por se considerado muito perigoso para ser colocado com a população geral da prisão, e fica isolado de todos os outros prisioneiros alojando-se em uma unidade especial separada chamada de o corredor da morte. Finalmente, este isolamento vai mais além, pois muitos homens e mulheres condenados eventualmente perdem o contato e/ou são abandonados por suas próprias famílias.
Como eu sei isto? É porque eu sou um homem condenado no corredor da morte de Connecticut. Porém, eu sou um dos afortunados. Eu ainda tenho o contato com alguns de minha família e eu tenho alguns amigos para quem escrever... Sem dúvida, eu sou a exceção, e certamente, não sou a regra... E conheço alguns presos que não recebem nenhuma carta e não têm nenhuma visita pessoa.
Eu igualmente conheço pessoas que foram executadas e não tinham ninguém para reclamar seu corpo. Elas foram enterradas na tumba de um pobre sem ninguém no serviço fúnebre a não ser o capelão da prisão – isso se eles tivessem sorte bastante para ter um sepulcro no lugar de um nome. Eles eram apenas condenados sem rosto, executados pelo Estado e enterrados em tumbas de anônimos, sem inclusive um aviso de sua passagem, nenhum lamento por suas mortes.
Sim, o corredor da morte pode ser um lugar muito solitário. Porém, você tem o poder para mudar isso. Você tem a habilidade para trazer um raio de luz e esperança à escuridão triste do isolamento do corredor da morte. E, ao mesmo tempo, esse raio de luz somente poderia tocar seu próprio coração, e lhe ensinar coisas que você nunca imaginou. É tão fácil como escrever uma carta. Você vê, na prisão, as cartas pode ser esse raio de luz e podem dar esperança a alguém que de outra maneira poderia estar totalmente sozinho.
A experiência de escrever frequentemente tem um efeito profundo nos indivíduos envolvidos – em ambos os lados da correspondência. A pessoa no corredor da morte sabe que alguém se preocupa com ela e pode tratar com as dificuldades da vida no corredor da morte. Aqueles do lado de fora descobrem que para conhecer um só preso pode dispersar alguns dos conceitos errôneos e medos sobre as prisões e aqueles trancados com chaves lançadas fora.
O chamado de Jesus para nós visitarmos aqueles na prisão está claro. Talvez a correspondência com um preso do corredor da morte possa ser sua maneira de visitar.
1. Escreva o versículo-chave de memória.
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2. Resuma as sugestões neste capítulo sobre como começar um ministério do corredor da morte.
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3. Discuta as diretrizes cedidas neste capítulo para ministrar aos presos do corredor da morte.
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4. Discuta as sugestões cedidas neste capítulo para ajudar um preso do corredor da morte enfrentando a morte.
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
Capítulo Nove
O MINISTÉRIO PÓS-PRISÃO
VERSÍCULO-CHAVE:
“Para abrir os olhos aos cegos, para libertar da prisão os cativos e para livrar do calabouço os que habitam na escuridão” (Isaías 42.7).
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Identificar as necessidades comuns dos ex-detentos.
n Descrever os tipos de ministérios pós-prisão.
n Listar os passos para começar um ministério pós-prisão.
n Determinar seu papel no ministério pós-prisão.
Alguns prisioneiros são libertados depois de cumprir sua pena inteira como prescrito pela lei. Em algumas jurisdições legais, depois de completar uma parte de sua pena, os prisioneiros são elegíveis para ir diante de uma junta de liberdade condicional. Se concedida for concedida a liberdade condicional antes de terminar sua sentença, eles são libertados sob certas condições como, por exemplo, informar regularmente, não associar-se com ex-criminosos e restrições administrativas para a vida e para arranjar de trabalho. As condições para a liberdade variam e normalmente são estabelecidas pela corte, uma junta de liberdade condicional ou um funcionário da liberdade condicional.
Presos que são liberados da prisão têm muitas necessidades quando eles retornam à sociedade. Este capítulo lhe ajudará a identificar estas necessidades, entender os vários tipos de ministério pós-prisão, e definir seu papel para ministrar aos ex-ofensores.
Alguns presos são abençoados por voltar às suas famílias ou igrejas apoiadoras na libertação da prisão, porém se eles não possuem tal rede de apoio, então o ministério pós-prisão é muito importante. Cada pessoa é diferente e tem necessidades únicas, porém aqui está um pouco sobre as necessidades comuns que a maioria dos ex-detentos compartilha ao sair de uma instituição penal.
n Ele necessita ser aceito por uma igreja local que pode nutri-o e apoiá-o, para que ele possa desenvolver-se espiritualmente. Convide-o para ir à igreja com você. Sente-se com ele e o convide a comer uma refeição rápida com você depois do culto de adoração.
n Ele necessita de albergue, comida e roupa. Presos que às vezes não tem nenhuma “roupa de rua” necessita de uma “caixa de liberdade condicional” – uma caixa que contém roupas sociais, íntimas e sapatos que ele pode levar quando ele deixar a instituição.
n Ele necessita de capacitação profissional e/ou um trabalho.
n Ele pode necessitar de conselho financeiro (elementos essenciais de orçamento, manutenção de suas finanças pessoais, etc.). Uma nota especial: não dê ajuda financeira pessoalmente a um ex-detento. É bom que a ajuda financeira seja canalizada através de sua igreja ou dos administradores de um programa pós-prisão.
n Um conselheiro familiar é importante se ele está tentando reunir sua família.
n Ele pode necessitar de conselho pessoal adicional para os vícios como drogas e álcool. Crentes que têm feito um compromisso com Cristo podem descobrir que as tentações dos vícios são uma das primeiras batalhas espirituais no lado de fora.
n Se ele esteve encarcerado durante muito tempo, ele pode necessitar de ajuda, inclusive com decisões simples porque os presos têm opções muito limitadas para tomar decisões na prisão.
n Ele necessita de uma rede de apoio forte de amigos que o amarão e o aceitarão, ore por e com ele, e lhe ajude a trabalhar através dos problemas.
Além disso, conheça tanto quanto possível sobre o preso antes da libertação. Este conhecimento lhe ajudará no ministério pós-prisão. Determine suas habilidades de trabalho e o nível educacional. Averigúe onde ele sairá em liberdade condicional (às vezes é exigido que um preso vá até cera localidade geográfica).
Discuta os planos com o capelão e autoridades apropriadas da instituição antes de você falar com o preso sobre isso. Não prometa nada se você não pode levar realizar.
Há três tipos diferentes de ministérios pós-prisão que você pode querer começar e/ou ao qual um preso pode ser enviado:
n Casa de Recuperação Cristã. Esta é uma casa coletiva para os ex-detentos e é chamada de “casa de recuperação” porque é uma transição entre a prisão e o retorno à sociedade normal. Este tipo de ministério normalmente proporciona albergue, comida e ajuda para colocação de trabalho dos residentes. Os participantes podem permanecer ali durante um tempo fixo ditado pelas autoridades ou até que eles encontrem emprego e alojamento. Algumas casas possuem um programa de discipulado e exigem aos participantes que completem o programa antes de saírem. Se você começar uma casa de recuperação, é importante que você siga as regras estritamente acerca de drogas, álcool, hora de recolher e outras normas de conduta em geral.
n Missão de Resgate Local: Algumas cidades possuem missões de resgate que aceitam os ex-ofensores em seus programas de discipulado e profissionais.
n Programas de Agências Governamentais Ou Privadas: Algumas áreas possuem programas governamentais ou privados para ajudar aos ex-detentos a integrar-se novamente na sociedade. Estes podem incluir casas de recuperação, conselho profissional e outras ajudas.
n Programas Baseados Na Igreja: Uma igreja local pode decidir começar um grupo de ex-detentos, oferecendo ajuda de alojamento, conselho e colocação em trabalhos. Comerciantes da igreja podem ser recrutados para dar trabalho a um ex-detento. Uma igreja abriu um restaurante de comida rápida (fast-food) que era administrada completamente por ex-criminosos convertidos.
n Universidades Cristãs e Escolas Bíblicas: Algumas oferecem bolsas de estudo, aulas e promoção aos ex-detentos. Se você é administrador de uma universidade cristã ou escola bíblica, este seria um tremendo ministério pós-prisão a oferecer.
Aqui estão cinco passos para começar um ministério pós-prisão:
A oração alimenta todas as coisas. Ore sobre o que Deus teria para você fazer na área de ministérios pós-prisão.
PASSO DOIS: Consulte Seu Líder Espiritual
Se você é um pastor, consulte com seu conselho de líderes. Se você é um membro da igreja, fale com seu pastor.
Isto é importante por várias razões:
n É uma delicadeza comum.
n Os líderes espirituais podem guiar e podem proporcionar um valioso acesso a você.
n Seu líder espiritual já pode ter planos para tal ministério.
Nesse caso, seja parte dele, não o mine.
Aqui estão algumas perguntas para responder em sua análise:
n Há algum ministério pós-prisão local? Nesse caso, quem são eles? (Você pode querer tornar-se parte de um ministério pós-prisão já em existência).
n Que necessidade existe em sua comunidade com respeito aos recursos de pós-prisão?
n Que necessidades você e/ou sua igreja pode satisfazer? (tente não reproduzir os esforços de outras organizações cristãs. Nós devemos complementar e não competir uns com os outros).
PASSO QUATRO: Visite Um Ministério Similar
Se você decide começar um ministério pós-prisão, visite um ministério similar que existe em outra parte. Aprenda de seus êxitos e fracassos.
PASSO CINCO: Determine os Problemas Organizações
Aqui estão alguns problemas organizacionais para determinar:
n Finanças: ministérios pós-prisão necessitam de recursos financeiros. Determine como os fundos serão conseguidos e como se desenvolverá um orçamento de operação.
n Instalações: Que tipo de instalação é necessário? Onde se localizará? Você pode requerer a aprovação do governo local para localizar o prédio na área que você está considerando?
n Provendo-se de pessoal: Quem executará o
ministério pós-prisão? Quais são as qualificações necessárias? As posições
serão assalariadas ou voluntárias?
Qual é o seu papel no ministério pós-prisão? Isso dependerá da resposta às seguintes perguntas:
1. O que é permitido pela instituição na qual você ministra? Algumas instituições proíbem voluntários que ministram dentro da prisão de trabalhar com os presos depois de sua libertação. Eles raciocinam que se o preso retornar à prisão, eles poderiam estar muito familiarizados com o voluntário ou poderiam mostrar favores especiais devido à sua relação fora da instituição.
2. Onde você é mais eficaz? Você é mais eficaz ministrando aos presos dentro ou na libertação do preso? Onde está seu interesse e visão? O que lhe dá mais alegria e os maiores resultados espirituais?
3. Quais são as suas limitações de tempo e energia? Você não pode ser tudo para todos. Devido à falta de tempo pessoal e energia, você pode precisar confinar-se a ministrar aos presos dentro ou na libertação, porém não ambos.
Se sua instituição não permite seu envolvimento com os presos na libertação ou você não tem tempo para isso ou não sente um peso pelos ministérios pós-prisão, então você poderá querer servir como um agente de referência. Faça uma lista de igrejas, indivíduos, ou organizações para-eclesiásticas envolvidas em ministérios pós-prisão e dê a eles referências dos presos.
Qualquer que seja seu envolvimento, seu papel deve ser o de um amigo e de apoio. Não se torne uma muleta para o preso. Esteja disponível, porém não o sufoque. Encoraje a autoconfiança.
1. Escreva o versículo-chave de memória.
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2. Quais são algumas das necessidades comuns de ex-detentos discutidas neste capítulo?
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3. Liste alguns tipos de ministérios de pós-prisão.
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4. Liste os passos para começar um ministério pós-prisão.
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5. Quais são as três perguntas que devem determinar seu papel em o ministério pós-prisão?
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
Capítulo Dez
Tipologia Institucional E do Preso
VERSÍCULO-CHAVE:
“O Espírito do Soberano, o SENHOR, está sobre mim, porque o SENHOR ungiu-me para levar boas notícias aos pobres. Enviou-me para cuidar dos que estão com o coração quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação das trevas aos prisioneiros” (Isaías 61.1).
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Demonstrar entendimento dos níveis de segurança institucional.
n Discutir as diferenças entre os cárceres, prisões e outras instalações.
n Discutir a tipologia do preso comum.
n Explicar como tratar com os presos que mantém sua declaração de inocência.
Alguns presos são considerados mais perigosos do que outros? Há alguma diferença entre uma cadeia e uma penitenciária? Os presos compartilham algumas características comuns? Como você responde a alguém que mantém a sua declaração de inocência? Estes são alguns problemas importantes que são discutidos neste capítulo.
Cada cadeia e penitenciária é única, porém a maioria das instituições é classificada pelo tipo de preso que elas alojam:
n Instituições de Segurança Máxima: estas alojam os presos que são de maior risco, talvez devido à natureza de seu crime ou sua conduta na cadeia. Normalmente, os corredores da morte se localizam nas instituições de segurança máxima. Estes presos têm uma vigilância muito íntima e sua participação em programas institucionais liderados por voluntários é restringida.
n Instituições de Segurança Média: estas possuem presos menos violentos que não necessitam de uma grande segurança ou proporcionam riscos de fuga. Eles não exigem tanta vigilância e podem permitir-se participar livremente nos programas religiosos.
n Instituições de Segurança Mínima: estas são compostas de presos que estão perto de sua data de libertação, encarcerados por crimes não-violentos ou aqueles que mostraram que são sumamente confiáveis. Eles, inclusive, podem trabalhar fora da prisão em certas ocasiões e normalmente possuem liberdade para participar nos programas religiosos.
Algumas instituições alojam presos de todos os três níveis de segurança nas várias áreas da mesma instalação. Frequentemente, cada um destes níveis se encontra também nas cadeias. As instituições às vezes vestem os presos com uniformes de diferentes cores para identificar os vários níveis de segurança.
AS DIFERENÇAS ENTRE AS CADEIAS E AS PENITENCIÁRIAS
Ainda que as cadeias e as penitenciárias sejam casas de detenção, há diferenças entre as duas. Os presos da penitenciária foram julgados e declarados culpados. A cadeia normalmente é o ponto de entrada para todos os prisioneiros. Muitos encarcerados ainda não foram julgados e declarados culpados de algo. A maioria está aguardando um julgamento pendente. Alguns estão aguardando uma sentença pendente. Alguns podem estar cumprindo sentenças tão curtas que não há garantia de enviá-os a uma prisão.
A população da penitenciária é relativamente estável. As pessoas cumprem penas mais demoradas, então você tem mais tempo para trabalhar com elas. A população da cadeia é muito transitória. Só se mentem as pessoas nas cadeias enquanto elas aguardam o julgamento, sentença ou o cumprimento de penas curtas. Seu tempo com eles é limitado.
Algumas penitenciárias têm um mínimo de instalações e programas para aconselhamento e reabilitação, porém a maioria das cadeias tem algum ou nenhum. As prisões normalmente têm boas instalações para reuniões de grupo como os cultos da igreja e os estudos bíblicos em grupo.
As condições físicas, emocionais e psicológicas dos presos da cadeia são diferentes e menos favoráveis que as das penitenciárias. Normalmente não há nenhuma privacidade em falar com os presos individuais nas cadeias. Os prisioneiros nas cadeias estão frequentemente aborrecidos, inquietos e com medo. Na maioria das vezes a incerteza governa suas vidas.
Outros tipos de programas de detenção incluem:
n Centros de Trabalho Condicional: Permite que um preso trabalhe na comunidade durante o dia e volte à noite para o centro de detenção.
n Casas Parciais: Para as pessoas em liberdade condicional. É exigido que elas permaneçam na casa enquanto procuram emprego e um lugar permanente para viver. Pode ser exigido que elas completem certos programas de aconselhamento ou treinamento oferecido pela casa.
n Acampamento de Estrada, de Incêndios, de Silvicultura, ou Trabalho em Fazendas: Os presos trabalham em estradas, lutam contra incêndios ou trabalham em bosques públicos ou em uma fazenda.
n Casa de Detenção Juvenil ou Reformatórios: Tipicamente para os delinqüentes juvenis serem mantidos longe dos prisioneiros mais velhos.
Apesar do ambiente, as prisões e penitenciárias e outros programas penais representam uma das maiores colheitas no mundo. Jesus teve somente uns minutos com o ladrão agonizante na cruz, porém seu destino foi completamente mudado por toda a eternidade.
A TIPOLOGIA DO PRESO
Cada preso é singular. Deus ama cada um e não quer que nenhum se perca. Não há nenhum “preso típico” aos olhos de Deus, porém há algumas características comuns que o ajudarão a entender a maioria.
Educação: Frequentemente, o nível educacional dos presos é baixo.
Ambiente Familiar: Os presos vêm frequentemente de casas onde havia abuso, divórcio, pequena supervisão e nenhuma disciplina.
Capacitação Profissional: Muitos presos têm pouca ou nenhuma capacitação profissional. Eles podem ter sido infrutíferos em obter ou manter o emprego ou podem ter trabalhado em trabalhos poucos proveitosos.
Auto-imagem: Os presos possuem frequentemente uma auto-imagem muito baixa porque a sociedade, os amigos ou a família os têm rejeitado.
Perfil Emocional: Muitos presos padecem de culpa pelo que eles têm feito ou tem colocado sobre suas famílias. Depressão, desespero e hostilidades são comuns.
Responsabilidade Social: Os presos às vezes possuem um sentido limitado de responsabilidade social. Eles não podem sentir nenhum arrependimento por seus crimes ou que eles receberam uma “parada forçada” do sistema vindo da prisão.
Ofensas Comuns: Quatro crimes são retratados pela maioria dos presos da prisão na maioria dos países: furto, roubo, assassinato e violações de narcóticos. Outras razões comuns para o encarceramento são ofensas sexuais, seqüestro, assalto, desfalque, falsificação e fraude.
Os presos também assumem vários papéis na prisão que você deve estar consciente disso no ministério:
n Os “Perguntadores Aborrecidos” podem vier a uma classe bíblica como estudantes sérios e depois podem interromper com perguntas controversas. Eles podem tentar relatar as histórias escandalosas sobre a igreja e ministros ou fazer do momento de testemunho uma sessão de descontentamento. Mantenha o controle das sessões trazendo continuamente o grupo de volta ao assunto.
n Os “Buscadores Perenes” respondem a cada chamado do altar devido a uma falta de entendimento de que a conversão é um desejo de agradá-o ou porque eles têm vivido como um pecador desde a última vez que eles responderam ao apelo. Continue recebendo-os calorosamente quando eles respondem e orem com eles. Quando eles estivem seguros de sua relação com Deus e realmente entendem a conversão, eles mudarão.
n Os “Manipuladores” são aqueles que podem ser encantadores e favoráveis, porém tentam usá-o para alcançar seus próprios propósitos. Revise “Como Evitar Um Esquema” no Capítulo Onze deste manual para sugestões sobre como tratar com eles.
n Os Presos Institucionalizados são aqueles que têm estado confinados por um longo período de tempo e têm dificuldades de funcionar fora da instituição penal. Se eles voltam à prisão depois da liberdade condicional, não se desencoraje. Eles podem ser sinceros em sua confissão do Senhor, porém eles simplesmente podem necessitar de maiores habilidades para ajustar-se à vida fora da prisão.
Lembre-se – estas características não são verdadeiras para todos os presos. Alguns são bastante educados e mantiveram trabalhos altamente proveitosos. Alguns vieram de boas casas e famílias que os apoiavam. Alguns são pessoas que buscam com sinceridade, desejando aprender sobre Deus. Estas características gerais são baseadas nos numerosos estudos da maioria dos presos da prisão.
O mais importante – lembre-se de não ver a casa presos como eles eram, ou assim como eles são. Veja-os como homens e mulheres valentes de Deus que eles se tornarão quando o Evangelho impactar suas vidas sobrenaturalmente!
ALGUNS SÃO REALMENTE INOCENTES?
Muitos presos mantêm sua declaração de inocência. Para alguns que realmente são culpados, isto pode ser um mecanismo de fuga. Eles não podem enfrentar o que eles fizeram, assim eles racionalizam ou culpam os outros. Porém, por favor, tenha consciência de que alguns presos que mantêm sua inocência realmente são inocentes! Tenha havido alguns casos onde os presos foram libertados da prisão depois de ter sido provado – sem dúvida – que eles foram equivocadamente declarados culpados. (Isto também se aplica aos antigos presos do corredor da morte!).
Você não está ali para julgar um preso culpado ou inocente. Você deve estar ali como um amigo e ministrar o amor de Deus a eles. Seja de apoio. Diga-lhes que você orará a Deus para empreender em seu caso e para que a justiça seja feita.
Recorde que – por várias razões – muitos heróis da fé terminaram com registros da prisão. José passou pelo menos dois anos na prisão depois de ter sido falsamente acusado de tentar violentar a esposa de Potifar (Gênesis 39). Sansão foi encarcerado pelos filisteus (Juízes 16). Jeremias foi colocado duas vezes no calabouço do Rei Zedequias, uma vez por pregação impopular e uma vez quando falsamente acusado de traição (Jeremias 32, 37).
Muitos dos apóstolos foram lançados na prisão pelos Saduceus (Atos 5). Herodes encarcerou João Batista (Mateus 4) e Pedro (Atos 12), assim como a Paulo. O apóstolo Paulo tinha um extenso registro de prisões. Ele cumpriu pena em Jerusalém (Atos 23), em Cesaréia (Atos 23), uma cadeia local em Filipos (Atos 16) e provavelmente duas ocasiões diferentes em uma prisão em Roma.
Os cristãos tem sido aprisionados ao longo da história da igreja – John Nubyan e Dietrich Bonhoeffer são dois de uma grande maioria de crentes notáveis que foram encarcerados. China moderna, Rússia e Uganda têm visto milhares de crentes encarcerados e martirizados.
Jesus disse que ser um cristão fiel pode levar à prisão (Mateus 10 e 24). Reciprocamente, ser um prisioneiro também pode levar à fé – como um preso do corredor da morte no Calvário descobriu.
Sempre recorde... Há grandes homens e mulheres de fé em ambos os lados dos muros da prisão.
Sempre recorde...
Há grandes homens e mulheres de fé em ambos os lados dos muros de uma prisão.
1. Escreva o versículo-chave de memória.
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2. Liste e descreva os níveis de segurança comuns.
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3. Discuta as diferenças entre as cadeias e penitenciárias.
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4. Quais foram algumas outras instalações de detenção discutidas neste capítulo?
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5. Discuta o que você aprendeu neste capítulo com respeito à tipologia do preso.
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6. Como você deve tratar dos presos que mantêm sua declaração de inocência?
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
Capítulo Onze
CÓDIGOS DE VESTES E DE SEGURANÇA
VERSÍCULO-CHAVE:
“Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas” (Romanos 13.1).
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Descrever os códigos de vestimentas aplicáveis para todas as instituições penais.
n Resumir os códigos de segurança aplicáveis a todas as instituições penais.
n Dar as diretrizes para sobreviver a um incidente de tornar-se um refém.
A maioria das instituições penais possui códigos específicos sobre vestes e seguranças. Esteja seguro de inquirir sobre estes e de pedi-os por escrito, se isso é possível. Neste capítulo você aprenderá os códigos gerais de vestes e segurança aplicáveis a todas as instituições. Você também aprenderá a sobreviver a um incidente de tornar-se refém, embora isso raramente possa ocorrer em sua vida.
Cada cadeia e penitenciária normalmente possui um código para vestes que se aplica a sua instituição específica. Por exemplo, algumas instituições proíbem que voluntários e visitantes vistam cores parecidas com as dos uniformes dos guardas ou dos presos. Assegure-se de perguntar pelas regras à instituição específica que você está visitando. Aqui estão algumas regras gerais sobre as roupas apropriadas aplicáveis a todas as instituições[3]:
n Não use roupas apertadas, com formas apertadas.
n Não use roupas decotadas.
n Evite camisetas com emblemas e slogans como uma veste exterior.
n Nenhuma roupa relacionada a quadrilhas.
n Não use roupas transparentes ou reveladoras.
n Nenhum “calção”.
n Para as mulheres:
· Vestidos ou saias devem estar abaixo do joelho.
· Evite blusas que revelem as roupas íntimas (algumas instituições proíbem vestidos e blusas sem mangas para que não sejam mostrados nem mesmo as tiras do sutiã).
Geralmente falando, use roupas que são apropriadas no mundo comercial. Você está ali para “negociar” para o Rei dos Reis!
Cada cadeia e penitenciária normalmente tem um código de segurança que se aplica a sua instituição específica. Esteja seguro de perguntar pelas regras à instituição que você está visitando. A adesão às regras assegurará que seu testemunho cristão seja válido e fará seu ministério eficaz. Aprenda e obedeça todas as regras de sua instituição local.
Aqui estão algumas regras gerais de segurança aplicáveis a todas as instituições:
1. Deixe o seguinte em sua casa ou automóvel: bolsas, carteiras, cartões de crédito, dinheiro e coisas não essenciais.
2. Sempre leve uma identificação. Muitas instituições insistem que sua identificação tenha uma fotografia.
3. Prepare-se para submeter-se a uma busca a qualquer momento.
4. Encontrem-se e cheguem juntos se vocês estão ministrando como um grupo. Algumas instituições os escoltarão a seu destino.
5. Assegure-se de aderir ao código da instituição.
6. Sempre consulte o capelão ou a um membro do pessoal quando em dúvida. Não conjeture nada!
7. Se você está ministrando com um grupo, mantenha seus olhos uns nos outros, sobretudo enquanto entrando e saindo da instituição. (Nota: os homens devem manter os olhos nas senhoras nas instituições masculinas e as senhoras devem fazer o mesmo para com os homens nas instituições de mulheres). Não se desvie do grupo.
8. Nunca corra na instituição. Normalmente correr indica que alguém está sendo caçado ou está caçando alguém. Normalmente se percebe como um sinal de perigo.
9. Aprenda seu caminho ao redor da instituição. Não entre em qualquer área restrita. Sempre caminhe nos corredores. Não tome atalhos (eles podem levar ao perigo).
10. Conheça os procedimentos de emergência. Algumas instituições possuem alarmes nas salas de reunião ou dão alarmes pessoais ou apitos aos voluntários. Espera-se que você obedeça a um funcionário quando uma ordem, comando, direção ou instrução for dada. Isto é para sua proteção e segurança na instituição. Se você não pode ser um recurso durante uma emergência, saia do caminho. No caso de uma situação que afeta uma porção significativa da população de presos em uma instituição, o programa de visitas e outras atividades podem ser suspendidos durante a emergência.
11. No caso de uma urgência médica com um preso, conheça o procedimento para convocar a ajuda médica.
12. Se um crime é realizado...
n Peça ajuda imediatamente.
n Permaneça na cena do crime.
n Permaneça no controle e tranqüilize os outros ao seu redor.
13. Não leve nenhum artigo de contrabando a uma instituição. Estes incluem drogas, explosivos, álcool e armas, obviamente. Isso também inclui os itens que você poderia pensar que não, por exemplo, algo como chiclete, que pode ser usado como um molde para fazer chaves de fechaduras ou cadeados. Assegure-se de perguntar o que é permitido levar com você.
14. Nunca tome medicamentos (drogas legais) em qualquer instituição. Não entre na instituição com suas habilidades danificadas pela medicação.
15. Nunca leve alguma câmera ou gravador para a prisão sem permissão. As fotografias são consideradas um risco de segurança se elas chegam a mãos erradas.
16. Nunca deixe sua roupa (jaquetas, suéteres, etc.) onde elas podem ser pegas e usadas por prisioneiros em uma fuga.
17. Se você recebe chaves, guarde-as o tempo todo com você. Não as entregue de maneira alguma! Se você é responsável para fechar uma sala com a chave, assegure-se de investigar a sala antes de fechá-a. Verifique dispensas, em baixo das mesas, armários e banheiros. Assegure-se de que tudo está vazio.
18. Funcionários designados às entradas, saídas e portas são responsáveis por identificá-o e investigar qualquer automóvel, pacote, bolsa ou carteira que entra. Quando o funcionário na porta está processando um visitante ou preso, não o interrompa.
19. Não leve mensagem a ou de os presos – verbal ou escrita – para fora da instituição. Passar mensagem de prisioneiros a outros de fora poderia – ignorantemente – está contribuindo para uma fuga.
20. Muitas instituições emitem um crachá de identificação ou um emblema aos voluntários. Assegure-se de usar ou levar em todo momento com você em solo institucional.
As oportunidades são remotas – porém, se você está proporcionando cultos nas instituições correcionais, você deve estar alerta à possibilidade de ser tomado como refém. As seguintes diretrizes são usadas com permissão da Associação Correcional Americana:
1. Tenha cuidado com atos de heroísmo. Não aja precipitadamente.
2. Seja cooperativo e obedeça às exigências daqueles que fazem os reféns sem parecer servil ou antagônico.
3. Busque um lugar protegido onde você possa esconder-se sem as autoridades ou os presos tentarem atacar sua posição com força.
4. Fique calmo.
5. Mantenha a cabeça baixa. Evite a aparência de observar os crimes que os amotinados cometem. Olhe para baixo ou para longe. Evite interferir com suas discussões ou atividades.
6. Não faça ameaças contras os amotinados ou dê qualquer indicação de que você testemunharia contra eles. Se os presos estão tentando ocultar suas identidades, não faça nenhuma indicação de que você os reconhece.
7. Seja relutante em deixar sua identificação ou roupa. A perda destas coisas é desmoralizadora. Os presos as usarão para negociar. Seja especialmente resistente quanto a trocar de roupa com um preso. Isto poderia colocá-o em um perigo muito maior no caso de um ataque.
8. Como resultado da tensão da situação de ser refém, você pode ter dificuldade de reter líquidos. Se for possível e o incidente é demorado, tente beber água e comer – ainda quando você não tem fome.
9. Não diga ou faça algo que desperte a hostilidade ou suspeitas de seus apreensores. Seja neutro e um bom ouvinte se seus apreensores querem falar. Seja cauteloso sobre fazer sugestões a seus apreensores, pois você pode ser responsabilizado se algo que você sugere sair mal.
10. Pense em razões persuasivas para que os apreensores mantenham você e os outros reféns vivos e não lhes cause danos. Anime que eles permitam as autoridades saber seu paradeiro e condição. Pense nas possíveis maneiras que você ou outros possam beneficiar a seus apreensores nas negociações que os livrariam.
11. Se você, como refém, termina servindo como o negociador entre os presos e as autoridades, você deve levar as mensagens entre os dois grupos com precisão.
12. Se há um ataque para resgatar e se disparam tiros, se lance rapidamente ao solo e busque cobertura. Mantenha suas mãos em sua cabeça. Quando apropriado, identifique-se. Não resista a ser apreendido até que uma identificação positiva seja feita.
13. Ainda que você deva parecer desinteressado enquanto refém, observe tudo o que puder e faça anotações imediatamente depois de sua libertação. Todas estas coisas ajudarão na perseguição aos fugitivos.
O mais importante – além das diretrizes práticas anteriores – ore fervorosamente e mantenha sua dependência no Espírito Santo. Recorde que nada acontece sem a permissão de Deus.
Por conseguinte, tenha presente que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8.28). Você não tem nada a temer. Deus o libertará segundo a Sua vontade e tempo. Se fosse necessário, Ele poderia enviar legiões de anjos para resgatá-o!
Uma nota final: Por favor, não permita que esta discussão necessária sobre os códigos de segurança e ser tomado como refém o desencoraje a entrar no ministério de prisão. Você está mais em perigo nas ruas de sua cidade do que entrando em uma prisão! Os presos, inclusive, são conhecidos por proteger os voluntários dos amotinados porque eles sabem que eles realmente se importam com eles.
1. Escreva o versículo-chave de memória.
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2. Descreva os códigos sobre vestes aplicáveis a todas as instituições.
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3. Resuma os códigos de segurança aplicáveis a todas as instituições penais.
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4. Resuma as diretrizes cedidas neste capítulo para sobreviver a um incidente de ser tomado como refém.
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5. Obtenha uma lista de código de vestes e segurança para a instituição a qual você está visitando ou ministrando. Insira estes na última seção (Capítulo Treze) deste manual que foi elaborado para o material específico da instituição onde você ministra.
(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
Capítulo Doze
RELACIONANDO-SE COM OS PRESOS
VERSÍCULOS-CHAVE:
“Deve corrigir com mansidão os que se lhe opõem, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento, levando-os ao conhecimento da verdade, 26 para que assim voltem à sobriedade e escapem da armadilha do Diabo, que os aprisionou para fazerem a sua vontade” (2 Timóteo 2.25-26).
OBJETIVOS:
Ao concluir este curso você será capaz de:
n Explicar a primeira regra para relacionar-se com os presos.
n Resumir as diretrizes para relacionar-se com os presos.
n Definir um “esquema”.
n Explicar como um esquema ocorre.
n Listar três maneiras de evitar um esquema.
Como um membro de uma equipe de ministério de prisão, você representa a Jesus Cristo – não a você mesmo. Você é embaixador Dele. Por suas ações, palavras e/ou vestimentas, você pode ajudar ou impedir o trabalho de Sua igreja por trás das grades.
Construir relacionamentos não é fácil fora de uma prisão e não é mais fácil dentro da prisão. Alguns presos podem não estar interessados nas questões espirituais. Alguns podem rejeitá-o completamente. Outros podem tentar usá-o para alcançar seus próprios fins. Poderá ser de ajuda se nos recordarmos da parábola de Jesus sobre o semeador e os quatro tipos de terra em que a semente caiu. Os presos, como todos os demais, se encaixarão em uma dessas categorias.
Este capítulo provê diretrizes para relacionar-se com sucesso com os presos em uma cadeia ou penitenciária.
Primeira regra ao relacionar-se com os presos: Aprenda e siga todas as regras específicas da instituição onde você está ministrando: Estas incluem coisas como horários que os visitantes podem ou não entrar, o que pode ser levado, onde você pode ou não ir, e o código de vestes. O Capítulo Onze deste manual proporciona muitas informações sobre as questões pertinentes aos códigos sobre vestes e segurança que não serão repetidas aqui. Este capítulo trata dos relacionamentos com os presos no contato pessoal e em situações de grupo.
Os presos já tiveram muita frustração em suas vidas. Muitos têm experimentado o fracasso repetido e se tornaram desconfiados de qualquer oferta de ajuda ou direção. Trabalhar com os presos não pode reduzir-se a um método uniforme. Muito será deixado ao seu bom senso. O que segue são diretrizes gerais, sem dúvida, para usar no relacionamento com os presos:
n Não estabeleça uma fachada ou crie um status especial para você. Se expresse autenticamente. Permita aos presos saber que você está ali com uma preocupação genuína, porque é o que o Senhor lhe manda fazer. Como um voluntário, você será investigado e provado para ver se você é real. Os presos verão o que você é antes de escutarem o que você diz. Eles não se importam com quanto você sabe até que eles saibam quanto você se importa. Seja honrado. Os presos são muito sensíveis à hipocrisia e enganos.
n Aprenda tanto quanto possível do idioma falado na prisão, porém tenha cuidado ao usá-o. Pode haver significados sutis que você não percebe.
n Aprenda a apresentar a mensagem da salvação de uma maneira clara e simples. Grandes palavras como “propiciação” e “expiação” não significam muito ao preso médio.
n Seja sensível durante os períodos de crises, que incluem acompanhamento imediato depois da detenção, as primeiras semanas na prisão, antes e depois de um julgamento, quando são negadas as apelações e pouco antes da libertação. As festas também são períodos difíceis.
n Considere o que você diz. Sim é sim, não é não. Seja consistente e justo. Reforçar regras para alguns e relaxá-as para outros é incoerente e injusto. Também é uma forma de acepção.
n Seja um apoio, dê ânimo, seja amistoso e firme. Seja honrado, objetivo e desaprove quando for necessário. Seja amistoso, porém não muito familiar.
n Respeito é a chave. Você pode respeitar a individualidade do preso e os direitos essenciais. Evite preconceitos e sentimentos de superioridade. Responda às necessidades e interesses do preso, não as de si mesmo. Uma vez que você tenha ganhado o respeito e a confiança do preso, ele estará aberto a você.
n Nunca permita que os residentes manipulem você com as histórias mais que dramatizadas de ser falsamente acusado, injustamente encarcerado, ou desumanamente tratado. Estas são usadas frequentemente para ganhar sua simpatia ou para manipular-lhe. Se você pensa que a história é verdadeira – e em alguns casos elas são – informe ao preso sobre suas intenções de compartilhar com o capelão e pedir que ele resolva o problema.
n Nunca faça declarações inflamadas ou comentários descuidados para funcionários da prisão, residentes individuais, ou outros voluntários do ministério de prisão.
n Nunca assuma que um preso é inocente ou culpado e não dê conselho ou parecer legal. Você não é advogado ou juiz.
n Nunca revele detalhes pessoais, se você é íntimo deles, sobre as vidas dos funcionários ou outros presos.
n Uma boa política é só fazer promessas que você sabe que pode cumprir e tão poucas quanto possível. Quando negar-se a uma demanda, explique por que é necessário e expresse seu pesar.
n Uma das melhores maneiras de evitar a intimidade em uma cena grupal é dirigir-se a cada membro da equipe do ministério, assim como aos presos, como “o irmão” ou “a irmã” – usando o primeiro ou os últimos nomes. (Isto não é necessário em uma visita ou correspondência individual com um preso).
n Não compartilhe seu endereço ou número de telefone. Algumas instituições cobram caro para que os residentes façam ligações telefônicas, inclusive locais – e normalmente se espera que você pague os custos. Se você distribui seu número, estabeleça quão frequentemente você quer receber chamadas telefônicas.
n Nunca pergunte por que o residente está na prisão. Isto poderia envergonhá-o e você não necessita saber por que ele está ali para levá-o a Cristo. Alguns presos querem contar-lhe sobre seus casos, e nesse caso, faz bem escutar, animar e orar com eles.
n Guarde-se contra a intimidade – sobretudo com os avanços de natureza sexual. Sua relação com os presos – sobretudo em uma cena grupal – deve ser profissional. Guarde suas emoções, sobretudo se você é do sexo oposto. As expressões de afeto podem levá-o perder seu status de voluntário. Se um preso faz um avanço impróprio, trate-o apropriadamente e depois notifique ao capelão ou a um administrador. No mínimo, isso é uma prova para ver quais são seus limites.
n Nunca se envolva em fazer transações de negócio pessoal pelos residentes.
n Não se assuste ou surpreenda-se por algo que os prisioneiros poderiam dizer ou como eles o dizem.
n Nunca deliberadamente tente persuadir aos prisioneiros para mudar sua preferência religiosa. Você deve compartilhar o Evangelho ali – e ele fará qualquer mudança que for necessária.
n Ganhe o respeito para você. Deixe claro que você não será manipulado. Se uma situação surge e você considera “marginal”, cheque com os oficiais da prisão para está certo de como administrar a situação.
n Espere hostilidade. Um preso, oprimido pelos problemas, pode confrontá-o com hostilidade. Nessas ocasiões, não force a conversação com ele e não responda de maneira hostil, sarcástica ou ansiosa. Mantenha a calma, ignore a hostilidade, ou retire-se durante algum tempo. Dê oportunidade para que o preso recobre sua calma. Sempre expresse amor incondicional.
n Não de identifique extremamente. Não tome os problemas do preso sobre si. Eles não são seus problemas. Identificar-se demasiadamente com os presos pode provocar a síndrome de nós/eles: “eles estão errados sobre você”.
n Não espere agradecimento. Você não pode receber graças ou qualquer demonstração de gratidão do preso. Ele pode senti-o, porém pode não saber expressá-o. Sem dúvida, seu esforço será apreciado e premiado por Deus.
n Você deve estabelecer limites. Alguns presos o forçarão até que você diga para eles pararem. Quão duramente e longe eles o forçarão dependerá do que você permite. Não faça concessões.
n Não entre em pânico se você se encontrar sozinho com um preso.
n Deixe seus problemas pessoais em casa. Os presos já têm bastantes problemas sozinhos. Eles não necessitam ser sobrecarregados com os seus problemas.
n De uma maneira calma e tolerante, sempre implique que você espera a atitude correta dos presos.
n Nunca mostre a mais leve incerteza acerca do curso de sua ação. Você deve ser um líder no sentido mais forte da palavra, porém também conheça e esteja dentro dos limites de sua autoridade.
n Nunca mostre que ser profano, ou abusivo, de qualquer maneira o deixa com raiva.
n Expresse apreciação quando a conduta for elogiável – “Vocês foram grandes esta noite – tão atentos!”
n Se os prisioneiros pedem cartas de recomendação para juízes e outras autoridades de justiça, informe-os que você passará este pedido adiante ao capelão para a avaliação e possível ação.
n Ministre através de conselho pessoal. Aconselhar proporciona uma relação amistosa e de apoio para alguém que está buscando respostas ou uma solução a um problema. Este tipo de relação pode acontecer ao fim do serviço de adoração ou sessão de estudo da Bíblia, quando alguns prisioneiros podem querer falar sobre o que eles ouviram ou podem ter um problema para falar. A maioria das vezes eles não estão realmente buscando soluções. Eles apenas querem alguém para escutá-os e possivelmente ser um amigo que encoraja e dá suporte.
n Você pode ter acesso à informação que é confidencial. Você não deve revelar esta informação a qualquer um que não tenha um direito oficial de obtê-a. A informação não será usada para sua própria vantagem ou benefício. Você deve poder tratar com os problemas espirituais de um indivíduo como se você não soubesse nada sobre os crimes dele/dela. Guarde os problemas discutidos no momento de tomar conselho em confidência a menos que eles sejam ameaça à segurança da instituição ou se você descobre que o preso pensa em fazer algo drástico a ele ou a alguém mais. Nestes casos, não lhe diga que você vai informá-o, porém o avise.
n Seja um bom ouvinte. Você não tem que ter respostas para tudo, porém lhes permita saber que Deus tem! Se você pensa que um prisioneiro necessita de conselho formal, encoraje-o a buscá-o através dos canais institucionais.
n Não tome as decisões para o preso sob nenhuma circunstância. Ajude-os a tomar suas próprias decisões. Isto anima à responsabilidade por suas próprias vidas. E também os impede de culpá-o se as coisas saírem mal.
n Não julgue as idéias ou o preso pela aparência, vocabulário ou maneira de falar. Veja os presos como indivíduos. Não faça assunções baseadas em generalidades ou esteriotipos. Categorizar um preso é injusto e desumanizador.
n Não interrompa imediatamente se você pensa que uma declaração está errada. Escute!
n Não insulte ou interrogue sobre sua condição anterior ou sobre o que eles podem ter feito para serem colocados ali. Muitos já têm uma auto-imagem pobre.
n Seja paciente. Os efeitos positivos de sua paciência com o preso podem não ter uma influência firme por um momento. Sobretudo, nunca se desencoraje. Dê seu melhor, ore e deixe os resultados com Deus.
Areia movediça é uma área de areia que se parece com qualquer outra na superfície, porém é uma área perigosa de terra que pode sugá-o para baixo e isso pode custar sua vida. Não é como ela aparece na superfície. Frequentemente isso também é verdade sobre os relacionamentos. As pessoas nem sempre são como elas parecem na superfície. Enquanto nem todos os presos estão engolfados em uma conduta delitiva, muitos deles estão e, devido a isso, você deve aprender a evitar um esquema no ambiente institucional.
Um “esquema” é uma situação onde você é forçado a comprometer suas próprias crenças, normas ou as regras institucionais. Você é forçado ou enganado em uma situação comprometedora e depois um preso se aproveita de você para receber favores ou contrabando como drogas, álcool, etc.
Um esquema normalmente procede como segue:
Observação:
Os presos primeiro observam sua habilidade ou incapacidade de funcionar sob tensão, seu nível de tolerância, se você adere ou não às regras, e quão eficazmente você tomará o controle em uma situação difícil.
Prova:
Antes que qualquer conclusão possa ser delineada, os presos provam suas intenções sobre você em questões menores.
Isto pode incluir coisas como os pedidos desautorizados para provisões e materiais, pedindo favores, enganando as regras, pilhando em simpatia, ou tentando comprometê -o em conversas íntimas. Se você se entrega nestas “questões menores”, então você é um primeiro candidato para um esquema.
O Esquema:
Se você compromete as regras menores ou se compromete em uma conduta íntima ou imprópria, então um preso o pega por usar isto como uma chantagem para conseguir o que eles realmente queriam desde o início. Eles ameaçarão contar à administração sobre suas infrações menores no passado ou contar-lhes que você realmente tem sido enganado para fazer algo ilegal. Eles usam isto como chantagem para conseguir o que eles querem – seja contrabando, como drogas ou álcool, ou outros favores.
Você pode evitar um esquema por...
1. Manter Uma Atitude Professional:
O profissionalismo é uma palavra usada para descrever uma atitude específica para o ministério nas cadeias e prisões. Profissionalismo significa que suas normas e estilo de vida devem ser melhor que as normas e estilo de vida da maioria das pessoas confinadas na prisão. Você não está sendo profissional se você usa a gíria do preso ou manipula as regras institucionais como alguns presos fazem.
2. Evitando A Intimidade:
Nós temos enfatizado isso repetidamente neste manual – você pode manter o profissionalismo e ainda ser amistoso. Faça uma distinção entre a amabilidade e a intimidade. Você está muito íntimo se você permite que o preso tome liberdades. Reforçar as regras para uma pessoa, porém relaxá-as para outras é um exemplo disso. Comprometer-se em conversas íntimas ou prometer favores que não estão dentro de sua jurisdição são outros exemplos.
3. Negar-se a violar as regras sob qualquer circunstância:
Um esquema sempre envolve uma infração anterior das regras. Negue-se a violar as regras sob qualquer circunstância.
4. Informando imediatamente uma tentativa de esquema:
Se você é abordado desta maneira ou se você se encontra envolvido em um esquema, imediatamente informe ao capelão ou ao administrador.
1. Escreva o versículo-chave de memória.
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2. Qual é a primeira regra para relacionar-se adequadamente com os presos?
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3. Resuma pelo menos quatro das diretrizes para relacionar-se com os presos que foram dadas neste capítulo.
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4. O que é um esquema?
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5. Como um esquema ocorre?
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6. Liste quatro maneiras de evitar um esquema.
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
Capítulo Treze
DIRETRIZES INDIVIDUALIZADAS
Este manual proporcionou diretrizes do ministério aplicável à maioria das cadeias e prisões.
Esta última seção é reservada para a inserção de pautas específicas singulares à instituição em que você estará ministrando.
Aqui estão algumas coisas sugeridas para inserir nesta seção do manual:
n Um gráfico organizacional de seu ministério de prisão e/ou da instituição em que você estará ministrando. (um gráfico organizacional mostra quem é parte de seu ministério e a quem você é responsável dentro da instituição).
n As regras para vestimentas e segurança específicas a sua instituição.
n Diretrizes sobre o que você como um voluntário – ou a sua equipe de ministério – pode trazer ou pode enviar na instituição onde você ministra: Bíblia? Estudos da Bíblia? Folhetos? Fitas de áudio? Vídeo?
n Diretrizes específicas para visitar os presos, inclusive dias de visita e horas e o que pode e não pode trazer ou enviar.
n Diretrizes para corresponder-se com os presos e artículos que podem enviar-se através do correio.
n Um mapa de instituição.
n Folhetos de serviço de treinamento interno oferecido pela instituição.
n Uma lista de referência de organizações locais ou ministérios que ajudam presos em liberdade condicional com alojamento, trabalho, roupa, finanças, etc.
n Se você é capelão ou um coordenador voluntário e tem desenrolado materiais de treinamento específicos a sua instituição, insira estes materiais nesta seção.
n Se você é um instrutor de universidade bíblica, insira suas notas de conferências e folhetos nesta seção.
“... mas a Palavra de Deus não está presa!” (2 Timóteo 2.9).
Jesus está em sua cadeia local. Ele gastando tempo na prisão…
“’Quando te vimos enfermo ou preso e fomos te visitar?' O Rei responderá: 'Digo-lhes a verdade: O que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram'.” (Mateus 25.39-40).
De um ponto de vista espiritual, não há nenhum valor que pode colocar-se sobre a alma de um homem, mulher, ou jovem:
“Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma?” (Mateus 16.26).
De um ponto de vista completamente financeira, cada pessoa deixada fora da prisão salva milhares de dólares por ano em custos diretos do encarceramento. Isto não inclui os gatos da prestação social para suas famílias proporcionadas por alguns governos, nem calcula os tremendos custos humanos das famílias ou as contribuições econômicas que o prisioneiro faria se estivesse lucrativamente empregado.
Aceitar o mandato para o ministério de prisão – marchando intrepidamente mais além das filas de arame farpado e as guaritas armadas da guarda – você está entrando nas próprias profundidades do inferno para minar as preciosas gemas para o Senhor.
Oh, sim, haverá alguns que não receberão sua mensagem. Haverá outros que a professarão, porém não a possuirão realmente. Haverá alguns que voltarão aos seus velhos caminhos. Porém, recorde...
n Deus começou com um homem e uma mulher com uma herança perfeita vivendo em um ambiente perfeito e os dois falharam.
n Quando Jesus revelou que Ele deveria sofrer, muitos discípulos deixaram de segui-o – eles não estavam desejosos de pagar o custo.
n Em Suas últimas horas, os discípulos de Jesus fugiram, um o negou, e um o traiu – todavia alguns destes homens cumpriram o grande desafio de levar o Evangelho às nações do mundo.
Você não deve medir o valor dos ministérios de prisão por seus fracassos. Você deve medir seu valor por seus êxitos. Você é parte de uma rede mundial que está mudando o mundo – uma prisão por vez... Uma pessoa por vez.
Há muitos desafios para o ministério de prisão, porém há também tremendos prêmios. Voluntários frequentemente começam trabalhando com presos e ofensores pensando, “eu entrarei neste lugar escuro e levarei o amor de Deus”. Frequentemente, eles saem testificando, “eu consegui mais do que proporcionei”.
Ao aceitar o mandato do ministério de prisão, você se torna parte de uma equipe excitante – uma rede mundial de voluntários que estão recolhendo tesouros para o Senhor.
“’No dia em que eu agir, diz o SENHOR dos Exércitos, eles serão o meu tesouro pessoal. Eu terei compaixão deles como um pai tem compaixão do filho que lhe obedece’” (Malaquias 3.17).
Continue gerando filhos e filhas espirituais até que o Senhor volte:
n Nunca se desencoraje
n Nunca perca a visão
n Nunca perca o interesse por um preso
n Nunca desista
“As nações virão à sua luz e os reis ao fulgor do seu alvorecer. Olhe ao redor, e veja: todos se reúnem e vêm a você; de longe vêm os seus filhos, e as suas filhas vêm carregadas nos braços” (Isaías 60.3-4).
É domingo de Páscoa e um sol luminoso rompe através das nuvens que iluminam nossa cidade do vale da Califórnia Central com seu calor. Este é o dia para celebrar a vida, porém nossa observação da Páscoa nos levará às próprias sombras da morte. Nós o convidamos a vir – é uma celebração de vida em Jesus de que você não se esquecerá jamais.
Nós entramos na Instalação de Mulheres da Califórnia Central através de portas múltiplas e pontos de verificação. Esta prisão atualmente hospeda cerca de 4.000 reclusas, incluindo prisioneiras de segurança máxima do corredor da morte. O lugar onde nós celebramos a ressurreição está na mesma sombra da morte, assim como a tumba vazia em Jerusalém está na sombra da Colina do Gólgota.
Nós estamos rodeados por duas filas de arame farpado com uma cerca eletrificada mortal que corre entre eles. Sobre nós estão as torres da guarda e no outro lado do pátio principal surge imponente a imagem do corredor da morte para mulheres da Califórnia.
Nosso serviço está marcado para começar ao meio-dia, porém as 10:30 da manhã, as mulheres já estão prontas. Por 11 da manhã, nós abrimos a capela e imediatamente nós estamos reunidos. Há mulheres alinhadas nas paredes e na plataforma, de pé na parte de trás e por fora, olhando através das janelas. Muitas das mulheres são tatuadas, parecendo mais com valentões, e algumas são publicamente lésbicas. Todavia elas vieram aqui hoje para receber a mensagem de vida.
Quando nós abrimos o culto, o quarto literalmente explode de excitação. Enquanto nos unimos em louvor e adoramos, uma reclusa toca o piano, outra toca “bongô”, uma terceira marca o ritmo em um aparato cheio de tambores. Adicione vários pandeiros e maracás a isso, um coro integrado com um ritmo que sai da alma e o cantar mais entusiasmado que você já imaginou!
Quando uma reclusa conclui um solo emocionante intitulado “O Sangue”, um silêncio bastante severo cai sobre o nosso público. Nós compartilhamos uma mensagem com respeito à morte e ressurreição de Jesus Cristo intitulada “Quatro Jardins de Deus”. A partir do jardim do Éden, onde o sangue foi derramado por causa de Adão e Eva, nós viajamos através das páginas da Palavra de Deus ao jardim do Getsêmani, onde Jesus derramou seu suor em grandes gotas de sangue; depois vamos ao jardim aos pés da colina do Gólgata, de onde o sangue de Jesus fluiu da cruz. Nós enfocamos, por fim, no jardim de nossos corações, onde o sangue de Jesus também deve fluir por causa do pecado. Quando nós pedimos o compromisso, as mãos se levantaram por toda a sala e o milagre ocorreu: a vida espiritual substituiu a morte espiritual. Você pode literalmente sentir a transformação e pode vê-a nas faces das mulheres.
Quando nós olhamos para aquela sala apertada, nós pensamos em outras reclusas que se assentaram nesses mesmos bancos durante os anos em que nós temos ministrado nesta prisão e que foram soltas em liberdade condicional e agora estão no mundo livre. Há Débora, que recebeu sua LICENCIATURA EM FILOSOFIA E LETRAS em educação cristã e está casada e ativa em uma igreja local. Tem Irene, pronta para receber sua LICENCIATURA EM FILOSOFIA E LETRAS, um membro de honra da sociedade e presidente do clube escolar. Tem a Rose que agora está empregada como enfermeira, reunida com seus filhos.
Nós frequentemente temos sido questionados, “Por que você vai a essa prisão e perde tempo com essas pessoas? Você não sabe que muitas delas apenas retornarão vez após vez à instituição? Você realmente pensa que você pode transformá-as?” Nossa resposta é, “Não, nós não podemos transformá-as. Porém, o programa que nós executamos tem uma proporção de 100% de sucesso quando os estudantes incorporam suas verdades em suas vidas. Nossa garantia está registrada em Josué 1.8”:
“Não deixe de falar as palavras deste livro da lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem sucedido” (Josué 1.8).
Apêndice Um
DICIONÁRIO
Você não necessita saber a gíria do preso para dirigir um ministério de prisão, porém saber alguma terminologia básica frequentemente usada nas prisões é útil.
Nota do tradutor/distribuidor: Nós decidimos não traduzir as expressões e vocábulos deste dicionário porque todas as expressões somente fazem real sentido na língua inglesa e levaria muitos meses para fazer uma pesquisa ampla para encontrar todas as expressões correspondentes em português.
Apêndice Três
Este apêndice dá sugestões para os recursos do ministério de prisão, incluindo estudos da Bíblia, folhetos, Bíblias e vídeos. Toda a literatura deve ser verificada pelos oficiais da prisão antes da distribuição e algumas instituições podem requerer aprovação antes de mostrar os vídeos. A maioria desta lista é baseada em ministérios e organizações dos Estados Unidos. Você poderá adicionar ministérios de seu próprio país se você mora fora dos Estados Unidos.
BÌBLIAS:
American Bible Society, 1865 Broadway, New York, NY 10023
Gideons International: Contacte seu capítulo local.
International Bible Society, P.O. Box 35700, Colorado Springs, CO 80935
International Prison Ministry, P.O. Box 63, Dallas, TX 75221
The Bible League, 16801 Van Dam Road, South Holland, IL 60473
FOLHETOS DO EVANGELHO:
American Bible Society, 1865 Broadway, New York, NY 10023
American Tract Society, P.O. Box 462008, Garland, TX 75046
Gospel Publishing House, 1445 Boonville Ave., Springfield, MO 65802
Gospel Tract Society, Box 1118, Independence, MO 64501
VÍDEOS SUGERIDOS PARA OS PRESOS:
Estes são vídeos relacionados à prisão. Contate sua livraria cristã local para pedir informações:
Tex Watson: O Testemunho de um ex-transgressor.
O Refúgio Secreto: A história de Corrie Ten Boone, presa em um campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial.
Nascido de Novo: A história de Chuck Colson, EE.UU. O oficial do governo americano que foi preso e agora lidera um ministério internacional em prisões.
VÍDEOS DO MINISTÉRIO DE PRISÃO:
Uma séria de treinamento em seis partes para ministérios de prisão que estão disponíveis através de Atlanta Chaplaincy Training School (Escola de Treinamento de Capelânia de Atlanta), P.O. Box 98368, Atlanta, GA 30359.
Voluntários em Instituições Correcionais, um vídeo de treinamento disponível através de Industrial and Institutional Chaplaincy (Capelânia Industrial e Institucional), 1445 Boonville Ave., Springfield, MO 65802.
Nota: Coalition of Prison Evangelists (COPE) (União de Evangelistas de Prisão) é uma organização cooperativa de muitos ministérios de prisão através da América que ajuda em promover treinamento, materiais e coordenação de ministérios. O endereço da organização é: COPE, P.O. Box 7404, Charlotte, NC 28241-7404.
ESTUDOS DA BÍBLIA:
Ao dar estudos bíblicos aos presos, seja sensível ao fato de que muitos presos vêm do mais baixo nível sócio-econômico e não puderam ser educados favoravelmente. Por esta razão, você deve selecionar materiais que são simples, fáceis de ler, com uma impressão de bom tamanho.
Há muitos tremendos recursos de estudo da Bíblia grátis na Internet. Entre em uma busca usando as palavras “christian resources” ou “bible studies” para uma busca em espanhol. Os seguintes estudos da Bíblia são produzidos pela Rede Internacional Tempo de Colheita), publicadores deste manual de ministério de prisão. Eles estão disponíveis gratuitamente na Internet em:
http://www.harvestime.org
Ou impressos em:
14431 Terra Dr.
Colorado Springs, CO 80921
United States of America
Os outros manuais disponíveis são:
Estratégias Para a Colheita Espiritual
Fundamentos da Fé
Vivendo No Reino
Estratégias Espirituais (Guerra Espiritual)
O Ministério do Espírito Santo
Conhecendo a Voz de Deus
Métodos Criativos do Estudo da Bíblia
Estudo Básico da Bíblia: Antigo Testamento
Estudo Básico da Bíblia: Novo Testamento
Desenvolvendo Uma Visão Bíblica do Mundo
Táticas de Ensino
Metodologias de Multiplicação
Princípios de Poder
Princípios Bíblicos de Administração
Princípios de Análise Ambiental
Administração por Objetivos
Metodologias de Mobilização
Evangelização Como Fermento
As Mulheres, Um Perfil Bíblico
Batalha Pelo Corpo
Oração de Intercessão
Outros recursos para estudos bíblicos gratuitos:
Assembly of God Prison Ministries, 1445 Boonville Ave., Springfield, MO 65802
Emmaus Correspondence School, 401 MacArthur Blvd, San Leandro, CA 94577
Global Youth Evangelism, P.O. Box 1019, Orland, CA 95963
Haven of Rest Ministries, Box 2031, Hollywood, CA 90079
Kenneth Copeland Ministries, Prison Coordinator, Box 961010, Fort Worth, TX 76161
Morris Cerullo World Evangelism, Box 85277, San Diego, CA 92186
Prisoners of Hope, Box 171377, San Diego, CA 92174
Prison Fellowship, Box 17500, Washington, DC 20041
Set Free Prison Ministries, Box 5440, Riverside, CA 92517
Survival Manuals, Living Cross Prison Ministries, Box 1313, Peralta, NM 87042
Teen Challenge, 1525 N. Campbell Ave., Springfield, MO
Turning Point, Box 2430, Cleveland, TN 37320
Women’s Aglow, Box 1, Lynnwood, WA 98046
Respostas dos Testes
CAPÍTULO UM:
1. Mateus 25:36.
2. A referência principal para o mandato bíblico para o ministério de prisão é Mateus 25:31-40.
3. Jesus é o nosso principal exemplo para o ministério de prisão Jesus.
4. Oito razões pelas quais os crentes devem estar envolvidos no ministério de prisão são:
1. O ministério de prisão tem um mandamento direto (Mateus 25.39-40).
2. Nós devemos seguir o exemplo que Cristo estabeleceu ao ministrar aos presos.
3. As prisões cumprem o critério de qualquer campo missionário: pessoas perdidas e uma necessidade de obreiros.
4. Deus não deseja que ninguém se perca.
5. Capelães não podem ministrar a mais do que uma pequena porcentagem de presos sob os seus cuidados.
6. Muitas cadeias e penitenciárias não possuem nenhum capelão profissional e nenhum serviço religioso.
7. Para cada pessoa encarcerada, há três a cinco outras afetadas.
8. As religiões falsas e os cultos estão alcançando aos presos. Nós devemos chegar ali primeiro com o Evangelho de Jesus Cristo!
5. As metas espirituais do ministério de prisão incluem o seguinte:
n Compartilhar o amor incondicional de Deus.
n Apresentar o evangelho de Jesus Cristo de tal maneira que os presos o abraçarão e receberão a Cristo como o Salvador.
n Discipular os novos crentes na Palavra e lhes ensinar como estudar a Bíblia.
n Demonstrar o poder de oração e ensiná-los a orar.
n Levar os presos a experimentar o poder transformador de Deus que os livrará da culpa, vergonha, emoções negativas e aflições.
n Ministrar às famílias dos presos.
n As metas sociais do ministério de cadeia e prisão incluem o seguinte:
o Ajudar o preso a funcionar mais positivamente dentro do ambiente da prisão.
o Proporcionar um vínculo entre a comunidade e as pessoas confinadas nas instituições penais.
o Preparar os residentes para a re-entrada na sociedade (fisicamente, mentalmente, moralmente e espiritualmente).
o Ajudar as famílias dos presos de maneiras práticas.
o Proporcionar ajuda pós-prisão de maneiras práticas.
7. O Evangelho oferece aos presos:
n O perdão do pecado.
n Uma oportunidade de dizer “sinto muito”.
n Libertar-se da culpa e da vergonha.
n Aceitação.
n Novos valores e perspectivas.
n Estratégias para vencer as situações difíceis e as emoções negativas.
n Elementos essenciais para verdadeiras relações.
n Vida abundante através de Jesus Cristo.
n Um novo propósito para viver.
n Vida eterna.
CAPÍTULO DOIS:
1. 1 Timóteo 4:12.
2. Verifique seu resumo contra a lista de qualificações espirituais para os voluntários do ministério de prisão discutidas neste capítulo.
3. Quatro áreas de preparação vital ao ministério de prisão eficaz são:
1. Preparação em oração.
2. Preparação na Palavra.
3. Preparação em sua unção específica.
4. Preparação para a instituição específica.
CAPÍTULO TRÊS:
1. Isaías 42:22.
2. Compare seu resumo com os passos para começar um ministério de prisão que foram discutidos neste capítulo.
3. Os vários ministérios que você poderia proporcionar em uma instituição incluem:
n Dirigir cultos da igreja.
n Substituir o capelão.
n Proporcionar programas musicais ou dramas especiais.
n Dirigir estudos bíblicos.
n Classes de instrução.
n Dirigir um grupo cristão para aqueles com aflições.
n Distribuir literatura e Bíblias.
n Organizar uma noite cinematográfica cristã.
n Proporcionar serviços individualizados.
o Proporcionando cursos bíblicos por correspondência.
o Encaixando os presos com visitantes cristãos.
o Encaixando os presos com cristãos para trocar correspondência.
o Proporcionando informação de referência para as famílias.
o Servindo de referência aos presos nos programas de libertação pós-prisão.
4. Algumas das maneiras para recrutar os voluntários incluem:
n Por um aviso nos boletins da igreja.
n Fazer um anúncio nos cultos da igreja.
n Recrutar nas reuniões de grupos pequenos.
n Preparar cartazes e colocá-los em lugares estratégicos na igreja.
n Planejar o “dia do Ministério de Prisão”.
5. Compare seu resumo sobre treinamento para voluntários com a discussão neste capítulo.
CAPÍTULO QUATRO:
1. 1 João 5:13.
2. Duas coisas importantes para fazer quando você quer começar a se corresponder com um preso são:
n Contatar as autoridades apropriadas na instituição.
n Obter uma lista das regras para corresponder-se com os presos nessa prisão específica.
3. Compare seu resumo com as diretrizes discutidas neste capítulo sobre corresponder-se com os presos.
CAPÍTULO CINCO:
1. Hebreus 13:3.
2. A visita pessoal é um ministério importante por que:
n Cada alma é preciosa para Deus.
n Muitos presos não assistirão aos cultos religiosos.
n Muitos presos nunca experimentaram a verdadeira, piedosa e incondicional amizade.
n É mais fácil abrir-se em uma situação pessoal do que em uma situação grupal.
n Você se torna uma ponte para o preso voltar à sociedade.
n Você não somente será uma bênção, porém você será abençoado por uma verdadeira amizade com um preso.
3. Você pode envolver-se com uma visita individual com os presos pelas seguintes maneiras:
n Inquira sobre o programa de visita na cadeia ou prisão onde você quer ser voluntário.
n Se a instituição não tem um programa organizado para encaixar os presos com visitantes, peça ao capelão ou ao administrador que o encaixe com um preso.
n As pessoas que estão ministrando dentro da prisão em uma base grupal nos programas cristãos também são uma boa fonte.
n Se possível, troque umas cartas com o preso antes de sua primeira visita.
4. Compare seu resumo com as diretrizes dadas neste capítulo para visitar individualmente a um preso.
CAPÍTULO SEIS:
1. Mateus 9:36.
2. Alguns tipos de reuniões de grupo que podem ser realizadas nas cadeias e prisões incluem:
n Serviços de adoração
n Estudos da Bíblia
n Classes de música
n Apresentações musicais e dramáticas
n Escritos cristãos
n Grupos pequenos oferecendo uma abordagem cristã ao vício e/ou aos problemas emocionais.
n Classes de pais.
n Cursos da Faculdade Bíblica
n Classes de discipulado para os novos crentes
3. Compare seu resumo de cada área com as diretrizes cedidas neste capítulo.
CAPÍTULO SETE:
1. Gênesis 12:3.
2. A família de um preso está frequentemente em crise porque quando um membro da família é preso, isso cria uma grande ansiedade, medo e incerteza. A família é dividida. Os filhos enfrentam vergonha e perda quando um pai está na prisão.
3. Você pode ministrar às famílias dos presos através das seguintes maneiras:
n Transporte e hospitalidade
n Informação
n Serviços sociais
n Emprego
n Alojamento, comida, roupa e finanças
n Aconselhando
n Presentes em ocasiões especiais
n Uma igreja local
4. Você deve fazer duas coisas importantes antes de contatar a família de um preso:
n Verificar com o capelão ou administração na cadeia ou penitenciária onde você está ministrando.
n Obter a permissão escrita do preso para que a família e a instituição saibam que você tem a aprovação dele/dela.
5. Compare seu resumo com as diretrizes cedidas neste capítulo para ministrar às famílias dos presos.
CAPÍTULO OITO:
1. Salmos 79:11.
2. Compare seu resumo com as sugestões dadas neste capítulo sobre como começar um ministério do corredor da morte.
3. Compare sua decisão com as diretrizes cedidas neste capítulo para ministrar aos presos do corredor da morte.
4. Você pode ajudar a um preso do corredor da morte a enfrentar a morte das seguintes maneiras:
n Há alguém que eles necessitam perdoar? Guie-os no processo.
n Há pessoas a quem eles precisam se desculpar e pedir perdão – vítimas, as famílias delas, sua própria família ou amigos?
n Se eles têm filhos jovens, encoraje-os a escrever uma carta especial para que eles a recebam quando forem mais velhos.
n Eles têm qualquer questão comercial prática que necessita ser concluída?
n Discuta a morte abertamente, e o fato que como um crente, não há nada a temer
n Ajude-os a enfocar na eternidade e nas tremendas coisas que os esperam no céu.
n Se eles lhe pedem que esteja presente em sua morte para proporcionar o apoio espiritual, faça isso se a prisão o permite.
CAPÍTULO NOVE:
1. Isaías 42:7.
2. Algumas das necessidades comuns de ex-detentos são:
n Ele necessita ser aceito em uma igreja local que seja nutridora e apoiadora para que ele possa desenvolver-se espiritualmente.
n Ele necessita de albergue, comida e roupa.
n Ele necessita de capacitação profissional e/ou um trabalho.
n Ele pode necessitar de conselho financeiro.
n O conselho familiar é importante se ele está tentando reunir a sua família.
n Ele pode necessitar de conselho pessoal adicional para vícios como drogas e álcool.
n Se ele está preso há muito tempo, ele pode precisar de ajuda até mesmo com as decisões mais simples.
n Ele necessita de uma rede de apoio forte de amigos que o amarão e aceitarão, orarão por e com ele, e lhe ajudarão a trabalhar através dos problemas.
3. Os ministérios pós-prisão incluem:
n Uma casa de recuperação cristã
n A missão local de resgate
n Programas dirigidos pelo governo ou pela iniciativa privada
n Programas baseados na igreja
n Faculdades e Escolas Bíblicas
4. Os passos começar um ministério pós-prisão são:
Um: Orar
Dois: Consulte a seu líder espiritual
Três: Fazer uma análise
Quatro: Visitar um ministério similar
Cinco: Determinar os problemas organizacionais
n Finanças
n Instalações
n Provendo-se de pessoal
5. As três perguntas que devem determinar seu papel no ministério pós-prisão são:
1. O que é permitido pela instituição em que você ministra?
2. Onde você é mais eficaz?
3. Quais são suas limitações de tempo e energia?
CAPÍTULO DEZ:
1. Isaías 61:1.
2. Os níveis de segurança comuns são: segurança máxima, segurança média e segurança mínima.
3. Os presos da penitenciária têm sido provados e declarados culpados. A cadeia normalmente é o ponto de entrada para todos os prisioneiros. Muitos encarcerados ainda não foram declarados culpados de alguma coisa. A maioria está aguardando um julgamento pendente. Alguns estão aguardando uma sentença pendente. Alguns podem estar cumprindo sentenças tão curtas que não há garantia de enviá-los a uma penitenciária. As condições físicas, emocionais e psicológicas dos presos da cadeia são diferentes de e menos favoráveis que aqueles nas prisões. Normalmente não há nenhuma privacidade em falar com os presos individuais nas cadeias. Os prisioneiros nas cadeias estão frequentemente aborrecidos, inquietos e temerosos. Na maioria das vezes, a incerteza governa suas vidas.
4. Alguns meios de detenção discutidos neste capítulo foram:
n Centros de Liberação de trabalho
n Casas Parciais
n Acampamentos de Estrada, Incêndios, Silvicultura, ou Trabalho de Fazenda.
n Detenção, Casas Juvenis ou Reformatórios.
5. Compare seu resumo com a discussão sobre a tipologia do preso neste capítulo.
CAPÍTULO ONZE:
1. Romanos 13:1.
2. Compare sua resposta com a discussão neste capítulo sobre os códigos de vestes apropriados.
3. Compare seu resumo com os códigos de segurança discutidos neste capítulo.
4. Compare seu resumo com as diretrizes cedidas neste capítulo para sobreviver a um incidente de tornar-se refém.
5. Esteja seguro de obter uma lista do código de vestimenta e segurança para a instituição em que você está visitando ou ministrando. Insira estes na última seção (Capítulo Treze) deste manual que é designada para o material específico à sua instituição.
CAPÍTULO DOZE:
1. 2 Timóteo 2:25-26.
2. A primeira regra para relacionar-se adequadamente com os presos é aprender e seguir as regras.
3. Compare seu resumo com as diretrizes que foram cedidas neste capítulo para relacionar-se com os presos.
4. Um “esquema” é uma situação onde você é forçado a comprometer suas próprias crenças, normas ou regras institucionais. Você é forçado ou enganado em uma situação comprometedora e, então, um preso toma vantagem de você para receber favores ou contrabando como drogas, álcool, etc.
5. Um arranjo normalmente procede como segue:
Observação: os presos observam sua habilidade ou incapacidade de funcionar sob tensão, seu nível de tolerância, se você adere ou não às regras, e quão eficazmente você tomará o controle de uma situação difícil.
Prova: antes que qualquer conclusão possa ser delineada, os presos provam observações sobre você em questões menores. Isto pode incluir coisas como: pedidos sem autorização de provisões e materiais; pedidos de favores; burla das regras ou tentar compromete-lo em conversas íntimas. Se você é rendido nestas “questões menores”, então você é o primeiro candidato para um esquema.
O Esquema: se você compromete as regras menores ou se compromete em uma conduta íntima ou imprópria, então um preso usará isso como uma chantagem contra você, para conseguir o que ele quis desde o início. Eles ameaçarão dizer a administração sobre suas infrações menores no passado ou informar-lhe que você realmente tem sido enganado para fazer algo ilegal. Eles usam isto como uma chantagem para conseguir o que querem – seja contrabando como drogas ou álcool ou outros favores.
6. Você pode evitar um esquema por:
n Manter uma atitude profissional.
n Evitar a familiaridade.
n Negar-se a violar as regras sob qualquer circunstância.
n Informando sobre um esforço de esquema imediatamente.
n
CAPÍTULO TREZE:
Capítulo individualizado. Nenhum teste.
[1] O “vale alimentação” pode ser uma opção.
[2] Pode parecer “desnecessário” manter este capítulo sobre o corredor da morte em uma tradução para o português distribuída principalmente no Brasil, país esse que não possui pena de morte. Há, porém, três razões para isso: (1) Um dia o Brasil poderá se tornar um que adota a pena de morte (inclusive, há anos que transita no congresso uma proposta de estabelecer a pena de morte no Brasil) e este capítulo lhe preparará para enfrentar tal situação, se ela vier a acontecer em um futuro próximo; (2) É importante obter uma visão global do que enfrentam os nossos irmãos e irmãs que ministram em prisões com corredores da morte, para que possamos orar mais intensa e especificamente por eles; (3) Pode ser que um dia queira usá-lo para ministrar em outro país, então, ter um conhecimento prévio sobre este ministério será de grande ajuda para você.
[3] O autor se refere basicamente às instituições americanas, porém muitas regras parecidas são aplicadas em outras nações.