Administração
Bíblica
Administração Bíblica
Este curso é parte do INSTITUTO BÍBLICO TEMPO DE COLHEITA, um programa elaborado para equipar os crentes para uma efetiva colheita espiritual. O tema básico do treinamento é ensinar o que Jesus ensinou, aquilo que ao chamar pescadores, coletores de impostos, e etc., transformou-os em cristãos reprodutivos que alcançaram o mundo com o Evangelho em demonstração de poder.
Este manual é um simples curso dos diversos módulos do currículo que conduz os crentes da visualização através da depuração, multiplicação, organização e mobilização para alcançar o objetivo da evangelização.
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CONTEÚDO
Como Usar Este Manual,
Sugestões Para Estudo em Grupo
Introdução
Objetivos do Curso
1. O Ministério de Administração
2. Posições de Liderança
3. A Unção Para Liderar
4. As Qualificações Para Os Líderes
5. Liderar Como Um Servo
6. Liderar Como Um Pastor
7. As Tarefas Dos Líderes
8. Tomando Decisões
9. Os Conflitos e a Disciplina
10. Treinando Líderes e Discípulos
11. Enfrentando o Fracasso
12. Os Princípios do Êxito
13. Calculando o Custo
Apêndice
Respostas da Seção “Teste o Seu Conhecimento”
COMO USAR ESTE MANUAL
Cada lição consiste de:
Objetivos: Estes são os objetivos que você deve alcançar ao estudar o capítulo. Leia-o antes de começar a lição.
Versículo-Chave: Este versículo enfatiza o conceito principal do capítulo. Tente memorizá-o.
Conteúdo do Capítulo: Estude cada seção. Use sua Bíblia para procurar as referências bíblicas não transcritas no manual.
Teste o Seu Conhecimento: Faça este teste depois de você terminar de estudar o capítulo. Tente responder as questões sem usar sua Bíblia ou este manual.
Para Estudo Adicional: Esta é a seção final de cada capítulo. Ela estimula o estudo independente do aluno.
Exame Final: Se você está registrado neste curso para receber créditos e Diploma, você deverá solicitar um exame final ao término deste curso. Após a conclusão do exame, você deverá retorná-o a nós para receber os créditos que lhe darão ao Diploma e que também servirão para você avançar em seus estudos posteriormente.
PRIMEIRA REUNIÃO:
Abrindo: Abra com oração e apresentações. Conheça e matricule os estudantes.
Estabeleça os Procedimentos do Grupo: Determine quem conduzirá as reuniões, o horário, os lugares e as datas para as sessões.
Louvor e adoração: Convida presença do Espírito Santo em sua sessão de treinamento.
Distribua os Manuais aos Estudantes: Introduza o título do manual, o formato e os objetivos do curso proporcionados nas primeiras páginas do manual.
Faça a Primeira Tarefa: Os estudantes lerão os capítulos determinados e farão o teste para a próxima reunião. O número de capítulos que você ensinará em cada sessão dependerá do tamanho do capítulo, conteúdo e das habilidades de seu grupo.
A SEGUNDA E DEMAIS REUNIÕES:
Abrindo: Ore. Dê as boas-vindas e matricule a qualquer novo aluno e também dê o manual. Veja quem está presente ou ausente. Tenha um tempo de adoração e louvor.
Revisão: Apresente um breve resumo do que você ensinou na última reunião.
Lição: Discuta cada seção do capítulo usando os TÍTULOS EM LETRAS MAIÚSCULAS E EM NEGRITO como um esboço do ensinamento. Peça aos estudantes que façam perguntas ou comentários sobre o que eles têm estudado. Aplique a lição às vidas e ministérios de seus estudantes.
Teste: Reveja com os estudantes o teste que eles completaram. (Nota: Se você não quer que os estudantes tenham acesso às respostas, você pode tirar as páginas com as respostas que se encontram no final de cada manual).
Para Estudo Adicional: Você pode fazer estes projetos numa base individual ou em grupo.
Exame Final: Se o grupo está matriculado neste curso para os créditos e Diploma você recebeu um exame com este curso. Dê uma cópia para cada estudante e administre o exame na conclusão deste curso.
Você necessitará apenas de um exemplar da Bíblia, preferencialmente a Edição Revista e Atualizada, 2ª Edição, mas outras versões também poderão ser usadas, embora isto talvez represente alguma pequena dificuldade para o aluno acompanhar os textos bíblicos deste curso.
Módulo: Organização
Curso: Princípios Bíblicos de Administração
INTRODUÇÃO
Este estudo apresenta os princípios de administração revelados na Palavra escrita de Deus, a Bíblia. “Administração” é outra palavra para “mordomia”.
“Mordomos” ou “administradores” são responsáveis sobre algo confiado a eles por outra pessoa. Como crentes que somos, cada um de nós é um administrador dos recursos espirituais que Deus nos tem confiado.
Um problema sério com muitos líderes cristãos é a organização e administração destes recursos espirituais. Se os obreiros para a colheita espiritual devem ser como a Bíblia indica, então eles devem ser organizados e mobilizados adequadamente.
O crescimento ocorre através da multiplicação de células vivas e do desenvolvimento de um esqueleto para apoiá-lo. Para o corpo de Cristo crescer, a estrutura também é importante. A vida espiritual traz um crescimento que nós devemos estar preparados para suportar.
Este curso é o primeiro de uma série de três no módulo denominado de “Organização” do treinamento oferecido pela Rede Internacional Tempo de Colheita. Este estudo, junto com os outros cursos (‘Análise Ambiental’ e ‘Administração por Objetivos’) que seguem, lhe ajudará a tornar-se um bom mordomo dos recursos espirituais. Nós recomendamos que estes três cursos sejam estudados para o entendimento apropriado da administração, planejamento e organização necessárias ao ministério cristão eficaz.
Este curso introduz o assunto da administração, identifica as posições de liderança e enfatiza a importância da unção para liderar. Os princípios bíblicos de liderar como um servo e pastor e as qualificações para os líderes também são discutidas. As principais tarefas dos líderes são repassadas, com ênfase na tomada de decisões e o tratar com os conflitos. Diretrizes são dadas para treinar os líderes e discípulos, os princípios do êxito e as razões para fracasso são examinados. O Apêndice deste curso proporciona a oportunidade para aprender os princípios adicionais estudando exemplos de grandes líderes da Bíblia.
OBJETIVOS DO CURSO
Ao concluir este curso você será capaz de:
n Definir administração.
n Identificar os recursos espirituais sobre os quais os crentes são administradores.
n Identificar o principal requisito para os mordomos.
n Identificar o maior exemplo de liderança espiritual.
n Resumir o que o ministério de administração inclui.
n Identificar as posições bíblicas de liderança.
n Explicar como se usam os dons espirituais no ministério.
n Explicar como os líderes trabalham juntos no ministério.
n Reconhecer a importância da unção na liderança espiritual.
n Listar as qualificações para os líderes espirituais.
n Explicar como liderar como um servo.
n Explicar como liderar como um pastor.
n Resumir as tarefas dos líderes.
n Usar as diretrizes bíblicas para tomar decisões.
n Usar as diretrizes bíblicas para tratar com os conflitos e a disciplina.
n Treinar líderes e discípulos.
n Converter os fracassos em êxito.
n Aplicar os princípios bíblicos do êxito.
n Identificar os custos da liderança.
n Explicar a verdadeira prova da liderança espiritual.
Capítulo Um
O MINISTÉRIO DE ADMINISTRAÇÃO
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo, você será capaz de:
n Escrever o versículo-chave de memória.
n Definir administração.
n Identificar os recursos espirituais sobre os quais os crentes são administradores.
n Identificar o requisito principal para mordomos.
n Identificar o maior exemplo de liderança.
n Resumir o que está incluído no ministério de administração.
VERSÍCULO-CHAVE:
“... Se alguém aspira a administração, deseja uma excelente obra” (1 Timóteo 3.1, Tradução do original da Nova Bíblia Inglesa).
INTRODUÇÃO
Este capítulo introduz o ministério de administração na igreja. Quando nós falamos de administração nós não estamos falando sobre a administração secular como ela acontece no mundo comercial. Nós estamos falando de recursos espirituais administrados para a obra do ministério.
Se você aprende o ministério de administração, você se tornará um bom mordomo do Evangelho e do ministério que Deus lhe deu. Você poderá trabalhar com Deus para alcançar Seus propósitos.
A DEFINIÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO
“Administração” é outra palavra para “mordomia” ou “direção”. “Mordomos” ou “administradores” são responsáveis sobre algo confiado a eles por alguém mais. A direção é o processo de alcançar os propósitos de planos de Deus através do uso apropriado dos recursos humanos, materiais e espirituais. A administração é avaliada por estes planos e propósitos, se eles são cumpridos ou não. A Bíblia declara:
“Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos” (Isaías 53.6).
Como as ovelhas devem ser guiadas para seguir um só caminho, assim também as pessoas necessitam de direção para que seus esforços e energias alcancem os propósitos e planos de Deus.
OS RECURSOS ESPIRITUAIS
Todos os crentes são mordomos de certos recursos dados por Deus. Estes são listados na seção “Para Estudo Adicional” desta lição. Além destes recursos, os líderes são mordomos sobre os recursos especiais que incluem:
O EVANGELHO: Nós devemos compartilhar sua mensagem com outros.
DINHEIRO: Cada crente é um mordomo de suas finanças pessoais, porém os líderes que controlam o dinheiro de uma igreja ou organização cristão também são mordomos destes fundos.
RECURSOS MATERIAIS DO MINISTÉRIO: Estes incluem coisas como os edifícios da igreja, propriedades e equipamentos.
DONS ESPIRITUAIS: Cada crente tem pelo menos um dom espiritual pelo qual ele é responsável como um mordomo. Um líder também é responsável para ajudar a outros a desenvolverem seus dons espirituais.
OUTROS CRENTES: Se você é um líder, você é responsável por outras pessoas. Você deve ajudá-las a amadurecer espiritualmente e a envolver-se na obra do ministério. Deus usa as pessoas, não os programas, para construir o Seu Reino. A administração envolve fazer com que as coisas sejam feitas para Deus através das pessoas.
A PRIMEIRA MENSAGEM SOBRE ADMINISTRAÇÃO
A primeira mensagem de Deus ao homem foi sobre o assunto da administração. Deus disse a Adão e Eva:
“E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra” (Gênesis 1.28).
Três tarefas importantes para os administradores se encontram neste versículo:
O MAIOR EXEMPLO
O maior exemplo de administração é o Senhor Jesus Cristo. Ele é o modelo para todos os líderes cristãos. Você aprenderá depois neste curso sobre o exemplo que Ele estabeleceu liderando como um servo e um pastor.
Todos princípios ensinados neste curso são demonstrados no que Jesus fez e ensinou. Cada tarefa que um líder deve realizar foi ilustrada por Ele. Ele estabeleceu um exemplo para treinar líderes e discípulos.
O REQUISITO PRINCIPAL
Deus não considera os mordomos vitoriosos devido a sua educação, habilidade natural ou personalidade. Eles têm êxito devido a sua fidelidade. O requisito principal aos mordomos é que eles devem ser fiéis:
“Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel” (1 Coríntios 4.2).
Jesus deu uma parábola em Mateus 25.14-30 sobre os servos cujo amo lhes deu recursos chamados “talentos”, que neste caso era dinheiro. Eles receberam instruções para ser bons mordomos e usar os fundos sabiamente. Aqueles que fizeram isto foram chamados de “fiéis” e foram premiados. Aqueles que falharam foram julgados e responsabilizados.
O MINISTÉRIO DE ADMINISTRAÇÃO
O ministério de administração ou liderança envolve levar outros a alcançar grandes coisas para Deus. A direção inclui as seguintes áreas que você estudará neste curso:
RECONHECER A IMPORTÂNCIA DA UNÇÃO PARA LIDERAR: Unção de Deus para administrar é mais importante que educação, talentos e experiência.
CUMPRIR AS QUALIFICAÇÕES BÍBLICAS PARA A LIDERANÇA: A administração do ministério começa com a administração de si mesmo.
APRENDER A LIDERAR COMO UM SERVO: A administração bíblica não é relações públicas vistosas ou uma personalidade carismática no púlpito. É serviço humilde àqueles a quem você lidera. Servir é que separa a direção cristã da direção mundana.
APRENDER A LIDERAR COMO UM PASTOR: As qualidades de um pastor no mundo natural eram o que Jesus usava para descrever a direção espiritual.
ENTENDER AS TAREFAS BÁSICAS DOS LÍDERES: Estas incluem as áreas difíceis de tomar decisões e resolver conflitos e problemas de disciplina.
TREINAR LÍDERES E DISCÍPULOS: Todos nós lideramos em certas situações, porém todos somos seguidores em outras situações. Os líderes devem ter seguidores ou discípulos. Tanto os líderes quanto os seguidores (ou discípulos) devem ser treinados.
APLICAR OS PRINCÍPIOS DO ÊXITO ENSINADOS NA PALAVRA DE DEUS: Estes princípios asseguram uma direção vitoriosa dos recursos espirituais.
EVITAR AS VIOLAÇÕES QUE CAUSAM O FRACASSO NA ADMINISTRAÇÃO: Fracassar em liderar e seguir resulta das violações aos princípios bíblicos.
COMPREENDER OS PRINCÍPIOS BÍBLICOS DE ADMINISTRAÇÃO OU ORGANIZAÇÃO: Estes incluem as posições de liderança estabelecidas por Deus e aquelas desenvolvidas devido às necessidades práticas da igreja.
A BASE DA ORGANIZAÇÃO BÍBLICA
A organização ministerial não é fixa, rígida, ou baseada nos modelos mundanos. A organização é flexível para acomodar a direção do Espírito Santo. A direção do ministério existe com o propósito de alcançar os propósitos e planos dados por Deus, não para criar uma sociedade rígida, uma estrutura institucional. A organização na Igreja está muito mais para um organismo vivo. A Bíblia compara a Igreja ao corpo humano, com cada parte funcionando conjuntamente.
Você não pode ser eleito para liderar na organização de Deus. Você pode ser eleito ou estabelecido pelo homem para um cargo, porém nenhum líder nunca é feito por intimação ou voto. Você deve ser chamado e equipado por Deus para a obra do Reino.
A liderança envolve posições, por exemplo, posições como apóstolo, profeta, evangelista, pastor e mestre. A liderança também envolve função. Sua função principal é equipar outros para a obra do ministério. A liderança também diz respeito às relações dos líderes com seus liderados.
A seleção e promoção de um líder vêm de Deus:
“Porque não é do Oriente, não é do Ocidente, nem do deserto que vem o auxílio. Deus é o juiz; a um abate, a outro exalta” (Salmos 75.6-7).
OUTRAS ÁREAS DE ADMINISTRAÇÃO
A direção também envolve analisar seu ministério para estabelecer propósitos e planos. Você pode aprender a realizar semelhante estudo no curso do Instituto Internacional Tempo de Colheita, “Análise Ambiental”.
A administração também envolve as seguintes áreas sobre as quais você aprenderá no curso do Instituto Internacional Tempo de Colheita, “Administração Por Objetivos”:
FORMULAR UM PROPÓSITO PARA O MINISTÉRIO EM HARMONIA COM O DE DEUS: Se você não conhece seu propósito ou não tem uma visão, você não pode liderar outros.
FAZER PLANOS PARA ALCANÇAR O PROPÓSITO: Você nunca alcançará o propósito se você não planeja fazer isso.
ORGANIZAR AS PESSOAS E PROCEDIMENTOS PARA LEVAR À CABO O PLANO: Administração envolve motivar e liderar as pessoas quando elas realizam tarefas que são parte do propósito e plano de Deus.
APERFEIÇOAR O PLANO ATRAVÉS DA AVALIAÇÃO: A Obra do Senhor deve ser feita com excelência.
A IMPORTÂNCIA DA BOA ADMINISTRAÇÃO
Aqui estão algumas razões pelas quais a administração apropriada do ministério é importante:
PROPORCIONA PROPÓSITO E DIREÇÃO:
Se você deseja ter êxito no ministério, então você deve ter um propósito e planos em harmonia com os de Deus e deve poder comunicá-los aos outros. Quando você conhece seu propósito, então você pode liderar outros. Os líderes devem saber aonde eles vão para poder guiar os outros. A orientação e unidade no ministério envolvem propósito e direção comuns.
ELIMINA A CONFUSÃO:
Quando há direção apropriada, a confusão é eliminada:
“Porque Deus não é de confusão, e sim de paz. Como em todas as igrejas dos santos” (1 Coríntios 14.33).
“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados” (Efésios 5.1).
Se as atividades de Deus não se caracterizam pela confusão, os ministérios de Seus servos não devem caracterizar-se por ela de maneira alguma.
PERMITE DECISÕES APROPRIADAS:
As decisões determinam seu destino. Isto, inclusive, é verdade sobre a salvação. Você faz uma decisão de aceitar ou rejeitar o evangelho e seu destino eterno é determinado por sua decisão.
Sua vida e ministério atual são determinados pelas decisões anteriores que você tem tomado. Você tomou as decisões através do planejamento pensativo ou no impulso do momento. A boa direção lhe permite tomar as decisões apropriadas com a direção do Senhor.
ESTABELECE AS PRIORIDADES PARA O MINISTÉRIO:
Prioridades são aquelas coisas que são mais importantes do que outras. Elas são as coisas que possuem o primeiro lugar em seu tempo e atenção. Você terá prioridades na vida, não importa se você as determina conscientemente ou não. Você estabelecerá as prioridades deixando-se levar por hábitos que se tornam um estilo de vida ou devido à pressão das circunstâncias ou pelas pessoas ao seu redor, ou por uma decisão definida baseada nos propósitos de Deus.
PERMITE A AÇÃO EM LUGAR DA REAÇÃO:
Muitos ministérios estão ocupados em reagir aos assuntos urgentes no presente em lugar de planejar para o futuro. Isto leva os líderes a reagir em lugar de agir com sabedoria e propósito.
Sem uma estratégia ou plano você não sabe o que está fazendo no ministério, por que você está fazendo-o, ou como será feito. Por que você não tem nenhuma organização e direção, você não tem nada com que se comprometer, nenhuma maneira de avaliar sua efetividade para Deus, e você é facilmente persuadido a reagir e abandonar as coisas em tempos de crise.
A boa administração transforma o desejo de demonstração e visões em realidade. Ajuda-lhe a determinar o que você deve fazer e como fazê-lo para cumprir os propósitos de Deus.
ESTABELECE A RESPONSABILIDADE:
Na parábola dos talentos em Mateus 25.14-30, os servos eram responsáveis por tudo o que foi confiado a seu cuidado. Seu amo tinha um plano, o comunicou a eles e eles deveriam cumpri-lo investindo os fundos que eles receberam.
Você não somente é responsável por conhecer a vontade de Deus para sua vida e ministério, porém também por cumpri-la:
“Aquele servo, porém, que conheceu a vontade de seu senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade será punido com muitos açoites” (Lucas 12.47).
Se você não administra sabiamente o ministério que lhe foi confiado, você será considerado culpado.
PERMITE AVALIAÇÃO:
A administração inclui a avaliação para ver se você está cumprindo o propósito e o plano de Deus. Compreender os princípios bíblicos do êxito e as razões para o fracasso permite tal avaliação.
PERMITE O USO SÁBIO DOS RECURSOS ESPIRITUAIS:
A boa administração ajuda-lhe a manejar os recursos espirituais adequadamente e permite-lhe que seja um mordomo apropriado dos fundos, possessões materiais, pessoas, e dons espirituais para a obra do Reino de Deus.
PREPARA-LHE PARA ENTRAR EM PORTAS ABERTAS:
“Porque uma porta grande e oportuna para o trabalho se me abriu; e há muitos adversários” (1 Coríntios 16.9).
Quando Deus abre as portas, você deve estar pronto para atravessar e enfrentar os novos desafios. Isto não é possível sem a preparação apropriada. Leia a parábola das virgens sábias e néscias em Mateus 25.1-13. Deus abre as portas, porém elas não ficam fechadas para sempre. Elas se abrem e esperam que você entre. Depois elas se fecham, às vezes para nunca mais abrir de novo.
HARMONIZA O MINISTÉRIO COM A VONTADE DE DEUS:
A primeira pergunta do apóstolo Paulo depois de sua conversão foi, “que queres que eu faça?” Ele estava pergunta a Deus, “qual é o Seu plano para minha vida e ministério”. A mordomia sábia coloca sua vida e ministério em harmonia com o propósito e planos de Deus.
DEUS BUSCA LÍDERES
Deus disse ao Rei Saul:
“Já agora não subsistirá o teu reino. O SENHOR buscou para si um homem que lhe agrada e já lhe ordenou que seja príncipe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o SENHOR te ordenou” (1 Samuel 13.14).
Deus ainda busca homens a quem Ele possa usar como líderes:
“Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei” (Ezequiel 22.30).
“Porque, quanto ao SENHOR, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele; nisto procedeste loucamente; por isso, desde agora, haverá guerras contra ti” (2 Crônicas 16.9).
Tornar-se um bom administrador leva tempo e esforço:
“Manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará” (1 Coríntios 3.13).
Madeira, feno ou palha, todos crescem sobre a terra. Eles são produzidos facilmente e podem ser vistos facilmente pelos homens, porém também são facilmente destruídos. Ouro e prata e pedras preciosas são produzidas sob a terra. Eles não são vistos facilmente pelos homens, porém são mais duradouros.
Liderança reluzente, popular, secular é como madeira, feno e palha. Ela é vista pelos homens e facilmente produzida através dos talentos e habilidades naturais. A liderança piedosa é como ouro e prata. É produzido pelo poder do Espírito Santo no homem interior, oculto. Porém, é infinitamente precioso e durável.
TESTE O SEU CONHECIMENTO
1. Escreva o versículo-chave de memória.
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2. Defina “administração”.
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3. Liste os recursos espirituais sobre os quais os crentes são administradores.
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4. Qual é o requisito principal para os mordomos?
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5. Quem é o maior exemplo de liderança?
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6. Baseado na discussão nesta lição, escreva um resumo do que está incluído no “ministério de administração”.
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7. Por que a boa administração é importante?
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
PARA ESTUDO ADICIONAL
1. Jesus ensinou mais sobre a mordomia das possessões do que sobre o céu, inferno, ou salvação. Das 40 parábolas, 19 trataram das possessões.
2. Liderança é uma grande responsabilidade porque você influi sobre os outros. Por exemplo, quando Pedro disse “eu vou pescar”, aqueles que estavam com ele disseram imediatamente, “nós também vamos com você”. A liderança também é importante porque um líder é mensageiro de Deus. Veja Malaquias 2.7.
3. Estude estas comparações de administração mundana e espiritual:
n Na administração mundana, o poder é determinado pela habilidade, capacidade e conhecimento. Na administração espiritual, o poder é determinado pela unção e autoridade de Deus.
n Na administração mundana, a seleção de líderes é feita baseando-se em fatores como habilidade e educação. Na administração espiritual, a seleção de líderes é feita baseando-se na unção, chamado e revelação da vontade de Deus.
n Na administração mundana, o treinamento é dado nas áreas de habilidades e conhecimento. Na administração espiritual, o treinamento deve ser dado em um estilo de vida baseado na Palavra de Deus, à qual as habilidades devem se encaixar.
3. Deus coopera com aqueles que administram o ministério. Paulo disse:
“Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de quem crestes, e isto conforme o Senhor concedeu a cada um. Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus” (1 Coríntios 3.5-6).
4. A administração mundana dá ênfase a: A administração espiritual a:
Dinheiro Ministério
Produção Oração
Informações Fé
Profissionalismo Unção
Regras Amor
Habilidades Palavra de Deus
Personalidade Caráter
Intelecto Condição Espiritual
Manipulação Orientação
Tarefas Relações
Vontade Própria Obediência
Competição Cooperação
5. Estude esta lista de responsabilidades de administração para todos os crentes.
Nós somos responsáveis:
a) Pela criação de Deus – Gn 1.26-28.
b) Pelos mistérios de Deus – 1 Coríntios 4.1.
c) Pela mensagem do evangelho – 1 Ts 2.4.
d) Pelos dons espirituais – 1 Pedro 4.10.
e) Pelo perdão – Mateus 6:12; 18:21-22.
f) O amor – 1 João 4.7-8.
g) A mente – Filipenses 4.8.
h) O poder – Atos 1.8.
i) O tempo - - Atos 1.8.
j) O ponto de vista – 1 Samuel 16.7.
l) A atitude – Filipenses 2.2.
m) A fé – Tiago 2.14-17.
n) O dinheiro – 2 Coríntios 9.6-11.
o) O louvor – Hebreus 12.15-16.
p) O ministério – Gálatas 6.2.
q) O corpo – Romanos 12.1
r) O caráter – Tito 1.7-9.
s) A família – 1 Timóteo 3.4-5, 12; 5.8.
Capítulo Dois
POSIÇÕES DE LIDERANÇA
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Escrever o versículo-chave de memória.
n Identificar a posição especial de liderança estabelecida por Deus na Igreja.
n Explicar como estes líderes trabalham juntos no ministério.
n Explicar como os dons espirituais são usados na liderança.
n Identificar outras posições bíblicas de liderança.
VERSÍCULO-CHAVE:
“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” (Efésios 4.11).
INTRODUÇÃO
A igreja é o instrumento através do qual Deus está trabalhando presentemente para revelar-se ao mundo. Nesta lição você aprenderá sobre os líderes colocados por Deus na igreja. Você também aprenderá sobre outras posições de liderança que tem surgido devido às necessidades práticas na igreja local.
A Bíblia dá qualificações específicas que devem ser alcançadas por aqueles preenchendo as posições de liderança discutidas nesta lição. Você estudará sobre estas qualificações no Capítulo Quatro.
POSIÇÕES ESPECIAIS DE LIDERANÇA
A Bíblia identifica que cinco posições especiais de liderança foram colocadas na igreja por Deus:
“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” (Efésios 4.11).
Estas posições de liderança foram estabelecidas por Deus na igreja. Elas envolvem um chamado especial de Deus e dons especiais. Você não deve simplesmente servir nestas posições porque você pede ou porque você quer fazer isso. Você deve ser chamado por Deus e capacitado com os dons espirituais apropriados.
SUAS FUNÇÕES:
Aqui está um breve resumo das funções destas cinco posições especiais de liderança:
Apóstolo: Um apóstolo é alguém que tem uma habilidade especial para desenvolver novas igrejas em lugares diferentes e supervisionar várias igrejas como um supervisor. Apóstolo significa “delegado, um enviado com pleno poder e autoridade para atuar em lugar de outro”. O apóstolo tem uma autoridade ou habilidade especial para estender o evangelho através do mundo desenvolvendo grupos organizados de crentes. As palavras atuais que são usadas para os apóstolos são: “missionário” e “plantador de igrejas”. O apóstolo Paulo é um dos melhores exemplos bíblicos de um apóstolo.
Profeta: Um profeta é alguém que fala sob a inspiração direta de Deus e tem uma posição de autoridade na igreja. Um profeta tem a habilidade para receber e comunicar uma mensagem imediata de Deus a Seu povo através de um pronunciamento divinamente ungido. Ágabo é um bom exemplo de um projeto do Novo Testamento. Veja Atos 21.11.
Evangelista: Um evangelista tem uma habilidade especial de compartilhar o evangelho de um certo modo com os incrédulos que os homens e mulheres respondem e se tornam membros responsáveis do corpo de Cristo. O significado da palavra “evangelista” é “aquele que traz boas notícias”. Filipe é um bom exemplo de um evangelista. Veja Atos 21.8 e o capítulo 8.
Pastor: A palavra “pastor” realmente significa um “pastor de ovelhas”. Pastores são líderes que assumem a responsabilidade pessoal em longo prazo pelo bem-estar espiritual de um grupo de crentes.
Mestre: Mestres são crentes que possuem uma habilidade especial de comunicar a Palavra de Deus eficazmente de tal maneira que outros aprendem e aplicam o que é ensinado.
SEU PROPÓSITO:
Estas posições especiais foram estabelecidas para alcançar os seguintes propósitos:
“Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Efésios 4.12-15).
O seguinte diagrama na página seguinte ilustra estes propósitos:
DEUS
DÁ
APÓSTOLOS PROFETAS EVANGELISTAS PASTORES MESTRES
PARA
CAPACITAR - EQUIPAR AOS SANTOS
QUE
MINISTRAM EDIFICAM
RESULTANDO EM
UNIDADE CONHECIMENTO APERFEIÇOAMENTO
PARA QUE O CORPO DE CRISTO POSSA SER
NÃO MAIS COMO CRIANÇAS CRESCER NELE
(doutrina falsa) (verdade)
RESULTADO FINAL:
EFICAZ FUNCIONAMENTO DE TODAS AS PARTES DO CORPO EM AMOR
COMO ELES TRABALHAM JUNTOS:
As cinco posições especiais de liderança trabalham juntas no ministério da igreja.
O Apóstolo estende o evangelho às novas regiões para levantar novas igrejas.
O Evangelista comunica o evangelho de tal maneira que os incrédulos respondem e são adicionados à igreja.
O Profeta dá mensagens especiais de Deus à Igreja pela inspiração do Espírito Santo.
Os Mestres proporcionam instrução que vai além da apresentação do Evangelho feita pelo evangelista. Eles levam os novos convertidos à maturidade espiritual e treinam pessoas fiéis que são capazes de ensinar a outros.
Os Pastores assumem a direção em longo prazo e cuidam da igreja.
OS DONS ESPIRITUAIS NA LIDERANÇA
Os cinco dons especiais de liderança não são as únicas posições de liderança na igreja. Cada crente tem uma função na igreja:
“Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve” (1 Coríntios 12.18).
Cada crente tem pelo menos um dom espiritual. Seu dom espiritual o equipa a cumprir sua função no corpo:
“Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente” (1 Coríntios 12.11).
Nós já temos mencionado os dons espirituais de liderança do apóstolo, profeta, evangelista, pastor e mestre. Aqui está uma lista dos outros dons que o Espírito Santo dá aos crentes:
Dons de Falar: Profecia, ensino, exortação, palavra de sabedoria, e palavra de conhecimento.
Dons de Servir: Ministério, auxílio, presidir (liderança), administração, contribuição, misericórdia, discernimento de espíritos, fé e hospitalidade.
Dons de Sinais: Línguas, interpretação de línguas, milagres e curas.
As referências da Bíblia que identificam estes dons são:
n Romanos 12.1-8
n 1 Coríntios 12.1-31
n Efésios 4.1-16
n 1 Pedro 4.7-11
(O curso do Instituto Internacional Tempo de Colheita, “O Ministério do Espírito Santo”, discute cada um destes dons espirituais em detalhe. Também proporciona diretrizes para descobrir seu dom espiritual).
DONS IMPORTANTES PARA ADMINISTRADORES
Dois destes dons espirituais, liderança (presidir) e administração (governos) são especialmente importantes aos administradores. O dom de liderança é identificado em Romanos 12.8 como alguém que “preside” ou lidera. Uma pessoa com o dom de liderança tem a habilidade de estabelecer planos em harmonia com o propósito de Deus e comunicar estas metas a outros. Ele motiva outros para alcançar estas metas para a glória de Deus.
Em algumas versões bíblicas de 1 Coríntios 12.28, o dom de administração se chama “governos”. Uma pessoa que tem este dom tem a habilidade de dar direção, organizar, e tomar decisões no nome de outros. O significado da palavra “governos” ou “administração” é semelhante aquela de um piloto dirigindo uma nave. Uma pessoa que tem este dom é responsável pela direção e decisões. Como o piloto de um barco, ele pode não ser o dono do barco, porém a ele foi confiada a responsabilidade de dirigi-la em sua viagem.
Tito é um exemplo bíblico de uma pessoa com o dom de administração. O apóstolo Paulo começou uma igreja em Creta. Tito foi quem organizou e dirigiu a igreja para ele:
“Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi” (Tito 1.5).
Os dons de liderança e a função de administração estão bem juntos. Uma pessoa que tem o dom de administração tem a habilidade de dirigir, organizar e tomar as decisões. A pessoa que tem o dom de liderança tem a habilidade para motivar e trabalhar com as pessoas para alcançar estas metas.
TODOS PODEMOS SERVIR
A liderança não se limita aos crentes com estes dons ou às cinco posições especiais de liderança. Os crentes com outros dons espirituais podem ser solicitados pelos líderes da igreja para servirem em várias posições de liderança. Por exemplo, uma pessoa que tem o dom de contribuir pode ser solicitada para liderar um comitê sobre as finanças da igreja. Uma pessoa que tem dons de curar por liderar um crente de crentes ministrando aos enfermos nos hospitais locais. A obra do ministério para a qual os dons espirituais foram dados envolve muitas oportunidades para a liderança. Ainda quando um crente não tem um dos dons de liderança ele tem o potencial de tornar-se um líder através do desenvolvimento apropriado de seu próprio dom espiritual.
OUTRAS POSIÇÕES BÍBLICAS
Há outras posições de liderança mencionadas na Bíblia que não são dons espirituais. Eles são “ofícios” estabelecidos devido às necessidades práticas da igreja.
No Novo Testamento se mencionam os ofícios de diácono, ancião ou presbítero ou bispo. (Algumas pessoas consideram que um bispo é semelhante a um pastor. Outros o consideram um ofício separado[1]).
O registro da igreja primitiva foi preservado por Deus como um exemplo para nós seguirmos sobre a estrutura da igreja. Estes ofícios também devem funcionar na igreja hoje.
O propósito destes ofícios é ajudar aqueles que tem dons espirituais de liderança como os apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, mestres, e aqueles com os dons de liderança e administração.
Use o seguinte esboço para estudar estas posições:
Título |
Referências |
Deveres |
Bispo ou presbítero ou pastor. |
Atos 20.17, 28-32; 14.23; 15; 16.4; 11.30; 1 Timóteo 3.1-7; 5.17; Filipenses 1.1; Tito 1.5-9; Tiago 5.14; 1 Pedro 5.1-3. |
Estes versículos parecem indicar que ele deve ter um cuidado em longo prazo sobre um grupo local de crentes. Também proporcionam a direção nas decisões da igreja, ministram às necessidades dos crentes e ajudam no desenvolvimento e cuidado dos grupos locais de cristãos.
|
Diácono, Diaconisa. |
1 Timóteo 3.8-13; Filipenses 1.1; Atos 6.1-7; Romanos 16.1-2. |
Estes versículos indicam que os diáconos têm um ministério de serviço e ajuda. A Bíblia não usa o termo “diaconisa”, mas alguns estudiosos têm usado esta designação para as esposas dos diáconos ou outras mulheres que ministram em serviços gerais e ajuda. |
Nota: O vocábulo “ancião" é usado pela primeira vez na Bíblia em Êxodo 3.16 em referência aos líderes de Israel.
Há muitas referências aos anciãos de Israel por toda a Bíblia. Estes anciãos são diferentes da posição de liderança conhecida como um ancião na igreja primitiva. Todos os versículos que nós temos listado aqui se referem aos anciãos na igreja em lugar dos anciãos de Israel.
Os presbíteros e diáconos não devem liderar a igreja independentemente dos líderes especiais (profetas, apóstolos, evangelistas, pastores e mestres). O homem seleciona os presbíteros e diáconos, porém aqueles que tem dons especiais de liderança são estabelecidos na igreja por Deus.
POSIÇÕES PRÁTICAS DE LIDERANÇA
No decorrer dos anos surgiram muitas outras posições de liderança para satisfazer as necessidades práticas e orgânicas na igreja. Estas posições não são mencionadas na Bíblia, porém elas são importantes no ministério da comunidade da igreja local. Na seção, “Para Estudo Adicional” desta lição, algumas destas posições são listadas.
NA ESTRUTURA DA IGREJA
O seguinte diagrama mostra como os dons de liderança que você estudou se encaixam na estrutura da igreja:
A IGREJA
Dons Especiais de Liderança
Apóstolos
Profetas
Evangelistas
Pastores
Mestres
(Efésios 2:20-22)
(ajudados
pelos ofícios especiais de presbíteros, diáconos
e cada membro no lugar estabelecido por Deus).
O Fundamento colocado pelos apóstolos e profetas
(Efésios 2.20)
CONSTRUÍDA SOBRE A ROCHA JESUS CRISTO
Mateus 16.18; 1 Coríntios 3.11; Efésios 2.20.
TESTE O SEU CONHECIMENTO
1. Escreva o versículo-chave de memória.
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2. Veja a lista de posições na Lista Um. Leia as definições na Lista Dois. Escreva o número da definição que melhor descreve a posição de liderança no espaço em branco proporcionado. O primeiro foi feito como um exemplo para você.
Lista Um |
Lista Dois |
|
|
____ Profeta |
1. Enviado com autoridade para atuar por outro para desenvolver novas igrejas e supervisioná-las. |
____ Apóstolo |
2. Fala sob inspiração especial para comunicar uma mensagem imediata de Deus a Seu povo; também é uma posição de liderança. |
____ Pastor |
3. Compartilha o evangelho com os incrédulos de tal modo que eles respondem e se tornam membros responsáveis do corpo de Cristo; “alguém que traz boas notícias”. |
____ Evangelista |
4. Assume a liderança em longo prazo pelo bem-estar espiritual dos crentes; a palavra significa “um pastor de ovelhas”. |
____ Mestre |
5. Comunica a Palavra de Deus de tal maneira que outros aprenderão e aplicarão o que é ensinado; também é uma posição de liderança. |
____ Liderança |
6. Motiva as pessoas para alcançar metas. |
____ Administração |
7. Semelhante ao piloto de um barco; proporciona liderança. |
3. Liste três ofícios de liderança bíblica que foram discutidos nesta lição.
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
PARA ESTUDO ADICIONAL
Aqui está uma lista de algumas outras posições de liderança na Igreja local:
MINISTÉRIOS DE ORAÇÃO E DE CURA:
n Oração de intercessão.
n Unção com azeite.
n Jejum com oração.
n Grupos de oração.
n Visita aos hospitais.
n Oração por telefone.
n Rede de oração.
n Jejum.
n Oração de aconselhamento.
MINISTÉRIOS PRÁTICOS:
n Oficina de ajuda.
n Secretaria da igreja.
n Envio de correspondência.
n Ajuda na cozinha da igreja.
n Trabalho na sala das crianças.
n Trabalho de conservação.
n Restauração.
n Vendas.
n Escrever cartas.
n Preparar a comunhão.
n Cuidar das crianças.
n Apoio financeiro.
n Ministério de gravações.
n Telefone.
n Registro.
n Publicidade.
n Fazer presentes.
n Programas esportivos.
n Casamento.
n Fazer as túnicas do coral.
n Hospitalidade.
n Tesoureiro.
n Grupos de Trabalho.
n Programa de recreação.
n Preparar as notícias.
MINISTÉRIOS EDUCACIONAIS:
n Mestres da Bíblia.
n Líder de seminário.
n Ministério de jovens.
n Conferencista de retiros.
n Pesquisa.
n Biblioteca da igreja.
n Líder de conferência.
n Classes de adultos.
n Ministério de crianças.
n Discipulado.
n Professor da Escola Dominical.
n Instrutor da Escola Bíblica.
n Mentor.
n Instrução de novos crentes.
MINISTÉRIO DE ACONSELHAMENTO:
n Oração de aconselhamento.
n Aconselhamento matrimonial.
n Aconselhar adolescentes.
n Aconselhar mulheres grávidas.
n Encorajar os outros.
n Visitas às casas.
n Visitas aos hospitais.
n Resolver problemas.
n Acompanhamento.
n Centro de crise.
n Aconselhar por telefone.
MINISTÉRIO DE EXPANSÃO:
n Evangelização de crianças.
n Ministério de ônibus.
n Drama.
n Ministério com estudantes.
n Causas políticas.
n Missões.
n Cruzadas.
n Programas de TV e rádio.
n Dando testemunho na rua.
n Ministérios com universitários.
n Centros de extensão.
n Cafés.
n Ministérios de homens e mulheres.
n Testemunho de porta em porta.
n Escola Bíblica de Férias.
n Distribuição de Bíblia e Literatura.
MINISTÉRIOS DE LIDERANÇA:
n Organizador
n Superintendente da Escola Dominical
n Projetista
n Líder de grupo caseiro
n Coordenador de missões
n Líder
n Presidente do Comitê
n Diretor de Educação Cristã
n Administrador da igreja
MINISTÉRIO DE COMPAIXÃO:
n Hospitalidade
n Programas de alimentação
n Visita aos hospitais
n Os convidados da noite
n Vestir aos necessitados.
n Casas de bebês.
n Treinamento
n Visitas à prisão
n Ajudar aos anciãos
n Transporte
n Cuidar das crianças
n O ministério por telefone
n Missões
n Ministério de rua
n Centro de crise
n Ajudar as pessoas detidas
n Ajudar as pessoas que sofrem abusos
n Ajudar as pessoas deficientes
n Ajudar aos necessitados
n Ministério às mães solteiras
OUTROS MINISTÉRIOS:
n Música
n Coros
n Tocar piano
n Leitura Dramática
n Grupos musicais
n Trabalho de tradução
n Drama
n O culto principal
n Tocar o órgão
n Fantoches
n Interpretação
n Conteúdo do boletim
n Escrever e revisar o material cristão
n Escrever canções
n Orquestra da igreja
n Banda musical da igreja
n Decorar a igreja para ocasiões especiais
n Artes
Capítulo Três
A UNÇÃO PARA LIDERAR
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Escrever o versículo-chave de memória.
n Definir “unção”.
n Identificar três tipos de unção.
n Explicar o propósito de cada tipo.
n Identificar a fonte da unção espiritual.
n Discutir os propósitos da unção.
n Identificar a base para a unção de Deus.
n Discutir a força que se opõe àqueles que são ungidos por Deus.
n Explicar porque é importante ministrar somente na posição na qual você foi ungido.
n Explicar como manter sempre fresca a unção de Deus.
VERSÍCULO-CHAVE:
“Porém tu exaltas o meu poder como o do boi selvagem; derramas sobre mim o óleo fresco” (Salmos 92.10).
INTRODUÇÃO
O Senhor quer que os líderes sejam vitoriosos e causem impacto no mundo para o Reino de Deus. Como você pode ser esse tipo de líder? Ter conhecimento de áreas práticas e tarefas gerais de líderes lhe ajudará a tornar-se um líder vitorioso. Há qualificações bíblicas para líderes que também são necessários. Os dons espirituais, habilidades, educação e experiência também são importantes. Você estudará sobre estes mais tarde.
Porém, a coisa mais importante para os líderes será a unção do Espírito Santo. Sem a unção de Deus você não pode liderar, organizar, mobilizar ou evangelizar eficazmente. Este capítulo enfoca na unção do Espírito Santo que é necessária para aqueles chamados e escolhidos por Deus para a liderança.
UNÇÃO
“Unção” significa dedicar ou consagrar alguém ou algo lhe aplicando azeite. O azeite é um símbolo do Espírito Santo.
O UNGIDO
O nome “Cristo” no idioma grego significa “o ungido”. Jesus introduziu Seu ministério terreno proclamando:
“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para...” (Lucas 4.18).
Jesus deixou claro que era pela unção do Espírito que Ele era capaz de...
“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor” (Lucas 4.18-19).
Se foi necessário a Jesus ser ungido para ministrar, então também é necessário para nós.
AS TRÊS UNÇÕES
Há três unções diferentes mencionadas no Antigo Testamento. Eles são exemplos naturais ou “tipos” de experiências espirituais que Deus quer que os líderes tenham:
A UNÇÃO DO LEPROSO – RELACIONAMENTO:
A lepra é uma enfermidade mortal que consume a carne de sua vítima. Os dedos dos pés, os dedos das mãos, e outras partes do corpo apodrecem e caem.
Nos tempos do Antigo Testamento uma pessoa que tinha lepra era chamada de “leproso”. O leproso era proibido de viver em sua comunidade porque a enfermidade era contagiosa. Para impedir que outros entrassem em contato com o leproso, ele tinha que gritar “impuro” aonde quer que fosse. A lepra comeria lentamente seu corpo físico e ele morreria uma morte dolorosa.
Na Bíblia, Deus usa exemplos naturais para ilustrar as verdades espirituais. A lepra é usada como um exemplo do pecado. Assim como a lepra destrói o corpo físico, o pecado o destruirá espiritualmente e destruirá seu ministério.
Na lei do Antigo Testamento, Deus deu instruções específicas para a limpeza de uma pessoa com lepra. Leia sobre isto em Levítico 14 em sua Bíblia antes de proceder com esta lição. Cada uma das instruções que você leu é simbólica da limpeza que você deve experimentar espiritualmente:
Um Pássaro Que Leva A Culpa do Pecado: Isto é simbólico do derramamento de Seu sangue para tirar nossos pecados.
Arrependimento e Confissão: Isto é o que você deve fazer para nascer de novo e ser limpo do pecado.
A Água Corrente: Isto é simbólico do batismo nas águas.
A Unção de Azeite: Isto é simbólico da obra do Espírito Santo em sua vida. Note que o azeite seria colocado na orelha, no dedo polegar, e no dedo do pé do leproso. Aplicando isto à liderança, nós devemos experimentar uma unção espiritual similar que unge...
O Ouvido: Para poder ouvir a voz de Deus.
A Mão: Para poder servir a Deus.
O Dedo do Pé: Para caminhar na relação apropriada com Ele.
A unção mais importante para os líderes é a unção do “leproso” porque ela é simbólica da relação pessoal. Sua própria relação com Deus deve ser correta se você deseja liderar outros. Você deve ser renascido, deve poder ouvir a voz de Deus, servi-lo e caminhar na relação apropriada com Ele.
A UNÇÃO DO SACERDOTE – SANTIDADE:
Os líderes também devem experimentar a unção sacerdotal. Leia sobre isto em Êxodo 29 e 30 e em Levítico 8 antes de proceder com esta lição. A unção sacerdotal era uma unção para a santidade, para ser consagrado a Deus para Seu serviço por viver e conduzir-se devidamente.
Nos tempos do Antigo Testamento, havia muitas coisas que um sacerdote não poderia fazer devido à santidade de seu ofício. Devido a sua unção especial para liderar, algumas coisas manchariam a um sacerdote que não poderiam manchar a outros membros da congregação de Israel.
Como um líder, você deve experimentar a unção sacerdotal de santidade e deve consagrar-se para o serviço de Deus. Você deve viver em harmonia com a Palavra de Deus. Pode haver coisas que você não pode fazê-lo devido à santidade de seu ofício. Devido a sua unção especial para liderar outros, há coisas que o mancharão, porém não mancharão a outros.
A UNÇÃO DO LÍDER – POSIÇÃO E PODER:
O terceiro tipo de unção no Antigo Testamento é a unção do líder. Era uma unção para aqueles que guiariam o povo de Deus como líderes, como reis, profetas, capitães, etc. A unção do líder era que ele estabeleceria um líder de Deus – dando posição e poder para cumprir essa posição.
Por exemplo, a unção de Saul era a posição de capitão sobre o povo de Deus:
“Tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e o beijou, e disse: Não te ungiu, porventura, o SENHOR por príncipe sobre a sua herança, o povo de Israel?” (1 Samuel 10.1).
A unção de Davi está registrada em 1 Samuel 16. Esta passagem deixa claro que o poder do Senhor veio sobre Davi devido à unção:
“Então, mandou chamá-lo e fê-lo entrar. Era ele ruivo, de belos olhos e boa aparência. Disse o SENHOR: Levanta-te e unge-o, pois este é ele. Tomou Samuel o chifre do azeite e o ungiu no meio de seus irmãos; e, daquele dia em diante, o Espírito do SENHOR se apossou de Davi. Então, Samuel se levantou e foi para Rama” (1 Samuel 16.12-13).
A unção do líder era para liberar a posição, poder e autoridade do ofício. Com esta unção, o Espírito de Deus vinha sobre uma pessoa para que ela pudesse lidera o povo apropriadamente. A promessa do Novo Testamento sobre esta unção de poder se encontra em Atos 1.8.
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8).
O cumprimento desta promessa está registrada em Atos 2. O batismo no Espírito Santo do Novo Testamento é o cumprimento da unção do líder.
A unção da posição no Novo Testamento se descreve em Efésios:
“Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas” (Efésios 4.10).
Deus tem escolhido certas pessoas em posições de liderança na Igreja e tem proporcionado a unção de poder para equipá-las a cumprir seus chamados.
A UNÇÃO É DE DEUS
Estas três unções, que são simbólicas do que os líderes devem experimentar, todas vêm de Deus. Quando Samuel ungiu Saul, ele disse, “Não te ungiu, porventura, o SENHOR por príncipe sobre a sua herança, o povo de Israel?” (1 Samuel 10.1; 15.17). Quando Jesus proclamou Sua unção, Ele disse “Ele me ungiu para...” (Lucas 4.18; também veja Atos 10.38). É deus quem levanta aos ungidos. Deus disse a Samuel:
“Então, suscitarei para mim um sacerdote fiel, que procederá segundo o que tenho no coração e na mente; edificar-lhe-ei uma casa estável, e andará ele diante do meu ungido para sempre” (1 Samuel 2.35).
Você não experimenta a unção sendo ordenado por uma organização ou denominação (ainda que não haja nada de mal em fazer isso). A unção para a liderança vem de Deus:
“...a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine” (1 João 2.27).
Estevão foi ordenado pelos homens como um diácono. Ele foi ungido por Deus como um evangelista (Atos 6). É a unção de Deus, não a do homem que é o mais importante.
A BASE DA UNÇÃO
Baseando-se em que Deus dá esta unção? Deus não unge baseando-se na inteligência, educação, experiência ou habilidades. A unção não é baseada na aparência exterior. É baseada na atitude do coração.
Quando Samuel foi à casa de Jessé para ungir a um novo rei, ele estava buscando um homem com grande aparência exterior:
“Sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse consigo: Certamente, está perante o SENHOR o seu ungido. Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração” (1 Samuel 16.6-7).
Deus ungiu a Davi devido à atitude e condição de seu coração. Deus olha o que você é por dentro.
OS PROPÓSITOS DA UNÇÃO
Aqui estão alguns propósitos da unção:
CUMPRIR OS PROPÓSITOS DE DEUS:
A unção é dada aos líderes para permitir-lhes cumprir os propósitos de Deus. Jesus deixou isso bastante claro:
“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos” (Lucas 4.18).
DAR SABEDORIA PARA LIDERAR:
A unção lhe dá sabedoria para liderar outros em lugar de necessitar ser liderado:
“Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou” (1 João 2.27).
DESTRUIR O JUGO:
É a unção que destrói os jugos espirituais que atam aos homens e mulheres a quem você ministra. A Bíblia indica que há três tipos de jugos:
1. Há o jugo do pecado:
“Eu sou o SENHOR, vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito, para que não fôsseis seus escravos; quebrei os timões do vosso jugo e vos fiz andar eretos” (Levítico 26.13).
2. Há o jugo que impede as pessoas da escravidão da “carne” ou do “eu”, que é a velha natureza de pecado:
“Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto” (Romanos 7.15).
3. Há o jugo do homem que é a escravidão posto sobre você por outras pessoas. Este jugo pode incluir a culpa, tradição ou as normas impossíveis de conduta que são impostas por outros:
“Atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los. Praticam, porém, todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens; pois alargam os seus filactérios e alongam as suas franjas” (Mateus 23.4-5).
A unção destrói todos estes jugos:
“E acontecerá, naquele dia, que a sua carga será tirada do teu ombro, e o seu jugo, do teu pescoço; e o jugo será despedaçado por causa da unção” (Isaías 10.27, RC 1995).
Estes jugos não serão destruídos pelo ensino profundo. Eles não serão destruídos pela educação, por aconselhamento ou pela organização. Eles serão destruídos pela unção de Deus sobre os líderes espirituais que sabem trazer a mensagem de libertação àqueles em escravidão.
DETERMINAR A POSIÇÃO:
Deus unge as pessoas para posições ou chamados específicos no ministério. Por exemplo, a posição dos sacerdotes era determinada “por causa da unção” (Números 18.8).
O Novo Testamento deixa claro que Deus dá dons espirituais e chamados diferentes aos crentes. Você deve conhecer seu chamado pessoal da parte de Deus, seus dons espirituais, e seu propósito específico no plano de Deus para caminhar na unção do Espírito Santo. Se você tenta servir em uma posição na qual você não foi chamado nem ungido, você experimentará dificuldades.
Isto nos leva a outro ponto importante sobre a unção...
CAMINHE EM SUA PRÓPRIA UNÇÃO
Deus unge as pessoas em ofícios espirituais, posições e chamados específicos. Muitos líderes falham porque eles não reconhecem este fato. Eles tentam realizar ministérios aos quais eles não foram chamados nem ungidos:
n Leia Números 16. Quando Coré e seus homens reivindicam ter a mesma unção de Moisés, Deus mostrou que era diferente.
n Leia Números 17. Deus demonstrou que Sua unção repousava sobre Arão de uma maneira especial.
n Leia 1 Samuel 13.8-14. Quando o Rei Saul tentou servir em um ofício no qual ele não havia recebido nenhuma unção, ele foi julgado e rejeitado por Deus.
n Leia Atos 19.13-16. Quando os sete filhos de um sacerdote nomeado Ceva tentaram ministrar em uma unção que eles não possuíam, eles experimentaram dificuldades.
Ministre em sua própria unção ou você será ineficaz e experimentará grandes dificuldades no ministério.
ESPERE OPOSIÇÃO
Se você é ungido por Deus, você pode esperar a oposição de Satanás e de suas forças, assim como dos homens ímpios:
“Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiram contra o SENHOR e contra o seu Ungido, dizendo” (Salmos 2.2).
“Com que, SENHOR, os teus inimigos têm vilipendiado, sim, vilipendiado os passos do teu ungido” (Salmos 89.51).
As forças ímpias querem impedi-lo porque elas sabem que é um ministério ungido que alcança os propósitos de Deus.
A FRESCA UNÇÃO
Davi fala de “azeite fresco” que é simbólico da unção fresca e contínua de Deus:
“Porém tu exaltas o meu poder como o do boi selvagem; derramas sobre mim o óleo fresco” (Salmos 92.10).
Você mantém uma unção fresca do poder de Deus por experimentar continuamente os três tipos de unção previamente estudados.
A UNÇÃO DO LEPROSO – RELACIONAMENTO:
Sua unção não estará fresca a menos que sua relação pessoal com Deus seja mantida. Você deve manter contato com Deus através da oração e estudo da Bíblia se você deseja ouvir a Sua voz, servir e caminhar em Seus caminhos. Ministrar na posição e poder sem relação produzirá a perda de sua própria experiência e lhe fará um desqualificado:
“Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado” (1 Coríntios 9.27).
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade” (Mateus 7.21-23).
A UNÇÃO DO SACERDOTE – SANTIDADE:
Você deve manter uma vida de santidade se você deseja experimentar a fresca unção de Deus em seu ministério. Você deve ser moralmente puro e deve ser uma pessoa de integridade e honestidade em cada área de sua vida e ministério.
A UNÇÃO DO LÍDER – POSIÇÃO E PODER:
Você deve servir na posição para a qual Deus lhe chamou. Você não deve emular (imitar) aos ministérios e chamados de outros. Você também deve experimentar o enchimento incessante do Espírito Santo que assegura o poder espiritual para as tarefas que Deus lhe tem dado.
COMO ELAS FUNCIONAM JUNTAS
Estas três unções funcionam juntas para manter fresca a unção de Deus em sua vida.
n Sem o relacionamento, você não pode experimentar o poder e você não poderá viver uma vida santa.
n Enfatizar a santidade à parte do poder produzirá legalismo.
n Ter o poder e a posição sem viver uma vida santa lhe colocará em uma situação de ministrar aos outros enquanto você mesmo se tornará um “desqualificado”.
TESTE O SEU CONHECIMENTO
1. Escreva o versículo-chave de memória.
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2. O que significa “unção?”
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3. De quê o azeite é simbólico?
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4. Liste os três tipos de unção discutidos nesta lição e explique o significado de cada um.
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5. Quem é a fonte da unção para o ministério?
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6. Discuta os propósitos da unção.
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7. Em que base Deus unge? É devido à educação, a experiência, inteligência, etc.?
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8. Explique por que as forças ímpias se opõem aos ungidos de Deus.
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9. Por que é importante apenas ministrar na posição na qual você foi ungido por Deus?
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10. Como você pode manter fresca a unção de Deus em sua vida e ministério?
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
PARA ESTUDO ADICIONAL
1. Estude sobre o relacionamento de Deus com aqueles que são ungidos:
n Deus dá libertação e misericórdia aos ungidos: Salmos 18.50.
n Ele salva e ouve aos ungidos: Salmos 20.6.
n Ele contempla o rosto dos ungidos: Salmos 84.9.
n Ele é a força salvadora dos ungidos: Salmos 28.8.
n Ele dá revelação aos ungidos (a lâmpada dos ungidos): Salmos 132.17.
n Deus unge para desarraigar ao inimigo: 2 Crônicas 22:7.
2. Estude mais sobre os fatos gerais sobre a unção:
n A primeira vez que a unção é mencionada: Gênesis 31.13.
n A Unção está relacionada com a alegria e retidão: Salmos 45.7; Hebreus 1.9.
n A debilidade natural não impede a unção de Deus: 2 Samuel 3.39.
n A unção é usada na cura do enfermo em Marcos 6.13 e Tiago 5.14; o cego em João 9.6, 11; e o espiritualmente cego em Apocalipse 3.8.
n O azeite santo foi usado nos tempos do Antigo Testamento: Êxodo 30.31.
n A unidade é comparada à unção: Salmos 133.2.
n A unção se relaciona com a santidade: Êxodo 29.29.
n A Palavra de Deus é ungida: Levítico 7.36.
3. Você já aprendeu como a unção foi usada nos tempos do Antigo Testamento pelos leprosos, sacerdotes e líderes. Também foram ungidos:
n As ofertas: Êxodo 29.36.
n O conteúdo do Tabernáculo: Levítico 8, Números 7, Êxodo 40.
n Pilares ou altares: Gênesis 31.13.
4. Porque os líderes são ungidos por Deus, nós devemos ter cuidado para não nos opormos a eles. Veja Números 16; 1 Samuel 24 e 26; 2 Samuel 1; 1 Crônicas 16.22; Salmos 105.15.
5. A unção do homem não é igual a unção de Deus. Veja 2 Samuel 19.10. Leia a história trágica de Absalão que foi ungido pelo homem (2 Samuel 18 a 20).
6. Leia sobre a unção de:
n Josué: Deuteronômio 34.9 e Números 27.18, 22.
n Saul: 1 Samuel 16.1-13.
n Davi: 1 Samuel 16.1-13.
n Jesus: Lucas 4.18.
7. Estude Atos 7.25 e Êxodo 2.11-15. Moisés tinha o chamado correto, porém a autoridade errada ao princípio. Ele tentou servir em sua própria autoridade em lugar de servir segundo a autoridade de Deus.
8. Leia Amós 7.14-15. Amós não era um ministro. Ele era pastor e plantador. Porém, quando Deus o ungiu, ele se tornou um profeta.
Capítulo Quatro
AS QUALIFICAÇÕES PARA OS LÍDERES
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Escrever o versículo-chave de memória.
n Definir “qualificações”.
n Definir o fruto exterior do Espírito.
n Definir o fruto interior do Espírito.
n Identificar os dois textos bíblicos principais que listam as qualificações específicas para os líderes.
n Listar as quatro qualificações requeridas para todos os líderes espirituais.
VERSÍCULO-CHAVE:
“Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2.10).
INTRODUÇÃO
Quando Deus chama a um crente para liderar, Ele quer equipá-lo para servir adequadamente. Por que as tarefas específicas e os chamados são diferentes, há qualidades exclusivas que são necessárias para as várias posições de liderança no corpo de Cristo. Deus equipa a cada líder de maneiras diferentes.
Enquanto Deus dá qualidades específicas necessárias aos líderes para seus chamados, há também qualificações gerais que se exigem de todos os líderes espirituais. Estas qualificações são o assunto desta lição que discute os requisitos básicos, o fruto espiritual e as qualificações específicas e gerais para a liderança.
AS QUALIFICAÇÕES BÍBLICAS
As qualificações não são habilidades naturais. Elas são qualidades de caráter e conduta. As qualificações bíblicas para a liderança são as qualidades de caráter e conduta descritas para os líderes na Palavra de Deus. Elas são evidências de um estilo de vida piedoso.
As pessoas freqüentemente consideram as habilidades de um líder como mais importante e ignoram suas qualificações para a liderança. Por exemplo, as pessoas podem julgar um pastor baseando-se em sua boa pregação. Porém, embora ele possa impressionar as pessoas com suas habilidades de falar, podem estar faltando a ele seriamente as qualificações bíblicas de um estilo de vida piedoso que se requer para os líderes.
A liderança espiritual deve desenvolver-se e deve ser avaliada baseando-se nas normas bíblicas. A prova de qualquer ministério não está nos dons espirituais, poder ou na habilidade natural. Os ministérios serão avaliados com base nas evidências de um estilo de vida piedoso, também chamado de “fruto espiritual”.
“Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7.20).
O fruto, ou qualidades espirituais de uma pessoa revela como ela é por dentro:
“Não há árvore boa que dê mau fruto; nem tampouco árvore má que dê bom fruto. Porquanto cada árvore é conhecida pelo seu próprio fruto. Porque não se colhem figos de espinheiros, nem dos abrolhos se vindimam uvas. O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração” (Lucas 6.43-45).
Um homem pode ter a atração pessoal (carisma) que pode ser confundido por um poder espiritual. Ele pode fazer milagres, inclusive em o nome do Senhor. Porém, Jesus disse:
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade” (Mateus 7.21-23).
Judas advertiu contra aqueles que haviam “entrado dissimuladamente” na igreja e ensinado algumas doutrinas falsas. Ele disse que uma maneira de reconhecê-los é pela falta de fruto em suas vidas:
“Estes homens são como rochas submersas, em vossas festas de fraternidade, banqueteando-se juntos sem qualquer recato, pastores que a si mesmos se apascentam; nuvens sem água impelidas pelos ventos; árvores em plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas, desarraigadas” (Judas 12).
Uma coisa importante em qualquer ministério é o fruto porque... “Por seus frutos os conhecereis”.
OS ELEMENTOS ESSENCIAIS
Há quatro requisitos básicos para todos os líderes. Um líder cristão deve ser:
1. Nascido de Novo: Ele deve ser um verdadeiro crente em Jesus Cristo segundo as instruções cedidas em João 3.
2. Batizado No Espírito Santo: Ele deve ter a evidência de um testemunho poderoso como descrito em Atos 1.8.
3. Chamado e Ungido Para Ser Um Líder: As pessoas devem ser chamadas e ungidas por Deus para preencher as posições de liderança na Igreja.
4. Espiritualmente Maduro: Um líder não deve ser um crente carnal (1 Coríntios 3.1) ou um recém convertido (1 Timóteo 3.6). Ele deve ter experimentado os fundamentos da fé descritos em Hebreus 6.1-3 e deve ter seguido à maturidade espiritual como esta passagem orienta.
A maturidade espiritual envolve uma boa relação pessoal com o Senhor, o que inclui oração e hábitos de estudo da Bíblia. Se você deseja liderar outros nos caminhos de Deus, você deve comunicar-se com Ele por si mesmo e deve ter conhecimento de Sua Palavra. Você pode assistir aos seminários de liderança, pode ir à universidade, e pode ler muitos livros sobre a liderança, porém a menos que você continue buscando ao Senhor, seu ministério falhará.
O FRUTO DO ESPÍRITO
O fruto do Espírito Santo se refere à natureza do Espírito revelada na vida do crente. Elas são as qualidades espirituais que devem ser evidentes nas vidas de todo os cristãos, porém sobre tudo nos líderes espirituais.
Os dons do Espírito Santo são para o poder. O fruto do Espírito Santo é para o caráter. O fruto espiritual é a evidência da maturidade espiritual. Assim como o fruto leva tempo para desenvolver-ser no mundo natural, o fruto espiritual toma tempo para se desenvolver. É o desenvolvimento do crescimento natural na vida do Espírito.
A Bíblia fala de dois tipos de fruto espiritual: o fruto exterior de evangelização e o fruto interno das qualidades espirituais piedosas. Os líderes espirituais devem dar fruto sendo um testemunho poderoso da mensagem do Evangelho:
“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda” (João 15.16).
A última ordem de Jesus antes de voltar ao céu foi:
“Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16.15).
Ele desafiou a Seus discípulos com uma grande visão de colheita espiritual:
“Não dizeis vós que ainda há quatro meses até à ceifa? Eu, porém, vos digo: erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa. O ceifeiro recebe desde já a recompensa e entesoura o seu fruto para a vida eterna; e, dessarte, se alegram tanto o semeador como o ceifeiro” (João 4.35-36).
Salomão disse:
“O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas é sábio” (Provérbios 11.3).
O poder do Espírito Santo permite aos crentes que sejam espiritualmente frutíferos através da evangelização:
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8).
O método de reprodução espiritual se dá em 2 Timóteo 2.2:
“E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros” (2 Timóteo 2.2).
Devido à importância do fruto de evangelização, o Instituto Internacional Tempo de Colheita oferece um curso sobre este assunto, intitulado “Evangelismo Como Fermento”. Além do fruto espiritual da evangelização, os líderes devem desenvolver também o fruto da semelhança com Cristo:
“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gálatas 5.22-23).
Estas são as qualidades internas que o Espírito Santo quer desenvolver na vida de um líder. Elas são qualidades que eram evidentes na vida de Jesus Cristo. É por isso que nós as chamamos de “Qualidades de Cristo”.
Se encontra o fruto do Espírito Santo em cada ato de bondade, justiça e verdade que são feitos pelos crentes:
“(porque o fruto da luz consiste em toda bondade, e justiça, e verdade)” (Efésios 5.9).
O fruto do Espírito Santo também inclui as seguintes qualidades específicas:
AMOR:
O amor é uma emoção de profundo afeto, cuidado e preocupação. Envolve confortar, animar e estar atento.
O líder deve amar a Deus (Marcos 12.30). O amor será mostrado pelo líder a seus seguidores, a todos os crentes e aos que não são salvos (1 Pedro 1.22; Lucas 6.27, 32, 35; Mateus 5.43-44; 19.19; João 13.34-35; 15.9, 12; 17.26; 1 João 2.9-10).
O trabalho do líder para o Senhor deve ser um de obra de amor (1 Ts 1.3). A fé opera pelo amor (Gl 5.6) e os dons espirituais operam através do amor (1 Co 13). O amor é a chave ao êxito de todo o ministério (1 Co 13). O amor envolve o tato, que é uma habilidade para dar-se bem com os outros e relacionar-se com eles de uma maneira positiva. É uma habilidade para dizer e fazer o que é necessário e difícil sem ofender o outro.
ALEGRIA:
A alegria é uma qualidade de gozo, deleite e júbilo. Deus deseja que você tenha alegria (João 15.11; 17.13). Os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo (Atos 13.52). A fonte de alegria não está nas coisas mundanas. Está em Deus (Salmos 16.11). Porque a verdadeira alegria é espiritual e não dependente das circunstâncias exteriores, o líder pode regozijar-se nas tentações e provas (Tiago 1.2; 2 Coríntios 7.4). Ele pode suportar as provas com alegria (Colossenses 1.11).
PAZ:
Paz é uma condição de quietude, calma, tranqüilidade e harmonia. É a ausência de disputa, ansiedade e preocupação. Um líder com esta qualidade é uma pessoa confiável e capaz de concentrar-se em situações de emergência, porque ele pode manter a calma.
A confusão é o contrário da paz. Deus não causa a confusão. Seu desejo é trazer paz (1 Coríntios 14.33). Toda a verdadeira paz passa por Jesus Cristo (Atos 10.36; Efésios 2.14; Romanos 5.1; João 14.27; 16.33).
Os líderes devem procurar as coisas que produzem paz (Romanos 14.19) e vive em paz com outros (2 Coríntios 13.11; Hebreus 12.14). A unidade que é necessária em qualquer ministério eficaz deve se guardar através da paz (Efésios 4.3). A paz de Deus deve governar no coração do líder (Colossenses 3.15).
PACIÊNCIA:
Paciência é a qualidade de perseverar. É a habilidade de levar adiante e alegremente uma situação insuportável e a suportar pacientemente. Paciência foi uma qualidade evidente no ministério do apóstolo Paulo (2 Timóteo 3.10). Nós devemos ter paciência com regozijo (Colossenses 1.11).
O líder deve pregar a Palavra de Deus com perseverança (2 Timóteo 4.2) e relacionar-se com outros nessa qualidade (Efésios 4.2). Ele deve “vestir-se” da perseverança como uma qualidade espiritual (Colossenses 3.12).
BENIGNIDADE:
A benignidade é a qualidade de ter uma maneira doce, não sendo severo, violento, ou forte. É uma bondade calada e respeitosa. A Bíblia adverte aos crentes para não lutar, porém a serem benignos a todos os homens (2 Timóteo 2.24). Nós não devemos ser contendedores. Os contendedores são pessoas que sempre estão lutando ou defendendo-se (Tito 3.2). Nós devemos ser facilmente solícitos. Isso significa que nós devemos ser facilmente acessíveis a outros devido a nossa natureza mansa (Tiago 3.17).
Um líder benigno é um grande líder. Davi escreveu:
“Também me deste o escudo da tua salvação, a tua direita me susteve, e a tua clemência me engrandeceu” (Salmos 18.35).
BONDADE:
A bondade reflete os feitos de santidade ou os feitos virtuosos. Deus enche o faminto com a bondade (Salmos 107.9). Como os crentes, a bondade e a misericórdia de Deus nos seguirão (Salmos 23.6).
FÉ:
A fé é uma atitude de crença, expectativa e esperança para com Deus (Hebreus 12.1). É crer que tudo o que Deus disse é verdade e que nada é impossível. A fé, combinada com a obra do ministério, alcança grandes coisas para o Reino de Deus.
A fé é uma atitude de confiança em Deus que faz com que os seguidores se sintam seguros e edifica sua fé. É a crença de que “eu posso todas as coisas através de Cristo que me fortalece”.
MANSIDÃO:
A mansidão é a força controlada. A disciplina de outros deve ser feita na mansidão (Gálatas 6.1) e ela ajuda ao líder a preservar a unidade na igreja (Efésios 4.1-3). Deve ser usada em relação com todos os homens (Tito 3.2; 2 Timóteo 2.24-25). Um homem sábio é um homem manso (Santiago 3.13). Todos os crentes são animados a buscar esta qualidade (Colossenses 3.12; 1 Timóteo 6.11; Zacarias 2.3).
TEMPERANÇA OU DOMÍNIO PRÓPRIO:
A temperança é a moderação nas emoções, pensamentos e ações. É o domínio próprio. A temperança é o domínio próprio em todas as coisas (1 Coríntios 9.27 e 9.19-27). Nós devemos adicionar a temperança a nossas vidas (2 Pedro 1.6).
QUALIFICAÇÕES ESPECÍFICAS
Além do fruto espiritual, a Bíblia identifica as qualificações específicas para os líderes. Estas se encontram em 1 Timóteo 3 e Tito 1. As seguintes qualificações são aquelas listadas para pastores, bispos, anciãos ou diáconos. Ainda que estas qualificações sejam identificadas para estes ofícios específicos, elas são desejáveis para todas as posições de liderança:
BISPOS OU PRESBÍTEROS:
n Irrepreensível: deve ter uma boa reputação e não deve estar em desobediência a Palavra de Deus: 1 Timóteo 3.2; Tito 1.6, 7.
n Marido de uma só esposa: se for casado, deve ter apenas uma companheira: 1 Timóteo 3.2; Tito 1.6.
n Temperante ou Moderado: Moderado em todas as coisas: Tito 1.8; 1 Timóteo 3.2.
n Sóbrio ou autocontrolado: Demonstra controle em todas as áreas da vida e conduta: Tito 1.8.
n Modesto: Prudente, sensato, sábio e prático: 1 Tm 3.2; Tito 1.8.
n Hospitaleiro: a casa está aberta aos outros: 1 Timóteo 3.2; Tito 1.8.
n Capaz de ensinar: tem habilidade para comunicar a Palavra de Deus aos outros: 1 Timóteo 3.2; Tito 1.9.
n Não dado ao vinho: 1 Timóteo 3.3; Tito 1.7.
n Não violento: o contrário de ser irascível: 1 Timóteo 3.3.
n Não arrogante: Não egoísta e sempre querendo as coisas à sua própria maneira: Tito 1.7.
n Não um novo convertido: deve ter maturidade e deve ser experimentado como um crente: 1 Timóteo 3.6.
n Amigo do bem: Apoiando tudo o que vale a pena para Deus e Seus propósitos: Tito 1.8.
n Justo: justo em seu trato com as pessoas: Tito 1.8.
n Apegado à Palavra: Tito 1.9.
n Piedoso: Tito 1.8.
n Não cobiçoso de sórdida ganância: Não conhecido pela cobiça ao lucro financeiro; livre do amor ao dinheiro: Tito 1.7; 1 Timóteo 3.3.
n Governa bem a sua própria casa: deve mostrar a habilidade de liderança em sua própria família: 1 Timóteo 3.4-5.
n Ter filhos crentes: devem ter filhos que tem respondido ao Senhor e não são rebeldes: Tito 1.6.
n Ter boa reputação para com os de fora: deve ter um testemunho bom entre os não-crentes: 1 Timóteo 3.7.
DIÁCONOS:
n Respeitáveis: devem respeitar-se e demonstrar uma mente séria e caráter: 1 Timóteo 3.8.
n De uma só palavra: Não dá relatórios contraditórios: 1 Timóteo 3.8.
n Não dado a muito vinho: 1 Timóteo 3.8.
n Não amante de ganhos desonestos: 1 Timóteo 3.8.
n Estabelecido em seu compromisso com a fé: 1 Tm 3.9.
n Provado: Uma pessoa que tem experimentado as provas espirituais e tentações e tem provado ser fiel: 1 Timóteo 3.10.
n Irrepreensível: Ausência de qualquer responsabilidade de violação na conduta: 1 Timóteo 3.10.
n Marido de uma só esposa: se for casado, deve ter uma só companheira: 1 Timóteo 3.12.
n Que governe bem a seus filhos e a sua própria casa: deve demonstrar liderança na vida familiar: 1 Timóteo 3.12.
n Experimentados: Não um novo convertido, porém experimentado como um crente: 1 Timóteo 3.10.
QUALIFICAÇÕES GERAIS
Aqui estão algumas qualificações adicionais que são importantes para os líderes:
VISÃO:
Um homem que lidera deve ter a visão. A visão envolve conhecer seu propósito no plano de Deus, poder ouvir a voz de Deus, e conhecer Seu querer e propósitos.
Paulo foi um bom exemplo de um líder com visão. Paulo podia liderar outros porque ele tinha uma visão clara do que Deus o havia chamado a fazer. Nos anos posteriores de seu ministério, ele disse, “eu não fui desobediente à visão celestial”.
A visão permite a um líder projetar o presente no futuro além e crer em Deus para as grandes coisas.
EXCELÊNCIA:
Um líder deve mostrar preocupação com a excelência, não se conformando com “metades” ou “já está bom o suficiente” no trabalho do Senhor. Ele deve ser eficaz e competente, não preguiçoso no ministério. Ele deve ser pontual, completo, fiel e fidedigno.
RESOLUÇÃO:
“Resolução” significa a habilidade de tomar decisões firmes, não se oscilando de um lado a outro na indecisão. Quando todos os fatos estão apurados, a habilidade de tomar uma decisão veloz e clara é a marca de um líder bom.
HUMOR:
Um bom senso de humor, que é a habilidade de ver o lado cômico das coisas, ajudará nas situações difíceis.
VALOR:
Um líder não deve ser temeroso. Ele deve ser valoroso e capaz de estar de pé diante da oposição de Satanás ou dos homens (Neemias 6.11).
UMA ATITUDE POSITIVA:
O desalento e uma atitude negativa resulta em derrota. As circunstâncias difíceis são as provas da liderança. Elas o desencorajam? Elas o destroem, derrotam ou detêm? Os líderes devem desenvolver uma atitude positiva, um espírito de estímulo em lugar de desânimo. Sua atitude não somente afetará a sua atuação como um líder, porém comunicará a seus seguidores. Um líder negativo e desencorajado tem seguidores negativos e desencorajados.
CAPACITADO:
A tarefa principal da liderança é equipar as pessoas para a obra do ministério (Efésios 4.12). Um capacitador pode organizar, motivar e mobilizar as pessoas. Ele mostra zelo e entusiasmo pela obra de Deus. Ele comunica estas atitudes aos seguidores, motivando-os e encorajando-os para a obra do ministério.
Como parte de equipar, ele sabe delegar tarefas a outros em lugar de fazer tudo por si mesmo. Um bom líder edifica outros líderes. Um capacitador é forte o bastante para permitir que outros tenham um ministério, responsabilidade, autoridade e louvor sem ameaçá-lo.
AUTORIDADE:
Um líder deve ser um homem de autoridade sob a autoridade de Deus. Ele deve ser capaz de liderar com o poder e a autoridade delegada a ele por Deus.
DEDICADO:
Um líder deve comprometer-se e deve dedicar-se a Deus, Seu Reino, àqueles que ele lidera, e a obra do ministério.
INICIADOR:
Alguns líderes são imitadores. Eles copiam o que outros fazem. Alguns líderes são mantenedores. Eles simplesmente mantêm o que já foi iniciado. Eles estão limitados à tradição.
Alguns líderes são conformistas. Eles se conformam à vontade das pessoas e à reivindicação de que “nós sempre fizemos dessa maneira”.
Os bons líderes são iniciadores. Eles são flexíveis e abertos para mudar. Eles não são rígidos e limitados na tradição. Este tipo de líder é criativo e original, aberto para ser inspirado pelo Espírito Santo em novas maneiras de fazer as coisas e às idéias. Eles podem ajustar as prioridades, mudar métodos, e fazer “qualquer coisa”, “sempre que” for necessário para o avanço do Reino.
SABEDORIA E CONHECIMENTO:
O líder deve evidenciar pensamento são e sabedoria nas decisões e ações. Ele deve ter a habilidade mental adequada de saber liderar. Estas habilidades podem ser alcançadas através do treinamento, experiência, e direção do Espírito Santo.
EDUCAÇÃO:
A educação é importante, porém recorde que Jesus escolheu homens ignorantes e iletrados. Eles se tornaram em grandes líderes devidos ao poder de Deus.
EXPERIÊNCIA:
Porque Josué era um homem com experiência de guerra, ele foi selecionado para liderar Israel à terra prometida. É por isso que o “ministério do corpo”, exercido por cada crente, é importante. Proporciona a experiência que levanta novos líderes.
PRONTO A PAGAR O CUSTO:
Jesus disse que havia um custo para o verdadeiro discipulado. Ele avisou aos discípulos potenciais para calcular o custo. Os líderes devem estar prontos a levar a cruz, negarem a si mesmos, e trabalhar arduamente em circunstâncias difíceis e solitárias.
UM ESPÍRITO DE SERVO:
Jesus indicou que as qualificações dos líderes no Reino de Deus são diferentes daquelas dos líderes mundanos. Os líderes cristãos devem desenvolver um espírito de servo humilde e compassivo e liderar como um pastor. Estas qualificações são tão importantes que as próximas duas lições enfocarão nelas.
DESENVOLVENDO AS QUALIDADES
Como você estudou as listas do fruto espiritual, as qualificações específicas e gerais discutidas nesta lição, você pode desenvolver as qualidades necessárias para a liderança. Você pode pensar, “eu nunca poderei desenvolver todas estas qualidades!”
... E você tem razão. Não há tam coisa como um líder que “faz a si mesmo”. Em outros termos, você não pode desenvolver estas qualidades por si mesmo. As qualificações de um líder só podem ser desenvolvidas por permitir que o poder do Espírito Santo opere em sua vida.
O processo é contínuo, pois a Bíblia indica que nós “somos” Sua plenitude. “Somos” está no tempo presente e significa que nós estamos constantemente sob desenvolvimento através do poder criativo de Deus:
“Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2.10).
TESTE O SEU CONHECIMENTO
1. Escreva o versículo-chave de memória.
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2. O que significa a palavra “qualificações”?
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3. Qual é o fruto da evangelização?
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4. Qual é o fruto das qualificações da semelhança de Cristo?
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5. Olhe o fruto do Espírito Santo na Lista Um. Leia as definições na Lista Dois. Escreva o número da definição que melhor descreve o fruto no espaço em branco proporcionado.
Lista Um Lista Dois
_____ Domínio Próprio ou Temperança 1. Afeto profundo, cuidado.
_____ Fé 2. Gozo, deleite.
_____ Mansidão 3. Sossego, calma, harmonia.
_____ Benignidade 4. Paciência perseverante.
_____ Bondade 5. Modos pacíficos, não severos.
_____ Alegria 6. Atos virtuosos.
_____ Perseverança 7. Confiança forte em Deus.
_____ Paz 8. Força controlada.
_____ Amor 9. Controle de si mesmo.
6. Identifique as duas principias referências da Bíblia que dão as qualificações específicas para os líderes na Igreja:
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7. Quais são as quatro qualificações básicas requeridas de todos os líderes?
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
PARA ESTUDO ADICIONAL
1. Jesus Cristo tinha todo o fruto do Espírito Santo evidente em Sua vida. Estude os seguintes exemplos.
O Fruto Exterior:
n Evangelismo: João 10.16; Marcos 1.38.
O Fruto Interior:
n Amor: Marcos 10:21; João 11:5, 36
n Alegria: João 15.11.
n Paz: João 14.27.
n Paciência: 1 Pedro 3.15.
n Benignidade: 2 Coríntios 10.1.
n Bondade: Romanos 11.22.
n Fé: Mateus 17.14-21.
n Mansidão: 2 Coríntios 10.1.
n Domínio próprio: Lucas 4.1-13.
2. Estude de novo as qualificações específicas e gerais para os líderes que foram discutidas nesta lição. Encontre as referências bíblicas nos Evangelhos que ilustram estas qualidades na vida e ministério de Jesus.
3. Reveja as listas de qualificações dadas para os líderes nesta lição. Avalie sua própria vida. Como você está com relação a cada uma destas?
4. Leia a história de Jesus que amaldiçoou a figueira em Mateus 21.18-20. Jesus não amaldiçoou a figueira simplesmente porque ele estava irado porque a árvore não tinha fruto. Ele estava ensinando uma verdade importante. A figueira tinha uma boa aparência. Tinha folhas verdes e parecia como se fosse frutífera, porém não tinha o fruto.
Não é suficiente ter a aparência de espiritualidade. Alguns líderes dão a aparência exterior de ter tudo sob seu controle, porém interiormente eles não têm o fruto espiritual da semelhança com Cristo. Esta era a condição dos fariseus, um grupo religioso de líderes no tempo de Cristo. Jesus lhe disse:
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia!” (Mateus 23.27).
Nos líderes, assim como em todos os crentes, Deus se preocupa com a produtividade em lugar da aparência da produtividade.
5. Note as cinco qualificações que Moisés estipulou para o futuro líder de Israel (Números 27.17). Ele deveria ser um homem que:
a) Pudesse sair adiante deles: alguém que lideraria.
b) Pudesse entra adiante deles: uma pessoa que poderia interceder em nome das pessoas.
c) Pudesse liderá-los: alguém que seria um líder capaz na guerra.
d) Os levaria: uma pessoa capaz de levá-los a terra.
e) Daria a direção apropriada para que “a congregação do Senhor não seja como ovelha sem pastor”.
6. Aqui estão alguns contrastes entre os líderes mundanos e os espirituais:
O Líder Mundano O Líder Espiritual
Seguro de si mesmo Confiado em Deus
Conhece homens Conhece a Deus
Toma suas próprias decisões Busca a vontade de Deus
Ambicioso Humilde
Segue seus próprios métodos Segue os métodos de Deus
Desfruta da obediência de outros Obedece a Deus
É motivado pelos desejos pessoais Motivado pelo amor
Independente de Deus Dependente de Deus
7. O livro de Provérbios, capítulo 28, faz um contraste entre as qualificações de um bom líder e as de um líder mal:
Um bom líder:
n É estável (não foge, é intrépido): versículos 1 e 2.
n Permanece no que é correto apesar dos conflitos: versículo 4.
n Guarda a lei: versículos 4, 9.
n Entende todas as coisas por buscar ao Senhor para obter o conhecimento por revelação: versículos 5, 11.
n Deixa seus pais orgulhosos: versículo 7.
n É honrado: versículos 6, 8.
n É um homem de oração: versículo 9.
n É próspero (todas as coisas boas): versículos 10, 20, 25.
n É um homem de discernimento (ele busca entendimento): versículo 11.
n Traz alegria: versículo 12.
n Confessa seus pecados: versículo 13.
n Teme a Deus: versículo 14.
n Não é cobiçoso: versículo 16.
n Governará por muito tempo: versículo 16.
n É pacífico: versículo 17.
n Caminha retamente: versículo 18.
n É diligente: versículo 19.
n É fiel: versículo 20.
n Não faz distinção de pessoas: versículo 21.
n Não se ajusta com o enfrentamento e disciplina: versículo 23.
n Faz de sua família uma prioridade: versículo 24.
n É humilde e confia no Senhor em vez de si mesmo: versículo 25.
n Confia na direção de Deus: versículo 26.
n É compassivo e considerado por aqueles ao seu redor: versículo 27.
n Leva aos homens justos a engrandecer: versículo 28.
Um Líder Mal:
n É temeroso e foge quando não há necessidade: versículo 1.
n É instável: versículo 1 e 2.
n Oprime os pobres: versículo 3.
n É orgulhoso e persuadido pelo louvor do homem; ele é popular com o injusto: versículo 4.
n Não tem profundidade (ele é como chuva torrencial): versículo 3.
n Falta compaixão: versículos 3, 27.
n Abandona a lei: versículo 4.
n Falta entendimento: versículos 5, 16.
n É perverso em seus caminhos: versículos 6, 18.
n É um companheiro de homens contenciosos (desobedientes): versículo 7.
n Deixa seus pais envergonhados: versículo 7.
n Cresce injustamente: versículo 8, 20, 22.
n Não ora: versículo 9.
n Leva o justo a se desviar: versículo 10.
n É sábio em sua própria presunção: versículo 11.
n Sua elevação ao poder causa medo: versículos 12, 28.
n Esconde seus pecados: versículo 13.
n Endurece seu coração: versículo 14.
n Governa como um leão rugindo ou o urso que ataca: versículo 15.
n É violento: versículos 15, 17.
n É cobiçoso: versículo 16.
n Destina-se à queda: versículos 10, 18.
n Cai em má conduta: versículo 14.
n Segue depois da vaidade (é preguiçoso, influenciado pelas grandes pessoas): versículo 19.
n Aceita suborno, faz distinção de pessoas: versículos 21.
n É culpado: versículo 20.
n Vive na pobreza espiritual: versículo 22.
n É um lisonjeiro (hipócrita nos cumprimentos): versículos 23.
n Não faz de sua família uma prioridade: versículo 24.
n É orgulhoso: versículo 25.
n Leva a uma contenda: versículo 25.
n Confia em suas próprias habilidades para dirigir-se: versículo 26.
n Destrói em lugar de construir: versículo 24.
n É desconsiderado com aqueles ao seu redor: versículo 27.
Resumo destes contrastes: veja versículo 28.
Capítulo Cinco
LIDERANDO COMO UM SERVO
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Escrever os versículos-chave de memória.
n Identificar um estilo de liderança que é singularmente cristão.
n Identificar o maior exemplo de liderança de servo.
n Explicar como liderar como um servo produz poder.
n Listar quatro contrastes entre os líderes mundanos e os cristãos.
n Identificar a quem nós servimos.
n Explicar como se tornar um líder-servo.
VERSÍCULOS-CHAVE:
“Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Filipenses 4.5-7).
INTRODUÇÃO
A liderança no mundo é freqüentemente dirigida por poder, dinheiro, educação e habilidades. Há muitos estilos de liderança no mundo. Por “estilo” nós queremos dizer a maneira na qual alguém lidera as pessoas. Por exemplo, há ditadores que controlam as pessoas. Há também líderes democráticos que são controlados pelo voto das pessoas.
Quando Jesus entrou no mundo, Ele inverteu o conceito mundano de liderança bem-sucedida quando Ele se fez um servo. Este capítulo envolve o princípio do Novo Testamento de liderar como um servo.
UM EXEMPLO CONTRASTANTE
Jesus fez um contraste ente a liderança espiritual e a liderança mundana. Ele disse:
“Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos” (Marcos 10.42-44).
Liderar como um servo é o que separa a liderança cristã da liderança mundana. Ele é um estilo de liderança que é singularmente cristão.
O MAIOR EXEMPLO
O maior exemplo de liderar como um servo foi o Senhor Jesus Cristo. Um servo é alguém que serve aos outros em humildade, dedicação e amor. Jesus tanto ensinou quanto modelou a liderança de servo. Jesus rejeitou todas as idéias de poder contidas no mundo e propôs algo novo. “Servo” é uma palavra estranha para um líder, porém Jesus deixou claro que Ele havia vindo a servir:
“Mas vós não sois assim; pelo contrário, o maior entre vós seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve” (Lucas 22.26).
Marcos disse que Jesus veio não para ser servido, porém para servir:
“Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Marcos 10.45).
Paulo disse que Jesus...
“Antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana” (Filipenses 2.7).
SEGUINDO O MODELO
Os líderes na Igreja Primitiva seguiram o modelo estabelecido por Jesus. Eles se chamaram de servos:
Paulo, servo de Jesus Cristo... (Romanos 1.1).
Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo... (Tiago 1.1).
Simão Pedro, servo e apóstolo... (2 Pedro 1.1).
Judas, servo de Jesus Cristo... (Judas 1.1).
... Concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra... (Atos 4.29).
Nós devemos continuar neste modelo. Nós devemos ser servos daqueles a quem nós lideramos.
O PODER DO SERVO
Você pode perguntar, “como eu posso ser um líder se eu sou um servo das pessoas que eu estou liderando? Por que toda essa ênfase em servir?” A resposta a estas perguntas é que há poder em servir. Liderar como um servo não significa ser um líder débil. Significa que a liderança não deve ser enérgica demais, agressiva com as pessoas, porém deve ser forte contra os inimigos espirituais.
O poder do serviço é o que humilha uma pessoa ao ponto dela poder ser usada por Deus. Isto se ilustra na vida de Jesus Cristo. Leia Filipenses 2.5-11 em sua Bíblia. (Você estudará depois em detalhe essa passagem nesta lição). Estes versículos explicam como através de humilhar-se como um servo e morrer na cruz (versículos 5 a 8), Jesus foi exaltado em grande poder (versículos 9 a 11). A cruz era o último lugar na terra onde alguém buscaria a um líder, porém ela se tornou o “poder de Deus” para os que são salvos (1 Coríntios 1.18). No Reino de Deus, a ordem de muitas coisas é investida. Nós somos fortes quando nós somos fracos, recebemos quando nós damos, e vivemos quando morremos. Como um líder, você se tornar poderoso através de servir.
QUATRO CONTRASTES
Leia Mateus 20.25-28 e Marcos 10.42-44. Estas passagens mostram quatro qualidades de líderes mundanos que contrastam com as características dos líderes cristãos:
1. Os líderes seculares têm o domínio sobre seus seguidores: “domínio” neste texto significa “força opressiva, controlada”. Os líderes-servos não oprimem ou controlam a seus seguidores.
2. Os líderes seculares exercem a autoridade sobre os seguidores: a palavra “autoridade” neste texto significa “superioridade”. Os líderes mundanos se consideram superior a seus seguidores. Os líderes cristãos são chamados para o serviço, não à superioridade.
3. Os líderes seculares são chefes sobre seus seguidores: a palavra “chefe” neste texto quer dizer estar em primeiro lugar. No Reino de Deus, o primeiro (os líderes) está no último lugar.
4. Os líderes celulares são os senhores sobre aqueles que eles lideram: o vocábulo “senhor” quer dizer alguém a quem o serviço é devido. O líder cristão serve a seus seguidores.
QUEM NÓS SERVIMOS?
Como líderes-servos, nós servimos o corpo de Cristo. Paulo disse aos Corintios:
“Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como vossos servos, por amor de Jesus” (2 Coríntios 4.5).
Nós também servimos à humanidade perdida e agonizante. Leia a parábola do bom samaritano em Lucas 10.25-37. A liderança de servo assume dignidade e poder porque quando nós servimos aos outros, nós realmente estamos servindo ao Senhor:
“O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mateus 25.40).
Leia a parábola dos servos em Mateus 25.14-30. Porque nós estamos servindo ao Senhor, nós somos responsáveis a Ele:
“Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou” (João 13.16).
COMO TORNAR-SE UM LÍDER-SERVO
Leia Filipenses 2.5-8. Esta passagem explica como se tornar num líder-servo seguindo o exemplo de Cristo. Liderar como um servo significa que você deve:
DESENVOLVA A ATITUDE APROPRIADA:
Liderar como um servo começa com sua atitude. Você deve desenvolver a atitude de Jesus:
“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana” (Filipenses 2.5-7).
Deus usa aos homens e mulheres cuja atitude do coração é correta. David foi ungido como rei porque o Senhor via o seu coração (1 Samuel 16.7). Os motivos são determinados no coração. Nossos motivos naturais são egoístas. Se você deseja ser um líder-servo, suas atitudes e motivos devem mudar.
HUMILHAR-SE:
“antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana” (Filipenses 2.7).
Não esteja envolvido com suas ambições, planos, posição ou reputação. Entregue todas as coisas a Deus e humilhe-se perante Ele. Humilhar-se é algo que você faz, não algo que Deus faz.
IDENTIFIQUE-SE COM A HUMANIDADE:
Jesus podia servir porque Ele se identificou com a humanidade. Ele se identificou e satisfez as suas necessidades:
“Antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Filipenses 2.7-8).
Jesus foi tentado como homem, sofreu como homem e tinha um corpo sujeito às debilidades e necessidades do homem mortal. Se você deseja servir àqueles que você lidera, você deve identificar-se com eles em suas debilidades, sofrimentos e necessidades.
SEJA OBEDIENTE:
Para servir, Jesus se tornou obediente: “... tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Filipenses 2.8).
Todos nós que estamos em autoridade como líderes também estamos sob a autoridade de outro líder. Como um líder cristão, você está sob a autoridade de Deus. Você também pode estar sob um líder de uma denominação ou igreja. Para servir adequadamente como um líder, você deve ser obediente a seus próprios líderes.
MORRA AO PECADO E A SI MESMO:
Jesus foi obediente até o ponto de morrer:
“... tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Filipenses 2.8).
Paulo disse “cada dia morro” (1 Coríntios 15.31). A morte da qual Ele falou era uma morte contínua ao pecar e a si mesmo. Isto é o que se requer daqueles que lideram servindo. Você deve crucificar o pecado e o “eu” em sua vida. A cruz será uma experiência dolorosa, porém como Jesus, você aprenderá os princípios de liderança de servo através do sofrimento.
SIRVA EM AMOR:
Devido a Seu grande amor, Jesus se humilhou, tomou a forma de um servo, se identificou com o homem e foi obediente até a morte:
“Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros” (1 João 4.10-11).
O amor é central na liderança de servo. O amor começa como uma emoção no coração, porém se mostra de maneiras práticas, notáveis. Quando você ama alguém de verdade, você deve servi-lo.
Um líder-servo edifica aqueles a quem ele serve. Ele nunca usa pessoas, porém trabalha com e através delas de tal modo que lhe ajuda a crescer espiritualmente. Ele dá em lugar de tomar. Destruir é rápido e fácil, porém construir toma tempo e é mais difícil. Leia 1 Coríntios 13. Em cada lugar em que aparece “amor” substitua pelas palavras “liderança de servo”. (Exemplo: “A liderança de servo é paciente e benigno”). Isto lhe ajudará a captar o significado do amor que será mostrado pelos líderes-servos.
PERMITA QUE DEUS SEJA O DONO DE SUA VIDA:
Quando Jesus veio a terra como um servo, Ele desistiu de Seu direito de “ser o dono” de Sua própria vida. Ele disse, “Não seja feita a minha vontade, mais sim a tua”. Quando você escolhe ser um servo, você abandona o direito de ser o dono de sua vida. Você já não está construindo seu próprio reino. Você está construindo o Reino de Deus. Você já não comunica suas idéias ou crenças. Você comunica a mensagem de seu Dono. Não é mais sua vontade, porém a vontade de Deus. Jesus veio para servir por Sua escolha. Agora a opção é sua... você escolherá servir? Recorde: você só se qualifica para liderar na medida em que você está desejoso de servir.
TESTE O SEU CONHECIMENTO
1. Escreva os versículos-chave de memória.
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2. Qual é o estilo de liderança que é singularmente cristão?
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3. Quem é o maior exemplo de liderança de servo?
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4.Explique como liderar como um servo produz poder.
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5. Liste quatro contrastes entre os líderes seculares e os cristãos.
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6. Como líderes, a quem nós servimos?
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7. Usando Filipenses 2.5-8, explique como tornar-se um líder-servo.
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
PARA ESTUDO ADICIONAL
Leia este versículo:
“Aquele que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens” (Romanos 14.18).
Este versículo identifica os resultados da liderança vitoriosa:
1. Servir a Cristo, o que produz...
2. Ser aceitável a Deus e...
3. Ser aprovado pelo homem.
Agora estude os capítulo 12 a 14 de Romanos. Faça uma lista das coisas que você deve fazer para ser servo de Cristo, aceitável a Deus e aprovado pelos homens.
Aqui está um exemplo para seguir:
Referência O que devo fazer
Romanos 12 Apresentar meu corpo como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.
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Capítulo Seis
LIDERANDO COMO UM PASTOR
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Escrever o versículo-chave de memória.
n Identificar o Bom Pastor.
n Identificar o único verdadeiro aprisco.
n Resumir as responsabilidades do pastor.
n Resumir as advertências aos pastores maus.
n Aplicar os princípios naturais de pastorear à liderança espiritual.
VERSÍCULOS-CHAVE:
“Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho” (1 Pedro 5.2-3).
INTRODUÇÃO
Outra analogia ou paralelo natural ilustrando a liderança é o pastor. No mundo natural, um pastor é alguém que cuida da ovelha. Um “aprisco” é um grupo ou rebanho de ovelhas. No mundo espiritual, as pessoas são comparadas com as ovelhas. Nós somos como ovelhas que se desviam espiritualmente (Isaías 53.6) ou quem tem se tornado uma parte do “aprisco” ou “rebanho” do Senhor.
Jesus se referiu a Si mesmo como o “Bom Pastor” e explicou em detalhes o que envolve pastorear. Este exemplo é uma das maiores ilustrações da liderança espiritual (veja João 10). Para ser um líder eficaz, você deve conhecer não somente ao Bom Pastor e relacionar-se pessoalmente com Ele, porém você também deve aprender a liderar como um pastor.
Pedro confirma que nós devemos liderar como pastores:
“Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade” (1 Pedro 5.2).
OS PRINCÍPIOS DE PASTOREAR
Visto que Jesus chamou a Si mesmo de “O Bom Pastor”, então nós devemos estudar Seu exemplo de ministério para entender os princípios de pastorear. Volte a João 10 em sua Bíblia e use-o para guiá-lo enquanto você estuda estes princípios básicos de pastorear:
UM REBANHO, UM PASTOR:
O primeiro princípio que deve ser entendido é que há somente um rebanho e um pastor. O “rebanho” é a Igreja que é composta de todos os crentes nascidos de novo. O “pastor” é Jesus Cristo. Há somente uma porta no aprisco, e esta é Jesus:
“Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem” (João 10.9).
“… haverá um rebanho e um pastor” (João 10.16).
No mundo natural, os pastores humanos dividem seus rebanhos em outros rebanhos porque é mais fácil e mais prático cuidar deles. Eles só podem ser responsáveis e cuidar de alguns. Isto também é verdade na liderança espiritual. Porém, na realidade, há somente um pastor e um rebanho. Ele é composto de todos os verdadeiros crentes que pertencem ao Bom Pastor, Jesus Cristo. Como um líder ou “pastor”, você é realmente um “subpastor”. Você serve a uma parte do rebanho de Deus “sob” a direção do Bom Pastor.
Sempre se lembre que as divisões em denominações, organizações e as associações de igrejas locais são feitas pelo homem e só existem para permitir o cuidado pessoal e organização prática. Na realidade, há somente um rebanho.
Não tente separar “seu rebanho” de outras pessoas no rebanho do Bom Pastor através do denominacionalismo. Não tenha interesse em construir “seu rebanho” denominacional ou comunidade local. Tenha o interesse de edificar o rebanho do Bom Pastor. Não ponha regras e regulamentos de homens para excluir alguma ovelha. Jesus declara, que “quem quiser [pode] vir a mim”, contanto que eles passem pela porta que é o Senhor Jesus Cristo.
O aprisco de Deus não é exclusivo. A porta está aberta a todas as Suas ovelhas:
“Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor” (João 10.16).
AS OVELHAS SÃO DADAS POR DEUS:
Por que há somente um aprisco, cada ovelha (os seguidores) é dada por Deus:
“Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar” (João 10.29).
Os seguidores apenas são confiados ao seu cuidado. Na realidade, eles pertencem a Deus.
ALGUMAS OVELHAS NÃO SEGUIRÃO:
Há um fato triste do qual você deve estar consciente como um pastor. Alguns que são chamados se negarão a seguir. Jesus disse:
“Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas” (João 10.26).
Haverá alguns que são chamados, porém não seguirão. Ele se negarão a tornar-se parte do rebanho. É um fato triste, porém verdadeiro. Não deixe que isso lhe desencoraje. Lidere aqueles que seguirão.
O PASTOR CONHECE SUA OVELHA:
Jesus disse:
“Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim” (João 10.14).
No tempo do ministério de Cristo, os pastores tinham uma relação muito pessoal com sua ovelha. O pastor estava ali no nascimento da ovelha e ele a guiava e cuidava dela por toda a sua vida.
Para ser um líder eficaz, você deve conhecer as pessoas confiadas a seu cuidado. Você deve desenvolver uma relação pessoal com elas. Jesus disse que o Bom Pastor “chama suas ovelhas pelo nome” (João 10.3).
AS OVELHAS CONHECEM O PASTOR:
Não somente o pastor conhece a sua ovelha, porém as ovelhas conhecem o pastor:
“As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem” (João 10.27).
Jesus disse que as ovelhas conhecem a voz do pastor. Elas escutam e seguem porque elas conhecem e confiam nele.
Como um líder, você deve construir relacionamentos de amor e confiança com seus liderados. Para fazer isso, você deve estar com suas ovelhas, e deve estar disponível a elas e não separados delas. Você deve dirigir sua própria vida para que elas possam segui-lo enquanto você segue a Cristo:
“Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1 Coríntios 11.1).
As pessoas não o seguem meramente porque você foi ordenado como um líder. Você deve ganhar sua confiança para liderá-las. Você faz isto lhes permitindo conhecê-los.
O PASTOR CUIDA DA OVELHA:
Bons pastores cuidam de suas ovelhas. Você deve cuidar da alma das ovelhas. Você deve ver que suas “almas estão restauradas” a uma correta relação com Deus:
“Restaura a minha alma...” (Salmos 23.3 – tradução do original).
Cuidar da ovelha inclui confortá-las em tempos de dor e necessidade. O bastão do pastor era usado para alcançar e recolher a ovelha, trazendo-as para perto de si, para consolo e cuidado (Salmos 23.4).
Cuidar envolve liderar as pessoas ao Bom Pastor, quem pode proporcionar tudo para suas necessidades:
“O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará” (Salmos 23.1).
Falando do cuidado do Senhor como seu pastor espiritual, Davi disse:
“Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso” (Salmos 23.2).
Quando as ovelhas estão bem cuidadas, elas descansariam satisfeitas. A ovelha no mundo natural, assim como no mundo espiritual, somente descansará se ela estiver:
Livre do medo: O medo do homem ou do inimigo dispersará a ovelha. Você deve ensinar a ovelha que...
“Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação” (2 Timóteo 1.7).
Livre de Desacordo Com Outra Ovelha: Ovelhas que estão lutando com outras não podem descansar ou alimentar-se. Elas também não se reproduzem espiritualmente. Quando as ovelhas lutavam no mundo natural nos tempos da Bíblia, o pastor colocava azeite em suas cabeças. Isto as deixava com as cabeças escorregadias para que elas não pudessem bater suas cabeças e lutarem. Ensine a ovelha a lutar contra o inimigo, não contra seus irmãos. Derrame o azeite do Espírito Santo sobre suas cabeças!
Livre das pestes: No mundo natural, há tipos diferentes de pestes que infestam a lã da ovelha e causam enfermidade e incômodo. Há certas moscas que atacam as ovelhas e quando seus ovos são incubados na ovelha saem da casca, então a mosca bebê se arrasta até a cabeça da ovelha e causa cegueira e morte.
Davi disse que o pastor “unge minha cabeça com óleo” (Salmos 23.5). No mundo natural, os pastores usam o óleo, o azeite, para limpar a ovelha da enfermidade, doença, e infecções. No mundo espiritual, as pestes podem ser comparadas com o pecado. O pecado causará cegueira e morte espiritual. Deve aplicar-se o óleo do Espírito Santo para limpar a ovelha das pestes do pecado.
Livre da Fome e Sede: Se você quer que a ovelha permaneça no aprisco, você deve alimentá-las espiritualmente. O líder deve levar a ovelha aos pastos verdejantes e deve alimentá-las com a verdade da Palavra de Deus:
“Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade” (1 Pedro 5.2).
Não é bastante simplesmente levar as pessoas aos pastos verdejantes. Você deve fazê-las descansar e permanecer ali. Você deve preparar a mesa com as coisas boas de Deus e deve colocá-las perante elas (Salmos 23.5). Você deve levar a ovelha às águas eternas (João 4) que fartará sua sede. Encha suas taças espirituais até o ponto de transbordar com a Palavra (Salmos 23.5).
No mundo natural, se as ovelhas estão sedentas elas partirão em busca de água. Se elas não são levadas à boa água, elas beberão de uma água ruim. O pastor vai adiante delas e procura se não há plantas venenosas que crescem perto dos riachos e para ver se há alguma água ruim. Como um pastor, você deve levar a ovelha à boa água.
Jesus disse:
“No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba” (João 7.37).
Jeremias falou de “cisternas rotas, que não retêm as águas”. O vazio não pode ser preenchido exceto pela água da vida (Jeremias 2.13).
É interessante notar em Salmos 23.2 que o pastor leva a “águas tranqüilas”. Águas tranqüilas significam águas silenciosas, porém correntes. Aqui a água é pura. Não é água parada que é contaminada e suja. Ela é fresca. Não está conturbada, nem em cascatas que podem ser perigosas. Isto fala de doutrina estável que não muda ou é removida por ventos da experiência ou teologia popular.
O PASTOR DISCIPLINA A OVELHA:
Cuidar da ovelha envolve a disciplina. A vara que os pastores levavam era usada para conduzir a ovelha no caminho correto. A ovelha provavelmente não se sentia bem para ser atiçada pela vara, porém era necessário.
A vara do pastor é um exemplo natural da vara da autoridade da Palavra de Deus que é usada pelos pastores espirituais. A vara proporciona a disciplina. Nem sempre ela faz se sentir bem, porém é necessária.
Liderar envolve disciplina, reprovação e correção para manter as ovelhas no caminho correto. Quando uma ovelha se desvia, a disciplina e cuidado incluem ir a busca dela e devolvê-la ao aprisco (Lucas 15). Você deve levar a ovelha do pecado à justiça:
“... Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome” (Salmos 23.3).
No mundo natural, ovelhas deixadas a seu próprio cuidado voltam a seus próprios caminhos. Elas pastaram na mesma área até que esteja arruinada ou elas sejam espalhadas em todas as direções. O mesmo é verdade de homens e mulheres:
“Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos” (Isaías 53.6).
Para liderar homens e mulheres nos caminhos da justiça, você deve discipliná-los nos caminhos de Deus.
O PASTOR AJUDA A LEVANTAR A OVELHA:
No mundo natural, uma ovelha é levantada quando ela não pode levantar-se por si mesma. É uma presa fácil para os animais e está inválida. O pastor deve vir e instigá-la com a vara e motivá-la para colocar-se de pé.
As ovelhas devem ser levantadas quando:
Elas se acomodam no lugar: No mundo natural, a ovelha às vezes não pode se levantar quando ela entra na área de bons pastos e está satisfeita e feliz. Elas giram sobre sua parte traseira, dão patadas de prazer... E não podem se levantar.
No mundo espiritual, os crentes freqüentemente se acomodam com o que é material. Eles se envolvem com os prazeres e riquezas do mundo. Eles são indiferentes sobre Deus, Seu Reino e as almas perdidas. Quando isso acontece, eles se tornam ineficazes para Deus e presa fácil para o inimigo. Para ajudar tal ovelha, você deve enfocar sua atenção nos valores eternos e deve motivá-la para a obra do Reino.
Elas têm muita lã: Quando a pele cheia de lã da ovelha tem crescido demasiadamente, as sarças e espinhos começam a agarrar-se a ela e a ovelha se torna muito pesada com estas coisas, tornando-se uma presa fácil para os inimigos. Para ajudar a levantar a ovelha, o pastor corta o lixo preso na lã. Quando ele faz isso, a ovelha começa a berrar, lutar, e a dar patadas.
No mundo espiritual, os crentes se tornam pesados com “os cuidados deste mundo” e os “pecados que tão facilmente nos assediam”. Estas coisas devem ser cortadas se eles desejam se tornar eficazes para Deus. Nós podemos dar pontapés, lutar, e berrar também, porém isso é necessário.
Elas se tornam muito gordas: A ovelha que é muito gorda não pode corrigir-se quando elas caem. Alguns crentes se tornam muito gordos espiritualmente. Eles recebem as coisas de Deus, porém nunca compartilham. Eles não ministram a outros, porém eles simplesmente continuam crescendo espiritualmente gordos. No mundo natural, estas ovelhas gordas nem sempre são as mais saudáveis ou mais produtivas. Isto também é verdade no mundo espiritual. Os pastores espirituais devem levantar as ovelhas ‘gordas’ e colocá-las em movimento para Deus.
O PASTOR LIDERA A OVELHA:
Jesus disse:
“Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe reconhecem a voz” (João 10.4).
Liderança é exatamente o que a palavra implica: você deve ir adiante da ovelha e deve liderá-la. Você simplesmente não diz à ovelha aonde ir, você mostra por ir adiante dela. Você faz isto praticando o que você prega e mostrando-lhe por seu estilo de vida em lugar de somente por falar. O pastor estabelece o exemplo como um líder, não como um “senhor”. Pedro disse para servir...
“Nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho” (1 Pedro 5.3).
O PASTOR SERVE DE BOA VONTADE:
Pedro disse...
“Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade” (1 Pedro 5.2).
Você não deve líder porque você é solicitado a fazê-lo, ou porque é forçado ou se exige de você. Você deve liderar porque você quer liderar. Cumpra sua vocação de boa vontade.
O PASTOR DÁ SUA VIDA PELA OVELHA:
Jesus disse:
“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas” (João 10.11).
Jesus foi o único sacrifício necessário pelos pecados da humanidade. Você não pode morrer por sua ovelha desta maneira. Alguns de nós podemos morrer nessa vida em nome de outros ou como mártires.
Porém, para ser um líder, você terá que “dar sua vida” de outras maneiras. Você deve sacrificar seus próprios desejos e as ambições egoístas por outros. Há muitas inconveniências em cuidar das pessoas. Gasta tempo e pode interferir com seus próprios planos pessoais.
Jesus deixou isto claro na parábola da ovelha perdida em Lucas 15. Todas as ovelhas eram obedientes e estavam onde deveriam estar, porém uma havia se perdido. Não era conveniente sair buscando-a pela noite. Não era cômodo ou desejável. Inclusive era perigoso. Porém, o pastor “deu a sua vida” e foi resgatar a ovelha perdida.
O PASTOR PROTEGE A OVELHA:
“O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10).
“O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas” (João 10.12-13).
Um bom pastor fica com a ovelha e a protege, não importa qual é o custo. Os ‘mercenários’ ou assalariados são líderes que usam suas posições de liderança apenas por dinheiro, poder, posição ou honra. Eles estão servindo por “ganhos desonestos”, ou para seu próprio benefício. Os mercenários realmente não cuidam da ovelha, pois eles fogem quando os inimigos atacam (1 Pedro 5.2).
ADVERTÊNCIAS AOS PASTORES
Leia Ezequiel 34 em sua Bíblia. Este capítulo contém advertências aos pastores maus que governaram Israel. Porém, as advertências nesta passagem envolvem a todos os líderes que são pastores maus. Deus promete “ais” ou juízos sobre os pastores que:
UMA PROMESSA AOS PASTORES
Se você está seguindo os princípios bíblicos de liderar como um pastor, você pode reivindicar esta promessa:
“Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória" (1 Pedro 5.4).
TESTE O SEU CONHECIMENTO
1. Escreva os versículos-chave de memória.
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2. Quem é o bom pastor?
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3. Qual é o único verdadeiro rebanho?
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4. Escreva um resumo dos princípios de pastorear que você aprendeu nesta lição. Quais são as responsabilidades do pastor?
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5. Resuma as advertências dadas aos pastores maus em Ezequiel 34.
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
TESTE O SEU CONHECIMENTO
1. Examine sua própria vida com respeito aos princípios de pastorear que você estudou nesta lição. Você está aplicando estes princípios em sua vida e ministério? Onde você está falhando? Como você poderia melhorar?
2. Estude Salmos 23 usando este esboço. Como um pastor, o Senhor é:
n Seu Provedor: Salmos 23.1.
n Sua Paz: Salmos 23.2.
n Seu Guia: Salmos 23.2.
n Sua Proteção: Salmos 23.4.
n Sua Preparação: Salmos 23.5.
n Sua abundância (seu cálice transborda): Salmos 23.5.
n Sua Promessa: Salmos 23.6.
Notas adicionais sobre o Salmo 23: Ao falar de bondade e misericórdia em versículo 6, note...
n Sua proximidade: “me seguirão”.
n Sua persistência: “todos os dias de minha vida”.
n Sua constância: “todos os dias...” significa constantemente.
n Sua certeza: “certamente”.
Considere esta pergunta: a bondade e a misericórdia o seguem? Enquanto passa pela vida, você lhe deixa estímulo, inspiração, misericórdia e bondade?
Ao falar do vale, que ilustra os tempos difíceis em nossa experiência cristã, note que...
n Ele nada mais é do que uma sombra. Quando você vê uma sombra no mundo natural, há alguma coisa a mais que causa a faz aparecer. A sombra não é a realidade. No mundo espiritual, é a guerra do inimigo que está por trás de cada sombra de nossos vales.
n Ele é um caminhar “através de”. Você não estará sempre no vale. Ali não está escrito: “eu morrerei ali” ou “eu ficarei ali”.
n Ele é um “caminho”, não é uma estrada perigosa.
n Os vales no mundo natural são as áreas mais frutíferas. A pergunta não é se você passará ou não por um vale. Você passará através de muitos. A pergunta é, “como você reagirá a eles?” Você se alimentará das coisas boas de Deus que só crescem nos vales?
n A vara (para a disciplina) e o cajado (para cuidar) do pastor estão operando através de nossas experiências no vale.
3. Aprenda mais sobre o que a Bíblia ensina sobre pastorear estudando as seguintes referências:
n Números 27.17.
n Salmos 23; 80.1.
n Isaías 40.11.
n Ezequiel 34; 37.24.
n Zacarias 10.2; 11.15-17.
n Mateus 9.36; 25.32; 26.31.
n Marcos 6.34; 14.27.
n João 10.
n Hebreus 13.20.
n 1 Pedro 2.25; 5.4.
Capítulo Sete
AS TAREFAS DOS LÍDERES
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Escrever os versículos-chave de memória.
n Identificar as tarefas prioritárias dos líderes.
n Definir “capacitar”.
n Resumir os resultados de “capacitar” as pessoas para a obra do ministério.
n Identificar as tarefas específicas dos líderes.
VERSÍCULOS-CHAVE:
“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo” (Efésios 4.11-12).
INTRODUÇÃO
Nas lições anteriores, você aprendeu COMO você deve liderar como um bom mordomo, servo e pastor. Este e as lições seguintes enfocam no que um líder realmente faz.
A liderança envolve muitas tarefas. Uma tarefa é uma responsabilidade, dever, ou trabalho. Não é possível que nós discutamos cada tarefa que um líder pode ser chamado a fazer, assim nós consideraremos somente as tarefas mais importantes dos líderes.
A PRIMEIRA PRIORIDADE
A primeira prioridade de um líder cristão é definida na seguinte passagem:
“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo” (Efésios 4.11-12).
Deus estabelece aos líderes na igreja para “capacitar” os crentes para a obra do ministério. Esta palavra “capacitar” significa preparar ou equipar. A “obra do ministério” inclui cada posição, dever e responsabilidade de ministério.
A tarefa principal dos líderes cristãos é capacitar aos crentes para a obra do ministério. Porque cada crente recebe pelo menos um dom espiritual, os líderes têm um grande recurso do qual retirar. Cada crente deve ser equipado espiritualmente para fazer o trabalho ao qual Deus o chamou.
Capacitar envolve ensino, pregação, demonstração e treinamento. Capacitar também envolve mobilizar as pessoas para a obra do ministério. “Mobilizar” é ativar ou colocar em ação. Não somente devem-se treinar os crentes, porém eles devem ser mobilizados para usar o que eles aprenderam.
Capacitar envolver o treinamento de algumas pessoas como líderes e outras como seguidores. Todos são importantes à obra do ministério. O capítulo Dez deste curso é dedicado ao treinamento dos líderes e seguidores.
Se você é um líder chamado e escolhido por Deus, você deve estar envolvido em equipar outros para fazer a obra de Deus. Esta é sua primeira prioridade e sua tarefa principal. Estes são os resultados positivos quando os crentes são apropriadamente “capacitados” para a obra do ministério:
n A obra do ministério é feita: Efésios 4.12.
n O Corpo de Cristo (a igreja) é edificada: Efésios 4.12.
n As pessoas alcançam a maturidade espiritual: Efésios 4.13-15.
n Resulta em unidade: Efésios 4.13.
n As pessoas são conformadas à imagem de Cristo: Efésios 4.13.
n As pessoas se tornam doutrinariamente estáveis, arraigadas na verdade: Efésios 4.15-16.
n O corpo de Cristo funciona eficazmente: Efésios 4.16.
AS RESPONSABILIDADES DO PROCESSO DE CAPACITAR
“Capacitar” os crentes envolve muitas responsabilidades. Aqui estão algumas delas:
ESTABELECER O EXEMPLO:
Nós já temos discutido em detalhe a responsabilidade dos líderes para estabelecer um exemplo apropriado aos seguidores. Como um exemplo, o líder deve ser chamado, ungido, um bom mordomo e pastor, e servo de todos. Sua vida deve evidenciar as qualificações para líderes discutidas no Capítulo Quatro. Ele deve ser um homem de oração e um estudante da Palavra de Deus. Seu exemplo deve ser piedoso, porque...
“O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre” (Lucas 6.40).
A habilidade de administrar e liderar outros começa com a administração apropriada de si mesmo. Você deve estabelecer um exemplo na conduta pessoal e na disciplina, no relacionamento com Deus, e na evangelização e em cada “obra de ministério”.
CUIDAR:
Outra responsabilidade principal dos líderes é cuidar dos discípulos. Isto já se enfatizou nas lições sobre liderar como pastor e servo. As pessoas, não planos ou projetos, são muito importantes.
Como um líder, você é chamado por Deus para cuidar dos discípulos que Deus lhe confiou. Você deve amá-los, deve envolvê-los com seus problemas, e deve ministrar às suas necessidades espirituais, físicas e materiais segundo Deus lhe permite. Uma parte importante de cuidar para um líder é orar por seus liderados. Não peque contra Deus não orando por aqueles entregue aos seus cuidados.
LIDERAR:
Um líder deve liderar e deve guiar. Ele proporciona a direção às pessoas para permitir-lhes alcançar o ministério ao qual elas são chamadas. Você deve guiar as pessoas para onde Deus quer que elas vão, não para onde elas egoisticamente desejam ir. Liderar envolve aconselhar as pessoas para caminhar nos caminhos de Deus guiando-as com princípios bíblicos.
TOMAR DECISÕES:
Para liderar outros, se exige que tomem muitas decisões. Há alguns princípios básicos sobre tomar decisões que podem ajudá-lo nesta área. Você estudará estes no Capítulo Oito.
TRATAR COM CONFLITOS E DISCIPLINAS:
Sempre que você trabalha com um grupo de pessoas, conflitos sempre se levantam. Um líder deve ser capaz de resolver tais conflitos com a direção do Senhor. Haverá também pessoas que necessitam da disciplina espiritual porque elas entram em erro doutrinário ou pecado e há necessidade de correção. O Capítulo Nove deste curso provê as diretrizes para tratar com as tarefas de conflito e disciplina.
ANALISAR O AMBIENTE:
Para ser eficaz, você deve entender as pessoas a quem você está ministrando. Você deve entender seus problemas, necessidades e preocupações. Para ganhar tal compreensão, você analisa seu “ambiente”, o que inclui suas situações espirituais, físicas, materiais e culturais. O curso do Instituto Internacional Tempo de Colheita intitulado ‘Análise Ambiental’, detalha os princípios de analisar o ambiente para os propósitos de ministério.
IDENTIFICAR O PROPÓSITO:
O propósito é basicamente a visão espiritual. A Bíblia diz:
“Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é feliz” (Provérbios 29.18).
Propósito ou visão espiritual envolve a compreensão de duas coisas:
1. Os propósitos de Deus.
2. Sua parte em cumprir Seu propósito e planos.
Quando você identifica seu propósito no ministério, você descobre sua parte pessoal no plano de Deus. O propósito estabelece uma visão ou meta para o ministério.
Proporciona a direção e o entendimento exato ao qual seu ministério é chamado por Deus para realizar. Permite-lhe planejar e implementar planos para alcançar seu propósito.
Quando você entende claramente o propósito de Deus e sua parte nele, você pode liderar outros eficazmente.
O curso do Instituto Internacional Tempo de Colheita, “Administração Por Objetivos”, lhe ajudará a identificar seu propósito no plano de Deus.
PLANEJAR:
Conhecer seu propósito no ministério não é o mesmo que alcançar seu propósito. Você deve fazer e implementar planos para alcançá-lo. Você deve agregar a ação ao conhecimento e as obras à fé para alcançar a obra do ministério. Planejar sob a direção do Espírito Santo lhe permite trabalhar em harmonia com Deus para alcançar Seus planos e propósitos.
Você deve fazer planos específicos para alcançar seu próprio propósito de ministério. Se você é um líder, você ajuda aos liderados a fazer planos para alcançar a obra do ministério corporativo ou do grupo. Planejar envolve decidir...
n O que você vai fazer.
n Como você irá fazê-lo (os métodos ou passos de ação).
n Quando você vai fazê-lo.
n Quem vai fazê-lo.
n O custo de fazê-lo.
n O método para avaliar e ver se tem sido feito como você planejou.
Planejar é uma grande tarefa dos líderes. É um princípio bíblico e se discute em detalhe no curso do Instituto Internacional Tempo de Colheita intitulado “Administração Por Objetivos”.
IMPLEMENTAR PLANOS:
Depois que um líder tem feito os planos, estes planos devem ser implementados ou devem ser colocados em ação. Para levar a cabo um plano, o líder deve realizar as seguintes tarefas. Cada um destes se discute em detalhe no curso intitulado “Administração Por Objetivos”:
n Selecionar as pessoas para cumprir o plano.
n Comunicar-lhes o plano, a obra do ministério a ser feita.
n Delegar a autoridade e a responsabilidade para alcançar o plano.
n Treinar aqueles selecionados nas habilidades necessárias para alcançar a obra.
n Organizar as pessoas envolvidas e os detalhes do plano.
n Treinar as pessoas envolvidas e os detalhes do plano.
n Fixar a data de início e de conclusão e os períodos de avaliação no progresso do plano.
n Preparação do orçamento dos fundos necessários para alcançar o plano.
n Tomar as decisões.
n Rever o progresso.
n Avaliar a obra do ministério. A avaliação determina se você cumpriu o plano e se realmente continuou para alcançar os propósitos de Deus para seu ministério.
FORTALECIDO PARA A TAREFA
Como declarado antes, não há como discutir cada tarefa que um líder pode ter que realizar, porém as que mencionamos são as responsabilidades principais de cada líder. Aqui está uma promessa para reivindicar para estas tarefas e para cada outra responsabilidade a qual você possa ser chamado para cumprir na liderança:
“Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4.13).
Sempre que você estiver sob pressão e começar a pensar, “não há como fazer tudo o precisa ser feito”, você necessitará gastar mais tempo com Deus. Você não ficará cansado e frustrado se você gastar tempo para esperar em Deus:
“Tu, SENHOR, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti” (Isaías 26.3).
Faça esta “oração do líder” que foi feita pelo Rei Salomão:
“Teu servo está no meio do teu povo que elegeste, povo grande, tão numeroso, que se não pode contar. Dá, pois, ao teu servo coração compreensivo para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; pois quem poderia julgar a este grande povo?” (1 Reis 3.8-9).
TESTE O SEU CONHECIMENTO
1. Escreva os versículos-chave de memória.
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2. Qual é a tarefa prioritária dos líderes?
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3. Defina “capacitar”.
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4. Quais são os resultados positivos de “capacitar” as pessoas para a obra do ministério?
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5. Resuma as responsabilidades principais dos líderes que capacitam os crentes para a obra do ministério.
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
PARA ESTUDO ADICIONAL
1. Várias referências foram feitas neste capítulo aos cursos do Instituto Tempo de Colheita, “Análise Ambiental” e “Administração Por Objetivos”. Como mencionado ao princípio deste curso, nós sugerimos que você obtenha estes dois cursos para continuar seu estudo sobre a administração bíblica.
2. Aqui estão alguns exemplos bíblicos que ilustram algumas das tarefas dos líderes:
RECONSTRUINDO OS MUROS DE JERUSALÉM
O PROBLEMA:
Neemias recebeu uma informação de que o remanescente de Judá havia voltado e estava em grande sofrimento porque os muros de Jerusalém estavam destruídos e queimados com fogo: Neemias 1:2-3.
A SOLUÇÃO:
Neemias jejuou e orou: Neemias 1.4-11.
Ele revelou sua tristeza ao rei: Neemias 2.1-2.
Ele disse ao rei porque ele estava deprimido: Neemias 2.3.
O rei perguntou, ‘o que é que você pede?’ Neemias 2.4.
Neemias pediu a direção de Deus para responder a pergunta: Neemias 2.4.
Ele pediu ao rei que o enviasse a Judá para reconstruir os muros: Neemias 2.5.
O rei respondeu positivamente: Neemias 2.6.
Neemias pediu cartas oficiais ao rei para que ele pudesse viajar livremente e pudesse obter madeira dos bosques: Neemias 2.7-8.
Quando Neemias chegou, ele passou três noites inspecionando o problema em segredo e desenvolveu uma estratégia para reconstruir: Neemias 2.12-16.
Neemias então revelou seus planos e pediu ajuda ao povo para reconstruir o muro: Neemias 2.17 a 3.32.
Quando os inimigos de Israel tentaram deter o trabalho, as pessoas oraram e se colocaram em guarda: Neemias 4.1-13.
Quando as pessoas ficaram com medo, Neemias as animou: Neemias 4.14.
Tão logo a mensagem chegou ao inimigo anunciando que eles estavam prontos a se defenderem, eles voltaram a construir: Neemias 4.15.
Neemias inventou um novo plano para trabalhar e vigiar para que eles pudessem continuar a construção: 4.16-23.
OS RESULTADOS:
Eles completaram os muros em 53 dias: 6.15.
As pessoas louvaram a Deus: 12.27-29, 31-42.
As pessoas purificaram a si mesmas e a cidade: 12.30.
Eles ofereceram sacrifícios a Deus: Neemias 12.43.
Quando os inimigos de Israel testemunharam esta vitória e ouviram a alegria, eles perderam sua confiança: 6.16.
ERROS DOUTRINÁRIOS
O PROBLEMA:
Certos homens estavam ensinando doutrinas falsas em Antioquia: Atos 15.1.
Paulo e Barnabé não poderiam resolver o problema: Atos 15.2.
A SOLUÇÃO:
A igreja de Antioquia decidiu buscar a direção dos apóstolos e anciãos em Jerusalém: Atos 15.2-3.
A comissão de Antioquia informou como os gentios estavam convertendo-se somente através da fé: Atos 15.4.
Os apóstolos e ancião se encontraram em uma sessão fechada para discutir a questão: Atos 15.6.
Pedro recordou às pessoas do que deus fez a Cornélio e sua casa: Atos 15.7-11.
Paulo e Barnabé deram um testemunho específico com respeito às coisas que Deus havia feito através deles entre os gentios: Atos 15.12.
Tiago recordou como os profetas do Antigo Testamento haviam predito a conversão dos gentios: Atos 15.143-18.
Tiago propôs uma solução ao problema: Atos 15.19-21.
Os apóstolos, presbíteros e a igreja inteira aceitaram a proposta: Atos 15.22.
Uma carta foi escrita: Atos 15.22-30.
Foram escolhidos Judas e Silas para entregar a carta: Atos 15.22.
Judas e Silas entregaram a carta e também uma mensagem: Atos 15.30,32.
OS RESULTADOS:
A congregação regozijou-se: Atos 15.31.
Judas e Silas retornaram a Jerusalém em paz: Atos 15.33.
A obra de Deus continuou sem impedimento: Atos 15.35.
As instruções nas cartas foram entregues por Paulo, Silas e Timóteo às outras novas igrejas: Atos 16.4-5.
JULGANDO AS PESSOAS
O PROBLEMA:
As pessoas ficaram de pé diante de Moisés de manhã até a tarde para resolver seus problemas: Êxodo 18.13.
Moisés tentou fazer o trabalho sozinho: Êxodo 18.14-16.
Este processo causou problemas para Moisés e às pessoas: Êxodo 18.18.
A SOLUÇÃO:
Jetro aconselhou a Moisés que estabelecesse as prioridades: Êxodo 18.19.
Ele formulou um plano para delegação: Êxodo 18.19-22.
Moisés instruiu cada tribo para escolher homens sábios e ele os estabeleceu como líderes: Deuteronômio 1.13.
Moisés instruiu aos líderes cuidadosamente em suas responsabilidades: Deuteronômio 1.16-18.
OS RESULTADOS:
Moisés foi ajudado nas responsabilidades de direção: Êxodo 18.22.
Moisés pode suportar as demandas de sua posição de líder: Êxodo 18.23.
AS VIÚVAS ABANDONADAS
O PROBLEMA:
Os discípulos estavam aumentando rapidamente e com tal crescimento, o sistema comunal ficou sob pressão. Certas viúvas estavam sendo abandonadas e elas começaram a queixar-se: Atos 6.1.
Os apóstolos se envolveram nos detalhes deste problema e isto os levou a descuidar de sua responsabilidade primária de ensinar a Palavra de Deus: Atos 6.2.
A SOLUÇÃO:
Uma reunião de todos os crentes foi chamada: Atos 6.2
As pessoas foram informadas com respeito às tarefas principais dos 12 apóstolos que eram a oração e o ministério da Palavra: Atos 6.3-4.
As pessoas selecionaram sete homens qualificados para atender às necessidades que existiam: Atos 6.3.
As pessoas escolheram sete homens: Atos 6.5.
Os apóstolos confirmaram sua opção através da oração e de impor as mãos sobre eles: Atos 6.6.
OS RESULTADOS:
As necessidades das pessoas foram satisfeitas e a unidade foi restaurada. Os apóstolos puderam cumprir seu trabalhão primário: Atos 6.7.
Capítulo Oito
TOMANDO DECISÕES
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Escrever o versículo-chave de memória.
n Explicar a abordagem bíblica para tomar decisões.
n Resumir as diretrizes para tomar decisões.
n Explicar o propósito de um modelo.
n Explicar o valor de um modelo de tomada de decisão.
n Usar o modelo bíblico para tomar decisões.
VERSÍCULO-CHAVE:
“O coração do homem traça o seu caminho, mas o SENHOR lhe dirige os passos?” (Provérbios 16.9).
INTRODUÇÃO
Tomar decisões é uma tarefa difícil que os líderes enfrentam a cada dia. Cada decisão é importante, porque até mesmo as decisões nos menores assuntos afetam sua vida inteira e seu ministério durante um período de tempo.
Uma decisão é uma opção. Você deve encontrar uma resposta para uma situação da vida real e decidir que ação você tomará. As decisões determinam o destino. Decisões feitas por um líder afetam não somente seu destino, porém o destino de seus seguidores.
A vida é uma sucessão interminável de opções e decisões. Fazer opções é uma responsabilidade. Negar-se a tomar uma decisão é em si mesmo uma decisão. Esta lição apresenta as diretrizes para tomar as boas decisões e um modelo bíblico para tomar decisões.
A ABORDAGEM BÍBLICA
A abordagem bíblica para tomar decisões não é pelo voto das pessoas. Não é a abordagem democrática ou o ”governo da maioria”. Os problemas desta abordagem são ilustrados na história de Israel na fronteira de Canaã (veja Números 13).
O processo democrático na Igreja produz comprometimento, legalismo e competição. As decisões da maioria, as propostas e os votos limitam a revelação do Espírito Santo. O voto freqüentemente produz sentimentos feridos, ira e rachas na igreja. Eles são métodos que a igreja têm adotado do estilo de governo democrático do mundo.
Atos capítulo 15 é um exemplo excelente de uma abordagem bíblica para tomar decisões. Este exemplo envolve um problema de costumes judeus. Para resolvê-lo, os líderes se encontraram, oraram, examinaram os fatos, e chegou-se a um acordo sob a direção do Espírito Santo.
Deus estabelece aos líderes na igreja para tomar decisões. Ele lhes dá sabedoria para cumprir esta responsabilidade. Quando há uma decisão a ser feita, os líderes devem se reunir, orar, examinar os fatos e chegar a um acordo sob a direção do Espírito Santo.
DIRETRIZES PARA TOMAR DECISÕES
Aqui estão algumas diretrizes para ajudar aos líderes a tomar boas decisões:
1. IDENTIFIQUE O PROBLEMA:
Qual é o assunto, problema ou questão que requer uma decisão? Recolha toda a informação disponível sobre o assunto. Declare o problema em uma declaração escrita breve. Você não pode tomar a decisão correta se você não tem identificado o problema corretamente.
2. SIGA O MODELO PARA TOMAR DECISÕES:
Um modelo é um exemplo de algo. Provê um exemplo para seguir. Um modelo para tomar decisões proporciona um exemplo para seguir ao tomar as decisões. A Seguir há um modelo bíblico que o ajudará a tomar decisões sábias dentro da vontade de Deus. Olhe o modelo, depois leia a explicação que segue.
MODELO PARA TOMAR DECISÕES
Identifique o problema, questão ou situação da vida para a direção buscada. Isso é tratado nas Escrituras por uma ordem específica, princípio geral ou exemplo?
SIM NÃO
COLUNA I |
COLUNA II |
COLUNA III |
Decida baseado em mandamentos, princípios ou exemplos bíblicos. |
Decida baseada nas respostas para estas questões: |
Proceda com estes passos: |
|
É uma prática questionável? |
É uma situação de vida? |
|
Glorifica a Deus? |
Ore |
|
Qual é a sua motivação? |
Estude as Escrituras. |
|
É necessário? |
Escute a voz do Espírito e a direção sobrenatural, se esta for dada. |
|
Promoverá o crescimento espiritual? |
Busque o conselho cristão. |
|
É um hábito escravizador? |
Analise as circunstâncias. |
|
É um compromisso? |
Use as chaves bíblicas de direção. |
|
Leva à tentação? |
Tome uma decisão. |
|
Tem aparência do mal? |
Verifique o árbitro da paz. |
|
Viola a sua consciência? |
|
|
Como afetará aos outros? |
|
|
Ore, depois tome a decisão. |
|
Se você não tem paz, continue buscando ao Senhor enquanto usa o modelo.
USANDO O MODELO:
O primeiro passo no modelo para fazer decisões é identificar o problema, questão ou situação de vida pela qual a direção é buscada. Depois, investigue a Palavra Escrita de Deus para ver se o problema é tratado como um mandamento, um exemplo, ou um princípio geral.
SIM:
Se a resposta é “sim, isso é tratado na Palavra de Deus”, então tome a decisão baseada sobre esta revelação escrita. (Veja a Comuna I no modelo). Assegure-se de que sua decisão está em harmonia com as Escrituras.
NÃO:
Se a resposta é “não”, então continue adiante com o modelo para tomar a decisão sob as Colunas I e II.
Aqui você encontrará duas opções para situações não tratadas na Bíblia. Você deve determinar se a decisão a ser feita envolve uma prática questionável ou uma situação da vida real.
PRÁTICAS QUESTIONÁVEIS:
Uma prática questionável é algo não tratado na Escritura como sendo certo ou errado. Pode ser uma escolha de entretenimento ou atividades de lazer, um hábito, comida ou bebida permitida, estilos de roupas, ou o dia para adorar a Deus.
Se a decisão que você enfrenta envolve uma prática questionável, faça-lhe as perguntas listadas no modelo abaixo da Coluna II. Estes são os princípios bíblicos para direção em situações questionáveis que foram discutidas no Capítulo Oito. Responda cada uma destas perguntas e ore, depois tome sua decisão baseando-se em suas respostas às perguntas no modelo.
SITUAÇÕES DE VIDA:
Uma situação da vida por incluir, porém não se limita a, decisões com respeito ao matrimônio, carreira, casa, igreja, etc. É uma escolha que pode afetar sua vida futura de uma maneira maior.
Para as decisões nos problemas da vida, proceda sob a Coluna III no lado direito do modelo dado para tomar decisões. Primeiro, ore sobre a decisão. Peça a Deus para que Sua vontade seja realizada em sua vida. Peça-lhe sabedoria para tomar a decisão correta. Louve-o pela direção ao tomar a decisão correta. Peça a outros para orar por você.
Estude as Escrituras e enquanto você estuda reivindique as promessas sobre direção que encontramos na Palavra Escrita de Deus.
Escute a voz interna do Espírito Santo enquanto Ele fala a vontade de Deus em seu coração. Reconheça a revelação sobrenatural, se Deus escolher enviar-lhe. Isto pode incluir sonhos, visões, anjos, uma voz audível de Deus ou outras formas especiais de direção em harmonia com a Palavra de Deus.
Porém, a revelação sobrenatural é a exceção em lugar da regra. Um dos propósitos do Espírito Santo na vida do crente é proporcionar direção:
“Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir” (João 16.13).
O Senhor guia mais freqüentemente desta maneira. Se a revelação sobrenatural é dada, louve a Deus! Porém, sempre se lembre... Nenhum sonho, visão, profecia ou outra revelação é de Deus se está em conflito com Sua Palavra escrita.
Outro método bíblico que ajuda a tomar decisões é o conselho cristão. O conselho sábio dos líderes espirituais é importante:
“Não havendo sábia direção, cai o povo, mas na multidão de conselheiros há segurança” (Provérbios 11.14).
“O caminho do insensato aos seus próprios olhos parece reto, mas o sábio dá ouvidos aos conselhos” (Provérbios 12.15).
Você também deve analisar as circunstâncias que afetam a decisão e deve usar as chaves bíblicas para direção cedidas em Provérbios 3.5-6.
3. IDENTIFIQUE AS VÁRIAS OPÇÕES:
Quando você segue o modelo para tomar decisões, você pode descobrir várias soluções diferentes ao problema que você enfrenta. Identifique as várias opções e avalie cada possível solução baseando-se em:
Os Riscos: Equilibre a fé com o senso comum e a realidade. Avalie as vantagens e desvantagens de cada possível solução. Portas abertas e fechadas de circunstâncias podem afetar sua decisão.
Os Recursos: Você tem os recursos necessários para levar a cabo uma certa solução? Nenhuma decisão será melhor que as pessoas que devem tomá-la. Nenhuma decisão será realizada se você não tem ou não pode confiar em Deus para proporcionar os recursos financeiros necessários.
Os Resultados: Que solução dará os maiores resultados com o menor esforço? Não há nenhuma razão para fazer as coisas da maneira mais difícil. Se há uma maneira mais fácil de alcançar os mesmos resultados, esta deve ser escolhida (a menos que Deus revele outra).
4. SELECIONE A MELHOR SOLUÇÃO:
Depois que você tem examinado todas as possíveis soluções, selecione a melhor. Você pediu a Deus que o guie, assim creia que Ele o fará. Você normalmente deve selecionar a solução que é melhor pelo que se refere aos riscos, recursos e resultados.
Nós decidimos “normalmente”, porque às vezes Deus nos guia de um certo modo que não parece melhor ao pensamento natural. Recorde que os caminhos de Deus não são seus caminhos. Às vezes, Seu plano pode não parecer melhor ao raciocínio natural, assim esteja aberto a isso.
Há certa quantidade de risco em cada decisão a menos que Deus lhe fale diretamente através de Sua Palavra ou da revelação divina. Não tenha medo de tomar uma decisão errada. A maioria das decisões erradas pode ser corrigida.
Recorde que o Espírito Santo guia a suas decisões:
“O coração do homem traça o seu caminho, mas o SENHOR lhe dirige os passos” (Provérbios 16.9).
Quando você toma uma decisão e você não tem paz em seu espírito, continue buscando ao Senhor usando os passos no modelo. Paz interna é uma das maneiras pela qual o Espírito Santo confirma as decisões corretas. Não tome uma decisão final até que você tenha a paz de Deus que confirma sua escolha.
5. COMUNIQUE A DECISÃO:
Permita que as pessoas conheçam a decisão que você tem tomado. Comunique-a claramente antes que você atue baseado nela.
6. REALIZE A DECISÃO:
Uma vez que a decisão é tomada, realize-a (coloque-a em ação) e depois siga para algo mais. Você não ganha nada se preocupando com as decisões do passado. Ao contrário, depois de um certo tempo avalie a decisão.
7. AVALIE A DECISÃO:
Avalie a decisão que você tomou. Resolveu o problema? É uma boa decisão? Deus está abençoando-lhe? Você precisa fazer uma mudança? A maioria das decisões pode ser mudada, se necessário? Muitas decisões podem ser melhoradas. Seja flexível e aberto para mudar segundo vê tem dirigido pelo Espírito Santo.
UMA PALAVRA FINAL DE CAUTELA
Nunca tome uma decisão quando você está enfadado, perturbado ou sob pressão. Não tome decisões rápido demais. Gaste tempo para ouvir os fatos. A maioria das decisões não tem que ser tomadas imediatamente. É Satanás que empurra e causa pânico e pressa. O Espírito Santo guia suavemente. Nunca tenha pressa no processo de tomar decisões:
“Espera pelo SENHOR, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo SENHOR” (Salmos 27.14).
“Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa, porque dele vem a minha esperança” (Salmos 62.5).
“Descansa no SENHOR e espera nele, não te irrites por causa do homem que prospera em seu caminho, por causa do que leva a cabo os seus maus desígnios” (Salmos 37.7).
“Mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam” (Isaías 40.31).
TESTE O SEU CONHECIMENTO
1. Escreva o versículo-chave de memória.
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2. Qual é a abordagem bíblica para tomar decisões? É o voto e a decisão da maioria?
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3. Resuma as 7 diretrizes para tomar decisões que foram dadas nesta lição.
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4. O que é um modelo para tomar decisões?
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5. Qual é o propósito de um modelo?
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
PARA ESTUDO ADICIONAL
1. Aqui está uma amostra de problema e decisão:
O Problema:
Não há professores o suficiente na Escola Dominical. Poucas pessoas estão desejosas de servir como suplentes. Em vários casos, várias classes estão combinadas. A participação está diminuindo.
Possíveis Soluções:
Analisando as Soluções:
Selecionando a Melhor Solução:
A melhor opção é a 3. O programa de treinamento proporcionará uma fonte continuada de novos mestres que serão preparados para ensinar adequadamente.
Você poderia usar as opções 1 (voluntários) e 2 (combinar as classes) até que o primeiro grupo de mestres esteja capacitado.
A Avaliação:
1. Depois de três meses, avalie a decisão. O programa de treinamento resolveu o problema de falta de mestres?
2. Pense em uma decisão que você está enfrentando. Use os princípios que você aprendeu nesta lição para ajudar-lhe a fazer uma opção.
3. A Bíblia é uma história de decisões feitas por indivíduos e nações com relação à vontade de Deus. Para um estudo adicional sobre tomar decisões e a vontade de Deus, obtenha o curso do Instituto Internacional Tempo de Colheita, “Conhecendo A Voz de Deus”.
4. Leia sobre o Rei Reboão que tomou conselho errado quando enfrentou uma decisão: 1 Reis 12.1-19.
Capítulo Nove
OS CONFLITOS E A DISCIPLINA
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Escrever os versículos-chave de memória.
n Identificar a verdadeira razão para todos os conflitos.
n Resumir as maneiras de impedir o conflito.
n Resumir as diretrizes para tratar com o conflito.
n Identificar as razões pelas quais a disciplina é necessária.
n Resumir os princípios bíblicos da disciplina.
VERSÍCULOS-CHAVE:
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Timóteo 3.16-17).
INTRODUÇÃO
No Capítulo Sete você estudou sobre as tarefas dos líderes. Duas tarefas importantes de cada líder são proporcionar a disciplina e resolver os conflitos. Sempre que você trabalha com e ministra às pessoas, estas tarefas são necessárias.
Disciplina é a correção daqueles que estão errados. Um conflito é uma discórdia ou disputa. Um bom líder deve proporcionar a correção e deve poder resolver os problemas entre seus liderados.
DISCORDAR SEM CONFLITO
As pessoas podem discordar sem ter conflito, porém o conflito freqüentemente é o resultado das discordâncias. Não são as diferenças de opinião que ferem e destroem, porém o fracasso em amar quando nós temos que fazê-lo.
Paulo e Barnabé tinham uma discordância sobre Marcos em atos 15.36-41. Esta discordância não levou à hostilidade e ao ódio. O problema se resolveu formando uma segunda equipe apostólica. Esta solução realmente ajudou no avanço do evangelho. Paulo e Barnabé não ficaram ressentidos, ou deixaram de falar um com o outro, e não tinham mais nada que fazer um com o outro. Ninguém deixou o serviço cristão porque “alguém os havia ferido”. Eles dois continuaram a servir ao Senhor.
Quando as pessoas estão disputando entre si, elas não estão enfrentando a Satanás. Deus quer que os líderes tratem com o conflito e discipline eficazmente para que a obra de Seu Reino possa prosseguir.
O PAPEL DA PALAVRA DE DEUS
A Palavra de Deus tem um papel importante em resolver os problemas de disciplina e conflitos:
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Timóteo 3.16-17).
Quando nós disciplinamos e resolvemos os conflitos baseando-se na Palavra de Deus, as pessoas são aperfeiçoadas e equipadas para a obra do ministério. A Palavra de Deus é eficaz para a disciplina, repreensão e correção.
UM PADRÃO BÍBLICO
Quando uma igreja, organização ou obra de Deus é lançada, ela passa por certas fases de desenvolvimento. Aqui está um exemplo destas fases. Leia os capítulos seguintes em sua Bíblia:
Atos 1: Deus escolhe a certos homens.
Atos 2: Ele lhes dá um ministério.
Atos 3: Houve uma multiplicação.
Atos 4: Um grande movimento nasceu (a igreja).
Atos 5 e 6: Conflito e disciplina se levantaram.
Em Atos 1 a 4 uma grande obra de Deus nasceu, então em Atos 5.1-11, um problema de disciplina se levantou. Pedro não o ignora, porém confronta e trata com ele. Em Atos 5.12-42, um conflito se levanta de dentro da igreja. Os discípulos estão de pé diante da oposição e ousadamente declaram:
“Mas Pedro e João lhes responderam: Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus... E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo” (Atos 4.19 e 5.42).
Em Atos 6.1, um conflito se levanta de dentro da igreja. Há uma disputa sobre a distribuição de provisões às viúvas. De novo, os discípulos resolvem o conflito imediatamente. Eles poderiam silenciar as queixas simplesmente dizendo, “Se você fosse espiritual, você não estaria se queixando”.
Eles também poderiam dizer, “não desafie a direção que Deus tem estabelecido. Submeta ou vá embora!” Ao contrário, eles tiveram a atitude de um bom líder. Eles disseram, “Nós ouvimos que você tem um problema. Permita-nos ver se juntos, com a ajuda de Deus, nós podemos resolvê-lo” (Veja Atos 6.2-7).
Quando um ministério ou uma obra de Deus começa, ela experimentará este mesmo padrão. Haverá problemas de disciplina e conflitos dentro e fora. Satanás quer destruir a obra do ministério.
Você também deve recordar que alguém que está sendo guiado pelo Espírito normalmente entrará em conflito com outros que são guiados (pelo menos durante um tempo) pela carne. (Veja os conflitos de Jesus na seção “Para Estudo Adicional” no final desta lição).
Um bom líder não ignora tais situações difíceis. Ele não chama as pessoas de “não espirituais” por trazer problemas à sua atenção. Ele trata imediatamente dos problemas de disciplina e conflito.
A VERDADEIRA RAZÃO PARA OS CONFLITOS
A Bíblia revela a verdadeira razão por trás dos conflitos entre os crentes e na igreja e ministérios cristãos:
“Agora, quanto aos nossos, que aprendam também a distinguir-se nas boas obras a favor dos necessitados, para não se tornarem infrutíferos. Todos os que se acham comigo te saúdam; saúda quantos nos amam na fé. A graça seja com todos vós” (Tiago 3.14-16).
“De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne?” (Tiago 4.1).
“Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?” (1 Coríntios 3.3).
Os conflitos se levantam devido aos cristãos espiritualmente imaturos e carnais motivados por Satanás, pela carne e pelo orgulho.
EVITANDO O CONFLITO
A melhor maneira de tratar com o conflito é evitá-lo antes que ocorra. Aqui estão algumas maneiras de impedir o conflito:
1. Estabeleça crentes espiritualmente maduros (Tiago 3.14-16; 4.1; 1 Coríntios 3.3).
2. Mantenha as pessoas bem informadas. A confusão e a falta de informações criam problemas. Construa fortes pontes de comunicação entre aqueles envolvidos com você na obra do ministério. Os bons líderes na Bíblia (como Moisés, Neemias, Esdras, etc.) eram bons comunicadores.
3. Sempre que você faz uma obra para Deus, haverá problemas. Permita que as pessoas conheçam que você espera os problemas, que você não será surpreendido quando eles se levantarem, e que você sabe que poderá resolvê-las através do poder do Espírito Santo.
4. Pense com antecipação. Através de cuidadoso planejamento você pode tratar de muitos problemas antes que eles se tornem conflitos.
5. Construa relacionamentos fortes. Somente diga o que é bom sobre os outros, e treine aqueles que trabalham com você no ministério para falar bem dos outros.
6. Dê uma sincera apreciação e crédito àqueles que trabalham com você no ministério.
7. Se você comete um erro, seja adulto o bastante para admitir e corrigi-lo.
8. Seja claro em seus propósitos e planos de ministério. Se todos sabem o que você está fazendo e por que, há menos oportunidade para mal entendido e conflito.
9. Quando é necessário estabelecer regras, estabeleça as regras claramente e as comunique imediatamente aos outros.
10. Esteja disponível a seus obreiros para que você esteja consciente de problemas quando eles se levantarem. Sem sua atenção, simples problemas podem converter-se em grandes conflitos.
11. Opere o ministério sobre os princípios bíblicos, e o maior deles é o amor.
TRATANDO COM O CONFLITO
Quando um problema ou conflito se levanta, siga estas diretrizes:
1. Torne-se disponível para tratar com ele. Você não pode ocupar-se dos problemas se você nunca está ao redor.
2. Ore por sabedoria para tratar com o problema.
3. Determine o problema real. O conflito não é o problema real. O que causou o conflito é o verdadeiro problema. Para determinar o problema você deve fazer perguntas, deve observar, e deve continuar orando por revelação. Escute a todos os lados do problema e a todas as pessoas envolvidas. Não atue sem uma compreensão clara de todos os fatos. Sempre tenha em mente a fonte real dos problemas (Tiago 3:14-16; 4:1; 1 Coríntios 3:3).
4. Permita que as pessoas que são diretamente afetadas pelo problema pensem nas soluções. Nos conflitos sérios, o jejum também é recomendado.
5. Se o conflito é um problema pessoal entre duas pessoas, reúna-as seguindo os princípios de Mateus 18.15-17.
6. Trate os conflitos com uma atitude apropriada. Seja perdoador, buscando restaurar em lugar de cortar relacionamentos. Seja amável. Não ameace nem seja irascível. Não permita que as pessoas gritem ou digam coisas más umas às outras.
Use o tato. O tato é a habilidade para tratar com as situações difíceis com sabedoria e amar sem ofender as pessoas. Envolve ser sensível aos outros, ser compreensível e usar palavras que restauram e curam em lugar de dividir e ferir.
Seja flexível. Não seja egoísta para querer fazer as coisas à sua maneira. Esteja aberto às diferentes idéias e maneiras de resolver os problemas.
7. Trate com um conflito ou problema de cada vez. Não confunda o problema discutindo outros problemas relacionados.
8. Quando você tem uma compreensão clara do problema que causa o conflito, atue para corrigi-lo imediatamente. Recorde que uma solução sempre deve avançar o Reino de Deus. Converta os conflitos em cooperação, como no exemplo de Paulo e Barnabé.
9. Explique por que você está tratando do conflito da maneira que você está fazendo. Por exemplo, no conflito da igreja descrito em Atos 15, os líderes explicaram em detalhe por escrito sua decisão àqueles envolvidos.
10. Dê graças a Deus pelo problema e pelo que você aprendeu pela experiência. Quando você dá graças em ”tudo”, isso libera a energia divina e o poder de Deus para atuar em seu favor.
AS RAZÕES PARA A DISCIPLINA
É da natureza do pecado rebelar-se contra a autoridade. Isto é o que causou o pecado original de Lúcifer (o diabo) e do homem (Adão e Eva). Devido a esta natureza básica de pecado, você terá, às vezes, que liderar aqueles que talvez não queiram ser liderados. Você terá seguidores que entrarão em rebelião, pecado e evidenciarão carnalidade e imaturidade espiritual.
O pastor ou o líder espiritual tem a autoridade para disciplinar dentro de uma igreja ou ministério porque ele tem a responsabilidade pelo bem-estar espiritual dos liderados:
“Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros” (Hebreus 13.17).
O líder deve estar pronto para tratar dos problemas de disciplina imediatamente quando eles ocorrerem. Permitir o fracasso espiritual ou pecado por continuar sem uma resposta pode ser fatal a qualquer ministério. Aqui estão algumas razões bíblicas para a disciplina:
1. Restaurar uma pessoa que está negando a Palavra de Deus ou quem tem dado razão para a ofensa: Gálatas 6.1; Mateus 6.145-15.
2. Corrigir o pecado: 1 Coríntios 8.9.
3. Proteger o testemunho cristão da igreja: 1 Timóteo 3.7.
4. Animar aos membros para permanecer fiel em seu testemunho e não se tornar descuidado: 1 Coríntios 5.6-7.
OS PRINCÍPIOS DA DISCIPLINA
Aqui estão algumas diretrizes para a disciplina:
1. Vá primeiro ao irmão que está errado e resolva o assunto individualmente e pessoalmente se possível: Lucas 17.3; Mateus 18.15-17.
2. Se o crente errado não o escutar e não se arrepender, vá de novo com testemunhas: Mateus 18.15-17.
3. Se ainda assim ele se nega a ouvi-los, leve o assunto à igreja inteira: Mateus 18.15-17.
4. A disciplina deve ser feita pelos líderes com um espírito apropriado. Veja Mateus 7.1-5; Romanos 15.1-2; 2 Coríntios 2.6-8 e Gálatas 6.1-4. Os crentes espiritualmente maduros devem primeiro julgar a si mesmos e depois tratar com os ofensores com um espírito de mansidão, amor e ajuda.
5. A correção deve ser feita com o propósito de restaurar o ofensor que tem sido tomado cativo por Satanás: 2 Timóteo 2.24-26.
6. Se a correção é rejeitada, a disciplina pode incluir a exclusão da comunhão. Um dos maiores dons que Deus tem dado aos crentes é a comunhão dos crentes. Um dos castigos mais severos é deter tal comunhão. Veja Mateus 18.15-17; 1 Coríntios 5; 2 Tessalonicenses 3.14; 2 João 7 a 11; e 3 João 9-11.
7. Deve ser dada a oportunidade para o irmão errado responder. Sua atitude deve afetar a disciplina e seu futuro no ministério. Se sua atitude é boa e ele se arrepende, o líder pode restaurá-lo à comunhão e ao ministério. Se a ofensa é seria, o ofensor pode precisar ser retirado do ministério ativo até que ele ponha sua vida e casa em ordem. Se ele é rebelde e não se arrepende, ele deve ser tirado das posições de liderança e, possivelmente, da comunhão da igreja.
8. Os problemas particulares e os pecados públicos devem ser tratados diferentemente. Veja Mateus 18.15-17; 1 Coríntios 5; Gálatas 2.1-14; 1 Timóteo 5.20.
Na passagem de Mateus parece que o problema era particular, entre indivíduos. Ele deveria ser tratado com a ajuda de outros crentes e, se o ofensor não escutasse, deveria ser excluído da comunidade. Em outras passagens, os problemas eram questões públicas, assim eles tiveram que ser tratados publicamente.
9. Exercite a disciplina somente baseando-se me verdadeiro conhecimento. Evidências de “rumores” não são suficientes. Deve haver também duas ou três testemunhas. Veja Mateus 18:15-18; 1 Coríntios 5:1 e 1 Timóteo 5:1,9.
UMA REGRA PARA RECORDAR
Uma boa regra para relembrar quando você necessitar disciplinar outros é...
“Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também” (Mateus 7.12).
Sempre se pergunte:
TESTE O SEU CONHECIMENTO
1. Escreva os versículos-chave de memória.
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2. Liste algumas maneiras de impedir o conflito.
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3. Resuma as pautas para tratar com o conflito.
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4. Liste algumas razões bíblicas para exercer a disciplina.
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5. Resuma os princípios bíblicos de disciplina que você aprendeu nesta lição.
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6. Qual é a verdadeira razão para o conflito?
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7. Por que a Palavra de Deus é importante na disciplina?
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
PARA ESTUDO ADICIONAL
1. Aqui estão algumas razões comuns para a disciplina dentro de uma Igreja ou organização cristã. Um irmão ou irmã...
n É imoral (pecados sexuais, adultério, pornografia, fornicação).
n É desonesto com os fundos do ministério, finanças pessoais ou negócio.
n É falso.
n Não pode trabalhar com outras pessoas.
n Tem atitudes erradas de rebelião, crítica e ódio.
n É mundano, carnal, e espiritualmente imaturo.
n Estabelece um mau exemplo em sua conduta e estilo de vida.
n Não está cumprindo as responsabilidades de sua posição de líder.
n Não crê na Palavra de Deus.
n Fala sobre outros e provoca problemas.
Você pode pensar em outras razões?
2. Às vezes os líderes experimentam conflitos com seus liderados porque eles não podem tratar com a crítica. Um crítico é alguém que não está de acordo com a maneira como você está fazendo as coisas e lhe diz isso. Crítica honrada dada com amor pode ser útil. Pode ajudar-me a melhorar. Porém, você também experimentará a crítica injusta.
Aqui estão algumas sugestões para tratar com a crítica:
n Seja um bom ouvinte. Escute o que o crítico tem para dizer.
n Agradeça-o por trazer um assunto a sua atenção e diga, “eu investigarei e orarei sobre esta questão”.
n Ore sobre a crítica. Peça a Deus que lhe mostre se é uma questão que realmente merece atenção e que deve ser corrigida.
n Investigue: Você tomou uma decisão errada? Você está fazendo algo errado? Acumule os fatos em que você possa basear sua decisão.
n Se você descobrir que a crítica é injusta, ignore-a. Se for uma crítica justa de um problema ou fracasso, corrija a situação.
3. Jesus enfrentou muitos conflitos durante Seu ministério terreno. Estude como ele tratou os conflitos...
n Entre Seus seguidores sobre posição: Marcos 9.33-37.
n Com os fariseus sobre curar no sábado: Mateus 12.9-14.
n Com os fariseus sobre lançar fora os demônios: Mateus 12.22-25.
n Com os fariseus e saduceus que queriam que Ele realizasse milagres para exibir Seu poder: Mateus 16.1-4.
n Com os cambistas no tempo: Marcos 11.15-18.
n Com o Sinédrio e os governantes romanos porque Ele se recusou a negar que ele era o Filho de Deus: Marcos 14.6-63; 15.15.
4. Há muitos exemplos bíblicos de como os líderes confrontam o conflito e questões de disciplina, e tiveram sucesso em tratar com eles. Estude as seguintes referências:
n Moisés: Números 16; Êxodo 18.13-26.
n Rei Salomão: 1 Reis 3.16-28.
n Nata confronta Davi: 2 Samuel 12.
n Samuel confronta a Saul: 1 Samuel 15.
n Neemias: Neemias 13.23-25.
n Os líderes da igreja em Jerusalém: Atos 15.
n A disciplina de Deus sobre todos os crentes: Hebreus 12.5-7.
n O apóstolo Paulo: Gálatas 2.11.
Capítulo Dez
TREINANDO LÍDERES E DISCÍPULOS
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Escrever o versículo-chave de memória.
n Explicar o propósito de treinar líderes e discípulos.
n Explicar porque treinar outros é uma responsabilidade importante.
n Identificar oito princípios de treinamento usados por Jesus.
n Dar um exemplo bíblico de um modelo de treinamento de líderes.
VERSÍCULO-CHAVE:
“O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre” (Lucas 6.40).
INTRODUÇÃO
Líderes devem ter liderados e liderados devem ter líderes. Na igreja mediana, ninguém é designado para desenvolver líderes e discípulos, todavia, o futuro da igreja depende deles. Os treinamentos de líderes e discípulos devem começar na infância, preparando os jovenzinhos para tomar sua parte no corpo de Cristo. O treinamento deve imediatamente seguir à conversão em qualquer idade.
Você tem aprendido que Deus dá a alguns crentes dons especiais de liderança. Outros nascem com habilidades naturais de liderar. Algumas pessoas parecem ser seguidores naturais. Todos são chamados tanto para ser líder quanto seguidor. Quer naturalmente talentosos ou capacitados por Deus, os líderes e seguidores necessitam de treinamento. “Cada um ensina outro para alcançar um” é a resposta de Deus à escassez de liderança:
“E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros” (2 Timóteo 2.2).
Neste capítulo, você aprenderá a treinar líderes e líderes.
DISCÍPULOS
Todos nós somos seguidores. Paulo fala de si mesmo como um seguidor de Jesus e chama aos coríntios para segui-lo:
“Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1 Coríntios 11.1).
Instruções semelhantes foram dadas aos Efésios (Efésios 5.1), Filipenses (Filipenses 3.17) e Tessalonicenses (1 Tessalonicenses 1.6).
Cada crente deve ser treinamento para ser um bom seguidor. Muitos de nós não queremos ser seguidores. Ao contrário, nós queremos ser líderes. Porém, um bom líder é primeiro um bom seguidor. Um líder sempre é responsável por alguém mais, assim ele também é um seguidor. Nós lideramos com êxito seguindo com êxito.
Para ser um bom seguidor, você deve obedecer a seus líderes e submeter-se a sua autoridade para que eles façam sua obra com alegria:
“Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros” (Hebreus 13.17).
Os seguidores somente devem seguir a seus líderes enquanto eles seguem a Cristo. Quando os líderes se desviam da verdade da Palavra de Deus, não os siga.
LÍDERES
Nem todos somos chamados a uma posição de liderança na igreja, porém cada pessoa lidera de vez em quando, uma vez ou outra. Por exemplo, um homem pode não ser chamado à liderança da igreja, porém ele é o líder em sua casa.
Um crente pode não ter um dom espiritual de liderança, porém devido às necessidades na igreja, pode ser necessário preencher um papel de liderança de vez em quando. Por estas razões, todos os crentes devem ser treinados na liderança.
UMA RESPONSABILIDADE IMPORTANTE
Treinar outros é uma responsabilidade importante porque...
“O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre” (Lucas 6.40).
As pessoas que você treina serão como você! Você tem uma responsabilidade importante para estabelecer num exemplo apropriado por sua conduta e estilo de vida.
O PROPÓSITO DE TREINAR
A razão que nós treinamento os líderes e os seguidores é para cumprir a comissão dada por Jesus:
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mateus 28.19-20).
Nós treinamos aos líderes e discípulos com o propósito de ir a todas as nações, ensinando o Evangelho, batizando e guiando aos convertidos à maturidade espiritual através de mais ensinamentos. As pessoas devem ouvir o evangelho para responder, devem se arrepender do pecado e devem nascer de novo. Tal ensino também se chama “evangelização”.
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28.19).
Às vezes os novos crentes são chamados “convertidos”. Um convertido é um crente em Jesus que tem nascido de novo pela fé e se tornou parte do Reino de Deus. Porém, um novo convertido deve ser treinado para ser um seguidor. Os novos convertidos devem ser instruídos em tudo o que Jesus ensinou:
“Ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mateus 28.20).
O plano de Jesus é que nós levemos os convertidos adiante, ao discipulado. A palavra “discípulo” significa um “aprendiz, um aluno, alguém que aprende seguindo”. Um discípulo é um seguidor que é estabelecido nos elementos essenciais da fé cristã e é capaz de ganhar novos convertidos e discipulá-los. Quando ele faz isto, ele se torna um líder. Quando este processo se repete, os novos seguidores e líderes são criados continuamente para estender o Evangelho do Reino.
DE CONVERTIDOS A SEGUIDORES, DE SEGUIDORES A LÍDERES
Como você leva as pessoas de convertidas a discípulos (seguidores) e depois a líderes? Você deve treiná-las. Ganhar novos convertidos é importante, porém é somente treinando-os como seguidores e líderes que eles se reproduzirão espiritualmente.
Jesus demonstrou isto quando Ele selecionou aos discípulos e os treinou para serem líderes. Ele tinha somente 3 anos e meio de ministério para fazer a obra que Deus lhe havia dado. Ele pode visitar somente uns lugares durante este curto período de tempo e alcançar somente um número limitado de pessoas.
Para assegurar a realização de Sua missão, Jesus fez do treinamento de discípulos e líderes uma prioridade. Ele sabia que aqueles que Ele treinou alcançariam multidões de povos e cidades que Ele nunca teria oportunidade de visitar.
OS PRINCÍPIOS DE SELEÇÃO
Se você é uma pessoa com pouco tempo disponível, você não pode treinar a todos. Isto significa que você deve selecionar aqueles que você treinará. Como você selecionará aqueles que você treinará? Você poderia escolher baseando-se na educação, experiência, ou aprovação e erro.
Porém, a melhor maneira de selecionar é seguir os princípios que Jesus usou para selecionar a Seus discípulos. O registro de Sua seleção se dá em Mateus 5.1; 10.2-4; Marcos 3.13-19; Lucas 6.12-16; e Lucas 10.1-16. Aqui estão alguns princípios importantes que Jesus seguiu e que você pode usar para selecionar aqueles que você treinará:
DEPENDA DE DEUS:
Jesus dependia de Deus. Ele disse:
“Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que ouço, julgo. O meu juízo é justo, porque não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou” (João 5.30).
TORNE-O UM TEMA DE ORAÇÃO:
Lucas 6.12-13 registra que Jesus passou a noite inteira em oração antes de selecionar a Seus discípulos. Ore a Deus por sabedoria em selecionar homens e mulheres fiéis para treinar.
TOME A INICIATIVA:
Jesus tomou a iniciativa para chamar a Seus discípulos. As pessoas não se unirão a você para tornarem-se discípulos ou líderes. Você deve tomar a iniciativa para chamá-las.
MIRE NO POTENCIAL, NÃO NOS PROBLEMAS:
Quando Jesus selecionou aos discípulos, Ele chamou homens comuns. Alguns eram incultos e todos eles tinham falhas e fracassos. Alguém tem dito que se os 12 discípulos originais fossem examinados por um conselho missionário da igreja de hoje, eles teriam que desistir do serviço missionário.
Jesus, porém, trabalhou baseando-se no potencial, não nos problemas. Ele não escolheu homens e mulheres devido ao que eles eram, porém devido ao que eles poderiam se tornar. Ele olhava mais além dos problemas para seu potencial.
ESCLAREÇA OS CUSTOS:
Quando Jesus selecionou aos discípulos, Ele deixou claro o que custaria. Um verdadeiro discípulo ou líder deve abandonar tudo:
“Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo” (Lucas 14.33).
Ele deve negar ao “eu” levando a cruz:
“Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mateus 16.24).
“E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo” (Lucas 14.27).
Ele deve seguir a Jesus:
“Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mateus 16.24).
O Reino de Deus deve se tornar sua prioridade principal:
“Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos?... Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.31, 33).
Deus tem prometido proporcionar a todas as suas necessidades se o Seu reino é a prioridade de sua vida.
Um discípulo deve tornar-se um servo de todos:
“Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor. Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos?” (Mateus 10.25).
“Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mateus 20.26-28).
SELECIONE AQUELES QUE REÚNEM OS REQUISITOS BÁSICOS:
Paulo disse a Timóteo para selecionar homens fiéis e confiar a eles as coisas nas quais ele havia sido ensinado. Estes homens fiéis deveriam ter a habilidade de ensinar outros. Os requisitos básicos são a fidelidade e a habilidade de ensinar aos outros. Se um homem não é fiel, ele não cumprirá sua responsabilidade de reprodução espiritual. Se ele é fiel, porém não sabe ensinar a outros, então ele também falhará.
A fidelidade envolve a maturidade espiritual. Paulo falou de crentes que já deveriam ensinar a outros, porém ainda não haviam amadurecido espiritualmente. Estas pessoas ainda não estão prontas para o verdadeiro discipulado. Elas devem ser mais instruídas nos elementos essenciais da fé.
Os homens fiéis não são necessariamente homens sem defeito. Eles são crentes que estão no processo de desenvolver as qualidades semelhantes a Cristo em suas vidas. Inclusive, “homens fiéis” têm problemas e debilidades para superar, como tinham os discípulos originais.
O mundo pega homens talentosos e se esforça para dar-lhes caráter. Eles enfocam em criarem profissionais. Deus disse para pegar “homens fiéis”, de caráter, e Ele os capacitará com talentos e habilidades espirituais. Os homens fiéis estão disponíveis para realizar os propósitos de Deus. Quando Jesus chamou a Simão e André, eles “imediatamente” deixaram suas redes. A palavra “imediatamente” revela sua disponibilidade.
Quando você seleciona homens e mulheres para o discipulado, eles devem estar disponíveis. Eles devem estar desejosos para fazer do discipulado a prioridade de suas vidas. Os homens fiéis são motivados pela visão espiritual. Quando Jesus deu a visão de pescar e mulheres a Pedro e André, Ele os motivou a deixar suas redes. Os homens fiéis têm fome pela Palavra de Deus, como tinham os discípulos de Cristo. Seus “corações ardiam” quando Ele compartilhou as Escrituras (Lucas 24.32, 45).
Eles estavam desejosos e ávidos para serem ensinados. Os homens fiéis são marcados por um amor por Deus e pelos homens. Eles levam a sério o primeiro e o segundo mandamento:
“Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes” (Marcos 12.30-31).
OS PRINCÍPIOS DE TREINAR
Depois de selecionar a Seus discípulos, Jesus demonstrou oito princípios importantes para treiná-los:
1. ASSOCIAÇÃO:
Quando Jesus chamou a Seus discípulos, Ele os chamou a estar com Ele. Ele compartilhou Sua vida intimamente com Seus discípulos. Ele gastou tempo com eles em situações formais e circunstâncias informais de ministério.
O discipulado não ocorrerá através de reuniões de comitês ou no culto de domingo. Deve haver uma íntima associação com aquele a quem você está discipulando. Você deve compartilhar sua vida com eles. Você deve conhecê-los, seus problemas, seu nível espiritual, etc.
2. CONSAGRAÇÃO:
Da associação com Jesus se desenvolveu a consagração. Jesus chamou Seus discípulos à consagração a uma Pessoa, não a uma denominação ou organização. Tal consagração exigiu obediência absoluta à Palavra e propósitos de Deus. (Veja João 4.34; 5.30; 15.10; 17.4; Lucas 22.42).
Não torne os discípulos dependentes de você. Torne-os dependentes de Deus através do processo de consagração.
3. VISÃO:
Jesus motivou os Seus seguidores dando-lhes visão espiritual. Ele os chamou a uma tarefa maior que a rotina diária. Ele chamou Seus seguidores para ser pescadores de homens (Mateus 4.19). Ele lhes deu uma visão de colheita espiritual mundial (João 4.35). Ele os desafiou com a revelação do Reino de Deus (Mateus 13). Sem visão, as pessoas perecem (Provérbios 29.18). Elas não têm nenhuma direção e nenhuma motivação. Enquanto você treina a outros, você deve comunicar a visão espiritual para motivar à missão. A visão é a conquista mundial com o Evangelho do Reino. Nunca se distraia por uma causa menor.
4. INSTRUÇÃO:
Jesus gastou uma grande parte de Seu tempo ensinando a Seus discípulos. Sua instrução sempre se relacionou à visão que Ele havia dado a eles. Se você deseja treinar a discípulos que seguem os métodos de Jesus, então você deve ensinar o que Jesus ensinou. Isto é parte da ordem da Grande Comissão (Mateus 28.20).
A ênfase deve estar nos ensinamentos de Jesus e o que foi revelado segundo estes ensinamentos eram praticados na igreja primitiva. Isto significa que o enfoque do ensino deve estar nos Evangelhos e nas Epístolas do Novo Testamento.
(O currículo do Instituto Internacional Tempo de Colheita proporciona tal treinamento. Tempo de Colheita também oferece um curso intitulado “Táticas de Ensino” que o treina para ensinar usando os métodos de Jesus).
Enquanto você ensina o que Jesus ensinou, você ensina a revelação inteira da Palavra de Deus porque é baseada no Antigo Testamento. Jesus disse:
“A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos... e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém” (Lucas 24.44, 46-47).
5. DEMONSTRAÇÃO:
Jesus não ensinou exclusivamente através da instrução verbal. Ele demonstrou o que Ele ensinou. Jesus ensinou a cura e a demonstrou curando o enfermo. Ele ensinou a autoridade do crente sobre Satanás e o demonstrou expulsando os demônios. Ele ensinou a preocupação para com os pobres e o ilustrou alimentando as multidões. Os discípulos não eram somente alunos, eles eram testemunhas oculares da demonstração do poder de Deus. Eles disseram depois que eles estavam ensinando “o que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida” (1 João 1.1).
Jesus ensinou pelo exemplo. Ele demonstrou o que Ele disse pela maneira como Ele viveu e ministrou. Ele disse:
“Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (João 13.15).
A demonstração do poder de Deus faz as pessoas escutar sua mensagem:
“As multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava” (Atos 8.6).
Paulo não somente falou da verdade do Evangelho (Gálatas 2.5), porém do poder do evangelho (Romanos 1.16). Ele declarou e demonstrou o evangelho (1 Coríntios 2.1,4). (O Instituto Internacional Tempo de Colheita tem um curso intitulado “Princípios de Poder” consagrado a este assunto).
6. PARTICIPAÇÃO:
Mero conhecimento não é suficiente. Para ser eficaz, você deve aplicar o conhecimento. Chega um momento em que se deve atuar. Os discípulos não somente escutaram os ensinamentos de Jesus e observaram as demonstrações, eles também participaram.
Ensinar um assunto não é suficiente para assegurar a aprendizagem. Ensinar exclusivamente é como tentar aprender a cirurgia médica lendo um livro. Os discípulos devem ter a experiência real sobre o que eles estão aprendendo. Eles devem ganhar a experiência em como compartilhar o Evangelho, como orar pelo enfermo, como expulsar demônios, etc. Jesus proporcionou tais oportunidades a Seus discípulos. Leia Marcos 6.7-13 e Lucas 9.1-16. Jesus mandou a Seus discípulos que experimentassem o que eles haviam sido ensinados. Aqueles que você treina devem se tornar cumpridores da Palavra e não somente ouvintes.
7. SUPERVISÃO:
Quando os discípulos de Jesus voltaram de sua viagem ministerial, Jesus avaliou seus esforços (Lc 9.10). Jesus guiou Seus discípulos ao longo do processo inteiro de treinamento. Eles não ficaram sozinhos em seus esforços. Ele estava ali para corrigir, repreender, e animar.
Você não pode presumir que a obra será feita meramente porque você tem mostrado a um obreiro como fazê-la e enviando-o com expectativas radiantes. Você deve supervisionar. Enquanto o obreiro enfrenta frustrações e obstáculos, você deve ensinar-lhe como enfrentar estes desafios.
Às vezes, a supervisão é chamada de “acompanhamento”. Paulo supervisionou ou “acompanhou” seus discípulos:
“Havendo passado ali algum tempo, saiu, atravessando sucessivamente a região da Galácia e Frígia, confirmando todos os discípulos” (Atos 18.23).
“Fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus” (Atos 14.22).
8. COMISSÃO:
A fase final do processo de discipulado foi quando Jesus enviou Seus discípulos para fazer discípulos por si mesmos. Ele lhes deu a tarefa da multiplicação espiritual em todas as nações do mundo.
O EXEMPLO DE ÉFESO
Antes de começar, Atos 19.1-20. Esta passagem registra o ministério do Apóstolo Paulo na cidade de Éfeso.
Quando Paulo chegou em Éfeso, ele procurou os discípulos que moravam ali. Estes homens e mulheres já haviam aceitado o Evangelho e se tornaram seguidores de Jesus (Atos 19.1).
Estes novos crentes necessitariam de treinamento posterior para ministrarem efetivamente em sua cidade. A primeira preocupação de Paulo foi ensinar estes discípulos sobre o Reino de Deus.
Paulo ensinou-lhes através da experiência. A primeira coisa que ele fez foi conduzi-los para uma nova experiência espiritual, o batismo no Espírito Santo (veja Atos 19.2-8). Através da demonstração do poder de Deus em sua própria vida, Paulo ensinou-lhes pelo exemplo. Eles testemunharam muitos grandes milagres que foram feitos em nome do Senhor (Atos 19.11-12). Aqueles que não eram verdadeiros seguidores de Jesus foram expostos e se arrependeram (Atos 19.13-17). Novos crentes foram conquistados para o Senhor Jesus Cristo (Atos 19.17-20).
Quando a oposição ao Evangelho surgiu dentre os líderes tradicionais, Paulo estabeleceu um centro de treinamento para os discípulos em Éfeso:
“Visto que alguns deles se mostravam empedernidos e descrentes, falando mal do Caminho diante da multidão, Paulo, apartando-se deles, separou os discípulos, passando a discorrer diariamente na escola de Tirano” (Atos 19.9).
O centro que Paulo estabeleceu oferecia um curso de treinamento de dois anos para os discípulos. O propósito da escola era multiplicar os discípulos que espalhariam a mensagem do Evangelho:
“Durou isto por espaço de dois anos, dando ensejo a que todos os habitantes da Ásia ouvissem a palavra do Senhor, tanto judeus como gregos” (Atos 19.10).
Este centro de treinamento não conhecia linhas culturais. Os estudantes ministravam tanto aos judeus quanto aos Gentios (as nações que não eram judias). A escola não tinha limites geográficos. Os estudantes não apenas ministravam em sua própria cidade, mas eles também alcançaram todo o continente da Ásia. O centro de treinamento estabelecido por Paulo cumpriu seu propósito:
“... que todos os habitantes da Ásia ouvissem a palavra do Senhor, tanto judeus como gregos” (Atos 19.10).
“Assim, a palavra do Senhor crescia e prevalecia poderosamente” (Atos 19.20).
Na escola de Éfeso os discípulos foram treinados e equipados para a obra do ministério. O propósito era estender o evangelho geograficamente (por toda a Ásia) e culturalmente (judeus e gentios). Os novos convertidos foram, então, treinados como discípulos em um processo continuado de multiplicação.
COMEÇANDO UM CENTRO DE TREINAMENTO
A nossa necessidade é que centros de treinamentos semelhantes ao de Paulo existam nos dias de hoje. Conforme os convertidos se multiplicam, é importante que eles sejam treinados como discípulos. Os Discípulos devem ser desafiados à responsabilidade de alcançar o mundo com o Evangelho.
O centro de treinamento de Éfeso não substituiu a igreja. Os crentes continuaram encontrando-se na sinagoga que era um lugar de reunião da igreja primitiva. Os crentes também continuaram encontrando-se nas igrejas em suas casas. A escola de Éfeso era uma extensão da igreja e não uma substituição para ela. O propósito de semelhante programa de treinamento não é substituir qualquer instituição existente que ativamente estende o evangelho.
Se você está interessado em começar um centro de treinamento similar ao modelo de Éfeso, as instruções para fazer isso são proporcionadas no curso do Instituto Internacional Tempo de Colheita intitulado “Metodologias de Multiplicação”. Ele explica como selecionar um local, estabelecer um orçamento, recrutar estudantes, selecionar professores e o plano de estudos, e publicar e dirigir as sessões.
TESTE O SEU CONHECIMENTO
1. Escreva o versículo-chave de memória.
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2. Por que treinar outros é uma responsabilidade importante?
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3. Qual é o propósito de treinar os líderes e discípulos?
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4. Liste seis princípios de seleção discutidos no estudo de Jesus e de Seus discípulos.
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5. Liste oito princípios de treinamento discutidos no estudo de Jesus e Seus discípulos.
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6. Qual exemplo do Novo Testamento foi dado como modelo de treinamento de líderes?
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
PARA ESTUDO ADICIONAL
1. Discípulos se tornam líderes:
Josué era um discípulo de Moisés e se tornou um líder: Números 27.18; Deuteronômio 3.28.
Eliseu era um discípulo de Elias e se tornou um líder: 2 Reis 2.
2. Jesus treinou discípulos que se tornaram líderes. O chamado repetido de Jesus Cristo era um chamado para seguir. As palavras “seguir”, “siga-me”, e “venha após mim” foram usadas por Jesus mais de 20 vezes. Elas foram dirigidas a:
n Simão e André: Mateus 4.19; Marcos 1.17.
n Tiago e João: Mateus 4.21; Marcos 1.20 (implícito).
n Mateus: Mateus 9.9; Marcos 2.14; Lucas 5.27.
n Felipe: João 1.43.
n Pedro: João 21.19, 22.
n Um jovem rico: Mateus 19.21; Marcos 10.21; Lucas 18.22.
n Outro de Seus discípulos: Mateus 8.22.
n Qualquer pessoa: Mateus 16.24; marcos 8.34; Lucas 9.23; João 12.26.
3. Leia sobre o treinamento de líderes nos tempos do Antigo Testamento em 1 Samuel 19.18-20 e 2 Reis 2.1; 4.38; 6.1.
4. Aqui estão cinco obstáculos principais que você deve superar ao treinar discípulos e líderes:
a) O medo do homem.
b) A ociosidade.
c) A resistência para mudar.
d) Os conflitos de prioridades.
e) A ignorância (as pessoas devem ser treinadas em como compartilhar o Evangelho e realizar tarefas específicas de ministério).
5. Os cursos do Instituto Internacional Tempo de Colheita podem ajudar-lhe a treinar discípulos e líderes. Escreva hoje para uma lista completa dos cursos oferecidos.
6. Aqui estão as diretrizes para dirigir uma sessão de treinamento:
Esteja Preparado: Cada professor deverá estar plenamente seguro do assunto que ele ensinará. Ele deve ter os suprimentos e materiais necessários para cada aula. Ele deve ter objetivos para cada aula. Se você está usando o material do Instituto Internacional Tempo de Colheita os objetivos estão no início de cada capítulo. Assegure-se de que as classes também estejam preparadas para os estudantes. Tenha os manuais preparados para cada estudante. Você talvez possa usar áudio e vídeo se você tiver o equipamento necessário para isto.
Seja Pontual: Comece e conclua as sessões no tempo certo, a menos que o Espírito o lidera a fazer diferente.
Ore: Abra e feche as sessões com oração.
Recapitule e resuma: Comece cada aula com uma breve recapitulação do que foi ensinado na última aula. Termine cada aula com um sumário da lição ensinada no dia.
Use diversos métodos de ensino: Para ser treinado nestes métodos, estude o curso “Táticas de Ensino” do nosso currículo.
Esteja aberto ao mover do Espírito Santo: Isto é mais importante do que completar a lição ou seguir um formato planejado.
Demonstre o que foi ensinado: Por exemplo, se você está ensinando sobre cura, ore por aqueles que estão presentes e precisam de cura. Se estiver ensinando sobre o batismo no Espírito Santo, ajude aqueles que ainda não possuem esta experiência.
Planeje experiências de aprendizado fora da sala de aula: Dê tarefas para os alunos estudarem e realizarem entre as aulas. Providencie oportunidades para eles colocarem em prática o que eles estão aprendendo através de ministério prático em sua igreja e comunidade.
7. Aqui estão algumas perguntas para você considerar:
n Seu exemplo diante dos outros está levando-os a viver para Deus? Liste três coisas que você pode contar sobre isso.
n Outros têm a oportunidade de estar com você para observar seu exemplo ou você permanece separado das pessoas? Liste três maneiras pelas quais você regularmente se abre a outros.
n Você realmente crê que o exemplo de sua vida deve ser seguido por outros? Por que? Como você pode melhorar seu exemplo?
n Você está violando um princípio conhecido da Palavra de Deus no exercício de Sua liderança? De que maneira? Como você pode corrigir isto?
n Você pode nomear alguém que você tem treinado para ajudá-lo?
Capítulo Onze
ENFRENTANDO O FRACASSO
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Escrever o versículo-chave de memória.
n Identificar três causas básicas para o fracasso.
n Identificar os líderes bíblicos que triunfaram sobre o fracasso.
n Identificar líderes bíblicos cujas vidas acabaram em fracasso.
n Listar as diretrizes bíblicas para converter o fracasso em sucesso.
VERSÍCULO-CHAVE:
“Porque sete vezes cairá o justo e se levantará; mas os perversos são derribados pela calamidade” (Provérbios 24.16).
INTRODUÇÃO
Esta lição é uma das mais importantes neste curso sobre “Princípios de Administração Bíblica”. Trata-se do fracasso. Deus tem planos perfeitos, porém Ele trabalha através de líderes imperfeitos para realizar Seus planos. Porque você é imperfeito, você deve entender as razões para o fracasso e saber o que fazer quando você falha.
Nesta lição, você aprenderá as causas básicas do fracasso. Você estudará exemplos de líderes cujas vidas acabaram em fracasso e aqueles que converteram o fracasso em êxito. Você também receberá diretrizes bíblicas para enfrentar o fracasso e torná-lo em êxito.
O QUE CAUSA O FRACASSO?
Há três razões básicas para o fracasso:
1. FRACASSO NO RELACIONAMENTO:
Muitos líderes falham porque eles têm uma relação inadequada com Deus. Eles podem não ter desenvolvido os fundamentos espirituais adequados que são listados em Hebreus 6.1-3. Quando eles tentam edificar uma obra para Deus sobre um fundamento espiritual pobre, ela cai.
Alguns líderes estão tão ocupados “fazendo a obra de Deus” que eles descuidam da oração, do estudo da Bíblia, jejum, e de buscar ao Senhor e Sua vontade. Outros perdem seu primeiro e intenso amor pelo Senhor Jesus. Em lugar de Deus e de Seu Reino ser a prioridade, cuidados e riquezas do mundo, ganhar dinheiro, ou agradar as pessoas começam a ter o primeiro lugar em suas vidas.
O Rei Uzias é um exemplo de um líder que falhou devido a sua própria relação com Deus. O Rei Uzias começou bem. Ele buscou ao Senhor (2 Crônicas 26.6-8). Ele fez bem nas batalhas contra os inimigos de Israel (2 Crônicas 26.6-8). Porém, quando o Rei Uzias se tornou bem conhecido e orgulhoso, ele começou a se “corromper”, foi infiel a Deus, e já não buscava ao Senhor (2 Crônicas 26.16).
Para ser um líder, você deve ter íntima comunhão com Deus. Muitos líderes que têm falhado descobrem que seu problema começou com um fracasso em sua própria relação pessoal com Deus.
2. FRACASSO POR COMISSÃO:
O “fracasso por comissão” significa o fracasso causado por suas próprias ações pecadoras. Os pecados de “comissão” incluem cada ação, palavra, atitude ou motivo errado. Tais feitos ou pecados de “comissão” resultam em fracasso.
3. FRACASSO POR OMISSÃO:
“O fracasso por omissão” significa o fracasso causado pelo que você não faz. Quando você peca por “omissão”, você não faz o que você deve fazer. A Bíblia diz:
“Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando” (Tiago 4.17).
Os pecados de “omissão” são coisas que a Palavra de Deus diz que você deve fazer, porém você não faz. Jesus repreendeu aos líderes religiosos de Seu tempo por tais “omissões”. Ele disse...
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas” (Mateus 23.23).
LÍDERES QUE TRIUNFARAM SOBRE SEUS FRACASSOS
A Bíblia contem muitos exemplos de grandes homens que, em algum ponto em suas vidas, eles falharam como líderes:
Abraão: Ele mentiu sobre Sara dizendo que ela não era sua esposa por temer que fosse morto e sua esposa tomada dele. Todavia, ele foi chamado de um homem de fé e “amigo de Deus”.
Moisés:
Na ira ele feriu a pedra e tirou água em lugar de apenas falar à pedra, como
Deus havia dito. Todavia, a Bíblia diz que nunca houve um outro profeta maior
do que Moisés.
Davi: Ele cometeu adultério com a esposa de outro homem, então indiretamente mandou matá-lo para tentar encobrir seu pecado. Todavia, ele foi um grande rei e foi chamado de um “homem segundo o coração de Deus”.
Jonas: Ele foi à direção oposta quando Deus o chamou para pregar em Nínive. Depois ele pregou no maior reavivamento da história. A cidade inteira se arrependeu.
Josué: Este homem foi um grande comandante militar da nação de Israel depois da morte de Moisés. Um dos desafios que Deus deu a Josué foi liderar Israel para exigir sua terra prometida. Porém, em um dado momento, Josué se achou tão desencorajado que ele anelou retornar ao outro lado do Jordão no deserto. Em outra ocasião, ele se enganou quanto aos Gibeonitas. Todavia, este homem seguiu em frente para conquistar a terra prometida por Deus.
Elias: Uma rainha má, Jezabel, enviou um mensageiro ao profeta Elias que o informou que ela estava planejando matá-lo. Elias...
“... porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó SENHOR, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais” (1 Reis 19.4).
Aqui estava o grande homem de Deus que havia curado o enfermo, levantado o morto, e controlado os elementos da natureza em o nome do Senhor. Agora ele estava escondido, temeroso, desalentado, e pedindo a morte. Todavia, Elias voltou a demonstrar o poder de Deus diante da nação inteira de Israel no Monte Carmelo.
Pedro: Este homem negou a Jesus, porém depois se tornou um grande líder na igreja primitiva.
Paulo: O Apóstolo Paulo também enfrentou o fracasso. Ele escreveu uma vez que devido às experiências na Ásia, ele estava “desesperado” e que a tribulação era além de suas forças (2 Coríntios 1.8). Ele expressou que havia tempos quando ele estava com problemas, perplexo, perseguido e abatido (2 Coríntios 4.8-11). Ele disse que ele tinha medos e problemas (2 Coríntios 7.5-6). Porém, o apóstolo Paulo levou o evangelho com êxito aos gentios, levantando grandes igrejas e líderes ao longo das nações do mundo.
LÍDERES CUJOS FRACASSOS EM DERROTA
A Bíblia também contém muitos exemplos de líderes cujas vidas acabaram em fracasso e derrota:
Sansão: Ele foi um grande juiz e tinha uma força física dada por Deus. Ele começou a libertar Israel do inimigo filisteu. Através do envolvimento com uma mulher pagã, Sansão foi aprisionado e morreu enquanto ainda era prisioneiro do inimigo.
Uzias: Ele se tornou um rei quando tinha 16 anos e, enquanto ele fez o que era correto aos olhos do Senhor, ele prosperou. Uzias pecou entrando no templo e realizando deveres que só os sacerdotes eram permitidos fazer. Deus o feriu com violência com a lepra e ele morreu.
Saul: Saul foi o primeiro rei de Israel, amado pelas pessoas, e um homem em quem o Espírito de Deus descansava. Devido à desobediência, Saul foi rejeitado por Deus e outro rei foi selecionado para completar sua tarefa. A vida de Saul acabou em fracasso, desgraça e suicídio.
Eli: Ele era originalmente um grande sacerdote na casa do Senhor. Devido à desobediência, ele e os seus filhos morreram em desgraça.
Judas: Judas era um discípulo de Jesus durante Seu ministério terreno. Ele testemunhou os grandes milagres de Jesus e ouviu Seus ensinos. Todavia, ele traiu a Jesus e acabou com sua própria vida pelo suicídio.
O QUE FAZ A DIFERENÇA?
Alguns destes líderes se recuperaram de seus fracassos e seguiram para serem grandes homens de Deus. Outros nunca mudaram. Suas vidas acabaram em derrota. O que fez a diferença?
Para responder esta pergunta, permita-nos examinar em maiores detalhes as vidas de dois grandes líderes da nação de Israel, os reis Davi e Saul. Primeiro, leia a história do fracasso de Davi em 2 Samuel capítulos 11-12. Depois, leia a história do fracasso de Saul em 1 Samuel capítulo 15.
Em nosso raciocínio humano, o fracasso de Davi parece maior do que o de Saul. Saul simplesmente pegou alguns bois como despojo de guerra quando Deus o havia dito para não fazer isso. Davi cometeu adultério com a esposa de outro homem. Quando foi descoberto que ela estava grávida, ele indiretamente mandou matar o marido dela para tentar encobrir seu pecado. Saul foi rejeitado por Deus como rei, todavia Davi permaneceu no trono e foi chamado “um homem segundo o coração de Deus”.
Por que a vida de um homem terminou em fracasso enquanto o outro seguiu para alcançar futuros êxitos? A resposta é uma palavra: arrependimento. Quando o profeta Samuel confrontou Saul por seu pecado, Saul disse...
“Então, disse Saul a Samuel: Pequei, pois transgredi o mandamento do SENHOR e as tuas palavras; porque temi o povo e dei ouvidos à sua voz. Então, disse Saul: Pequei; honra-me, porém, agora, diante dos anciãos do meu povo e diante de Israel; e volta comigo, para que adore o SENHOR, teu Deus” (1 Samuel 15.24, 30).
Saul foi descoberto em seu pecado e ele o admitiu. Ele se arrependeu, porém só porque foi descoberto. Sentir pelo pecado não é suficiente. Essa dor deve levar ao arrependimento:
“Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte” (2 Coríntios 7.10).
Saul admitiu que ele havia falhado, porém ele culpou o seu fracasso a outras pessoas. Ele queria que Samuel o honrasse perante os líderes do povo para que ele não fosse desonrado. Ele queria que Samuel rendesse culto a Deus com ele para mostrar às pessoas que ele ainda era um homem espiritual.
Saul nunca confessou seu pecado a Deus, se arrependeu e pediu o perdão. Ele se negou a aceitar a responsabilidade pessoal por suas ações. Ele ofereceu culto a Deus quando Deus quis o arrependimento. Saul se preocupava mais por sua reputação entre as pessoas do que com seu relacionamento com Deus. Ele não viu o Reino como o Reino de Deus, porém como uma maneira de construir seu próprio reino.
Devido a isso, Samuel disse a Saul:
“Então, Samuel lhe disse: O SENHOR rasgou, hoje, de ti o reino de Israel e o deu ao teu próximo, que é melhor do que tu” (1 Samuel 15.28).
O Reino foi tomado de Saul e dado a Davi.
Quando o profeta Natã confrontou a Davi sobre seu pecado, Davi reconheceu imediatamente:
“... Pequei contra o SENHOR. Disse Natã a Davi: Também o SENHOR te perdoou o teu pecado; não morrerás” (2 Samuel 12.13).
Ele não tentou culpar os outros. Ele não culpou Bate-seba. Ele admitiu seu fracasso e humildemente se arrependeu perante Deus. A grande oração de arrependimento de Davi está registrada no Salmo 51. Leia este Salmo inteiro em sua Bíblia. Davi reconheceu seu pecado e pediu perdão:
“Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar... Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim, um espírito inabalável” (Salmos 51.3-4, 10).
Quando confrontado com o fracasso, Davi se arrependeu e mudou a direção. Saul não fez isso. Ele se desviou ainda para mais longe da vontade de Deus e sua vida acabou em fracasso, derrota e suicídio.
QUANDO VOCÊ FALHA
Quando você falha há diretrizes bíblicas que, se você as segue, podemos converter o fracasso em êxito. Para estudar estas diretrizes nós usaremos o exemplo de Jonas. Leia o livro de Jonas (quatro capítulos) em sua Bíblia antes de continuar com esta lição.
Jonas recebeu a ordem do Senhor para ir e pregar o arrependimento à nação pecadora de Nínive. Em lugar de obedecer à voz de Deus, ele foi à direção oposta. Jonas tomou os seguintes passos para corrigir sua falha. Estes são os passos para tomar quando você experimenta o fracasso:
REVELANDO:
Quando você falhar peça a Deus que revele a causa desse fracasso. Esteja certo: Deus tem maneiras de permiti-lo saber quando você tem falhado. Uma grande tormenta no mar revelou a Jonas que ele estava fora da vontade de Deus. Jonas admitiu sua culpa depois desta revelação (Jonas 1.12). Enquanto você não reconhecer seu fracasso, você continuará sendo um fracasso:
“O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Provérbios 28.13).
“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós” (1 João 1.8).
Não permita que nenhuma desculpa impeça-lhe de admitir o fracasso. Aqui estão algumas que são comuns:
n As pessoas perderão a confiança em mim.
n Se eu admitir o fracasso eu estarei admitindo que eu estava errado.
n Eu já falhei. Eu também posso desistir.
n É muito tarde para mim.
n Eu sou um mau exemplo, por isso eu devo desistir.
n Eu estou muito longe da vontade de Deus para conseguir corrigir as coisas.
Não é necessário revelar seu fracasso publicamente a menos que haja afetado as vidas de outros e você deve buscar seu perdão. Porém, você sempre deve admitir seu fracasso a si mesmo e a Deus. Este é o primeiro passo para mudar do fracasso ao êxito: o pecado deve ser revelado. Você deve confrontá-lo.
ARREPENDENDO-SE:
Depois que a causa de seu fracasso é revelada, você deve arrepender-se:
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1.9).
A grande oração de arrependimento de Jonas foi registrada em Jonas capítulo 2. Jonas reconheceu seu pecado diante de Deus, se arrependeu, e pediu perdão. Quando você falhar, entre diante do Senhor em arrependimento. Peça a Deus que lhe perdoe por seu fracasso. Assegure-se de perdoar a si mesmo também!
VOLTANDO:
Através da oração, da Palavra escrita de Deus, e da direção do Espírito Santo, Deus revelará a você o ponto em que seu fracasso começou. Você deve voltar, então, a esse ponto e deve mudar a sua direção.
No caso de Jonas, ele compreendeu que seu fracasso começou quando ele foi à direção oposta de Nínive. Ele tinha que voltar a este ponto de fracasso e mudar sua direção. O verdadeiro arrependimento envolve uma mudança na direção. Quando você volta a um ponto de fracasso, você volta aonde você pecou primeiro e corrige seu erro. Isto se faz...
RESTAURANDO:
No caso de Jonas, quando ele reconheceu que seu fracasso começou quando ele foi à direção oposta de Nínive, ele inverteu a direção. Ele foi à Nínive. Ele corrigiu seu fracasso (Jonas 3.3). Ele fez tudo o que ele podia para acertar as coisas. Isto se chama “restauração”.
Às vezes você não pode fazer nada para corrigir seu fracasso exceto arrependendo-se. No exemplo de Davi que nós discutimos, ele não poderia fazer nada sobre seu pecado com Bate-seba depois que ele foi praticado. O erro já estava feito. O adultério foi praticado e seu marido estava morto. Não havia nada que ele poderia fazer para corrigi-lo exceto arrepender-se.
Porém, em situações onde você pode voltar ao lugar ou ponto do fracasso e restituição, você deve fazê-lo. Você pode ter que se desculpar com alguém. Você pode ter que devolver algo que você roubou de alguém ou admitir que você disse uma mentira. Todos esses são exemplos de restauração.
Você também necessita de tempo para se restaurar e reconstruir sua força espiritual depois do fracasso. Você pode precisar suspender temporariamente suas responsabilidades ministeriais. Você precisará definitivamente de tempo exclusivo com Deus.
Aqui estão algumas maneiras de restaurar sua força espiritual:
n Estudar a Palavra de Deus.
n Gastar tempo em oração e jejum.
n Rever as causas básicas para o fracasso (cedidas nesta lição) para que você possa evitar os fracassos futuros. Peça a Deus que revele e ajude-o a corrigir qualquer área do problema em sua vida.
n Revisar as estratégias da guerra espiritual para ajudar-lhe a empreender a guerra mais eficazmente na próxima vez. (Veja o curso do Instituto Internacional Tempo de Colheita intitulado “Estratégias Espirituais: Um Manual da Guerra Espiritual”).
n Descansar fisicamente. O homem é corpo, alma e espírito. Quando seu corpo físico está exausto, Satanás pode tomar a vantagem e pode afetar sua alma e espírito e pode levá-lo a falhar.
AO ÊXITO!
Depois que você der estes passos, deixe seu fracasso para trás e avance ao êxito. Jonas deixou seu fracasso para trás. O Senhor falou com ele uma segunda vez e disse, “Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e proclama contra ela a mensagem que eu te digo” (Jonas 3.1-2). Desta vez ele obedeceu rapidamente. Em Nínive, Jonas liderou um dos maiores reavivamentos da história. A cidade inteira se arrependeu. Seguindo os passos de revelar, arrepender-se, voltar e restaurar, seu fracasso se transformou em sucesso.
A Bíblia contém muitas histórias de homens como Jonas. Estes homens falharam, porém admitiram seu fracasso e pediram o perdão de Deus. Quando eles o fizeram, Deus não somente perdoou como também proporcionou nova direção. Este é o modelo bíblico para converter o fracasso em êxito.
Deus pode fazer o mesmo com você! Ele não está olhando seus fracassos passados. Ele não está olhando-lhe como você é hoje. Ele está vendo o homem ou mulher... o líder que você pode ser se você somente caminhar em obediência a Ele.
APRENDENDO COM O FRACASSO
Paulo escreveu:
“Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida. Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos; o qual nos livrou e livrará de tão grande morte; em quem temos esperado que ainda continuará a livrar-nos” (2 Coríntios 1.8-10).
Paulo explicou que os problemas na Ásia lhe ensinaram uma lição importante... “Que não devemos confiar em nós mesmos, mas em Deus”. Esta é uma grande lição para aprender com o fracasso. Você não pode confiar em si mesmo. O seu poder, sua autoridade, seu sucesso como líder só está seguro em Jesus Cristo. Paulo olhava além do mundo natural para ver os benefícios espirituais dos problemas, tentações, prova e fracassos:
“Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas” (2 Coríntios 4.16-18).
Paulo havia aprendido que ainda que o homem exterior de corrompa, o homem interior se renova dia a dia. Em lugar de entregar os pontos, Paulo aprendeu com o fracasso e avançou ao êxito. Em 2 Coríntios 1.10 ele indicou que Deus...
n Nos livrou (no passado)
n Nos livra [continuará a livrar-nos] (no presente)
n Nos livrará (no futuro)
... De todos os nossos problemas, provas, tentações e fracassos. Ele disse que nós éramos...
Atribulados em tudo, PORÉM NÃO ANGUSTIADOS!
Perplexos, PORÉM NÃO DESESPERADOS!
Perseguidos, PORÉM NÃO DESAMPARADOS!
Abatidos, PORÉM NÃO DESTRUÍDOS!
(2 Coríntios 4:8-9).
Apesar de todas as perplexidades, perseguições, problemas e desespero, Paulo pode dizer nos dias finais de sua vida:
“Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” (2 Timóteo 4.7).
TESTE O SEU CONHECIMENTO
1. Escreva o versículo-chave de memória.
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2. Liste três exemplos bíblicos de grandes líderes que triunfaram sobre seus fracassos.
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3. Identifique três exemplos bíblicos de homens cujas vidas acabaram em fracasso.
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4. Liste as diretrizes bíblicas para converter o fracasso em êxito:
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5. Quais são as três causas básicas do fracasso?
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
PARA ESTUDO ADICIONAL
1. Em Lucas 15.11-32 Jesus contou a história de um homem jovem que deixou seu pai e foi viver em um país estrangeiro. Estude cuidadosamente esta história, sobretudo a parte que conta o retorno do filho à casa de seu pai. Você descobrirá que ele seguiu as mesmas diretrizes para corrigir seu fracasso que foram discutidas neste capítulo.
2. Estude a seguinte lista de exemplos bíblicos de líderes que falharam em algum ponto de suas vidas. Quais corrigiram seus fracassos? Como eles converteram seus fracassos em êxito? Quais não corrigiram seus fracassos? Qual foi o resultado? Você pode adicionar outros exemplos à esta lista de seu próprio estudo da Palavra de Deus.
n Abraão: Gênesis 20 a 21.
n Moisés: Êxodo; Atos 7.20-44.
n Arão: Êxodo 32.
n Balaão: Números 22.
n Uzias: 2 Crônicas 26.
n Sansão: Juízes 13 a 16.
n Davi: 2 Samuel 11 a 12; Salmos 51.
n Saul: 1 Samuel 8 a 15.
n Jonas: O livro de Jonas.
n Pedro: Mateus a Atos.
n João Marcos: Atos 12.12, 25; 15.39; 2 Timóteo 4.11.
n Demas: 2 Timóteo 4.9.
3. Você aprendeu nesta lição que há três razões básicas para o fracasso que inclui:
n O fracasso no relacionamento pessoal com Deus (fundamento espiritual mal; falta de oração, estudo da Bíblia).
n Os pecados de comissão (qualquer violação da Palavra de Deus).
n Os pecados de omissão (não fazer o que deve ser feito).
Aqui está uma lista de alguns resultados destes fracassos básicos. Você pode pensar em outros resultados para adicionar a esta lista?
n O desânimo.
n As emulações (imitar o ministério de outros).
n Falta de visão.
n Falta de treinamento.
n Não disposto a pagar o preço.
n Falta de compromisso.
n Prioridades erradas.
n A imoralidade.
n A cobiça, as riquezas, o mau uso dos recursos financeiros, o amor ao dinheiro.
n O orgulho.
n Ciúmes.
n Maltratar os discípulos.
n Falta de comunicação com os discípulos.
n O medo dos homens e fazer acepção de pessoas.
n A popularidade.
n A inconsistência.
n Falta de auto-avaliação
n Comparar a si mesmo com outros.
n A ambição.
n A incapacidade de delegar responsabilidade a outros (tenta fazer tudo por si mesmo).
n Escuta e obedece ao homem em lugar de Deus; oscila pela opinião popular.
n A incredulidade.
n A incapacidade para liderar como servo e pastor.
n Não cumprir as qualificações bíblicas para as posições de liderança.
n Falta de um chamado claro à liderança.
n Falta de conhecimento e aplicação dos princípios bíblicos do êxito.
n A incapacidade para ouvir a voz de Deus e discernir Sua vontade, o que resulta nas decisões erradas.
n Falta de poder espiritual.
n Falta de planejamento.
n Mau uso dos recursos espirituais.
n Esterilidade espiritual.
n A raiz de amargura.
n A comodidade e ociosidade.
n O amor ao mundo.
n Falta de unção.
4. O orgulho é uma das maiores razões para o fracasso. Foi o que causou o primeiro pecado da humanidade. Satanás foi atraído pelo orgulho quando ele disse, “Você será como Deus”. Aqui estão alguns sintomas do orgulho:
n Demasiadamente consciente de sua importância: Salmos 101.5.
n Ter “todas as respostas”: Provérbios 3.7.
n Uma aparência orgulhosa: Provérbios 6.17.
n Mais que freqüente o uso de “eu” ou “meu”: Isaías 14.14-15.
n Demasiadamente consciente das boas aparências: Isaías 28.1.
n Deleitar-se em ordenar as pessoas ao redor: Mateus 20.26-27.
n Ama os títulos: Mateus 23.6-11.
n Dar crédito a si mesmo pela obra feita para Deus: Atos 12.21-23.
n Fazer as coisas com a motivação errada: Romanos 8.6.
n Correr para o assento na cabeceira da mesa ou da fila: Marcos 12.38-39.
n Demasiadamente consciente de seu intelecto: 1 Coríntios 3.20.
n Demasiadamente se alegre de estar ao redor de pessoas importantes: 1 Coríntios 4.6-7.
n Auto-elogio: 2 Coríntios 10.12-13.
n Dar crédito a si mesmo pela obra feita pelos outros: 2 Coríntios 10.15.
n Ter pouca preocupação com os outros: Filipenses 2.2-4.
n Ter pouca preocupação com os outros: Filipenses 2.2-4.
n Estar ansioso sobre questões e semântica: 1 Timóteo 6.4.
n Alardear o que planeja fazer: Tiago 4.16.
n Ignorar o conselho das pessoas mais velhas, mais espirituais: 1 Pedro 5.5-6.
n Ser irritadoramente independente: Efésios 5.21.
n Preocupado em lugar de lançar todo o cuidado em Deus: 1 Pedro 5.6-7.
n Ama os prêmios, reconhecimento, posição e compensação: 1 João 2.15-16.
5. Jesus orou para que nós nos mantivéssemos longe do fracasso. Leia sua oração em João 18.15 e 20.
6. De Mateus 23, faça uma lista de dez mandamentos positivos para os líderes cristãos. Cada fracasso dos fariseus pode ser convertido para dar estas diretrizes positivas.
7. O livro de Provérbios contém muitas advertências de coisas que produzem o fracasso. Leia um capítulo a cada dia e você poderá ler o livro uma vez por mês. Marque em sua Bíblia as coisas que produzem o fracasso e que os evitam. (Você pode querer fazer também isto com outros livros da Bíblia).
8. O Apêndice deste curso explica como estudar as vidas de líderes cujas histórias são contadas na Bíblia. Estude alguns dos líderes que falharam. Faça uma lista das coisas que causaram seus fracassos.
9. Os livros de 1 e 2 Timóteo e Tito foram escritos a homens jovens em posições de liderança no ministério. Estude estes livros cuidadosamente e lista as coisas que o apóstolo Paulo disse a estes homens que evitassem.
Capítulo Doze
OS PRINCÍPIOS DO ÊXITO
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Escreva o versículo-chave de memória.
n Definir o êxito.
n Explicar como o êxito no Reino de Deus difere do êxito do mundo.
n Resumir os princípios básicos do êxito.
n Fazer um estudo mais extenso sobre os princípios bíblicos do êxito.
VERSÍCULO-CHAVE:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Escreva o versículo-chave de memória.
n Definir o êxito.
n Explicar como o êxito no Reino de Deus difere do êxito do mundo.
n Resumir os princípios básicos do êxito.
n Fazer um estudo mais extenso sobre os princípios bíblicos do êxito.
VERSÍCULO-CHAVE:
“Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido” (Josué 1.8).
INTRODUÇÃO
Freqüentemente perguntam às pessoas bem sucedidas: ‘qual é o segredo de seu sucesso?’ Àqueles que estão no sistema mundano, a lista freqüentemente inclui a educação, posição, ambição, talento, poder e dinheiro como os segredos do sucesso. Muitos livros têm sido escritos sobre o assunto, porém os verdadeiros princípios do êxito são revelados na Bíblia. Nesta lição você aprenderá os princípios bíblicos do êxito. Nós consideraremos que você já tem posto os fundamentos da fé identificados em Hebreus 6.1-3. Um fundamento espiritual apropriado é necessário para aplicar os princípios bíblicos do êxito em sua vida e ministério.
O QUE É O ÊXITO?
O êxito do Reino de Deus é “o uso máximo dos dons e habilidades de alguém dentro do âmbito de responsabilidades dadas por Deus”. Você tem êxito quando você usa adequadamente seus recursos espirituais para a obra de Deus.
O sucesso no reino de Deus difere dos padrões mundanos de êxito. O mundo vê o êxito materialmente. Deus o vê espiritualmente. No Reino de Deus há uma norma diferente que define o êxito. O mundo estabelece seus próprios padrões. A norma estabelecida por Deus se chama “fidelidade”.
Há uma base diferente de êxito. A base do êxito no mundo é volúvel e temporal. No Reino de Deus, a base do êxito é estável e eterna porque é baseada na verdade revelada. Há motivos diferentes para o êxito. No mundo, as pessoas são motivadas pela cobiça, orgulho e desejo pela fama. Os crentes são motivados para ter êxito para a glória de Deus.
Há um modelo diferente de êxito no Reino de Deus. O mundo olha os homens ricos e poderosos. Nosso modelo é o Senhor Jesus Cristo. Há uma meta diferente de êxito. O dinheiro, poder e posição são enfatizados como metas mundanas. A meta no reino de Deus é a semelhança de Cristo.
O êxito no reino de Deus dá ênfase a dar em lugar de obter, servir em lugar de posição, humildade em lugar de orgulho, debilidade em lugar de poder. O mundo vê o êxito pelo que se refere ao que você está fazendo. Deus o vê pelo que se refere ao que você é. A excelência de caráter é enfatizada em lugar da excelência de realização.
No reino de Deus, o êxito não é medido pelo que você é. Ele é medido pelo que você é comparado ao que você poderia ser. O êxito não é medido pelo que você faz para Deus. É medido pelo que você faz comparado ao que você poderia estar fazendo.
OS SEGREDOS DO ÊXITO
Deus quer que você tenha êxito no ministério. Ele quer que você alcance os propósitos e planos que Ele tem para você. “Os segredos espirituais do êxito” não são realmente secretos. Eles são declarados abertamente na Palavra de Deus. Eles são “secretos” somente porque as pessoas se negam a buscá-los e encontrá-los.
Nós não podemos cobrir cada princípios do êxito na Palavra de Deus porque há muitos. A seção “Para Estudo Adicional” desta lição providencia as diretrizes para o estudo continuado de outros princípios bíblicos. Porém, aqui estão alguns dos princípios básicos que são muito importantes:
TENHA UMA ATITUDE DE CORAÇÃO APROPRIADA:
O êxito começa com o homem oculto do coração:
“Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração” (1 Samuel 16.7).
Uma atitude de coração apropriada inclui amor, humildade, obediência, um
espírito de servo, e a verdadeira santidade.
CONHEÇA A FONTE DO ÊXITO:
Não é o que você sabe, porém quem você conhece que o torna bem sucedido. Relacionamento é baseado em quem você conhece, não no que você sabe. Tudo na vida é baseado em relacionamento. Quem você conhece (Jesus), não o que você conhece, é que o leva ao céu. Conhecer ao Senhor resulta em sucesso:
“Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR” (Jeremias 9.23-24).
“Aos violadores da aliança, ele, com lisonjas, perverterá, mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e ativo. Os sábios entre o povo ensinarão a muitos; todavia, cairão pela espada e pelo fogo, pelo cativeiro e pelo roubo, por algum tempo” (Daniel 11.32-33).
BUSQUE AO SENHOR:
Buscar ao Senhor significa ministrar a Ele, inquirindo, orando e estudando a Palavra para conhecê-lo e fazer Sua vontade. Os benefícios de buscar ao Senhor foram provados por um rei piedoso de Judá chamado Ezequias. Ele buscou a Deus e esta é a razão para seu êxito:
“Ouviu o SENHOR a Ezequias e sarou a alma do povo. Os filhos de Israel que se acharam em Jerusalém celebraram a Festa dos Pães Asmos por sete dias, com grande júbilo; e os levitas e os sacerdotes louvaram ao SENHOR de dia em dia, com instrumentos que tocaram fortemente em honra ao SENHOR” (2 Crônicas 31.20-21).
Também se fala de um rei chamado Uzias:
“Propôs-se buscar a Deus nos dias de Zacarias, que era sábio nas visões de Deus; nos dias em que buscou ao SENHOR, Deus o fez prosperar” (2 Crônicas 26.5).
É importante buscar ao Senhor porque Deus deseja revelar Seus planos e propósitos aos líderes (ver Amós 3.7).
MEDITE NA PALAVRA:
O êxito é prometido àqueles que meditam na Palavra de Deus. O Senhor disse a Josué:
“Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido” (Josué 1.8).
“Meditar” significa “pensar sobre, permanecer em, refletir, e estudar em detalhe”. Alguém que medita crê que deus tem falado ao homem, que a Bíblia é um registro do que Ele tem dito, e que a Palavra de Deus é verdade.
OBEDEÇA A PALAVRA:
Não é somente a meditação que produz o êxito, também é a obediência à Palavra...
“... Para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido” (Josué 1.8).
Antes que Salomão se tornar o rei de Israel, Davi lhe deu este conselho:
“Agora, pois, meu filho, o SENHOR seja contigo, a fim de que prosperes e edifiques a Casa do SENHOR, teu Deus, como ele disse a teu respeito. Que o SENHOR te conceda prudência e entendimento, para que, quando regeres sobre Israel, guardes a lei do SENHOR, teu Deus. Então, prosperarás, se cuidares em cumprir os estatutos e os juízos que o SENHOR ordenou a Moisés acerca de Israel; sê forte e corajoso, não temas, não te desalentes” (1 Crônicas 22.11-12).
Cada mandamento na Palavra de Deus é importante. Guardar estes mandamentos o fará vitorioso.
Você não somente deve meditar pessoalmente e obedecer a Palavra de Deus, porém você deve elevá-la à seu lugar apropriado de autoridade diante das pessoas a quem você lidera. Leia como Neemias restaurou a autoridade da Palavra de Deus em Neemias 8.1-8. As reformas que Neemias fez não teriam durado se separadas da autoridade da Palavra de Deus. Um ministério baseado na autoridade da Palavra sempre terá êxito.
SEJA CHAMADO POR DEUS:
Você aprendeu previamente neste curso sobre a importância de ser chamado por Deus. Você não terá êxito a menos que você conheça e ministre no chamados específicos de Deus, usando os dons espirituais que Ele lhe tem dado.
EXPERIMENTE A PRESENÇA DE DEUS:
É na presença de Deus que o ministério prospera:
“O SENHOR era com José, que veio a ser homem próspero; e estava na casa de seu senhor egípcio. Vendo Potifar que o SENHOR era com ele e que tudo o que ele fazia o SENHOR prosperava em suas mãos” (Gênesis 39.2-3).
Deus somente pode estar “com você” quando você está caminhando em comunhão com Ele, ministrando em seu chamado específico, e vivendo uma vida santa.
TENHA A UNÇÃO DE DEUS:
Capítulo Três deste curso explicou a importância da unção de Deus. Você precisa desta unção para ter êxito no ministério.
ENFRENTE PROBLEMAS E DECISÕES:
Negar-se a enfrentar os problemas e decisões leva ao fracasso. Confronte os problemas rapidamente e tome decisões sabiamente usando as estratégias que você tem aprendido neste curso.
CONHEÇA SEU PROPÓSITO:
Deus tem um propósito específico para cada crente. Conhecer seu propósito envolve ter visão espiritual, um conhecimento de por que você existe e o que Deus tem lhe chamado a fazer. (Você pode aprender mais sobre isto no curso do Instituto Internacional Tempo de Colheita, “Administração Por Objetivos”).
Um homem que tem uma visão não vive no passado, preocupando-se com os erros e fracassos ou somente regozijando-se com o sucesso. Visão e conhecimento claros do propósito ajuda-lhe a enfocar no futuro. Quando Paulo disse:
“Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão” (Filipenses 3.13).
TENHA UM PLANO:
Você nunca alcançará seu propósito a menos que você tenha um plano para fazê-lo. Você pode aprender a planejar no curso do Instituto Internacional Tempo de Colheita, “Administração Por Objetivos”.
EXECUTE O PLANO:
Ter um bom plano não é suficiente para realizar seu propósito no ministério. Você também deve executar o plano. Você deve organizar, delegar e liderar. Uma prova da boa liderança espiritual é se ela resulta ou não na realização vitoriosa dos propósitos e planos de Deus. Você pode aprender a fazer isto no curso do Instituto Internacional Tempo de Colheita intitulado “Administração Por Objetivos”.
VIVA UMA VIDA SANTA:
Você somente terá êxito no ministério se você vive uma vida santa, cumprindo as qualificações para líderes que foram discutidas no Capítulo Quatro deste curso. O pecado garante o fracasso. A santidade assegura o sucesso.
“O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Provérbios 28.13).
BUSQUE A SABEDORIA DE DEUS:
A sabedoria humana não é suficiente para fazer boas decisões e liderar outros. Você deve ter a sabedoria de Deus para ser um líder vitorioso:
“Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi” (Tiago 1.5).
SE ESFORCE PELA EXCELÊNCIA:
Não se conforme com “o bom é o bastante”. Se esforce pela excelência:
“Para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo” (Filipenses 1.10).
FAÇA TUDO PARA A GLÓRIA DE DEUS:
Se você faz tudo para a glória de Deus em lugar de sua própria glória, você terá sucesso:
“E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai” (Colossenses 3.17).
BUSQUE PRIMEIRO O REINO:
Você terá êxito se o Reino de Deus é sua prioridade:
“Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.33).
As prioridades do reino podem ser estabelecidas através da organização apropriada (ver Atos 6.1-7).
SIGA O EXEMPLO:
Como você aprendeu neste curso, Jesus é o maior exemplo de um líder espiritual. Jesus disse:
“Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (João 13.15).
Quando você compara a si mesmo com outra coisa que não seja o exemplo de Cristo isto não é bom. Jacó comparou a José com seus irmãos e desencadeou eventos motivados por ciúmes e ódio. O povo de Israel se comparou com as outras nações e adotaram seus caminhos errados. Saul escutou uma comparação dele com Davi e se envenenou de ciúmes.
A comparação pode ser útil para expandir sua visão e desafiá-lo a cumprir seu potencial. Porém as realizações de outra pessoa não são a norma para sua vida. Seu êxito não é medido pela atuação de outros. Por esta razão a pergunta de Pedro ao Senhor sobre João, "Senhor, o que será deste?”, recebeu a reprovação, “o que isto tem a ver contigo? Quando a ti, segue-me” (João 21.21-22).
DECISÃO, DISCIPLINA, DIREÇÃO, DETERMINAÇÃO
Realmente, o sucesso pode ser resumido facilmente em uma declaração:
Siga o exemplo de Jesus em decisão, disciplina, direção e determinação.
O apóstolo Paulo fez isto:
“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado” (1 Coríntios 9.24-27).
Paulo tomou uma decisão. Ele quis obter o êxito. Ele quis ganhar a “corrida” da vida (versículo 24). Para fazer isso, ele compreendeu que ele deveria disciplinar-se, o que significa ser moderado em todas as coisas (versículo 25 e 27). Ele tinha a direção. Ele não correu ou lutou sem propósito fixo. Ele não estava incerto sobre seu propósito ou planos (versículo 26). Ele também foi determinado em obter, para ter o êxito (versículos 24-25).
O PREÇO DO ÊXITO
Você está pronto a pagar o preço do êxito? Aqui está:
“Aquele, porém, que não soube a vontade do seu senhor e fez coisas dignas de reprovação levará poucos açoites. Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão” (Lucas 12.48).
Quanto mais vitorioso você é, tanto mais Deus requer de você. Este é o preço do êxito.
TESTE O SEU CONHECIMENTO
1. Escreva o versículo-chave de memória.
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2. Defina o êxito.
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3. Como o êxito no Reino de Deus difere do êxito do mundo?
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4. Resuma os princípios básicos do êxito que você aprendeu nesta lição.
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
PARA ESTUDO ADICIONAL
Esta lição cobriu alguns princípios básicos do êxito. Há muitos outros princípios de êxito registrados na Palavra de Deus. Esta seção lhe ajudará a continuar seu estudo destes princípios.
1. Durante o próximo ano, leia a Bíblia inteira. Marque cada mandamento que é dado ali. Guardar estes mandamentos assegura uma vida e ministério bem-sucedido (Josué 1.8).
2. O apêndice deste curso explica como estudar as vidas de líderes cujas histórias estejam registradas na Bíblia. Estude as vidas de líderes que tiveram êxito. Identifique as coisas que os fizeram vencedores e incorpore-as à sua própria vida.
3. Leia o livro de Eclesiastes que descreve o “êxito” mundano, sobretudo o capitulo 2. A pessoa que baseia o êxito em tais normas termina vazio e infeliz. A pessoas que baseia sua prosperidade nos padrões de Deus está satisfeita e feliz. Leia a conclusão em Eclesiastes 12.113-14.
4. Os livros de 1 ed 2 Timóteo e Tito foram remetidos a homens jovens em posições de liderança no ministério. Estude estes livros cuidadosamente e liste os princípios de êxito que o apóstolo Paulo compartilha.
5. Lembre-se disso: “é melhor tentar e falhar que não fazer nada e obter êxito”. Você nunca falha até que você diga, “estou desistindo!”.
6. As finanças são muito importantes ao ministério vitorioso. Você necessita do dinheiro para alcançar a obra de Deus. Aqui estão alguns princípios bíblicos do êxito financeiro:
Deus é sua fonte: Gênesis 22.14.
Deus quer que você tenha êxito financeiramente: Salmos 35.27; 23.1; Marcos 12.43-44; Efésios 3.29; Gálatas 3.13; 1 Timóteo 6.17; 3 João 2.
Se você colocar o Reino de Deus em primeiro lugar, Ele suprirá suas necessidades: Mateus 6.33.
O êxito financeiro é um prêmio para:
n Dar a Deus a prioridade: Provérbios 3.9-10; Mateus 6.33.
n Amar a Deus: Provérbios 8.21.
n Dar glória a Deus: Provérbios 10.22.
n Desejar ser piedoso: Provérbios 13.21; 15.6.
n A humildade: Provérbios 22.4.
n A prontidão para dar: Provérbios 22.9.
n Confiar em Deus: Provérbios 28.25.
n Semear liberalmente: Provérbios 11.24-25; Lucas 6.38; 2 Coríntios 9.6, 10.
Deus lhe dá o poder para conseguir riquezas: Deuteronômio 8.18-19.
A riqueza é resultado de trabalho:
n Trabalho diligente: Provérbios 10.4; 13.4.
n Trabalho inteligente: Provérbios 10.5.
n Trabalho honrado: Provérbios 13.11.
n Trabalho calado: Provérbios 14.23.
Dar lhe faz financeiramente vitorioso. Você deve dar:
n Primeiro ao Senhor: Malaquias 3.1-2; Provérbios 3.9-10.
n Alegremente: 2 Coríntios 9.7.
n De boa vontade: Êxodo 25.2; 1 Crônicas 29.9; 2 Crônicas 8.12.
n Livremente: Esdras 2.68.
n Conforme sua habilidade: Mateus 5.42; Atos 11.29; 2 Coríntios 8.12; Deuteronômio 16.17; Esdras 2.69.
n Para a glória de Deus: Mateus 6.3.
n Com simplicidade: Romanos 12.8.
n Aos pobres: Provérbios 3.27-28; 19.17; 21.13; 28.27.
n Em secreto: Mateus 6.3.
n Regularmente: 1 Coríntios 16.2.
n Pela porcentagem das entradas: Gênesis 14.20; 28.22; Levítico 27.30; 2 Crônicas 31.5; Malaquias 3.10.
Para ter êxito financeiramente você deve evitar:
n O amor ao dinheiro: 1 Timóteo 6.10.
n Confiar nas riquezas: Salmos 49.6; 1 Crônicas 29.14.
n A dúvida: Romanos 13.8.
n A preguiça: Provérbios 6.6-11; 24.30-34.
n A auto-indulgência: Provérbios 13.18; 21.17; 23.21.
n Somente desejar: Provérbios 13.4.
n Violência: 1.10-19.
n Fraude: Tiago 5.3-4; Provérbios 20.23; 13.11; 22.16.
n Impiedade: Provérbios 10.2.
n Suborno: Provérbios 14.27.
n A desonestidade: Atos 5.3-4; Provérbios 21.6.
n Os esquemas para “tornar-se rico rapidamente”: Provérbios 28.20.
n Pedir emprestado e não pagar: Salmos 37.21.
n Ser fiador das dívidas de outras pessoas: Provérbios 6.1; 11.15; 22.26.
n Hábitos pessoais pobres: Provérbios 23.21.
n A falta de submissão afeta o êxito financeiro: Provérbios 13.18.
n Acumular dinheiro: Provérbios 10.22; 1 Timóteo 6.10.
n Não pagar salários justos: Jeremias 22.13.
n A cobiça: Provérbios 28.22.
n Negar-se à instrução de Deus: Provérbios 13.18.
n Receber grandes ofertas para o lucro pessoal: 1 Samuel 2.29.
n Reter as ofertas: Provérbios 11.24.
Você amadurecerá espiritualmente na medida em que você for fiel em dar: Lucas 16.11.
7. O livro de Provérbios contém alguns dos maiores princípios de êxito na Bíblia inteira. Leia um capítulo por dia e você poderá ler o livro todo uma vez por mês. Marque os princípios de êxito em sua Bíblia e medite neles. Incorpore-os em sua vida e ministério.
8. Aqui estão algumas referências bíblicas diretas sobre o êxito e a prosperidade:
n Deuteronômio 29.9; Salmos 1.3; 73.12; 122.6.
n Josué 1.8-9; Provérbios 28.13.
n 2 Crônicas 31.21; 32.30; Eclesiastes 7.14; 11.6.
n 1 Reis 2.3; Isaías 54.17; 55.11.
n Neemias 1.11; 2.20; 3 João 2.
9. Ezequias tinha um plano de êxito de quatro pontos. Ele...
n Confiava no Senhor.
n Agarrava-se rapidamente a Ele (relacionamento íntimo).
n O seguia.
n Guardava Seus mandamentos.
Devido a isto, ele teve êxito em tudo o que ele fez.
Capítulo Treze
CALCULANDO O CUSTO
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Escrever o versículo-chave de memória.
n Resumir três aspectos do custo da liderança.
n Identificar a verdadeira prova da liderança espiritual.
VERSÍCULO-CHAVE:
“Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mateus 16.24).
INTRODUÇÃO
Neste curso, você tem aprendido sobre a administração de recursos espirituais através da liderança apropriada. Você tem aprendido como ser um bom mordomo e a liderar como um servo e pastor.
Você aprendeu das qualificações e tarefas dos líderes, a importância da unção e como tomar decisões e resolver problemas. Você estudou princípios de êxito e foi advertido de coisas que produzem o fracasso. Você também aprendeu a treinar líderes e discípulos.
Agora só resta uma pergunta: você está preparado para pagar o alto custo de servir como um líder espiritual?
CALCULANDO O CUSTO
Jesus enfatizou a importância de calcular o custo antes que você tome decisões espirituais. Ele usou dois exemplos naturais, aqueles de um homem que edifica uma torre e de um rei que vai à guerra:
“Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir? Para não suceder que, tendo lançado os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem zombem dele, dizendo: Este homem começou a construir e não pôde acabar. Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? Caso contrário, estando o outro ainda longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo condições de paz” (Lucas 14.28-32).
Por estes exemplos Jesus ilustrou a importância de calcular os custos antes que você faça um compromisso espiritual. Quais são os custos de servir como um líder espiritual?
TRÊS ASPECTOS DA LIDERANÇA
Leia Lucas 9.57-62 em sua Bíblia. Nesta passagem três homens que queriam ser discípulos se aproximaram de Jesus. A cada um destes discípulos em potencial, Jesus revela um aspecto diferente dos cursos da liderança espiritual:
CUSTOS CONSIDERADOS: (LUCAS 9.57-58).
O primeiro homem tenta tornar-se um discípulo através do auto-esforço. Ele não espera ser chamado por Jesus. Como o discipulado, a liderança não é uma oferta que um homem faz a Deus. É um chamado de Deus ao homem. Se você tenta liderar pelo auto-esforço, você falhará. Você deve ser chamado e ungido por Deus. Jesus disse a este homem, “Se você quer seguir-me, isso é o que você enfrentará”.
Os custos da liderança incluem o sacrifício assim como serviço:
“Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos” (1 João 3.16).
O custo da liderança inclui a solidão. O apóstolo Paulo escreveu:
“Estás ciente de que todos os da Ásia me abandonaram; dentre eles cito Fígelo e Hermógenes” (2 Timóteo 1.15).
Um líder freqüentemente experimenta a rejeição e a crítica:
“Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (João 1.11).
Um líder também pode experimentar a perseguição. Leia sobre as coisas terríveis que Paulo experimentou em 2 Coríntios 11.23-27.
Um líder tem muitos deveres:
“Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas” (2 Coríntios 11.28).
Um líder deve disciplinar-se:
“Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado” (1 Coríntios 9.27).
Um líder tem uma grande responsabilidade para caminhar de modo digno de seu chamado espiritual:
“Pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade” (2 Coríntios 4.1-2).
“Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados” (Efésios 4.1).
PRIORIDADES APROPRIADAS: (LUCAS 9.59-60)
O segundo homem foi chamado por Jesus “a seguir”. Como você já tem aprendido, “seguir” significa ir após de alguém que foi antes, imitar um exemplo. Envolve convicção e obediência.
Quando Jesus chamou a Seus 12 discípulos, Ele lhes disse para vir e seguir. Ele não esboçou um caminho a percorrer. Ele não lhes deu os detalhes do programa. O discípulo tinha que deixar a velha vida exclusivamente devido ao chamado. Quais decisões, separações e sacrifícios isto poderia requerer permanecia desconhecido.
O líder é um seguidor que deve deixar uma vida de segurança para viver uma de insegurança aos olhos do mundo. O compromisso não é com um programa, porém com uma pessoa. Essa pessoa é o Senhor Jesus Cristo. Na passagem de Lucas, a resposta deste homem ao chamado para seguir foi “deixa-me primeiro...”. Ele quis seguir a Jesus, porém isto não era sua prioridade.
Jesus nunca sugeriria que uma pessoa ignorasse as necessidades de seus pais (veja João 19.25-27). O que se enfatiza nesta história é uma questão de prioridade. Este homem disse que ele queria “sepultar a seu pai” primeiro. Nos tempos do Antigo Testamento, quando uma pessoa dizia que estava esperando “sepultar a seu pai”, necessariamente não significava que seu pai estava morto. Significava que ela estava esperando até que seu pai morresse para receber a herança que legitimamente pertencia a ela. Assim, quando este homem usou esta desculpa, ele estava colocando sua herança futura antes do chamado do Senhor Jesus Cristo. No momento crítico quando Jesus chama a um homem para segui-lo e tornar-se um líder, nada deve ser colocado antes desse chamado.
Em outra passagem, Jesus explicou em mais detalhe a importância das prioridades apropriadas:
“Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mateus 16.24).
Abnegação deve vir antes que nós possamos levar a cruz. A velha natureza egoísta e pecadora deve ser negada. (Leia Romanos 7-8 sobre a luta de Paulo nesta área). Quando o ego está morto, a cruz deve tornar-se sua prioridade. A cruz é simbólica do sacrifício, dor, rejeição, penalidade e insulto envolvido em fazer a vontade de Deus. A cruz pode significa um chamado inclusive à morte pelo martírio por causa do Evangelho.
“Levar a cruz” não se refere às cargas da vida. Estas são comuns a todos os homens. Elas são as aflições, provas, desilusões e depressões que vêm a nós por vivermos em um mundo pecador. O crente não se exclui de tais coisas da vida. Ele experimenta enfermidade, acidentes, fogo, e os riscos naturais porque ele vive em um mundo corrompido pelo pecado. Porém, estas cargas não são “levar a cruz”. Levar a cruz é um fato voluntário, não algo que é imposto pelas cargas da vida. É uma contínua (diária) decisão de negar os desejos do ego para fazer a vontade de Deus.
Jesus disse, “qualquer que não toma sua própria cruz e vem após mim, não pode ser meu discípulo”. Levar a cruz não é agradável à natureza humana porque envolve a auto-rejeição. Deve ser feito voluntariamente por causa de Cristo.
Para levar a cruz, você deve esvaziar suas mãos das coisas do mundo. Se seu coração está fixo no dinheiro e coisas materiais, suas mãos estão muito cheias para levar a cruz. Se seu tempo é consumido pelo prazer e coisas que agradam a carne, suas mãos estão demasiadamente cheias para levar a cruz. Depois de negar o ego e levar a cruz, o próximo passo é seguir. Você deve deixar atrás o velho estilo de vida e as relações pecadoras.
Você nunca se tornará um líder por sentar-se e esperar que isto aconteça. VOCÊ deve tomar os primeiros passos: negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga. Mateus poderia permanecer à mesa dos impostos e Pedro em suas redes. Os dois poderiam seguir com suas ocupações honestamente e eles poderiam ter desfrutado de experiências espirituais. Porém, se eles queriam se tornar líderes espirituais, eles tinham que deixar a velha ocupação e entrar na nova. Mateus saiu das mesas dos impostos e Pedro deixou suas redes.
Isto não significa que todos devemos deixar nossos trabalhos e casas atuais para tornar-se um líder. O que significa é que isto exigirá uma mudança em nosso estilo de vida. Em alguns casos pode significar também deixar casa, trabalho e pessoas amadas por causa do Evangelho. Você deve seguir para onde quer que Jesus o envie.
“Prioridades apropriadas” significam que você deve deixar todo o resto para aceitar este chamado:
“Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo” (Lucas 14.33).
Servir a outros deve tornar-se uma prioridade:
“Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mateus 20.26-28).
O reino de Deus deve tornar-se sua prioridade principal:
“Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos?... Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.31, 33).
OBJETIVOS ABSOLUTOS: (LUCAS 9.61-62)
O terceiro homem em Lucas 9.57-62 quis seguir, porém ele quis fazer isto por suas próprias condições. Oferecer seu adeus aos familiares era uma coisa normal para se fazer, porém Jesus o havia chamado. Qual era seu objetivo real na vida? Ele quis se tornar um líder ou seguir seu próprio plano para a vida? Os objetivos deste homem na vida não estavam estabelecidos. Ele estava detendo-se, dividido entre a velha vida e a nova a qual Jesus chamou. Seu objetivo absoluto na vida não era o chamado de Deus. Seu compromisso com a liderança deve ser completo. Deve tornar-se o chamado absoluto de sua vida.
A VERDADEIRA PROVA DA LIDERANÇA ESPIRITUAL
A verdadeira prova da liderança é o que passa quando você já está presente com seus seguidores. Eles continuam sendo fiéis ao que você os tem ensinado? Eles ensinam a outros aquilo que eles têm aprendido? Eles podem continuar amadurecendo espiritualmente sem sua presença física? Nesse caso, você tem sido aprovado na verdadeira prova da liderança espiritual.
UM DESAFIO FINAL
Sempre se lembre de sua grande responsabilidade como um líder:
“O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre” (Lucas 6.40).
Não se desencoraje pelos problemas com os seguidores. Jesus experimentou tais problemas. Em uma ocasião, Pedro, Tiago e João exibiram uma atitude odiosa querendo chamar fogo do céu para destruir um povo não receptivo de Samaritano (Lucas 9.51-55). Pedro negou ao Senhor três vezes (Lucas 22.54-62). Os três estavam dormindo no Jardim do Getsêmani quando Ele lhes disse que orassem (Lucas 22.45-46). Porém, este punhado de seguidores foi digno do investimento de tempo e ministério de Jesus. Eles demonstraram ser homens féis, apesar de suas faltas e fracassos. Através deles, o Evangelho se estendeu por todas as nações do mundo. Se você está desejoso de pagar os altos custos para servir como um líder espiritual, é possível que você, também, possa ser usado por Deus para levantar a tais seguidores comprometidos?
Eu ouvi um chamado, “segue-me”... Isso foi tudo.
As alegrias da terra se tornaram obscuras;
Minha alma o perseguiu.
Eu levantei e segui... Isto foi tudo.
TESTE O SEU CONHECIMENTO
1. Escreva o versículo-chave de memória.
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2. Quais foram os três aspectos do curso da liderança discutidos nesta lição?
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3. Qual é a verdadeira prova da liderança espiritual?
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
PARA ESTUDO ADICIONAL
1. Estude as seguintes referências e considere o que custou a cada um destes homens servir em uma posição de liderança:
José: Gênesis 37-50.
Moisés: Êxodo.
Oséias: Oséias.
Ezequiel: Ezequiel 3.
Apóstolo Paulo: Atos 9 a 28.
2. Agora que você tem terminado este estudo sobre liderança, nós sugerimos que você obtenha os cursos do Instituto Internacional Tempo de Colheita, “Análise Ambiental” e “Administração Por Objetivos”.
Estes cursos adicionarão mais sabedoria a sua compreensão sobre liderança, planejamento e organização, coisas que são necessárias para o ministério eficaz.
APÊNDICE
Este apêndice provê a oportunidade de aprender mais sobre os princípios da liderança estudando as vidas de personagens importantes na Bíblia.
Uma “biografia” é a história da vida de alguém. Quando você estuda a vida de uma pessoa importante na Bíblia, você está fazendo um “estudo biográfico”.
Estudando as vidas de personagens da Bíblia você pode aprender de suas experiências. A Bíblia declara:
“Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado” (1 Coríntios 10.11).
Os eventos que passaram nas vidas dos personagens da Bíblia foram registrados para seu benefício. As experiências deles podem ensinar-lhe grandes lições espirituais sobre a liderança. Observando os fracassos deles como líderes você pode aprender sobre os erros a evitar. Observando o êxito deles como líderes você poderá desenvolver em sua própria vida as qualidades positivas da liderança.
Aqui estão quatro passos para seguir ao fazer um estudo biográfico:
PASSO UM: SELECIONE A PESSOA A SER ESTUDADA:
Você pode escolher um personagem que é de interesse especial a você. Você pode querer escolher uma pessoa da lista em Hebreus 11, Gálatas 3.7 ou Lucas 4.27.
Você pode estudar uma pessoa importante no livro da Bíblia que você está lendo ou estudando presentemente. Lembre-se que o maior estudo biográfico de todos é a vida de Jesus Cristo.
Tenha o cuidado para não confundir os nomes. Há uns 30 Zacarias, por exemplo, na Bíblia, 20 Natãs, 15 Jonathas, 8 Judás, 7 Marias, 5 Tiagos e 5 Joãos. Assegure-se que os versículos que você está estudando são realmente sobre a pessoa que você tem selecionado e não outro indivíduo com o mesmo nome.
Também esteja alerta para as pessoas que têm mais de um nome. Por exemplo, o nome de Jacó foi mudado para Israel, o nome de Abrão foi mudado para Abraão e o nome de Saulo foi mudado párea Paulo.
PASSO DOIS: REÚNA A INFORMAÇÃO:
Recolha toda a informação na Bíblia sobre a pessoa que você selecionou. Se você tem uma concordância disponível, busque o nome da pessoa e encontre uma lista de todas as referências sobre ela na Bíblia. Se você não tem uma concordância, recolha as referências diretamente da Bíblia. A maioria das referências acerca de um personagem da Bíblia se encontra dentro de um livro ou de uma série de livros consecutivos. Liste todas as referências da Bíblia sobre a pessoa que você está estudando, então busque cada uma em sua Bíblia e leia.
PASSO TRÊS: ANALISE A INFORMAÇÃO:
A seguinte lista identifica algumas das informações que você deve recolher e deve analisar em um estudo biográfico. A Bíblia não pode dar a informação sobre todos estes em cada biografia, porém tente incluir tudo o que ela revela sobre a pessoa que você está estudando.
Use o gráfico encontrado na conclusão da seção “Para Estudo Adicional” deste capítulo para registrar e analisar a informação que você reuniu.
A informação biográfica para você obter inclui:
O nome e significado do nome.
Os parentes: os progenitores, os irmãos e irmãs, os antepassados, as crianças.
O nascimento: a situação, a importância do nascimento, os eventos pouco comuns que circundaram o nascimento.
A infância e os primeiros treinamentos.
O cenário geográfico: onde ocorre a história da vida desta pessoa?
Os amigos e companheiros, as relações pessoais.
Ocupação ou profissão: que posição ou ofício eles ocuparam? Como eles ganhavam a vida?
A descrição física.
As características positivas do caráter.
As características negativas do caráter.
Os eventos significativos:
Primeiro encontro com Deus
Conversão
Chamado ao serviço
A maior crise ou o momento decisivo na vida da pessoa: (Saulo no caminho de Damasco, por exemplo).
A morte: quando, onde, circunstâncias pouco comuns.
PASSO QUATRO: APLIQUE O QUE VOCÊ TEM APRENDIDO:
Faça as aplicações pessoais da vida da pessoa que você tem estudado. Por exemplo:
Quais foram as características positivas do caráter? Peça a Deus que lhe ajude a desenvolver em sua própria vida.
Quais foram as características negativas do caráter? Você vê qualquer uma destas em sua própria vida? Peça a Deus que lhe ajude a superá-las?
Componha uma frase que resume a principal verdade que você tem aprendido desta pessoa. Por exemplo, uma declaração sobre a vida de Sansão poderia ser “Comprometer a Vida Espiritual Resulta em Fracasso”.
EXEMPLO DO MÉTODO
PASSO UM: SELECIONE A PESSOA A SER ESTUDADA:
Rei Saul
PASSO DOIS: REÚNA A INFORMAÇÃO:
A história de Saul se encontra em 1 Samuel 9-31. As informações sobre Saul foram recolhidas destes capítulos.
PASSO TRÊS: ANÁLISE A INFORMAÇÃO:
Nome e Significado do Nome: Saul significa “pedido a Deus” (1 Samuel 9.2).
Os parentes: Filho de um homem de Benjamim que se chamava Quis filho de Abiel, filho de Zeror, filho de Becorat, filho de Afiáj, filho de um homem de Benjamim, um guerreiro valente (1 Samuel 9.1).
Saul tinha três filhos: os filhos de Saul eram: Jonathas, Isvi e Malquisua. Os nomes de suas duas filhas eram: Merab, a mais velha; e Mical, a menor.
O nome de sua mulher era Ajinoam filha de Ajimaas.
1 Samuel 14:49-50.
O Nascimento: A Bíblia não declara estes fatos.
A infância e primeiros treinamentos: Cuidava dos asnos de seu pai: 1 Samuel 9.3.
O Cenário Geográfico: Judá.
Os Amigos e Companheiros, as relações pessoais:
Os filhos de Belial o depreciaram: 1 Samuel 10.27. Ele estava perto de Abner, o capitão de seu exército, que era filho de seu tio: 1 Samuel 14.50. Davi se tornou um companheiro de Saul. Ao princípio ele estava em seu favor, depois Saul se colocou invejoso e sua relação foi cortada: 1 Samuel 18.6-9. Quando Saul se tornou o primeiro rei, ele tinha um grupo de homens cujos corações Deus havia tocado. Quando Saul começou a adicionar homens “fortes e valentes” sem a direção de Deus, seus problemas começaram: 1 Samuel 10.26; 13.2; 14.52.
Ocupação ou Profissão: Primeiro rei de Israel.
A descrição física: Dos ombros acima sobressaía a qualquer um do povo: 1 Samuel 9.2; 10.23. Ele foi descrito como jovem e belo: 1 Samuel 9.2.
As Características positivas do caráter:
Mostrou preocupação pela família: 1 Samuel 9.5.
Homem escolhido: 1 Samuel 9.2; 10.24.
Permitiu que o Espírito mudasse seu coração: 1 Samuel 11.6; 10.6.
Modesto: Escondeu-se entre a bagagem: 1 Samuel 10.22.
Negou-se a executar: 1 Samuel 11.
Liderança: reúne as pessoas, 1 Samuel 11.
Homem do Espírito: 1 Samuel 11.
Originalmente era obediente: 1 Samuel 9.27.
Aliado dos piedosos: 1 Samuel 11.7; 10.26.
Ousado por Deus: 1 Samuel 10.6.
Originalmente era humilde: 1 Samuel 9.21.
As Características Negativas do Caráter:
Fez o que era conveniente em lugar de obedecer a Deus: 1 Samuel 13.8-13.
Desobedeceu, mentiu, então se negou a aceitar a culpa: 1 Samuel 15.
Entristeceu ao povo de Deus: 1 Samuel 15.35.
Mais preocupado com o que o homem pensava do que com Deus: 1 Samuel 15.30.
Escolheu homens valentes e fortes para estar perto dele me lugar do grupo de homens que deus havia tocado: 1 Samuel 10.26; 14.52.
Medroso: 1 Samuel 17.11.
Julgava pelas aparências exteriores: 1 Samuel 17.33.
Confiava na armadura do homem: 1 Samuel 17.38.
Invejoso: 1 Samuel 18.6-9.
Espírito maligno: 1 Samuel 18.10.
Espírito de vingança: 1 Samuel 18.11.
Tramou contra o ungido de Deus: 1 Samuel 18.20-30.
Eventos Significativos:
Primeiro encontro com Deus: 1 Samuel 9.15-27.
Conversão: 1 Samuel 10.9.
Chamado a servir: 1 Samuel 10.1.
A maior crise ou momento decisivo: 1 Samuel 13.
Morte: Quando, onde, as circunstâncias especiais:
1 Samuel 31: morreu por sua própria mão. Seus três filhos, seu pajem, e todos os seus homens morreram no mesmo dia no Monte Gilboa durante uma batalha com os Filisteus.
PASSO QUATRO: APLIQUE O QUE VOCÊ TEM APRENDIDO:
As características positivas do caráter na vida de Saul que eu devo buscar desenvolver em minha própria vida:
Quando o Espírito do Senhor vier sobre mim, eu me tornarei em “outro homem” (1 Samuel 10.6). Eu devo buscar esse tipo de unção de Deus.
As características negativas do caráter na vida de Saul que eu devo buscar desenvolver em minha própria vida:
Deus deseja líderes segundo Seu próprio coração: 1 Samuel 13.14. Ainda que Saul falhou nestas áreas, eu desejo ser semelhante líder.
A desobediência: fazendo o que é conveniente em lugar do que Deus ordenou. Colocando a culpa por seu próprio pecado sobre os outros. Interessar-se mais com o que o homem pensa do que com o que Deus pensa sobre mim.
Eu faria bem em rever a lista inteira das características negativas de Saul e de vez em quando examinar meu próprio coração.
O chamado de Deus era para Saul ser capitão sobre as pessoas: 1 Samuel 10.1.
Foram as pessoas que fizeram rei (1 Samuel 12.12-15; 10.24). Deus deveria ser o rei de Israel. Eu devo usar a cautela, para que o louvor das pessoas não me afaste do plano de Deus.
Ainda que Deus estava originalmente com Saul (1 Samuel 10.7, 9; 13.14), ele perdeu o reino depois. Mesmo depois de seu pecado e da profecia de perder o reino, sem dúvida, a unção de Deus estava sobre Saul (1 Samuel 14.47). Os dons e chamamentos de Deus são sem arrependimento. Saul ainda ouviu a voz de Deus (1 Samuel 15.1) e adorou a Ele (15.31), porém ele não confessou seu pecado e perdeu o reino.
Davi reconhecer o perigo de tocar um homem ungido por Deus como um líder. Eu devo considerar esta advertência.
A maior verdade aprendida da vida de Saul é o resultado da desobediência a Deus. Isso se resume na declaração de Samuel: “... Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros” (1 Samuel 15.22).
O resultado de tal desobediência se resume na declaração de Davi sobre Saul: “A tua glória, ó Israel, foi morta sobre os teus altos! Como caíram os valentes!” (2 Samuel 1.19).
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Nota: Nas páginas seguintes os formulários são para você reproduzir e usar estudando aos líderes da Bíblia.
ESTUDO BIOGRÁFICO DA BÍBLIA
PASSO UM: SELECIONE A PESSOA A SER ESTUDADA:
PASSO DOIS: REÚNA A INFORMAÇÃO:
Liste as referências da Bíblia que registram a vida desta pessoa:
PASSO TRÊS: ANALISE A INFORMAÇÃO:
O nome e significado do nome:
Os parentes: os progenitores, os irmãos e irmãs, os antepassados, as crianças:
O nascimento: a situação, a importância do nascimento, os eventos pouco comuns que circundaram o nascimento:
A infância e os primeiros treinamentos:
O cenário geográfico: onde ocorre a história da vida desta pessoa:
Os amigos e companheiros, as relações pessoais:
Ocupação ou profissão: que posição ou ofício eles ocuparam? Como eles ganhavam a vida?
A descrição física:
As características positivas do caráter:
As características negativas do caráter:
Os eventos significativos:
Primeiro encontro com Deus
Conversão
Chamado ao serviço
A maior crise ou o momento decisivo na vida da pessoa: (Saulo no caminho de Damasco, por exemplo).
A morte: quando, onde, circunstâncias pouco comuns.
PASSO QUATRO: APLIQUE O QUE VOCÊ TEM ESTUDADO:
Características positivas que eu poderia desenvolver:
Características negativas que eu devo evitar:
A maior verdade que eu aprendi ao estudar esta vida foi:
Respostas dos Testes
CAPÍTULO UM:
1. 1 Timóteo 3:1.
2. “Administração” é outra palavra para “mordomia”. Mordomo, ou administrador, é o responsável por algo confiado a ele por outra pessoa. Administração é o processo de alcançar os propósitos e planos de Deus através do uso apropriado dos recursos humanos, materiais e espirituais. Boa administração é medida por avaliarmos se os planos e propósitos foram cumpridos ou não.
3. Os recursos são o evangelho, as finanças, os recursos materiais do ministério, dons espirituais e outros crentes.
4. Fidelidade.
5. Jesus Cristo.
6. Compare seu resumo com o que foi cedido no Capítulo Um.
7. Compare seu resumo com o que foi cedido em Capítulo Um.
CAPÍTULO DOIS:
1. Efésios 4.11.
2. 2, 1, 4, 3, 5, 6, 7.
3. Presbíteros e Diáconos.
CAPÍTULO TRÊS:
1. Salmos 92.10.
2. “Ungir” significa dedicar ou consagrar algo ou alguém aplicando o azeite.
3. O azeite é um símbolo do Espírito Santo. Ungir uma pessoa com o azeite é simbólico do Espírito Santo cobrindo-a para um propósito específico.
4. A unção do leproso é para o relacionamento; a unção do sacerdote é para a santidade; e a unção do líder é para posição e poder.
5. Deus é a fonte da unção para o ministério.
6. A unção estabelece sua posição em Deus, lhe permite cumprir os propósitos de Deus, lhe dá sabedoria para liderar, e descanso dos jugos de escravidão naqueles a quem você ministra.
7. Deus não unge baseando-se na educação, inteligência, habilidades ou experiência. Ele unge baseando-se na atitude do coração.
8. As forças ímpias querem impedi-lo de caminhar na unção porque eles sabem que é o ministério ungido que alcançará os propósitos de Deus.
9. Por que você será ineficaz e experimentará grandes dificuldades se você não faz isto.
10. Por caminhar continuamente nos três tipos de unção discutidos nesta lição.
CAPÍTULO QUATRO:
1. Efésios 2:10.
2. As qualificações não são habilidades naturais. Elas são qualidades de caráter e conduta. As qualificações bíblicas para a liderança são as qualidades de caráter e conduta descritas na Palavra de Deus como requisitos para os líderes. Elas são evidências de um estilo de vida piedoso.
3. O fruto da evangelização é ser uma testemunha poderosa da mensagem do Evangelho.
4. Veja a lista das qualidades de Cristo cedidas no Capítulo Quatro.
5. 9, 7, 8, 5, 6, 2, 4, 3, 1.
6. As passagens são 1 Timóteo 3 e Tito 1.
7. Que eles sejam nascidos de novo, batizados no Espírito Santo, tenham um chamado específico e unção de Deus para ser um líder, e sejam espiritualmente maduros.
CAPÍTULO CINCO:
1. Filipenses 2:5-7.
2. A liderança de servo.
3. Jesus Cristo.
4. O poder na liderança como servo é o que reduz uma pessoa e a humilha até o ponto de poder ser usada por Deus. Isto é ilustrado na vida de Jesus.
5. Os líderes seculares têm o domínio sobre seus seguidores, eles exercem a autoridade sobre eles, e atuam como chefes e senhores.
6. Nós servimos o corpo de Cristo e a humanidade perdida e agonizante. Na realidade, nosso serviço é para o Senhor.
7. Compare seu resumo com o que foi cedido em Capítulo Cinco.
CAPÍTULO SEIS:
1. 1 Pedro 5.2-3.
2. Jesus Cristo.
3. Todos os verdadeiros crentes em Jesus são parte do rebanho.
4. Compare seu resumo com o que foi cedido em Capítulo Seis.
5. Compare seu resumo com o que foi cedido no Capítulo Seis.
CAPÍTULO SETE:
1. Efésios 4:11-12.
2.Capacitar os crentes para a obra do ministério.
3. Capacitar é esperar ou equipar aos crentes para a obra do ministério. Envolve o ensino, pregação, demonstração, treinamento, e mobilização.
4. Os resultados quando os crentes são apropriadamente “capacitados” para a obra do ministério incluem:
n A obra do ministério é feita: Efésios 4.12.
n O corpo de Cristo (a Igreja) é edificado: Efésios 4.12.
n As pessoas alcançam a maturidade espiritual: Efésios 4.13-15.
n Resulta em unidade: Efésios 4.13.
n As pessoas são transformadas na imagem de Cristo: Efésios 4.13.
n As pessoas são estabelecidas doutrinariamente, arraigadas na verdade: Efésios 4:15-16
n O corpo de Cristo funciona eficazmente: Efésios 4.16.
5. Compare seu resumo com o que foi cedido no Capítulo Sete.
CAPÍTULO OITO:
1. Provérbios 16.9.
2. A abordagem bíblica não é voto ou decisão da maioria. Deus estabelece os líderes na igreja para tomar as decisões.
3. Compare seu resumo com o que foi cedido no Capítulo Oito.
4. O modelo para tomar decisões é um exemplo para seguir quando fazendo opções.
5. Um modelo provê um exemplo para seguir.
CAPÍTULO NOVE:
1. 2 Timóteo 3.16-17.
2. Compare seu resumo com o que foi cedido no Capítulo Nove.
3. Compare seu resumo com o que foi cedido no Capítulo Nove.
4. Compare sua lista de razões com aqueles listadas em Capítulo Nove.
5. Compare seu resumo com o que foi cedido em Capítulo Nove.
6. Devido a cristãos espiritualmente imaturos e carnais motivados por Satanás, pela carne e pelo orgulho.
7. Quando nós disciplinamos e resolvemos os conflitos baseando-nos na Palavra de Deus, as pessoas são capacitadas e equipadas para a obra do ministério. A Palavra de Deus é eficaz para a disciplina, reprovação e correção.
CAPÍTULO DEZ:
1. Lucas 6:40.
2. Treinar a outros é uma responsabilidade importante porque aqueles que você treina se tornarão como você.
3. Nós treinamento a líderes e discípulos com o propósito de ir a todas as nações, ensinando o Evangelho, batizando, e guiando os convertidos até a maturidade espiritual através de mais ensino.
4.
n Dependa de Deus.
n Faça dele um tema de oração.
n Tome a iniciativa.
n Olhe o potencial, não os problemas.
n Esclareça os custos.
n Selecione aqueles que reúnem os requisitos básicos.
5.
n Associação
n Instrução
n Demonstração
n Consagração
n Participação
n Visão
n Supervisão
n Comissão
6. O modelo de Éfeso.
6. O modelo de Éfeso.
CAPÍTULO ONZE:
1. Provérbios 24:16.
2. Para uma lista daqueles que transformaram o fracasso em êxito veja a discussão no Capítulo Onze.
3. Para uma lista daqueles cujas vidas acabaram em fracasso veja a discussão no Capítulo Onze.
4.
n Revelando
n Arrependendo-se
n Voltando
n Restaurando
5. Fracasso no relacionamento e devido aos atos de comissão ou omissão.
CAPÍTULO DOZE:
1. Josué 1:8.
2. No Reino de Deus, o êxito é o uso máximo dos dons e habilidades de alguém dentro do âmbito das responsabilidades dadas por Deus. Você tem êxito quando você usa seus recursos espirituais adequadamente para a obra de Deus.
3. Compare sua explicação com a discussão em Capítulo Doze.
4. Compare seu resumo com a discussão no Capítulo Doze.
CAPÍTULO TREZE:
1. Mateus 16:24.
2. Três aspectos importantes dos cursos da liderança são os custos considerados, prioridades apropriadas, e objetivos absolutos.
3. A verdadeira prova da liderança é o que acontece quando você já não está presente com aqueles que você tem liderado. Eles continuam sendo fiéis ao que você tem ensinado? Eles ensinam a outros aquilo que eles tem aprendido? Eles podem continuar amadurecendo espiritualmente sem sua presença física?